Comentário da lição da escola sabatina


Segunda dia 08 à Terça dia 09
Comentário: Gilberto G. Theiss

SEGUNDA
Justiça “faça você mesmo”

“Porquanto, desconhecendo a justiça de Deus e procurando estabelecer a sua própria, não se sujeitaram à que vem de Deus” (Rm 10:3).

Impressionante como ainda existem aqueles que por algum motivo tentam buscar justiça própria. Não é errado e nem pecado viver uma vida justa e correta, aliás, é um dever de todo aquele que julga ter sido salvo pela Graça de Cristo. Porém, temos que ter em mente que não é possível fazer uma barganha com Deus oferecendo em troca nossos atos. Por mais corretos, bondosos, justos e coerente sejam nossas atitudes diante de Deus, jamais poderão nos ofertar algum privilégio salvífico. Quando o assunto demanda salvação, isso jamais poderá vir de nós em nenhum aspecto. Isto não significa que poderemos viver de qualquer forma após ser abraçado pela graça. Isto na verdade significa que devemos ofertar mais ainda nossa vida, nossos gostos, nossos ideais, nossas aptidões, desejos e sonhos nas mãos do Espírito Santo para que Ele nos aperfeiçoe segundo os ideais celestiais, se é que queremos nos abdicar do próprio eu para viver segundo o evangelho de Cristo.

O problema é que alguns ao longo da jornada cristã, no desenrolar das mudanças que Deus vai realizando em nosso viver, alguns começam a se orgulhar de sua condição, e as vezes começam a desenvolver um sentimento de superioridade. Com isso acabam por se inclinar para as ideias legalistas de salvação pelo que faz ou deixa de fazer. É dever de todos serem obediêntes a Deus mesmo que nas pequenas coisas da vida, mas é errado pensar que esses atos nos salvarão satisfazendo as exigências da justiça de Deus.


TERÇA
Cristo justiça nossa (Rm 5:17)

Paulo é bastante enfático ao afirmar que receberemos a graça e o apostolado somente pelo amor do nome de Cristo e por Sua obediência (Rm 1:5). Ellen White reforçava tal pensamento escrevendo que:

"A lei requer justiça - vida justa, caráter perfeito; e isto não tem o homem para dar. Não pode satisfazer as reinvindicações da santa lei divina. Mas Cristo, vindo à terra como homem, viveu vida santa, e desenvolveu caráter perfeito. Estes oferece Ele como dom gratuito a todos quantos o queiram receber. Sua vida substitui a dos homens. Assim obtêm remissão de pecados passados, mediante a paciência de Deus. Mais que isso, Cristo lhes comunica os atributos divinos. Forma o caráter humano segundo a semelhança do caráter de Deus, uma esplêndida estrutura de força e beleza espirituais. Assim, a própria justiça da lei se cumpre no crente em Cristo. Deus pode ser "justo e justificador daquele que tem fé em Jesus". White, Ellen G. Desejado de Todas as Nãções, p. 762.

O assunto da salvação é crucial para nós seres humanos, pois esta palavrinha tem muito haver com nossos destino eterno. Não tem sentido olhar para dentro de nós mesmos e acreditar que Deus nos aceita pelo que fazemos. Nossa salvação custou muito mais do podemos pagar. Nossos créditos são infinitamente pequenos comparando com a dívida infinitamente grande que temos diante de Deus e de Sua justiça. Nossa dívida é tão infinita que somente um ser infinito poderia intermediar tal situação. Essa analogia é para nos levar a ter plena convicção que Jesus foi ao extremo da misericórdia e justiça para conseguir nos alcançar e cancelar nosso débito diante da contrariedade da justiça divina com o pecado. Diante do que Cristo fez, não tem sentido nenhum imaginar que ainda devemos fazer algo que cative o favor divino ou algum mérito salvífico. Na verdade isso completa loucura.
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