À luz de todas
as comprovações para o início do Universo espaço-tempo, o Iniciador deve estar
fora do Universo espaço-tempo. Quando se sugere que
Deus é o Iniciador, os ateus rapidamente fazem a antiga pergunta: "Então
quem criou Deus? Se tudo precisa de uma causa, então Deus também precisa de uma
causa!".
Como já vimos,
a lei da causalidade é o fundamento da ciência. A ciência é a busca pelas causas,
e essa busca é baseada em nossas observações coerentes e uniformes de que tudo
o que tem um começo teve uma causa. O fato é que a pergunta "Quem criou
Deus?" destaca com que seriedade levamos a lei da causalidade. Toma-se
como certo que praticamente tudo precisa de uma causa.
Então por que
Deus não precisa de uma causa? Porque a posição dos ateus não compreende a lei
da causalidade. A lei da causalidade não diz que tudo precisa de uma causa. Ela
diz que tudo o que venha a existir precisa de uma causa. Deus não veio a
existir, ninguém fez Deus. Ele não é feito. Como ser eterno, Deus não tem um
começo e, assim, ele não precisou de uma causa.
"Mas,
espere um pouco", vão protestar os ateus. "Se você pode ter um Deus
eterno, então eu posso ter um Universo eterno! Além do mais, se o Universo é
eterno, então ele não teve uma causa." Sim, é logicamente possível que o
Universo seja eterno e que, portanto, não tenha tido uma causa. De fato, só
existem duas possibilidades: ou o Universo é eterno, ou alguma coisa fora do
Universo é eterna (uma vez que algo inegável existe hoje, então alguma coisa
deve ter existido sempre. Só temos duas opções: o Universo ou algo que tenha
causado o Universo).
O problema para o ateu é que, enquanto é logicamente
possível que o Universo seja eterno, isso parece não ser realmente possível.
Todas as evidências científicas e filosóficas [...] nos dizem que o Universo
não pode ser eterno. Assim, descartando uma das duas opções, ficamos apenas com
a outra: alguma coisa fora do Universo é eterna. (GEISLER, Norman e TUREK,
Frank. Não Tenho Fé Suficiente Para Ser Ateu, Vida, 67, 2ª Impressão)