Comentário da Lição da Escola Sabatina – Lição 02 – 4º Trimestre 2010 (02 a 9 de Outubro)


Comentário da Lição da Escola Sabatina – Lição 02 – 4º Trimestre 2010 (02 a 9 de Outubro)

Comentário: Gilberto G. Theiss

SÁBADO, 02 DE OUTUBRO
CALEBE: CONVIVENDO COM A ESPERA
(Sl 130:6,7)

“Espero pelo Senhor mais do que as sentinelas pela manhã; sim, mais do que as sentinelas esperam pela manhã! Ponha a sua esperança no Senhor, ó Israel, pois no Senhor há amor leal e plena redenção” (Sl 130:6,7).

Nesta semana vamos estudar sobre a vida de um grande herói que usou sua vida para dar significado a vida dos outros. Um homem que participou das experiências de seu povo. Uma das histórias mais lembradas e pregadas em nossos dias teve como coparticipante um dos homens mais impressionantes dentre o povo de Israel.
É muito fácil dizer que entendemos determinadas situações e coisas, mas, somente os que já passaram pela experiência, seja ela boa ou ruim, é que poderão compreender profundamente. Aqueles que dividiram ou participaram das devidas experiências serão os únicos que, com muita afinidade, poderão dizer: Eu sei o que você está passando (ou passou), pois isto já aconteceu comigo.

Esta abordagem nos será muito útil durante esta semana, pois o personagem que estudaremos  figurou assiduamente de cada experiência do povo de Israel desde a escravidão no Egito até a conquista de Canaã. Este fato tornará sua história e a do povo de Israel mais interessante e bem apreciativa. Portanto, aconselho que o investigador, além de estudar a lição e este comentário, também faça uso dos capítulos do livro patriarcas e profetas referente a estes temas em específico. Isto o enriquecerá sobremaneira dando-lhe uma visão mais ampla destas tão importantes narrativas.

Leitura Adicional:

“Líder de tribo em Israel, Calebe foi um dos escolhidos para espiar a terra de Canaã. Quando os espias retornaram dessa tarefa, as vozes de seus companheiros se ergueram em murmuração. Reconheceram a excelência da terra: “O povo, porém, que habita nessa terra é poderoso”, disseram, “e as cidades, mui grandes e fortificadas; também vimos ali os filhos Anaque” (Nm 13:28).
Calebe viu as dificuldades tão claramente como fizeram os outros espias, mas ele ficou firme no posto que Deus lhe havia atribuído. Ele não iria fugir a nenhuma responsabilidade desagradável, e agora,  diante de seus companheiros covardes qu estavam ameaçando apedrejá-lo, clamou com retumbante voz: “Eia! Subamos e possuamos a terra, porque, certamente, prevaleceremos contra ela” (Nm 13:30).
Foi a fé que Calebe depositou em Deus que lhe deu coragem, que o guardou do temor do homem, e o capacitou a permanecer corajosa e resolutamente em defesa do direito. Confiando no mesmo poder – o poderoso General dos exércitos do Céu – todo fiel soldado da cruz de Cristo pode receber força e coragem para vencer os obstáculos que parecem intransponíveis (Review and herald, 30 de maio de 1912).

DOMINGO, 03 DE OUTUBRO
“OS FATOS”
(Nm 13:26-14:2)

Moisés havia escolhido doze espias para fazer reconhecimento da terra e fornecer um relatório preciso de seu valor  e de seus moradores. Eles passaram quarenta dias explorando e juntando informações que fossem importantes. Quando retornaram, não trouxeram apenas informações, trouxeram também enormes frutos como evidência da beleza e da excepcional condição que esta terra oferecia aos seus moradores.

A história dos espias apresenta com exatidão o que muitas das vezes acontece em nossos dias. Os doze espias não foram unânimes quanto a possibilidade de conquista, pois, dentre eles, apenas dois, Josué e Calebe, detalharam os fatos sobre uma visão bastante animadora, enquanto que os demais apresentavam os mesmos fatos sob condições desfavoráveis.

Todos os dois partidos presenciaram e se convenceram dos deleites da terra, mas apenas um grupo olhou para além dos obstáculos depositando os resultados da conquista inteiramente nas mãos de Deus. É muito difícil analisar este fato sem ter que tocar no assunto da entrega absoluta , fé e confiança  em Deus. É evidente que Josué e Calebe possuíam uma certeza extremamente profunda no cumprimento da promessa de Deus enquanto que os demais demonstravam incredulidade.

Temos muito o que aprender com estes dois homens, especialmente no tocante a coragem de se arriscar com Deus no que diz respeito à fé em detrimento da presunção.
Os príncipes que apresentaram um relatório bastante amedrontador, provavelmente se esqueceram dos feitos que Deus havia operado diante de seus olhos. Será que abrir o mar vermelho, lançar pragas sobre os egípcios, fazer água jorrar da pedra e o alimento cair do céu todos os dias por 40 anos não seriam evidências contundentes de que um poder maior e sobrenatural lhes seria um auxílio na conquista de Canaã?

Você já parou para pensar quantas vezes nós já levantamos pela manhã com um sentimento de incredulidade ou então, quantas vezes deixamos de acreditar em alguma promessa de Deus? Você já fez algo que mais tarde percebeu que havia agido com  falta de fé nos cuidados de Deus? Bom, cada um deve ter sua própria experiência e sentimento de culpa por ter, mesmo que seja por um momento, esquecido do quanto Deus está bem presente para ser-nos um socorro certeiro e pontual. O povo não conquistou a terra naquele contexto, e com exceção de Josué e Calebe, a maioria morreu no deserto, dando cumprimento da solicitação que saíra da própria boca do povo.

Outra lição importante para nós nesta história é que, com Deus as coisas não funcionam como nossos olhos veem ou como nossos ouvidos ouvem. Nossas interpretações dos fatos são recheadas de extremo racionalismo em negligência da fé. Nossas decisões devem ser racionais, mas nossas convicções e ações, muitas das vezes exigirão de nós usar um óculos diferente, o óculos que tem lentes com os graus da fé.

Leitura adicional:

Calebe foi firme e fiel. Ele não era orgulhoso. Não fez alarde de seus méritos e boas obras, mas sua influência sempre esteve ao lado do direito. E qual foi sua recompensa? Quando o Senhor pronunciou juízos sobre os homens que se recusaram a ouvir Sua voz, disse: “Porém o Meu servo Calebe, visto que nele houve outro espírito, e perseverou em seguir-Me, Eu o farei entrar na terra que espiou, e a sua descendência a possuirá” (Nm 14:24). Enquanto os covardes e murmuradores pereceram no deserto, o fiel Calebe obteve um lar na prometida Canaã. “Aos que Me honram, honrarei (Ism 2:30), diz o Senhor” (Testemunhos Para a Igreja, v.5, p. 303,304).

SEGUNDA, 04 DE OUTUBRO
“PERMANECENDO EM PÉ QUANDO NECESSÁRIO”
(Nm 13:30; 14:1-10, 20-24)

O Deus que Calebe servia era o mesmo que os demais opositores serviam. Parece estranho dizer isto, mas é a mais pura verdade. Como dois grupos de pessoas que possuem as mesmas crenças e ideais poderiam ao mesmo tempo ser tão diferentes ao ponto de um grupo se levantar ousadamente contra o outro com o intuito de matá-los?

Poderíamos imaginar tal situação quando estamos envolvidos com pessoas de religiões diferentes ou com visões de vida opostas: o que é muito comum em nossos dias. Todos os dias enfrentamos oposição por residirmos num mundo onde nem todos dividem os mesmos ideais religiosos que nós, entretanto, observe que este não era o caso ali no deserto de Parã. O povo de Israel além de possuírem os vínculos de nação eleita, ainda foram ligados com mais intensidade pelos feitos e milagres de Deus que os retirou da servidão do Egito.

Agora, mais uma demonstração sobrenatural estaria a total disposição deles para conquistar a terra prometida. Inclusive esta era outra razão para serem um povo muito unido na fé e nos propósitos, pois a promessa fora feita por Deus, e a razão de estarem ali não era outra, senão a de possuir uma terra que fora prometida desde os dias que saíram do Egito. Estavam no ápice, no climax desta grande jornada, e no momento em que deveriam ter maior demonstração de fé, foi na verdade, o momento de maior incredulidade e confusão. Infelizmente, foi exatamente neste ínterim que houve toda a agitação e discórdia. O Ato de Calebe se levantar para motivar o povo a confiar em Deus, teve um efeito adverso, e o povo, sob o controle do medo em aversão à fé, viam estes três homens de Deus como inimigos. A censura foi tão grande contra Josué, Moisés e Calebe que o povo se virou contra eles ao ponto de desejar matá-los.

A grande lição que podemos extrair desta narrativa é que, nem sempre ser da mesma fé, significará andar de mãos dadas em todas as coisas com todos. As doutrinas poderão fazer muito para manter a unidade e identidade de um povo, mas, a falta de fé, confiança plena em Deus e de visão espiritual das coisas poderão se tornar num dos maiores entraves na unidade daqueles que deveriam ser os mais unidos. Viver uma vida superficial de faxada poderá criar sérias complicações não apenas para as pessoas que vivem desta forma, mas também para todo o grupo em que estes fazem parte.

Mais cedo ou mais tarde esta superficialidade mostrará de que lado realmente estamos. Foi exatamente o que aconteceu com o povo, quando provas maiores lhes sobrevieram, pois demonstraram não estarem preparados e o mais surpreendente nesta história foi o tipo de reação que tiveram. Isto pode servir-nos de alerta, pois no final dos tempos, quando as provas se intensificarem ao nosso redor, descobriremos que os maiores inimigos não estarão lá fora, mas dentro de nossas próprias igrejas: “temos muito mais a temer de dentro do que de fora”, escreveu Ellen White (Mensagens Escolhidas, v.1, p. 122).

Chegará o dia em que deveremos demonstrar maior zelo e fé pela causa de Deus diante das pressões de uma perseguição vindoura, e isto implicará viver na contramão não do mundo apenas, mas do próprio grupo que vive ao nosso redor controlado pelo medo e pelo secularismo.

Leitura Adicional

Moisés e Arão se lançaram prostrados perante Deus, com o rosto em terra. Calebe e Josué, os dois que, dentre todos os doze espias, confiaram na palavra de Deus, rasgaram as vestes em angústia quando perceberam que esses relatórios desfavoráveis haviam desencorajado todo o acampamento. Empenharam-se em arrazoar com eles; mas a congregação estava cheia de loucura e desapontamento, e recusaram-se a ouvir esses dois homens. Finalmente, Calebe abriu caminho entre eles, e sua voz clara, sonora, foi ouvida acima do clamor de toda a multidão. Ele se opôs à opinião covarde de seus companheiros de espionagem, que haviam enfraquecidos a fé e a coragem de todo o Israel. Pediu a atenção do povo, e eles contiveram suas queixas por um momento para ouvi-lo. Ele falhou da terra que havia visitado. Disse ele: “Eia! Subamos e possuamos a terra, porque, certamente, prevaleceremos contra ela” (Nm 13:30). Mas enquanto ele falava, os espias infiéis o interrompiam, clamando: “Não poderemos subir contra aquele povo, porque é mais forte do que  nós” (Nm 13:31).

Esses homens, havendo começado em um caminho errado, endureceram o coração contra Deus, contra Moisés e Arão, e contra Calebe e Josué. Cada passo que avançavam nessa direção errada fazia-os mais firmes em seu desígnio de desanimar toda tentativa de possuir a terra de Canaã. Distorcem a verdade a fim de levar avante seu malévolo propósito (Testemunhos para a Igreja, v.4, p. 149,150).
“Havia apenas dois defendendo o direito, enquanto dez estavam em aberta rebelião contra seus líderes e contra Deus” (Testemunho para a Igreja, v.4, p.151).

TERÇA, 05 DE OUTUBRO
“REIVINDICANDO AS PROMESSAS DE DEUS”
(JOSUÉ 14)

            Depois de 40 anos entraram e levaram 5 anos para conquistar toda a terra, mas havia uma terra que ainda não havia sido conquistada. Uma tribo, descendentes de gigantes, subiram no monte de Hebron e ali ficaram escondidos. Monte é símbolo de eternidade e geralmente são os melhores lugares de refúgio e fortaleza. Por isso os gigantes ali se esconderam para se refugiarem.

            Então Josué disse: deixa os gigantes ali, afinal, esse monte não vale de nada, não produz nada. O interessante é que, enquanto o povo brigava pelas melhores terras, Calebe desejava a mais precária que ali existia: as montanhas dos gigantes. A princípio, quando Calebe tomou a frente para pedir um pedaço de terra primeiro que os demais, poderíamos supor que ele estava agindo por puro egoísmo. No entanto, quando ao final da história, percebemos que na verdade ele não queria permitir que a pior parte da divisão das terras sobrasse para outros. Ele preferiu as montanhas, lugar onde dificilmente poder-se-ia produzir algo. Além das dificuldades de uma terra não produtiva, ainda teria que enfrentar os gigantes que os amedrontava a 40 anos atrás. 

            Que lição extraordinária podemos aprender com este destemido líder. Demonstrou possuir plena confiança em Deus, e mesmo já velho, fez questão de ensinar ao povo, pela prática da fé, o que Deus teria sido capaz de fazer quando à 40 anos tiveram a oportunidade de conquistar a terra. Pelo poder de Deus, mesmo com 85 anos de idade, Calebe conquistou as montanhas cheias de inimigos gigantes provando a todos como Deus é fiel as suas promessas. 

            O mesmo Deus que agiu com Calebe, é o mesmo Deus que pretende agir em nossas vidas caso sejamos fiéis a Ele em pura demonstração de fé. É impossível não sermos vitoriosos se, diante das provas, por maiores que sejam, formos firmes e decididos em permanecer com Cristo, mesmo que isto venha nos custar muitos prejuízos. Na verdade, quando permanecemos firmes em Deus, os prejuízos que adquirimos são supérfluos diante das surpresas que Ele sempre nos faz.

Leitura Adicional:

“Os covardes e rebeldes haviam perecido no deserto; mas os espias justos comeram das uvas de Escol. A cada um deles foi dado segundo sua fé. Os incrédulos viram se cumprir seus temores. Apesar da promessa de Deus, declararam que era impossível herdar Canaã, e não a possuíram. Mas aqueles que confiaram em Deus, não olhando tanto para as dificuldades que encontraram, como para a força de seu Auxiliador Todo-poderoso, entraram na boa terra” (Patriarcas e Profetas, p.511-513).

“Se os homens a quem Deus confiou talentos intelectuais se recusarem a usar esses dons para Sua glória, depois de provas e aflições Ele os deixará entregues a suas próprias imaginações e tomará homens que não pareçam ser tão ricamente dotados, que não têm grande confiança própria, e fortalecerá os fracos porque confiam que Deus fará por eles o que não podem fazer por si mesmos. Deus aceitará o serviço sincero, e Ele mesmo suprirá as deficiências” (Maranata, o Senhor Vem, [MM 1977], p. 113).

QUARTA, 06 DE OUTUBRO
“PASSANDO ADIANTE O LEGADO”
(Sl 92:12-15; Juízes 1:12,13)

            Em meus anos de adventista como ancião, tive a oportunidade e o imenso prazer de trabalhar na igreja com um irmão já idoso de 70 anos de idade. Ele era um dos anciãos e um dos mais experientes de toda a equipe de cinco. Para mim foi uma honra, pois além de ser extremamente consagrado a causa de Deus, era muito dedicado e se ocupava quase que em todo o tempo para as atividades e responsabilidades da igreja.

            Este irmão, além da vasta experiência, era persistente em suas lutas com Deus nas madrugadas de cada dia. Um dia antes de sua morte, ele havia me falado que estava orando por mim sempre as quatro da manhã. Tenho certeza que muitas das vitórias que alcancei foram em consequência de suas orações por mim. Naquela igreja, centenas de pessoas foram influenciadas por sua postura integra e pleno envolvimento com a obra de Deus. Muitas conquistas foram alcançadas graças ao esforço e oração deste falecido irmão. Os jovens e adolescentes, assim como todos os demais irmãos, tinham um carinho e respeito tremendo por ele. Sua morte foi espantosa, pois quando se deitou após o almoço para tirar um simples cochilo, bastou cinco minutos para, descansar no Senhor. Deus o colocou em descanso sem dor, sem ataques, sem doenças, sem nada. Não posso dizer que ele tenha morrido, pois sua morte foi tão natural que só posso dizer que ele literalmente cochilou no Senhor. Este irmão chama-se Francisco Mendonça e é conhecido por todos no distrito de Guaxupé/MG como um homem de Deus.

            Penso que Calebe, com seus mais de 80 anos de idade, deva ter sido uma grande inspiração para o povo de Israel, pois deixou grandes marcas de fé e coragem diante de Deus e dos homens. Também se tornou um testemunho claríssimo do que Deus é capaz de fazer na vida de todos, até dos que aparentemente parecem cansados e fatigados. Se você as vezes se sente assim, chegou o momento de parar um pouco, colocar uma vírgula em sua vida ou quem sabe até mesmo um ponto final. O segredo para viver uma vida de vigor como viveu Calebe, está na forma como nós olhamos para o céu e andamos da terra. Jamais terei paz e vigor se minhas energias continuarem sendo desperdiçadas com a busca incessante por coisas passageiras desta vida.

            Enquanto o povo esteve preocupado com o melhor da terra, Calebe estava preocupado em honrar a Deus em todas as coisas. Veja bem, este jovem idoso, olhava além da coisas desta vida! Seus olhos se concentravam na eternidade e seus passos eram dados na medida dos passos de Deus. Pelo seu testemunho, exemplo e incentivo, levantou um homem que futuramente se tornaria um dos juízes de Israel que mais tarde seria um libertador (Jz 1:13; 3:7-11). Já parou para pensar que Deus quer abençoar sua vida da mesma forma como abençoou Calebe? Estas bênçãos estão a sua disposição, portanto levante-se, entre na guerra como um bom soldado do Senhor, olhando sempre além das coisas terrenas, e consequentemente verá os gigantes da vida sendo derrotados um a um.

Leitura Adicional

“Provados e idosos servos de Deus são muito preciosos aos Seus olhos, e não devem ser rejeitados nem levados a sentir que não mais são úteis em Sua causa. Não se deve esperar que se ocupem em trabalho ativo e carreguem as pesadas responsabilidades que um dia suportaram; homens mais novos devem colocar seus ombros na obra e trabalhar desinteressadamente, levando a obra adiante forte e zelosamente; mas, embora, chamados a levar as responsabilidades, deve, com verdadeira humildade de coração, saber como valorizar e usar a sabedoria e conselho dos mais experientes.” (Ellen White - Pacific Union Recorder, 27 de Março e 1902).

“Os que serviram seu Mestre quando a obra era difícil, que suportaram a pobreza e permaneceram fiéis quando havia poucos ao lado da verdade, devem ser honrados e respeitados. O Senhor deseja que os obreiros mais jovens ganhem sabedoria, fortaleza e maturidade pela associação com esses homens fiéis. Que os homens mais jovens sintam que ter entre ele tais obreiros lhes representa um alto favor. Deem-lhes um lugar de honra em seus concílios (Atos dos Apóstolos, p. 573,574).

QUINTA E SEXTA, 07 E 08 DE OUTUBRO
“DOANDO LIBERALMENTE”
(Jz 1:14,15; Mt 6:15; 18:21-35)

            Nos tempos bíblicos havia uma lei de manutenção da herança familiar e que deveria ser repassada de geração para geração através dos filhos homens. Se uma mulher fosse a única descendente, é bem provável que o elo de manutenção do legado se extinguisse ali, pois aquele que se casasse com a mulher herdeira, herdaria todo o legado da família que estivesse nas mãos desta filha.
            Sobre esta ótica, percebemos que nem sempre as leis ou costumes comuns do mundo são coerentes, pois muitas das vezes podem estar na contra mão dos valores bíblicos.
            Pelo menos para Calebe, por mais rigorosa e séria que fosse tal lei, ele a ignorou, e mesmo tendo outros filhos homem, concedeu grandes dádivas a sua filha como, mais espaço de terra e fontes d'Água.

            A palavra de Deus considera sem nenhuma margem de falha que, os que além de serem fiéis a Deus, forem doadores de bens, conselhos e perdão ao próximo, serão prósperos e felizes. A lei do céu é, os que dividem, serão os que mais terão nesta vida. A este respeito Jesus disse: “E todo o que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou filhos, ou terras, por amor do meu nome, receberá cem vezes tanto, e herdará a vida eterna”  (Mt 19:29). Deixar estas coisas em benefícios de outros é o mesmo que estar beneficiando legitimamente a Deus. Jesus deixou bem nítido este ensinamento, e sua afirmação foi contundente, além da vida eterna “receberá cem vezes” nesta terra.

            Longe de realizar tarefas altruístas por interesse, devemos fazer o melhor pelo próximo, mas apenas por princípio e amor. Lembremo-nos de que Deus conhece muito bem nossas intenções e lê profundamente nosso coração. Sabe dos motivos ou motivação que o levou a prestar tais serviços e benefício ao próximo. Lembremo-nos de que, como bem ressaltou o autor, dentro deste contexto, o perdão é um dos maiores bens que podemos oferecer as pessoas.

Leitura adicional

“Aqueles que fazem tão alta confissão de sua fé e se têm na conta de povo peculiar de Deus, dizendo por sua profissão que são zelosos, de boas obras, devem ser nobres e generosos e manifestar sempre boa disposição em favorecer a seus irmãos em lugar de si mesmos, e conferir-lhes a melhor oportunidade. Generosidade atrai generosidade. Egoísmo chama egoísmo (Testemunhos para a Igreja, v.1, p. 149,150).

 Gilberto G. Theiss, nascido no estado do Paraná, é membro da Igreja adventista do Sétimo dia desde 1996. Crê integralmente nas 28 doutrinas Adventista como consta no livro “Nisto Cremos” lançado pela “Casa Publicadora Brasileira”. Foi ancião por 3 anos na Igreja Adventista do Sétimo dia da cidade Nova Rezende/MG e por 6 anos na Igreja Central de Guaxupé/MG. Foi Obreiro bíblico na mesma cidade e hoje, além de ser coordenador do curso básico de reforço teológico para líderes de igreja pelo site www.altoclamor.com, está Bacharelando no Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia. Gilberto G. Theiss é autor de alguns livros e é inteiramente submisso e fiel tanto a mensagem bíblico-adventista quanto a seus superiores no movimento Adventista como pede hebreus 13:17. Toda a mensagem falada ou escrita por este autor é filtrada plenamente pelo que rege a doutrina bíblica-adventista do sétimo dia. Contato: altoclamor@altoclamor.com