Comentário da Lição da Escola Sabatina – Lição 11 – 4º Trimestre 2010 (4 a 11 de dezembro)
Comentário: Gilberto G. Theiss
SÁBADO, 04 DE DEZEMBRO
A viúva de Sarepta, O salto de fé
(Fl 1:6)
“Estou convencido de que aquele que começou boa obra em vocês, vai completa-la até o dia de Cristo Jesus” (Filipenses 1:6).
Imagine sua vida num intenso e profundo caos irreparável. Seu marido ou esposa morre, e devido a grande pobreza em seu lar, a única herança que lhe sobrava eram os boletos e contas para pagar. Ao colocar a mão no bolso ou na carteira, percebe que não lhe sobrava absolutamente nenhuma moedinha. Olha para o campo e não consegue ver nenhum tipo de alimento que pudesse colher. Olha na dispensa, e tudo o que encontra é um bocado de farinha que dá apenas para fazer um misero pão. Depois de fazer o pão, percebe que somente uma pessoa poderá comer dele. Assim, decide deixar para seu filho para que ele possa viver um pouco mais. No entanto, derepente, do nada, aparece um desconhecido dizendo ser um mensageiro enviado por Deus e lhe pede este único pão. Bom, se você sentiu calafrios ao imaginar essa narrativa em sua vida, saiba que o personagem que vamos estudar nesta semana se encaixa perfeitamente com esta história. A viúva de Sarepta apresenta para nós um quadro vívido do conflito entre o céu e a terra, Satanás e Cristo e como Deus é capaz de agir na vida daqueles que mesmo em face da morte ainda depositam confiança Nele.
Leitura Adicional
“Cristo era o espírito de verdade. O mundo não quis ouvir Suas súplicas. Não quiseram aceita-lo como seu guia. Não puderam discernir coisas invisíveis; coisas espirituais eram desconhecidas para eles. Mas Seus discípulos veem nEle o Caminho, a Verdade, e a Vida. E eles terão Sua presença permanente. Deverão ter um conhecimento experimental do único verdadeiro Deus e de Jesus Cristo a quem Ele enviou. A estes, Ele diz: Vocês não mais dirão: Não podemos compreender. Vocês já não veem através de um espelho obscuro; devem compreender com todos os santos qual é o comprimento, a profundidade, largura e altura do amor de Cristo, que ultrapassa toda compreensão. Aquele que tem começado a boa obra em vocês há de completá-la até o dia de Jesus Cristo. A honra a Deus e a Jesus Cristo estão envolvidas na perfeição de seu caráter. Sua parte é cooperar com Cristo, para que possam ser completos nEle. Estando unidos a Ele pela fé, crendo e recebendo-o, nos tornamos parte dEle. Nossa caráter é Sua glória revelada em nós” (The Southern Review, 25 de outubro de 1898).
DOMINGO, 05 DE DEZEMBRO
Para Sarepta
(Sl 86:8; Jr 10:6; Hb 1:1-3; Jó 38)
No tempo de Elias, o reino de Israel se tornara totalmente idolatra esquecendo-se de Deus. Que ironia, a nação erigida por Deus e que o adorava, agora, à mercê da idolatria. A adoração a Baal se tornara a religião oficial do reino de Israel. Diante de tal infortúnio, Deus havia impedido que chovesse durante algum tempo para demonstrar a Acabe que seu deus nada podia fazer por eles. Assim como bem expressou o Salmista, “Não há entre os deuses semelhante a ti, Senhor; e nada existe que se compare às tuas obras” (Sl 86:8). Jeremias também evidenciou em palavras tal realidade ao proferir que “Ninguém há semelhante a ti, Ó Senhor; tu és grande, e grande é o poder do teu nome” (Jr 10:6).
Devido à ausência da chuva, Israel se desfigurava diante da grande seca. As belas selvas e esplendoroso lagos que existiam na época perderam o seu encanto e beleza por causa da falta da chuva. Nesta circunstância, Deus enviou o profeta Elias até Sarepta (IRs 17:1-9). Sarepta se encontrava dentro das terras da fenícia, lugar de onde saíra a temida rainha Jezabel. Foi através desta mulher que a adoração a Baal se espalhara sobre Israel. O mais intrigante nesta narrativa, é que Sarepta ficava fora das terras de Israel, e ali na fenícia, havia alguém que clamara ao Senhor por sua própria sorte. Deus é tão maravilhoso, misericordioso e amoroso que foi capaz de retirar Elias de Israel para enviá-lo a uma terra que estava além das fronteiras, que era o centro do paganismo, com o objetivo de encontrar-se com a viúva. Muitos são tentados a pensar que Deus os abandonou, ou que as portas do céu se fecharam para eles. Algumas vezes são incomodados com o aparente silêncio de Deus, supondo que Ele tenha virado as costas e ido embora. Saiba que, Deus não se esquece de absolutamente ninguém; e na história da viúva de Sarepta, se apresenta como um vigia que não dorme e que está sempre atento as necessidades daqueles que o invocam. Você pode estar em qualquer lugar deste mundo. Pode estar perdido em uma grande selva ou em um grande deserto, no entanto, os olhos de Deus o contemplam e suas mãos sempre estão preparadas para o socorrer no momento oportuno.
Leitura Adicional
“A oração de Elias foi respondida, Apelo, censura e advertência foram insuficientes para levar Israel ao arrependimento. Chegou o tempo em que Deus devia falar-lhe por meio de juízos. Os adoradores de Baal alegavam que os tesouros do céu, o orvalho e a chuva, não vinham de Jeová, mas das forças dominantes da natureza. Os sacerdotes de Baal ensinavam que era através da criativa energia do Sol que a terra era enriquecida e capacitada para produzir abundantemente. A fim de que a Israel pudesse ser mostrada a loucura de confiar no pode de Baal para bênçãos temporais, a maldição de Deus foi que repousasse preguiçosamente a terra poluída. Até que Israel voltasse para Ele com arrependimento, e reconhecendo-O como a fonte de toda bênção, não cairia nem orvalho nem chuva sobre a terra. ... Foi somente pelo exercício de firme fé no infalível poder da palavra de Deus que Elias proferiu sua mensagem” (Review and Herald, 14 de agosto de 1913).
“O mundo material está sob o governo de Deus. A natureza obedece às leis naturais. Tudo fala e atua em harmonia com a vontade de Deus. Nuvens e Sol, orvalho e chuva, vento e tempestade, tudo está sob a superintendência de Deus e presta obediência implícita a Seu mandado. Em obediência à lei ou à vontade do Altíssimo, é que o caulículo da semente irrompe no solo. ‘Primeiro, a erva, depois, a espiga, e, por último, o grão cheio na espiga’ (Mc 4:28). A estes, Deis desenvolve em sua estação própria, pois não se opõem à Sua operação. Será que o homem, criado à semelhança de Deus, dotado de raciocínio e linguagem, seja o único indigno de Suas dádivas e desobedientes à Sua vontade? Causarão unicamente os seres racionais confusão em nosso mundo?” (Parábolas de Jesus, p. 81,82).
SEGUNDA, 06 DE DEZEMBRO
Um instrumento incomum
(IRs 17:7-12)
Por algum tempo Elias ficou escondido nas montanhas às margens do ribeiro de Querite. Segundo o Espírito de Profecia, ali Elias foi alimentado pelo anjo celestial (Review and Herald, 28 de agosto de 1913). Logo depois, Elias é enviado à Sarepta para se refúgiar na casa de uma estrangeira que Deus havia ordenado que o alimentasse. Esta mulher não era Israelita, mas demonstrava sinceridade e confiança perante o Senhor. “Nesse lar acometido pela pobreza, a fome oprimia dolorosamente; e a miseravelmente escassa comida estava prestes a faltar. A chegada de Elias justamente no dia em que a viúva temia que devesse renunciar à luta pelo sustento da vida, provou ao máximo sua fé no poder do Deus vivo para prover suas necessidades. Mas, mesmo em sua terrível extremidade, ela deu testemunho de sua fé na presença do estranho, que agora lhe pedia que partilhasse com ele seu último bocado...” (Review and Herald, 28 de agosto de 1913).
Segundo a revelação, “nenhuma prova de fé maior que essa poderia ter sido requerida. A viúva, até então, tinha tratado todos os estrangeiros com bondade e liberalidade. Agora, sem pensar no sofrimento que poderia resultar para si mesma e para seu filho, mas confiando no Deus de Israel para suprimento de suas necessidades, ela enfrentou esse supremo teste de hospitalidade, fazendo ‘segundo a palavra de Elias’ (Ibdem)
Observe que, Deus já dera o primeiro passo para salvar a viúva de sua sorte infeliz. Na verdade Ele deu uma oportunidade de resposta à viúva pela dádiva da presença de um profeta em seu lar que representava a presença e bênção de Deus. Assim acontece conosco hoje, pois, sempre que respondemos a Ele com nossas dádivas, amor e obediência, é porque Ele já fizera algo por nós antes que pudéssemos fazer algo por ele. O mais curioso é que, Deus acaba sempre nos abençoando duas ou mais vezes. A viúva já havia recebido a bênção pela presença do profeta, e novamente Deus a abençoa quando responde amistosamente oferecendo ao mensageiro do Senhor o seu único alimento. Assim bem ilustrou Jesus, quando alimentamos ou vestimos um pobre, seria como se estivéssemos alimentando o próprio Cristo. Quando a mulher respondeu ao apelo do Espírito Santo no coração, para alimentar o profeta, estava respondendo positivamente primeiramente a Deus. E como sempre, o Senhor não consegue ficar em silêncio quando uma alma tão generosa responde à sua vontade de maneira tão confiante e amorosa como apresentou esta pobre viúva. Não tenho dúvidas que, a fidelidade a Deus sempre irá nos resultar em bênçãos em todos os sentidos da vida. O pecado, a transgressão ou a distância de Deus sempre resultarão em ruína e desgraça. No entanto, a obediência sempre redundará em alívio, proteção e felicidade. Mesmo que em algumas vezes isso não aconteça, ainda assim vale a pena servir ao Senhor.
Leitura Adicional
“Deus dirige Seus filhos por um caminho que eles não conhecem; mas não se esquece do que nEle põem a confiança, nem os rejeita. ...Deus permite que as provações assaltem Seus filhos a fim de que pela sua constância e obediência possam eles mesmos enriquecer espiritualmente, e possa o seu exemplo ser uma fonte de força aos outros. As mesmas aflições que da maneira mais severa provam nossa fé, e fazem parecer que Deus nos abandonou, devem levar-nos para mais perto de Cristo, para que possamos depor todos os nossos fardos a Seus pés, e experimentar a paz que Ele, em troca, nos dará” (Patriarcas e Profetas, p. 129).
“Muitos mistérios ainda permanecem ocultos. Quanto do que é reconhecido como verdade é misterioso e inexplicável à mente humana! Quão escuras parecem as dispensações da providência! Que necessidade há para implícita fé e confiança no governo moral de Deus! Estamos prontos a dizer como Paulo: ‘Quão insondáveis são os Seus juízos, e quão inescrutáveis, os Seus caminhos!’
Não somos agora suficientemente avançados em conhecimento dos feitos espirituais para compreender os mistérios de Deus. Mas, quando constituirmos a família do céu, esses mistérios serão desdobrados diante de nós. A respeito dos membros daquela família, João escreveu: ‘Jamais terão fome, nunca mais terão sede, não cairá sobre eles o sol, nem ardor algum, pois o Cordeiro que Se encontra no meio do trono os apascentará e os guiará para as fontes da água da vida. E Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima.’ Contemplarão a Sua face, e na sua fronte está o nome dEle.” (SDA Bible Commentary, v.6, p.1091).
TERÇA, 07 DE DEZEMBRO
Entrega total
(IRs 17:13-16)
Há muita coisa que precisamos aprender diante de Deus. A fé genuína e profunda é uma dessas coisas. Qual é o cristão que nunca foi sido surpreendido por Deus num momento de profunda crise? Qual o cristão que nunca passou pela experiência de, num último instante, receber bênçãos maravilhosas de maneira sobrenatural? Se você ainda não experimentou, como a viúva, não hesite em dar os passos necessários para que Deus atue em sua vida.
Saiba que, com Deus, é sempre assim. Ele, embora exija de nós o raciocínio em todas as coisas, nunca age conosco seguindo os parâmetros de nossa racionalidade. Deus não se apresenta de acordo com a lógica humana. Na experiência da viúva, a condição do milagre estava baseada num ato de entrega absoluta e total. Nós, que vivemos em pleno século XXI devemos passar por experiências semelhantes como desta mulher. Deus não exige menos fé de nós que a exigida da viúva de Sarepta. Ele espera que entreguemos nossa vida por completo, sem reservas, e se assim fizermos, Ele não hesitará em se manifestar, concedendo-nos seu cuidado e suas bênçãos. Deus não quer nossas migalhas; não pretende que demos a Ele somente do que está sobrando; Ele requer de nós, entrega completa, de todo o nosso ser, vida, tempo, dinheiro, pensamentos, louvor, honra, amor e afeição.
Observe que, a promessa estendida a viúva, seria derramada enquanto houvesse chuva sobre a terra, nada lhe faltaria. Se esta mulher estivesse viva até os dias de hoje, ainda continuaria recebendo tais bênçãos, pois as chuvas caem sobre a terra até em nossos dias. Enquanto formos fiéis ao Senhor, suas promessas serão contínuas e permanentes e se estenderão não somente a nós, mas também a toda a nossa família, pois a bênção, embora feita à viúva, se estendeu também a seu filho. O que mais é preciso para confiarmos no Senhor e nos entregar a Ele por completo? O que precisa acontecer para que consigamos entender isto com profundidade? Ore, pense e responda a si mesmo (a).
Leitura Adicional
“Foi admirável a hospitalidade mostrada para com o profeta de Deus por essa mulher fenícia, e sua fé e generosidade foram maravilhosamente recompensadas. “Assim, comeram ele, ela e sua casa muitos dias. Da panela a farinha não se acabou, e da botija o azeite não faltou, segundo a palavra do Senhor, por intermédio de Elias” (Review and Herald, 28 de agosto de 1913).
“O privilégio concedido a Abraão e a Ló, não é negado a nós. Mostrando hospitalidade aos filhos de Deus, também nós podemos receber Seus anjos em nossa morada. Mesmo nos dias atuais, anjos em forma humana entram no lar dos homens e são aí hospedados por eles. E os cristãos que vivem à luz do rosto de Deus estão sempre acompanhados por anjos invisíveis, e esses seres santos deixam após si uma bênção em nosso lar” (Testemunhos para a Igreja, v. 6, p.342).
“A salvação é um dom gratuito e contudo deve ser comprado e vendido. No mercado que está sob a administração do favor divino, a preciosa pérola é representada como sendo comprada sem dinheiro e sem preço. Nesse mercado, todos podem obter as mercadorias celestiais. A tesouraria das joias da verdade está aberta a todos. ‘Eis que diante de ti pus uma porta aberta’ declara o Senhor, ‘e ninguém a pode fechar’ (Ap 3:8). Espada alguma guarda a entrada desta porta. Vozes do interior e de junto à porta dizem: Vem. A voz do Salvador nos convida ansiosa e amavelmente: ‘Aconselho-te que de Mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças’ (Ap 3:18; Parábolas de Jesus, p. 116-117).
“Deus não aceitará nada menos do que entrega incondicional. Cristãos indiferentes e corruptos não poderão entrar no Céu. Eles não encontrariam felicidade ali, pois nada sabem dos elevados e santos princípios que governam os membros da família real. O verdadeiro cristão mantém as janelas do coração abertas em direção ao Céu. Ele vive em comunhão com Cristo. Sua vontade está de acordo com a vontade de Cristo. Seu mais elevado desejo é se tornar cada vez mais semelhante a cristo (Review and Herald, 16 de maio de 1907).
QUARTA, 08 DE DEZEMBRO
Lembrando-me dos meus pecados
(IRs 17:17-18)
O que julgo mais importante aprendermos nesta história pode ser explicado de duas formas:
1º Fé e Obediência nem sempre impedirão as aflições – Embora em nossa vida, tenhamos oferecido o melhor que temos, segundo a luz que recebemos, ainda assim, as aflições do dia a dia poderão nos assaltar. Jó (Jó 42:5) e Lázaro (Jo 11:3) são dois exemplos claros, pois Jó foi considerado justo e Lázaro, assim como a nós, era amado por Jesus, e mesmo assim o infortúnio da vida os importunou num devido momento. A fé e a obediência podem diminuir os sofrimentos e percalços da vida, no entanto, caso aconteça o que não esperamos, devemos aguardar com maior confiança no que Deus ainda pode fazer por nós. O que importa não é se seremos atingidos pelas surpresas negativas desta vida, mas o que Deus é capaz de fazer para solucioná-las. É neste ínterim que entra o papel da fé e da obediência. Munido destas duas ferramentas, as consequências da atuação de Deus serão mais certas e claras.
2º Nos condenamos diante da pureza de Cristo - Quando os nossos bálsamos são retirados, Deus nos faz lembrar de nosso defeito de caráter com o objetivo de manter fresco em nossa memória nossa real condição e o valor da cruz de Cristo. Deus, muitas das vezes, apenas permite as consequências naturais advindas do dia a dia nesta vida; no entanto, se tivermos fé, Ele estará pronto a intervir. O primeiro passo que devemos dar quando situações probantes acontecerem conosco, é o reconhecimento de que somos indignos e totalmente dependentes de Deus.
A viúva, como bem ilustrou o autor, deve ter comparado sua vida com a do profeta e se sentido perdida por tamanha diferença de caráter. Assim deve ser nossa sensação no dia a dia com Cristo. Quanto mais próximo de Jesus, mais certeza teremos de nossa indignação, pois, mais clara percepção teremos de nossa real situação.
Leitura Adicional
“Santidade e humildade são inseparáveis. Quanto mais a pessoa se aproxima de Deus, tanto mais completamente ela se humilha e se submete a Ele. Quando Jó ouviu a voz do Senhor, do meio de um redemoinho, exclamou: ‘...me abomino e me arrependo no pó e na cinza’ (Jó 42:6). Foi quando viu a glória do Senhor e ouviu os querubins clamarem: “Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos”, que Isaias exclamou: ‘Ai de mim, que vou perecendo! (Is 6:3,5). Daniel, quando visitado pelo santo mensageiro, disse: ‘e transmudou-se em mim a minha formosura em desmaio’ (Dn 10:8). Paulo, depois de arrebatado ao terceiro Céu e ouvir palavras que não era lícito ao homem pronunciar, fala de si mesmo como ‘o mínimo de todos os santos’ (Ef 3:8). João, o discípulo amado, que se aconchegou ao peito de Jesus e Lhe contemplou a glória, caiu como morto diante do anjo. Quanto mais de perto e mais constantemente contemplarmos nosso Salvador, tanto menos veremos em nós mesmos digno de aprovação” (Review and Herald, 20 de dezembro de 1881).
“Ao olharem para Cristo, os serafins e querubins cobrem a face com as asas. Não ostentam sua própria perfeição na presença e glória de seu Senhor. Quão impróprio é, pois, que os homens se exaltem! Revistam-se, antes, de humildade, cesse toda luta pela supremacia, e aprendam o que significa ser manso e humilde de coração. Aquele que contempla a glória e o infinito amor de Deus, terá de si mesmo opinião humilde; mas contemplando o caráter divino, será transformado na imagem divina” (Review and, Herald, 25 de fevereiro de 1896).
“Os serafins habitam na presença de Jesus, todavia com suas asas velam seu rosto e os pés. Eles olham com reverência o Rei em Sua beleza e se cobrem. Quando Isaias viu a glória de Deus, sua alma foi prostrada ao pó. Por causa da clara visão que graciosamente lhe foi permitido contemplar, ele se encheu de auto-humilhação. Esse será o efeito sobre a mente humana, quando sobre ela brilharem os raios do sol da justiça. A luz da glória de Deus revelará todo o mal escondido, e levará a pessoa à humilde confissão. À medida que a crescente glória de Cristo é revelada, o agente humano não encontrará glória em si mesmo; pois a escondida deformidade de sua alma é posta a descoberto. Então, a estima própria e a autoglorificação se tornam extintas. E o eu morre e Cristo vive” (The Bible Echo, 3 de dezembro de 1894).
QUINTA E SEXTA, 09 E 10 DE DEZEMBRO
Provando a fé
(IRs 17:17-24)
Constantemente, nossa fé tem sofrido severas provas. Todos os dias temos algo, pequeno ou grande, a negar ou aceitar. Grandes ou pequenos obstáculos se interpõem entre nós e o Céu tentando obstruir nossa capacidade de confiar em Deus. Mesmo dentre os mais próximos de Jeová, existem aqueles que chocam-se com Deus com questionamentos e dúvidas. É difícil reagirmos positivamente quando algumas coisas nos chocam nos fazendo acreditar que o Senhor dormiu no ponto quando determinadas coisas aconteceram. Nossa reação, em algumas destas circunstâncias são como a reação de Elias, que surpreso, luta com Deus em busca de uma resposta.
Em nossos dias, são tantas as tragédias e decepções, que as vezes nos levam a duvidar da direção de Deus sobre a história e vida de Seu próprio povo. No entanto, embora pareça que Ele não irá responder, somos mais surpreendidos ainda quando Ele intervém dando-nos muitas das vezes uma solução maior do que a que esperávamos. De uma coisa podemos ter certeza: Deus é sábio de mais para errar e nós somos tolos de mais para não cometermos erros e equívocos. Também é válido lembrar que, se conhecêssemos o futuro como Deus conhece, nós tomaríamos as mesmas decisões que Ele toma em nosso favor.
Leitura Adicional
“Geralmente, os judeus acreditavam que o pecado é punido nesta vida. Toda enfermidade era considerada castigo de algum mau procedimento, fosse da própria pessoa, fosse de seus pais. É verdade que todo sofrimento é resultado da transgressão da lei divina, mas esta verdade tinha sido pervertida. Satanás, o autor do pecado e de todas as suas consequências, levara os homens a considerar a doença e a morte como procedentes de Deus – como castigo arbitrariamente infligidos por causa do pecado. Daí, aquele sobre quem caíra grande aflição ou calamidade sofria além disso por ser olhado como grande pecador...
Deus dera uma lição destinada a evitar isso. A história de Jó mostrava que o sofrimento é infligido por Satanás, mas Deus predomina sobre ele para fins misericordiosos. Mas Israel não entendia a lição. O mesmo erro pelo qual Deus reprovara os amigos de Jó, repetiu-se nos judeus em sua rejeição de Cristo (O Desejado de Todas as Nações, p. 471).
Gilberto G. Theiss, nascido no estado do Paraná, é membro da Igreja adventista do Sétimo dia desde 1996. Crê integralmente nas 28 doutrinas Adventista como consta no livro “Nisto Cremos” lançado pela “Casa Publicadora Brasileira”. Foi ancião por 3 anos na Igreja Adventista do Sétimo dia da cidade Nova Rezende/MG e por 6 anos na Igreja Central de Guaxupé/MG. Foi Obreiro bíblico na mesma cidade e hoje, além de ser coordenador do curso básico de reforço teológico para líderes de igreja pelo site www.altoclamor.com, está Bacharelando no Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia. Gilberto G. Theiss é autor de alguns livros e é inteiramente submisso e fiel tanto a mensagem bíblico-adventista quanto a seus superiores no movimento Adventista como pede hebreus 13:17. Toda a mensagem falada ou escrita por este autor é filtrada plenamente pelo que rege a doutrina bíblica-adventista do sétimo dia. Contato: gilbertotheiss@yahoo.com.br