Biblioteca Britânica coloca manuscritos gregos na internet

Biblioteca Britânica coloca manuscritos gregos na internet

A Biblioteca Britânica, em Londres, colocou na internet mais de um quarto dos seus manuscritos gregos, totalizando 280 volumes, em mais um passo rumo à digitalização completa desses importantes documentos antigos.

Os manuscritos, disponibilizados gratuitamente no site www.bl.uk/manuscripts, são parte de uma das mais importantes coleções localizadas fora da Grécia para o estudo de mais de 2.000 anos de cultura helênica. A biblioteca detém um total de mais de mil manuscritos gregos, mais de 3 mil papiros e uma abrangente coleção de impressos arcaicos gregos.

As informações ali presentes interessam a acadêmicos que trabalham com literatura, história, ciência, religião, filosofia e arte do Mediterrâneo oriental durante os períodos clássico e bizantino.

"Isso é exatamente o que todos esperávamos da nova tecnologia, mas raramente tínhamos", disse Mary Beard, professora de cultura clássica da Universidade de Cambridge.

"Isso abre um recurso precioso para qualquer um --do especialista ao curioso-- em qualquer lugar do mundo, gratuitamente."

Entre os destaques do acervo digitalizado estão os Salmos de Theodore, altamente ilustrados, produzidos em Constantinopla em 1066, e as fábulas de Babrius, descobertas em 1842 no monte Atos, que contêm 123 fábulas de Esopo corrigidas pelo grande acadêmico bizantino Demetrius Triclinius.

A iniciativa, financiada pela Fundação Stavros Niarchos, se soma a outros projetos da biblioteca para ampliar a divulgação de documentos antigos, frágeis e raros.

Outros projetos digitais incluem um caderno de Leonardo da Vinci, do século 16, e o Codex Sinaiticus, do século 4, contendo a mais antiga cópia completa do Novo Testamento.


Fonte: Folha.com

Nota: A busca desesperada pelo passado não é apenas uma ideologia pelo conhecimento cognitivo. Quantos milhões são gastos todos os anos com o objetivo de desvendar mistérios de toda índole, especialmente aqueles que envolvem os dilemas da existência. Mal sabem eles que muitas respostas que procuram não estão escondidas, mas próximoas patentes aos olhos: A Bíblia.Certa vez, na faculdade de história, tive um professor que era sobremaneira, com extrema convicção, ateu do mais alto grau. Sua filosofia de ensino era permeado de grande descrédito e deboche aos ensinos bíblicos. Sua capacidade em desmerecer a religião e a Bíblia era gigantesca. Não aceitava e não permitia qualquer argumento a favor da fé, especialmente quando isto partia de alunos. No entanto, o mais curioso é que, mesmo com toda esta sincrise à Escritura, por não haver melhores registros, comumente fazia uso da Bíblia para explicar determinadas histórias do Antigo e Novo Testamentos, sobretudo as que diziam respeito as civilizações mais antigas. Parece um paradoxo, no entanto era assim que acontecia.

Estas descobertas arqueológicas que hoje podem ser preservadas, tanto bíblicas quanto as não biblicas, são fundamentais para nos dar um vislumbre do passado. Toda e qualquer história são fundamentais pois revelam nosso passado, e quando digo nosso, não estou dizendo dos outros, mas de nossa própria existência. Por mais que o passado de algumas civilizações não estejam de acordo com a minha cosmovisão, isto não significa que não faça parte de nós, pois, querendo ou não, é a nossa história. Provando ou não as convicções peculiares, são as nossas raízes. Devemos possuir interesse por estes fatos, porque são eles que poderão dar uma grande contribuição para explicar melhor o presente e projetar significamente parte do futuro.