Comentário da Lição da
Escola Sabatina – Lição 11 – 3º Trimestre 2012
(08 a 15 de setembro)
SÁBADO, 08 DE SETEMBRO
Promessa
aos perseguidos
“Por isso, também não cessamos de
orar por vós, para que o nosso Deus vos torne dignos da Sua vocação e cumpra
com poder todo propósito de bondade e obra de fé” (2 Ts 1:11).
Pensamento Chave: Logo chegará o tempo em que não haverá mais tempo. Palavra de Jorge Mário na entrevista do filme, A última batalha.
A mais significativa promessa que
nos alicerça a esperança é a da vinda de Cristo com Seus anjos para resgatar o
seu povo. Uma vez que Satanás não tem poder algum para impedir o retorno de
Jesus, então, ele trata de tentar impedir as pessoas de estarem preparadas para
este evento. Ele sabe que, o sucesso desta promessa, consolidará mais uma vez a
sua derrota. Portanto, se ele conseguir impedir com que as pessoas e até mesmo
os próprios cristãos não estejam preparados para a segunda vinda de Cristo,
suas chances em frustrar os planos de Deus, com o objetivo de impedir seu
aniquilamento ou juízo final sobre si, será muito grande e favorável. Impedir a
segunda vinda de Cristo é impossível, mas, frustrar os planos de juízo ele pode
se conseguir tornar os cristãos superficiais e agarrados ao mundo.
A profecia revela que, ele não
conseguirá frustrar os planos de Deus e que sua fúria se acenderá contra os
santos. Na medida em que o fim se aproxima, ele perceberá que, sua única saída
será desarraigar na terra os que ainda, teimosamente, insistem em obedecer e
viver segundo as normas de Jesus. O mais interessante é que, Deus, ao desvendar
os mistérios do futuro, mostrou-nos que a segunda vinda de Cristo será uma
realidade tangível. Se os profetas contemplaram esta cena, significa que o
evento já está inserido no tempo através da onisciência de Deus.
DOMINGO, 09 de SETEMBRO
Saudações
novas
(2Ts
1:1,2)
Enquanto aguardamos a vinda de
Cristo, ainda vivemos sob o fardo das provas que nos sobrevém dia após dia.
Embora o mundo, as vezes, lança sobre nossos ombros o fardo da angústia, da
injustiça e do desespero, Deus, através de Cristo nos oferta Sua graça e paz. A
graça, além de ser nossa garantia de redenção pelo sacrifício majestoso de
Cristo, também nos habilita a viver sob as rédeas da esperança e certeza de
dias melhores através das promessas de Deus. A graça nos sustenta e firma
nossos passos ancorando-nos seguramente nos braços invisíveis de Deus. A paz,
como ação da graça, retira de nós qualquer desespero de perdição. O maior medo
de um homem quando se encontra com a verdade é o de não ter sido perdoado e
aceito por Deus. Paz de espírito representa mais do que uma simples paz buscada
pelos homens, governantes e sociedade. A paz de Cristo o refrigério do Espírito
Santo que permite dormirmos
tranquilamente mesmo diante de tanta agrura e adversidade. Descansar em Cristo
revela que, de fato, o mais essencial para a vida é estar de bem com Deus.
Estar de bem com Deus é mais que ter uma vida correta, idônea ou pura, é a
certeza de ter recebido de Deus o tão necessário e sublime perdão. A graça de
Cristo faz-nos acreditar, pela fé, que podemos confiar nas promessas de Deus.
Você pode estar perturbado com as coisas desta vida, mas, se for revestido da
graça e paz concedido pelo Céu, sua vida será tão serena e tranquila quanto
alguém sem nenhum problema comum da vida, porém sem Deus. Na verdade, o que
constrói o verdadeiro desespero é viver sem Cristo, Sua graça e Seu perdão.
Alguns ainda não perceberam isto, mas, quando perceberem poderá ser tarde
demais.
SEGUNDA, 10 DE SETEMBRO
Ação
de Graça de Paulo
(2Ts 1:3,4)
A igreja de Tessalônica passava por grandes
aflições e perseguições. Muitos desses irmãos suportavam com perseverança os
obstáculos vividos por sua fé. Paulo, quando soube da postura firme desta
igreja em meio a adversidade, não hesitou em dar ação de graças a Deus.
Interessante notar que, muitos se interessam por profecias, outros por
doutrinas, alguns por história da igreja, mas, parece que poucos dão valor a
uma vida de ação de graça. Observe que, sob a perspectiva de Paulo, ter uma
coração repleto de ação de graça pode refletir, na mais pura realidade, uma
vida de plena comunhão e gratidão por todos os feitos de Deus na vida. Àquele
que sente o poder majestoso e amor imensurável de Deus, mesmo nas pequenas
coisas, demonstrará a todo o momento alegria, contentamento e ação de graças.
No entanto, somente os que conseguirem olhar além da nossa realidade humana e
vislumbrar com os olhos da fé as infindáveis glórias da vida, redenção em
Cristo e promessas vindouras, é que serão capazes de possuir um coração
verdadeiramente recheado de ação de graça. Paulo é um bom exemplo a ser imitado
e copiado, pois, se olhássemos menos para os problemas e observássemos mais a
virtudes da vida, com certeza seríamos mais capazes de ser felizes e satisfeitos,
mesmo vivendo em um ambiente tão hostil. As vezes focalizamos tanto os
problemas que nossa percepção do que é bom passa a ser diluída nos torando
cegos espirituais. Assim, deixamos de agradecer a Deus por todos os seus
cuidados e consequentemente a vida e a igreja passa a se tornar um fardo muito
pesado para ser carregado. Resultado? Indignação, rancor e gradativa apostasia.
TERÇA, 11 de SETEMBRO
Sofrimento
como sinal do fim
(2Ts
1:5,6)
Jesus, certa feita, foi categórico ao afirmar que “no mundo tereis
aflições” (Jo 16:33). Se no mundo os cristãos passariam por aflições, o que
dizer então dos que viverem no tempo do fim? O quadro profético não é nada
animador, pois, a revelação declara que “haverá uma angústia qual nunca houve”
(Dn 12:1). Analisando esta citação, me lembro de imediato da experiência de Jó.
Portanto, tendo Jó em mente, neste caso,
os cristãos precisam entender que, assim como fez com Jó no passado, Deus irá
nos defender a qualquer custo, mas, algumas vezes, nós mesmos precisaremos nos
defender através de algumas provas que nos advêm. Necessitamos hoje buscar as virtudes que
fizeram de Jó um homem temente a Deus e íntegro em seu tempo. Como ele, por
amor ao Senhor e por tudo o que Ele foi e é capaz de fazer por nós, precisamos
aprender a confiar plenamente Nele. “O patriarca Jó, na noite de sua aflição,
exclamou com inabalável confiança: "Eu sei que o meu Redentor vive, e que
por fim Se levantará sobre a Terra. ... Ainda em minha carne verei a Deus.
Vê-Lo-ei por mim mesmo, e os meus olhos, e não outros, O verão." (Jó
19:25-27)[2].
O
servo do Senhor, em toda essa prova e com inabalável confiança, pôde contemplar
a “misericórdia e poder salvador de Deus. Triunfantemente declarou: ‘Ainda que
Ele me mate, nEle esperarei’ (Jó 13:15)[3].
Não será diferente com todo àquele que permanecer em Cristo destemidamente.
Jó, após ter perdido tudo, precisou
confiar incondicionalmente em Deus vivendo unicamente pela fé aguardando com
esperança o dia da bonança. Lembremo-nos que, um dia à semelhança deste
patriarca, perderemos tudo e teremos que viver também unicamente pela fé
aguardando o grande dia do galardão que a nós está conferido (Hb 10:38; Is
33:16; Ap 13:16-18; Dn 12:1; Mt 24:29-31)[4].
Um dia, ao lado de Jó, gozaremos juventude e glórias eternas. Ali, perceberemos
que todo sofrimento foi pequeno diante de tão grandiosa salvação. A despeito do
cântico dos remidos, Ellen White lembra que “nada se diz do que fizeram ou
sofreram; antes, o motivo de cada cântico, a nota fundamental de toda antífona,
é – Salvação ao nosso Deus, e ao Cordeiro”[5].
O sofrimento em nosso tempo
não é apenas um mero sofrimento. Diferente da experiência de Jó e de Paulo,
para nós, pode ser compreendido como um claro cumprimento profético. O mundo
está cada vez mais intensamente mergulhado no pecado e consequentemente, todas
as consequências vão se avolumando sobre o globo trazendo grande aflição mesmo
para a vida dos que servem a Deus. Mas, como já analisado, Deus reivindicará
Seu povo sofrido enquanto que os ímpios observam com espanto o dia de seu
juízo.
QUARTA, 12 de SETEMBRO
Fogo
e destruição
(2Ts
1:7-9)
Um dia Deus terá que por fim ao mal
e à seus praticantes. Mais cedo ou mais tarde o Senhor se revelará de seu alto
e sublime trono para fazer justiça aos moradores da Terra. Embora Deus tenha
que realizar uma obra um pouco estranha para nós, a de destruir com fogo os
impenitentes, sabemos que, o juízo, ou o ato de fazer justiça, requer poder,
autonomia e controle constante da situação em mãos. Na verdade, no final das
contas, Deus punirá o pecado, mas, se o pecador permanecer agarrado ao seu
pecado, este será punido juntamente com o pecado. Cada pecador destruído,
somente será destruído porque rejeitou enfaticamente o dom da vida. A obra
estranha de Deus se realizará pelo fato de precisar desarraigar o mal de sobre
a terra. Outra verdade também importante é que, embora Deus faça justiça por
Seu povo, os ímpios serão destruído também por amor. Como assim? O fato é que,
se Deus permitisse que os rebeldes vivessem para sempre em um mundo isolado,
jamais seriam felizes. Portanto, até mesmo a destruição dos ímpios será por
amor e compaixão da parte de Deus. O fogo será real, e destruição também será real, mas, somente para
os que permanecerem distantes da fonte da vida – Jesus Cristo. Todos os que
perseguiram a verdade e os que se esforçavam para viver esta verdade, serão
vindicados por Deus e exaltados perante o universo. Assim como Deus fez com Jó,
exaltando-o por sua nobreza de espírito, também Deus fará por todo aquele que
permanecer fiel até o fim.
QUINTA E SEXTA 13-14 de
AGOSTO
Glorificando
a Cristo
(2Ts
1:10-12)
O ato de glorificar a Cristo deve
ser um estilo de vida. Não pensemos que, quando Jesus retornar e nos glorificar,
assim renderemos glórias a Ele por tudo. De maneira alguma! Na verdade, quando
Cristo retornar, glorificaremos a Ele como um ato que já, previamente acontecia
em nossas vidas. Glorificar a Deus deve ser uma postura de todo crente no
presente contínuo. Nossa vida, nossas palavras, nosso comportamento, enfim,
tudo deve refletir a glória de Deus no mais profundo e íntimo vocábulo. “Àquele
que diz que o conhece deve andar como Ele andou” (IJo 2:6). Nada menos que isso
deve nossa vida ser pautada. Os que não glorificam a Cristo hoje, não farão
apenas no momento de Sua vinda. Cristão miojo não entrará no céu, pois, ninguém
se preparará instantaneamente. O cenário apocalíptico tem se materializado de
forma tão extraordinária que, não podemos mais ficar brincando de coração duro
ou de cristão. Satanás não está brincando de ser Satanás e por este motivo
nossa vida deve refletir dia após dia um pouco mais da imagem de Deus.
[1] Gilberto G. Theiss, nascido no estado do Paraná, é membro da
Igreja adventista do Sétimo dia desde 1996. Crê integralmente nas 28 doutrinas
Adventista como constam no livro “Nisto Cremos” e “tratado teológico
adventista” lançado pela “Casa Publicadora Brasileira”. Foi ancião por 3 anos
na Igreja Adventista do Sétimo dia da cidade Nova Rezende/MG e por 6 anos na
Igreja Central de Guaxupé/MG. Foi Obreiro bíblico e colportor efetivo por um
ano na mesma cidade, e hoje, além de ser coordenador do curso básico de reforço
teológico para líderes de igreja pelo site www.altoclamor.com, está
Bacharelando no Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia e cursou
extensão em arqueologia do oriente próximo pela UEPB. Gilberto G. Theiss é
autor de vários livros e artigos e é inteiramente submisso e fiel tanto à
mensagem bíblico-adventista quanto à seus superiores no movimento Adventista
como pede hebreus 13:17. Toda a mensagem falada ou escrita por este autor é
filtrada plenamente pelo que rege a doutrina bíblica-adventista do sétimo dia. No
entanto Gilberto Theiss faz questão de ressaltar que, toda esta biografia acima
é destituída de valor, e que o único currículo valioso que possui é o de Deus,
sua família, irmãos e amigos fazerem parte de sua vida. O resto tem o seu
devido lugar, porém fora e bem distante do pódio. Contato: gilbertotheiss@yahoo.com.br
[3]
Idem. Profetas e Reis, págs. 162-164.
[4]
Idem. Ver: O Grande Conflito, Cap. “Aproxima-se
o Tempo de Angústia”, p. 613-634; Cap. “O livramento dos Justos”, p. 635-652;
Cap. “O final e Glorioso Triunfo”, p. 662- 678.
[5]
Idem. O
Grande Conflito, p. 665.
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