Comentário da Lição da Escola Sabatina – Lição 04 – 1º Trimestre 2012

Comentário da Lição da Escola Sabatina – Lição 04 – 1º Trimestre 2012
(21 a 28 de Janeiro)

Comentário: Gilberto G. Theiss

SÁBADO, 21 DE JANEIRO
O Deus da graça e do juízo
(Ec 12:14)

            Certa feita houve um julgamento nos EUA, onde um homem fora acusado de crimes bárbaros. Todas as provas evidenciavam com clareza a culpabilidade do réu. Os advogados de defesa nada podiam fazer diante das inúmeras provas apresentadas. O réu, definitivamente, sem nenhuma chance foi condenado à prisão perpétua. Este homem, na prisão, não teve muita sorte, pois ali, foi torturado, violentado e mal tratado. Depois de 10 anos em prisão e angústia, os policiais de plantão o encontraram em situação deplorável além de morto. Foi assassinado cruelmente pelos presos internos. No entanto, a parte mais triste deste fato foi a notícia que estourou depois. Encontraram o verdadeiro culpado e o homem acusado, condenado, preso e assassinado na prisão era inocente.
            Esta história foi real, e revela bem o significado da injustiça que reina neste mundo. Em breve, Deus quebrará seu silêncio para dizer: “A festa a acabou”, e se levantará para fazer justiça a todos os que viveram piamente em Cristo e que foram injustiçados neste mundo. Embora pareça tardia, Ele virá para reclamar os Seus e fazer justiça ao povo eleito (Lc 18:7,8). Embora Sua graça seja maior que o pecado, com certeza, ela não sanciona o pecado. Lembre-se que, um dia Deus fará justiça desde o menor ato até o maior de todos. Nada ficará impune, pois a mesma graça que salva, é a mesma que condena...Pense nisso.

DOMINGO, 22 DE JANEIRO
O dia do juízo
(Ec 12:13-14; ICo 3:13; IICo 5:10; Hb 10:30; Mt 16:27; Ap 20:12; Mt 12:36,37; IPe 4:17; Ap 14:6-7)

            Há dois tipos de juízo na Escritura. Os textos (Sl 28:4; Os 12:2; Mt 16:27; Rm 2:6; II Tm 4:14; Ap 20:12;  20:13) apresentam o tema do juízo como um acerto de contas. Os ímpios receberão conforme suas próprias obras; obras estas que estão registradas nos livros do Céu. Estes estão entesourando experiências e obras para a destruição final. No entanto, segundo os textos de (Sl 35:23; I Pe 4:17), apresentam o julgamento sobre uma outra perspectiva, o de inocentar os que pertencem à casa de Deus. Este julgamento, conhecido como o juízo investigativo, representa a intercessão de Cristo no tribunal do Céu em favor do Seu povo. Todos os que não têm o nome escrito no livro da vida não participam deste julgamento. Somente o povo de Deus que fora salvo pela graça de Cristo, lavado no sangue do Cordeiro é que possui o direito de ser inocentado neste julgamento. Estes dois juízos existem; um com a finalidade de absorver o povo de Deus, e o outro com a finalidade de desarraigar da Terra pecado e pecadores, raiz (Satanás) com seus ramos (Seguidores), (Ml 4:1-3).
            Este dois julgamentos são essenciais para trazer justiça e paz ao universo de Deus novamente. Tudo está sendo registrado nos livros do Céu e todos nós teremos que enfrentar novamente nossas palavras, atos e pensamentos naquele grande dia. Querendo ou não esse juízo chegará; aceitando ou não, este juízo chegará; estando preparado ou não, ele chegará, pois? a mesma graça que salva é a mesma que condena... Pense nisso.

SEGUNDA, 23 DE JANEIRO
Juízo e graça no Eden
 (Gn 3)

             Não existe juízo sem a graça, e não existe a graça sem o juízo. Ambos estão ligados um ao outro por um fio espiritual. Ambos criados por causa da transgressão, e ambos trabalham para cumprir o propósito da redenção. No Éden, a graça só passou a existir quando Adão e Eva se rebelaram contra Deus. Deus, em Seu imenso carinho, amor e bondade chama Adão e Eva pelo seus nomes. Sua esperança era que eles respondessem prontamente buscando arrependimento e perdão. Mesmo se escondendo de Deus, o Senhor teve compaixão e revelou a eles o Seu plano que estava pronto mesmo antes da fundação do mundo (Mt 13:35; 25:34; Lc 11:50; Jo 17:24; Ef 1:4; Hb 4:3; 9:26; IPe 1:20; Ap 13:8; 17:8). A graça foi revelada a Adão e Eva, mas o juízo foi revelado a Satanás, quando a sua cabeça seria esmagada (Gn 3:15), e também a todo aquele que o servir de instrumento (Gn 3:14 – A serpente amaldiçoada). A graça através da nossa punição em Cristo nos livrará do juízo e condenação, mas todos que, rejeitaram o convite de Deus, que continuam a se esconder de Deus, não serão poupados pela graça.
            Há aqueles que, vivem de maneira irresponsável e olham para o Céu com desdém. No entanto, se nem um animal (serpente), foi poupado pelo juízo divino, quem dirá seres humanos racionais que todos os dias tomam decisões conscientes para a vida ou para a morte? Lembre-se meu querido leitor e guarde firmemente em seu coração sofredor que, a mesma graça que salva é a mesma que condena... Portanto não se iluda e pense nisso.
                       
TERÇA, 24  DE JANEIRO
O Dilúvio
(Gn 6:5, 14-22; IIPe 2:5)

A graça e o juízo se encontraram novamente no tempo do juízo. Aliás, em toda a Bíblia a graça e o juízo andam lado a lado. Onde a graça não resolve, o juízo resolve. No dilúvio, a arca era uma clara revelação da bondade de Deus e do poder da graça. A advertência fora dada, e que mensagem poderosa foi aquela para um tempo tão secularizado e relativisado!
 A arca era o único meio de salvação para os que acreditassem, confiassem e se entregassem aos propósitos de Deus para aquele tempo. Infelizmente, somente Noé com sua família entraram na graça ou na arca. No entanto, os demais continuaram zombando e ridicularizando a Noé, sua família e a Deus. Há quem diga que Noé foi um pregador fracassado por levar para a arca somente sua família e um monte de animais. No entanto, Noé não foi um fracassado, pois conseguiu levar para arca as pessoas mais difíceis de se pregar o evangelho – os próprios parentes. Os demais, não sabemos ao certo se alguém se converteu naquele período, pois muitos podem ter aceitado, mas morrido antes do dilúvio. O que sabemos é que a arca foi a evidência de salvação para alguns e de perdição para outros. Até então jamais havia chovido, e imagina o desespero de todos quando começou a cair as primeiras gotas de água! Da mesma forma, no final dos tempos, o mesmo desdém é encontrado da ironia e deboche de muitos pelo mundo. No entanto, quando os dez mandamentos forem anunciados no Céu (Sl 50:6), imagina o desespero do mundo ao perceber que estão perdidos. A mesma arca que salvou Noé e sua família, foi a mesma arca que os condenou, pois quando selada pelo Anjo, não mais puderam entrar. Portanto, lembre-se, a mesma graça que salva é a mesma que condena... Pense nisso.

QUARTA, 25 DE JANEIRO
Condenação e graça
(Jo 3:17-21)

            A princípio todos nós estamos plenamente condenados diante da justiça de Deus. Todos estamos perdidos e destituídos da glória de Deus (Rm 3:23), não há um justo sequer (Rm 3:10), e todos nós somos perseguidos pela morte, pois todos se rebelaram contra Deus. A condenação, para os que aceitam a Cristo e vivem por ele, também seria uma realidade se não fosse a graça de Cristo. Não há esperança fora de Jesus, não há misericórdia e compaixão fora de Cristo. Todos que pretenderem ser redimidos precisam ser ancorados e amparados pela Graça redentora. A condenação, assim como o anjo destruidor que ceifou os primogênitos no tempo do Egito, em breve ceifará todos os que não foram selados pelo Espírito Santo nos umbrais do coração. Todos os casos estão sendo decididos para o bem ou para o mal, para a vida ou para a morte. A condenação possui pleno poder para condenar quando amparado pela graça que não remiu. A graça não possui nenhum poder sobre as vidas daqueles que viveram por si e para si, sem Deus e sem arrependimento. A graça de Cristo é suficiente para salvar, mas ela não obriga as pessoas se revestirem dela. Somos livres para escolher entrar em uma cova repleta de serpentes venenosas ou andar por um caminho repleto de borboletas; somos livres para escolher andar em um campo minado ou caminhar em um jardim; somos livres para repousar em pastos verdejantes ou dormir a um passo do precipício; somo totalmente livres para pular de um avião com um paraquedas ou pular com apenas um guarda chuva nas mãos. Enfim, no final das contas, ninguém poderá questionar o juízo de Deus, pois Ele tem feito tudo o que realmente é possível para a salvação da humanidade. Portanto, lembre-se que, a mesma graça que salva é a mesma que condena... Pense nisso.

QUINTA E SEXTA 26 e 27 de JANEIRO
A hora do Seu juízo
(Mt 10:26)

            A hora do juízo de Deus está em curso no Céu. Nada, absolutamente nada poderá escapar de tal juízo. Apocalipse 14:7 nos lembra da “hora do juízo” e nos chama a atenção para “adorar aquele fez”. O evangelho eterno é a primeira mensagem proclamada pelos três anjos, nos ensinando que, além de ser a mais importante, é também a base para todas as demais. O evangelho, segundo Paulo “é o poder de Deus para salvar” (Rm 1:16-17). Tudo no juízo e nas advertências de Deus depende exclusivamente da maneira como reagiremos diante deste evangelho. Todos os casos de todos os que existiram nesta terra e dos que ainda existirão serão revistos e passados diante de Deus e diante das testemunhas celestiais e remidos. Ali saberemos por que muitos teologandos, obreiros, pastores, departamentais, professores e presidentes com cara de bonzinhos se perderam (isto serve primeiramente para mim, caso deixe de praticar o que é reto diante de Deus). Ali saberemos por que muitos bandidos e prostitutas se salvaram. Ali saberemos por que muitos adventistas se perderam, e também saberemos por que muitos não adventistas se salvaram. Diante de Deus e das testemunhas, todos os casos são revistos e julgados. Nada é perdido neste juízo. Todo crime, injustiça, maldade, pornografia, estupro, violência, roubo, patifaria e promiscuidade praticadas em oculto serão revelados. Absolutamente nada ficará despercebido diante de Deus. A graça salva, mas a graça não cobre pecados voluntários não confessados. A graça redime e nos isenta no juízo, mas a graça não faz aquilo que não temos disposição de fazer, pois lembre-se sempre que, a mesma graça que salva é a mesma que condena... Pense nisso e que Deus te abençoe...
Obs: Se você é leitor dos comentários que faço, gostaria de receber algumas informações no que você acha que poderia melhorar. Aguardo seu contato: gilbertotheiss@yahoo.com.br

Gilberto G. Theiss, nascido no estado do Paraná, é membro da Igreja adventista do Sétimo dia desde 1996. Crê integralmente nas 28 doutrinas Adventista como constam no livro “Nisto Cremos” lançado pela “Casa Publicadora Brasileira”. Foi ancião por 3 anos na Igreja Adventista do Sétimo dia da cidade Nova Rezende/MG e por 6 anos na Igreja Central de Guaxupé/MG. Foi Obreiro bíblico na mesma cidade e hoje, além de ser coordenador do curso básico de reforço teológico para líderes de igreja pelo site www.altoclamor.com, está Bacharelando no Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia. Cursado em extensão em Arqueologia do oriente próximo UEPR, Gilberto G. Theiss é autor de alguns livros e é inteiramente submisso e fiel tanto a mensagem bíblico-adventista quanto a seus superiores no movimento Adventista como pede hebreus 13:17. Toda a mensagem falada ou escrita por este autor é filtrada plenamente pelo que rege a doutrina bíblica-adventista do sétimo dia. Contato: gilbertotheiss@yahoo.com.br