Comentário da Lição da
Escola Sabatina – Lição 04 – 4º Trimestre 2012
(20-27 de outubro)
Comentário: Gilberto G.
Theiss[1]
SÁBADO,20 DE OUTUBRO
Salvação:
a única solução
“Porque
Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o Seu filho unigênito, para que todo
o que crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Sl 100:3).
Pensamento Chave: Embora nossos atos inconsequentes nos prive do céu, não estaremos lá por causa deles. É justamente este paradoxo que nos garante pelo menos uma certeza, de que Deus executou misericórdia sem anular sua justiça. É paradoxal porque Deus ofertou sua própria vida justa para resgatar vidas injustas.
O
dilema da morte é um dos mistérios mais preocupantes. Há empresários que
investem pesado para que cientistas renomados pesquisem e descubram o segredo
ou fórmula para prolongar a vida e tornar o homem imortal. Segundo eles, dentro de 50
anos, será possível chegar aos 150 anos de vida com aparência de 30, pois, não
haverá mais doenças como câncer ou Alzheimer, a medicina será apenas preventiva
e as pessoas só morrerão se quiserem. Quem diz isso não é astrólogo, vidente
nem guru. As previsões são de um cientista venezuelano chamado José Luís
Cordeiro que conduz suas
pesquisas sobre o futuro no câmpus da agência espacial dos EUA, Singularity
University, da Nasa (National
Aeronautics and Space Administration). No entanto, é válido lembrar que,
estas especulações duram décadas e embora a ciência tenha superado grandes
expectativas, o problema do envelhecimento e morte tem sido uma pedra, ou
melhor, uma gigantesca montanha em seus sapatos. A Palavra de Deus ensina que,
o único antídoto para a morte é a salvação em Cristo. Os homens estão tentando
descobrir uma outra forma para desviar-nos da morte, mas, não há outro caminho,
a não ser o de optar em servir e amar a Deus. O segredo para a eternidade é
simples e está acessível a todos que desejarem – em Jesus Cristo.
DOMINGO, 21 DE OUTUBRO
A
extensão do problema
(Jo 2:25; Sl 59:2; Jr 17:9; Rm 5:12; Tg 5:1-7; Is
5:23; 2Ts 2:10)
A extensão do problema humano é mais
grave que imaginamos e se não fosse a bondade e misericórdia de Deus, todos nós
estaríamos perdidos para sempre. Observe:
·
Jo 2:25 – Não nada que Deus não conheça
da humanidade. Ele conhece a degradação em nós existente e o que é necessário
para restaurar todos de maneira individual.
·
Sl 59:2 – A maldade é uma ameaça
constante. Mesmo os inocentes e passivos estão sob o fardo da insegurança de um
mundo mau, egoísta e sem amor e respeito para com o próximo. Hoje em dia, por
meio de bandidos, assaltantes, drogados, bêbados, vidas humanas são tiradas
como se fosse um inseto.
·
Jr 17:9 – O coração humano é
extremamente perverso. Não há nada de bom nos corações de uma sociedade
corrompida pelo pecado. Muitos são capazes de serem tão frios emocionalmente a
ponto de não ter piedade dos mais sofridos e necessitados. Lembro-me de uma reportagem
de um rapaz que havia assassinado uma outra pessoa a sangue frio. Na
reportagem, quando foi-lhe perguntado do porque que cometeu aquela atrocidade,
o assassino respondeu que havia tirado a vida daquela pessoa por prazer. Isto
revela o quanto a vida se torna tão insignificante diante da maldade humana.
·
Rm 5:12 – A morte é a prova de que todos
pecaram e continuam sendo pecadores. O poder da morte revela o tamanho do poder
do pecado. A única garantia de que a morte não mais existirá, será a erradicação
plena do pecado sobre a vida humana e da terra.
·
Tg 5:1-7 – A injustiça é uma das maiores
mazelas existentes no mundo. A corrupção, sem nenhum exame de consciência em
seus autores, levam à morte milhares e milhares de pessoas todos os dias. A
fome no mundo que mata cerca de 1 milhão de pessoas por ano é uma evidência da
ganância, injustiça e maldade humana. Enquanto que poucas pessoas vivem sob o
luxo e com um dinheiro que jamais será usado em vida, por ser muito, milhões
vivem na miséria, pobreza, padecendo por grandes necessidades.
·
Is 5:23 – O suborno e a injustiça
reveste os ímpios como um adorno, enquanto que os justos e sóbrios vivem em
profundo sofrimento por causa destes atos maus.
·
2Ts 2:10 – O amor da verdade não brotou
nos corações dos injustos e maus, mas, os que sofrem por causa de todas as
maldades e injustiças, resplandecerão com Cristo em Sua vinda gloriosa.
Deus poderia ter lançado este mundo nos confins do universo para dele
nunca mais se lembrar. No entanto, não foi isto que Ele fez. O Senhor preferiu
estabelecer um meio perfeito de salvação para nos trazer de volta à vida, este
meio foi estabelecido através de Jesus Cristo.
SEGUNDA, 22 DE OUTUBRO
A
provisão de Deus: parte 1
(Tt 1:1-2; Ef 1:3-5; 2Ts 2:13-14; Ap 13:8)
Algumas
pessoas duvidam da justiça e sabedoria de Deus em tratar o problema do pecado.
Afirmam que, se Deus já sabia que tudo isto aconteceria, porque permitiu? Se
Deus sabia que Lúcifer estabeleceria uma rebelião, porque então o criou? Se
sabia que Adão e Eva pecariam trazendo ruina e miséria a todos os seres
humanos, porque então manteve o plano de cria-los? A questão é que, se Deus,
por conhecer o futuro, deixasse de criar Lúcifer ou até mesmo Adão e Eva para
impedir a desgraça, mesmo sendo do bem, todos nós seríamos escravos do bem. Se
Deus manipulasse a história futura, Ele estaria impedindo o dom do livre
arbítrio. Os seres criados amariam a Deus sim, mas, seria um amor manipulado
que somente Deus saberia. No entanto, Deus permitiu o ciclo natural da história
futura, mesmo sob o dilema do pecado para que todos pudessem compreender até
que ponto Deus respeita o nosso livre arbítrio. Assim, embora permitisse a
rebelião e o pecado, Ele se preparou para quando viesse, se disponibilizando
como antídoto através de sua própria vida, sofrimento e morte. Em outras
palavras, Deus se encarnou para suportar tudo o que suportamos e ao mesmo tempo
poder comprar o direito de redimir os que se interessam pela redenção. Não é
maravilhoso compreender a dimensão do caráter de Deus tão repleto de amor,
bondade e misericórdia? O plano da redenção já estava prontamente elaborado
desde a fundação do mundo, e isto revela que Deus não foi pego de supresa.
TERÇA, 23 OUTUBRO
A
provisão de Deus: parte 2
(Lc
18:9-14; Is 53:4-7; Rm 3:19-24, 28; Zc 3:1-4)
Interessante notar que, Jesus mediante Sua graça pode
resgatar-nos do poder da morte eterna. Isto chamamos de justificação. Imagine
um grande tribunal julgando um caso perdido. O réu é sentenciado a morte por
cadeira elétrica. No entanto, o juiz se levanta e pergunta se por acaso alguém
na plateia aceitaria deixar o réu vivo colocando-se no lugar dele na cadeira
elétrica. Bom, dificilmente alguém se colocaria a disposição, especialmente se
o réu realmente for grotescamente culpado. A verdade é que, embora as pessoas
não se colocasse a disposição para tal feito, Jesus, nas cortes celestiais
levantou as mãos quando a humanidade estava perdida para sempre. Ele sentou na
cadeira elétrica por você e por mim livrando-nos da trágica condenação – mesmo nós
sendo culpados. A grande realidade é que Jesus poderia ter lançado este planeta
nos confins do universo para dele nunca mais se lembrar. No entanto, não foi
isto que Ele fez. Isto é, no mais profundo sentido, salvação pela graça.
A respeito da santificação, nós adventistas do sétimo dia
compreendemos que Jesus não veio apenas para nos livrar do poder da morte, mas,
também do poder do pecado. Sua graça não nos resgata no pecado, mas do pecado.
Existe uma obra que é comumente realizada em nossas vidas pela presença do
Espírito Santo. É ele quem regenera todo o nosso ser para que, gradativamente,
venhamos ter nojo e ódio do pecado, e amor, desejo e apego pelas coisas
espirituais. A graça tira o pecador do mundo, e a santificação tira o mundo do
pecador. A graça que salva é a mesma que nos conduz a cumprir os deveres da
vida cristã (Santificação 81 e 87).
Embora a graça nos salve da morte e ao mesmo tempo do
poder do pecado, temos que reconhecer que, a natureza pecaminosa ainda
permanecerá como obstáculo ao nosso crescimento em Cristo. A luta entre carne e
espírito será evidente e real mesmo depois de termos sido alcançados pela
graça. O processo de regeneração é contínuo e ascendente, mas, o poder do
pecado através de nossa natureza caída, tentará resistir até o fim. Percebemos
que, quando Jesus retornar, através de um momento chamado de glorificação, para
sempre deixaremos de ter essa natureza que, constantemente, nos arremete às nossas
fraquezas. Mas, a desarraigação desta natureza somente ocorrerá quando Jesus
retornar em sua segunda vinda. O fato de ainda permanecermos com uma natureza
ruim, não significa que seja uma desculpa para se render a ela. Na verdade significa
que teremos uma gladiação contínua através de uma entrega de nossas vidas,
gostos e opiniões pessoais a Deus. Se quisermos ser vitoriosos contra nossa
natureza, deveremos estar em plena comunhão com
o céu diariamente, e sem cessar.
QUARTA, 24 DE OUTUBRO
A
experiência da salvação: parte 1
(Rm
3:23-25; Ef 2:8)
O
perdão é um dom imensurável, pois, através dele é que podemos ter paz. Um bom
exemplo que pode simplificar este fato é observar alguém que possuía uma dívida
muito alta e ao mesmo tempo não tendo nenhuma condição de resolver a divida.
Para uma pessoa de boa índole, isto seria motivo para profundas crises
psicológicas, vergonha e muita dificuldade para dormir. Com Deus é exatamente
isto que ocorre, pois, quando somos tocados pelo Espírito de Deus, nossa mente
se abre de tal maneira que descobrimos e percebemos o quanto estamos com a vida
cheia de mazelas. Nossa dívida diante da justiça de Deus é impagável. Neste
contexto, observando o perdão de Cristo, somos comovidos e preenchidos por um
sentimento sobrenatural de gratidão. Nem mesmo a eternidade será capaz de
diluir de nossos corações o quanto Deus foi bondoso em conceder perdão para
quem jamais mereceu. A experiência da salvação é inigualável, especialmente
quando entendemos o que significou a salvação para nós diante dos sacrifício
feitos por Deus.
QUINTA E SEXTA 25 e 26 DE
OUTUBRO
A
experiência da salvação: parte 2
(Ef 2:1-5; 2Co 5:17; I Jo 3:20; Is 64:6; Rm 5:16,
18; 8:1; Lc 7:47)
Ser
salvo por Cristo é mais profundo que imaginamos. Existem àqueles que ainda
insistem com a ideia fixa de que devemos fazer algo para garantir a salvação. Observe
com atenção que, embora nossos atos inconsequentes nos prive do céu, não
estaremos lá por causa deles. É confusa esta declaração, mas, ao mesmo tempo é
bastante reveladora. É justamente este paradoxo que nos garante pelo menos uma
certeza, de que Deus executou misericórdia sem anular sua justiça. É paradoxal
porque Deus ofertou sua própria vida justa para resgatar vidas injustas.
Observe esta linda declaração de Ellen White a este respeito:
“Alei requer
justiça – vida justa, caráter perfeito; e isso não tem o homem para dar. Não
pode satisfazer as reivindicações da santa lei divina. Mas Cristo, vindo à
terra como homem, viveu vida santa, e desenvolveu caráter perfeito. Estes
oferece Ele como dom gratuito a todos quantos o queiram receber. Sua vida
substitui a dos homens. Assim obtêm remissão de pecados passados, mediante a
paciência de Deus. Mais que isso, Cristo lhes comunica os atributos divinos.
Forma o caráter humano segunda a semelhança do caráter de Deus, uma esplêndida
estrutura de força e beleza espirituais. Assim, a própria justiça da lei se
cumpre no crente em Cristo. Deus pode ser “justo e justificador daquele que tem
fé em Jesus.” (DTN, p. 762).
[1] Gilberto G. Theiss, nascido no estado do Paraná, é membro da
Igreja adventista do Sétimo dia desde 1996. Crê integralmente nas 28 doutrinas
Adventista como constam no livro “Nisto Cremos” e “tratado teológico
adventista” lançado pela “Casa Publicadora Brasileira”. Foi ancião por 3 anos
na Igreja Adventista do Sétimo dia da cidade Nova Rezende/MG e por 6 anos na
Igreja Central de Guaxupé/MG. Foi Obreiro bíblico e colportor efetivo por um
ano na mesma cidade e hoje, além de ser coordenador do curso básico de reforço
teológico para líderes de igreja pelo site www.altoclamor.com, está
Bacharelando no Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia e cursou
extensão em arqueologia do oriente próximo pela UEPB. Gilberto G. Theiss é
autor de vários livros e artigos e é inteiramente submisso e fiel tanto à
mensagem bíblico-adventista quanto à seus superiores no movimento Adventista
como pede hebreus 13:17. Toda a mensagem falada ou escrita por este autor é
filtrada plenamente pelo que rege a doutrina bíblica-adventista do sétimo dia. No
entanto Gilberto Theiss faz questão de ressaltar que, toda esta biografia acima
é destituída de valor, e que o único currículo valioso que possui é o de Deus,
sua família, irmãos e amigos fazerem parte de sua vida. O resto tem o seu
devido lugar, porém fora e bem distante do pódio. Contato:
gilbertotheiss@yahoo.com.br