Quarta dia 10 à Sexta dia 12
Comentário: Gilberto G. Theiss
QUARTA
Como é comum hoje em dia encontrar pessoas querendo a Graça salvífica de Cristo mas rejeitando a prática coerente da fé que professa. Certo dia um pastor evangélico me disse que se ele estiver na graça porém vivendo com duas mulheres, será salvo, pois o que importa é a graça e não nossas atitudes. Isso me forçou a perguntar, qual seria a diferença entre ele que vive com duas mulheres e uma pessoa do mundão que também vive com duas mulheres. Pasmem, o tal Pastor me respondeu que a direrença é que ele está na graça e o do mundão não está.
É importante entender que Paulo em seus escritos, principalmente em Gálatas e Romanos, lutava contra o legalismo e não contra a lei de Deus. Em outras palavras, Paulo lutava contra a ideia da salvação pelas obras, mas defendia a obediência como fruto da fé. Um exemplo disso podemos encontrar em Rm 3:31 onde ele diz: "Anulamos a lei pela fé? de modo nenhum, antes estabelemos a lei". Ou seja, a fé não anula as obras, antes, a fé as confirmam.
A esse respeito também escreveu Ellen White:
QUINTA E SEXTA
A vida justa
“Todos aqueles que creem que Jesus é o Messias são filhos de Deus. E quem ama um pai ama também os filhos desse pai. Nós sabemos que amamos os filhos de Deus quando amamos a Deus e obedecemos aos Seus mandamentos. Pois amar a Deus é obedecer aos Seus mandamentos. E os Seus mandamentos não são difíceis de obedecer” (1Jo 5:1-3, NTLH).
“Aquele que tenta observar os mandamentos de Deus por um senso de obrigação apenas – porque é requerido que assim faça – jamais sentirá o prazer da obediência. Não obedece. Quando, por contrariarem a inclinação humana, os reclamos de Deus são considerados um fardo, podemos saber que a vida não é uma vida cristã. A verdadeira obediência é a expressão de um princípio interior. Origina-se do amor à justiça, o amor à lei de Deus. A essência de toda justiça é lealdade ao nosso Redentor. Isso nos levará a fazer o que é reto porque é reto, porque a justiça é agradável a Deus” (Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 97, 98, ênfase fornecida).
Quando um esposo ama sua esposa, fará de tudo, por amor a ela. Buscar a felicidade do oturo demanda fidelidade aos valores que constroem e fundamentam tal relação. Não é possível viver um relacionamento sem amor, pois a ausência de tal princípio, nos leva a quebrar os alicerces que fundamentariam esse relacionamento. O amor é a essência da obediência. Só o amor pode construir e fundamentar os laços de uma vida conjugal. Da mesma forma, quem ama a Cristo, fará de tudo para fundamentar e construir os laços do relacionamento de vida com Ele. O amor nos leva a exercitar continuamente a obediência Àquele que amamos. Quando não há obediência, é porque também não há amor.
A lição explora a ideia de que as obras de Lucifer não o colocaram no céu, mas sua desobediência o expulsou de lá. As boas obras de Adão não o coloram no Éden, mas sua desobediência o retirou de lá.
Da mesma forma, nossas boas obras ou fidelidade aos dez mandamentos não nos salvarão, mas a desobediência e más obras com certeza nos privarão do céu.
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“Não é bastante crermos que Jesus não é um impostor, e a religião da Bíblia não é uma fábula artificialmente composta. Podemos crer que o nome de Jesus é o único debaixo dos Céus pelo qual devemos ser salvos, e contudo podemos não torná-Lo pela fé nosso Salvador pessoal. Não é bastante crer na teoria da verdade. Não é bastante fazer profissão de fé em Cristo, e ter nosso nome registrado no rol da igreja. ‘Aquele que guarda os Seus mandamentos nEle está, e Ele nele. E nisto conhecemos que Ele está em nós: pelo Espírito que nos tem dado’ (1Jo 3:24). ‘E nisto sabemos que O conhecemos: se guardarmos os Seus mandamentos’ (1Jo 2:3). Esta é a evidência genuína da conversão. Qualquer que seja nossa profissão, nada valerá se Cristo não for revelado em obras de justiça” (Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 312, 313).
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