Sábado dia 13 à Sexta dia 19
Comentário: Gilberto G. Theiss
Verdade
Sábado à tarde
O que seria a verdade? Existe verdade no contexto que vivemos? A verdade não seria uma espécie de utopia?
Grandes mudanças ocorreram em nosso século. O pós modernismo trouxe uma característica filosófica que rebaixa a norma do absoluto.
Tenhamos em mente, que, a verdade existe, seja ela objetiva ou subjetiva. Não importa o quanto sejamos pós modernos ou conservadores, o que importa é que estamos sob o manto da verdade absoluta de Deus, e um dia seremos julgados por essas verdades.
DOMINGO
“Eu sou... a Verdade”
“Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por Mim” (Jo 14:6).
Quão verdade é para você a verdade em Cristo? Em nossa cultura global do relativismo, Jesus é transformado em vários tipos de personagens com características próprias de cada grupo existente hoje. Os rips olham para Jesus com seus cabelos longos e o reconhecem como sendo um rip. Os filósofos olham para as belas palavras de Jesus e o reconhecem como um grande guru. Até alguns homossexuais olham para Cristo e o aceitam como fazendo parte do grupo, simplesmene pelo fato Dele escolher apenas homens para o ministério do apostolado e por ter grande afinidade com João, o discipulo amado.
Sob a lente do relativismo, cada um constrói sua própria verdade limitando-a aos seus interesses, gostos e estilo de vida. Porém é importante entender que Jesus é a verdade na mais alta esfera do absoluto. Em Cristo se cumpriu o propósito de Deus de salvação plena do homem. Em Cristo se cumpriu o mais alto mistério do amor da Divindade para restaurar o homem a imagem de Deus. Jesus Cristo foi, é e será sempre o eterno Deus responsável pela existência de todas as coisas.
Relacionamento x comprometimento
Não adiantará em abosolutamente nada um relacionamento com Cristo se Nele não fizermos todos os nossos mais nobres compromissos. Como a lição destaca, relacionamento,todos nós temos tido com Deus. Mas infelizmente, compromisso poucos tem demonstrado ter. Vejo muitos pregadores dizerem que precisamos nos relacionar com Deus, mas se esquecem que relacionamento até os impios tem, porém compromisso e responsabilidade de fé com Ele, tem sido muito pouco mencionado nos apelos.
Nunca o mundo se tornou tão religioso e nunca a religião se tornou tão mundana. Isso é uma evidência do nível de descomprometimento que existe dentro de um contexto de relacionamento entre seres humanos e a Divindade. Podemos muito bem ter uma viva relação com nossa esposa e filhos mas não ter nenhum compromisso com eles quanto as normas elevadas de uma família. Assim também podemos acabar sendo com Deus.
SEGNDA FEIRA
“Quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade” (Jo 16:13).
O Espírito Santo testemunha de Cristo e convence "o mundo do pecado, da justiça e do juízo" (Jo 16:8).
Veja esta poderosa declaração: “A pregação da Palavra não será de nenhum proveito sem a contínua presença e ajuda do Espírito Santo. Este é o único Mestre eficaz da verdade divina. Unicamente quando a verdade chega ao coração acompanhada pelo Espírito, vivificará a consciência e transformará a vida. Uma pessoa pode ser capaz de apresentar a letra da Palavra de Deus, pode estar familiarizada com todos os seus mandamentos e promessas; mas, a menos que o Espírito Santo impressione o coração com a verdade, ninguém cairá sobre a Rocha e se despedaçará” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 671, 672).
Lembremo-nos de que a obra do Espírito Santo não é apenas nos convencer do pecado e do juízo, mas tornar a palavra de Deus real em nosso viver.
TERÇA-FEIRA
“De todo o coração”
“Buscar-Me-eis e Me achareis quando Me buscardes de todo o vosso coração” (Jr 29:13).
"De todo o vosso coração", signifca ser verdadeiro tanto em palavras quanto em atos. A experiência de Amazias mostra-nos o quanto é possível fazer as coisas bem corretas, mas sem sinceridade de coração. É possível estar certo pelos motivos errados. Creio que devemos subjulgar nossa própria sinceridade e com extremo critério de avaliação, observar nossas verdadeiras intensões. Se agirmos com intensa sinceridade, subjulgando o próprio eu, será possível buscar a Deus de todo o coração.
Nós, seres humanos, somos muito falhos e cheios de interesses pessoais. Nossa natureza clama pelo lixo da vida e tenta agir em função disso. Por esta razão é que temos que sempre nos olhar pela lente da desconfiança avaliando todas as nossas ações por mais corretas que sejam elas.
QUARTA-FEIRA
Consciência endurecida
Como visto anteriormente, precisamos ir além de uma vida apenas sincera. O apóstolo Paulo perseguiu muitos cristãos na sinceridade. Foi sincero mas pelos motivos errados. Certa vez estive estudando a Bíblia com um advogado. Com o tempo, para mim, havia ficado claro que ele apenas desejava possuir conhecimento e mais nada. Assim como este advogado, existe muitas pessoas no mundo atual que desejam ser cristãos apenas como um passatempo, outros desejam estudar a Bíblia com o objetivo de obter conhecimento.
Embora o conhecimento seja necessário e importante, sabemos que no juízo executivo, comparecerão muitos intelectuais, pessoas cheios de conhecimento, porém sem vida prática. O conhecimento, quando absorvido, deve gerar ações que o sustentem. Quando a Bíblia prediz que a verdade ao ser conhecida trará libertação, está se referindo ao conhecimento da verdade que é colocado em prática. A verdade apenas por ser verdade, não terá poder nenhum. Ela só desempenhará transformação e libertação quando, pelo poder de Deus, tiver também liberdade para promover mudanças em nosso viver.
QUARTA E SEXTA FEIRA
Andando na verdade
“Aquele que diz estar na luz e odeia a seu irmão, até agora, está nas trevas. Aquele que ama a seu irmão permanece na luz, e nele não há nenhum tropeço. Aquele, porém, que odeia a seu irmão está nas trevas, e anda nas trevas, e não sabe para onde vai, porque as trevas lhe cegaram os olhos” (1Jo 2:9-11)
Andar na verdade vai muito além de ser um bom homem ou mulher. Não é simplesmente participar dos cultos da igreja e louvar a Deus. Se você é um daqueles que atravessa a rua quando em sua direção aparece um bebado ou mendigo, deve parar para avaliar sua própria concepção de prática da verdade. Se você é daqueles que sempre que alguém aparece na porta de sua casa para pedir um pão ou um dinheiro, sempre se esquiva da situação argumentando que ainda não fez compras ou que não dá dinheiro porque senão a pessoa comprará bebidas inconvenientes, tome cuidado, pois suas intenções poderão não estar sendo das melhores. Não estou dizendo que devemos dar dinheiro para os bêbados, só estou dizendo que podemos estar usando isso como um cabide para ficar nos pendurando tentando desculpar nosso camuflado egoísmo. Como foi escrito anteriormente, analisemos friamente nossas reais intensões que as vezes ficam bem escondidas no fundo do nosso coração.
Para refletir:
“Não é a duração do tempo que labutamos, mas a voluntariedade e fidelidade em nosso trabalho que o torna aceitável a Deus. É requerida uma renúncia completa do próprio eu em todo o nosso serviço. O menor dever feito com sinceridade e desinteresse é mais agradável a Deus que a maior obra quando manchada pelo egoísmo. Ele olha para ver quanto nutrimos do espírito de Cristo, e quanto nosso trabalho revela da semelhança de Cristo. Considera mais o amor e a fidelidade com que trabalhamos do que a quantidade que fazemos” (Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 402, ênfase provida).
“A adoração prestada em sinceridade de coração tem grande recompensa. ‘Teu Pai, que vê em segredo, te recompensará publicamente’ (Mt 6:6). Pela vida que vivemos mediante a graça de Cristo, forma-se o caráter. A beleza original começa a ser restaurada no íntimo. São comunicados os atributos do caráter de Cristo, começando a refletir-se a imagem do Divino. A fisionomia dos homens e mulheres que andam e trabalham com Deus revela a paz do Céu. São circundados da atmosfera celestial. Para essas pessoas começou o reino de Deus. Possuem a alegria de Cristo, a satisfação de ser uma bênção à humanidade. Têm a honra de ser aceitos para o serviço do Mestre; é-lhes confiado fazer Sua obra em Seu nome” (Ellen G. White, O Lar Adventista, p. 535).
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