(11 a 18 de agosto)
Comentário: Gilberto G.
Theiss[1]
SÁBADO, 11 DE AGOSTO
Vida
Santa
“Deus não nos chamou para a
impureza, e sim para a santificação” (1Ts 4:7).
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A impureza sexual, ou no ditado mais
popular, a depravação sexual, tem sido um dos ataques mais sutis de Satanás
para arruinar a família, os relacionamentos e a religiosidade dos indivíduos. A
busca desenfreada pelo prazer mesmo à custa dos infortúnios torna a raça humana
cada vez mais degenerada e escravizada às suas próprias paixões. Não é de se
admirar que o inimigo tenha garantindo êxito ao declinar os seres à busca
enlouquecida pelo prazer carnal. Assim tem sido mais fácil garantir sucesso em
seu intuito de levar a todos ao fracasso e diluir os planos de Deus na vida dos
homens e mulheres. A igreja de Tessalônica viveu um drama neste quesito e
Paulo, a serviço do Espírito Santo levantou este fato e o combateu prontamente.
As igrejas no passado também enfrentaram problemas sérios de índole secular e
relativista. Em nossos dias não tem sido diferente e as igrejas, ou as famílias
cristãs tem enfrentado grandes adversidades por conta do secularismo e
relativismo moderno. A maneira como Paulo apresentou os fatos servem de lições
para os líderes atuais, e a busca por uma vida santa, pura e íntegra envolvem,
inclusive, os aspectos da sexualidade.
DOMINGO, 12 de AGOSTO
Progredir
cada vez mais
(1Ts
4:1-18)
Em 1º Tessalonicenses 3:11-13 o
apóstolo faz uma introdução ou oração apelativa para entrar nos comentários
adicionais registrados no capítulo 4. Nesta narrativa introdutória, Paulo
deseja e pede que o amor de uns para com os outros estejam em ascensão
constante com o objetivo de alcançar a santidade em Cristo. Interessante
analisar que, para alcançar a santidade faz-se necessário ter desenvolvido na
vida a essência do amor de Deus. Santidade deve ser algo interno, que caminhe
de dentro para fora e não o contrário. Se desejarmos buscar a santidade, não
devemos buscar nas coisas exteriores, mas as que renovam todo o coração. Amor e
os demais frutos do Espírito devem permear a vida de todo o que se diz ser
seguidor de Jesus Cristo. Esta é a verdadeira santificação.
Após
este apelo introdutório, Paulo começa seu discurso no capítulo seguinte. Uma
clara evidência deste fato é a maneira como ele começa o discurso utilizando a
expressão “finalmente”. Observando as palavras seguintes registradas nos
próximos capítulos, Paulo queria chamar a atenção da igreja para que não se
esquecessem dos valores e princípios em que é construída a fé cristã em
santidade. Os ensinos da palavra de Deus devem ser praticados na vida como
evidência de seu poder, realidade e veracidade. Interessante notar que, mesmo
em nossos dias, assim como algumas igrejas lideradas por Paulo, precisam ser
alertadas e reensinadas a compreenderem a necessidade de uma vida em
conformidade com o amor de Deus. A santificação baseada nos valores ensinados
pela palavra de Deus devem ser constantemente apresentados diante do povo.
Israel, quando escravizados no Egito por 400 anos, gradativamente, de geração
após geração foram esquecendo-se de Deus e de seus ensinos até o momento em que
perderam completamente a identidade que os tornavam povo de Deus. Hoje, se a
igreja não mais for ensinada e advertida, fatalmente, de geração após geração,
a santificação deixará de ser uma caminhada de ascensão e crescimento em
Cristo, e consequentemente, o mundo e suas concupiscências serão a imagem
refletida no caráter do povo que era para ser o povo de Deus.
SEGUNDA, 13 DE AGOSTO
A
vontade de Deus: a santificação
(1Ts 4:3)
Observe que, Paulo não se esquivo dos deveres
cristãos que envolvem obediência e mudança de vida. Ao apelar para que o povo
se abstenha das impurezas sexuais, está claramente fazendo menção do sétimo
mandamento da lei de Deus. Percebemos que, não muito diferente de nossos dias,
nos tempo de Paulo, mesmo dentro da igreja, a impureza sexual era algo extremamente
preocupante. Hoje, a sexualidade é explorada no mundo como se explora futebol
no Brasil. A sensualidade e a pornografia estão estampadas em todo tipo de
veículo de comunicação. Claramente podemos perceber que, existe uma intenção de
massificar a sensualidade e explorar cada vez mais a pornografia. Nem mesmo as
crianças estão escapando da influência poderosa da sensualidade e
gradativamente, cada vez mais cedo, estão se envolvendo nas práticas mais
abomináveis do sexo inconsequente. A igreja de hoje, devido à fortíssima
influência da pornografia liberada, tem sido drasticamente afetada. Adultos,
jovens e crianças da igreja têm vivido em grandes dilemas nesta questão e
colhido, consequentemente, muito sofrimento. A vontade de Deus é que sejamos
alcançados pelo batismo do Espírito Santo diariamente. Desta forma, pelo poder
do espírito Santo, será possível viver em processo de santificação, alcançando
dia após dia a vitória sobre as paixões da vida. Embora as fraquezas venham nos
perseguir até o fim, a santificação tende a nos habilitar a vivermos bem
distantes da possibilidade de ceder a estas paixões. Se Deus deseja que sejamos
santificados, isto significa que a santificação é possível. O apelo de Paulo
não foi apenas para os amados daquele tempo, mas ultrapassa as fronteiras do
tempo alcançando a todos nós em pleno século presente. Embora a salvação seja
plenamente pela graça, tenhamos em mente que, a graça não concede licença pra
viver uma vida inconsequente e irresponsável. Pecado deve ser um acidente de
percurso e não um estilo de vida. Como afirmou Lutero, o pecado é como uma barba
que precisa ser aparada constantemente. Quanto a isto, Ellen White afirmou que “Antes
morrer do que pecar é melhor passar necessidade do que defraudar, melhor passar
forme do que mentir” (Testemunhos para a igreja, v. 4, p. 495).
TERÇA, 14 DE AGOSTO
Não
como fazem os gentios
(1Ts
4:4-5)
No tempo do império romano, especialmente depois do governo
de César augusto, o império se viu escandalosamente mergulhado nas piores
depravações sexuais que se pode imaginar. A prostituição era considerada um mal
necessário e se proliferou rapidamente com o crescimento do exército que, ao
saquearem províncias, reinos e vilarejos, também estupravam jovens e moças. Na
própria capital há quem diga que havia centros de prostituição e banhos de água
quente onde se praticavam as piores abominações sexuais. A poligamia, embora
não permitida por lei, era comum entre as famílias, mas era praticado na
maioria das vezes com escravos e servos da casa. A sexualidade era explorada ao
máximo e não era encarado como um mal fora dos contextos legais. Por isto é
que, a prática não se restringia aos laços fora do grau parentesco. Há registro
que encaram a realidade de que a homossexualidade e a bissexualidade eram outros
fatores de exploração sexual em Roma. Jean-Noel Robert, autor do livro, os
prazer em Roma, destaca que a cultura é um meio de acesso ao prazer (p.203),
pois, sua construção é fundamentada sobre o alicerce dos desejos humanos. A
cultura é criada pelos homens e pela mídia com o objetivo de liberar aquilo que,
até então, tem sido proibido. Também destaca como tais prazeres eram
abertamente buscados sobre a faixada de busca pelo amor. Toda prática
permissiva que envolvia sexo era encarado como prática amorosa. Bom, parece que
este problema era um obstáculo para a fé cristã na época. Paulo se preocupou
com este fato mesmo em uma igreja repleta de qualidades positivas. Em nossos
dias as coisas não parecem estar distantes desta realidade. O sexo, sobre a
aparência de amor, tem sido massificado e propagado por todos os veículos de comunicação.
Já existem até mesmo igrejas propagando a libertinagem sexual como dádiva e
presente de amor entre as pessoas. Até as crianças estão encontrando portas
abertas para tais práticas, já que não se passa de um comportamento de demonstração
de amor. Estes são os desafios que a igreja de hoje também tem encontrado. Como
tem sido difícil falar sobre santificação e pureza sexual em nossos dias! No
entanto, embora a cultura de hoje, como expressou Jean-Noel Robert, seja
construída como um meio de liberar a busca dos prazeres humanos, saiba que, um
dia, Jesus virá para julgar a cultura humana e condená-la juntamente com os que
preferiram seguir seus ditames. Deus pede que estejamos em processo de
santificação e nada menos que isto. Portanto, devemos ser diferentes dos que
não servem a Deus. Isto precisa ser nítido.
QUARTA, 15 de AGOSTO
De
acordo com o plano de Deus
(1Ts
4:6-8)
Certa feita uma pessoa havia perguntado se o
prazer era proibido por que Deus os criou? Bom, na verdade os prazeres não são
proibidos, o que é proibido é a maneira como são buscados. Deus é o Deus do
prazer, pois, quanto prazer há em uma refeição quando estamos com fome? Quanto
prazer há em uma água fresca quando a tomamos com sede? Quanto prazer há em um
exercício físico quando o fazemos com disposição? Quanto prazer há em ouvir uma
bela música? Quanto prazer há quando tomamos um banho fresco e gostoso? Quanto
prazer há quando nos relacionamos com nosso cônjuge em um momento de evasão de
amor e carinho? Quanto prazer há em um suco de frutas puro e doce? Poderíamos
ilustrar de muitas outras maneiras de como o prazer está inserido em
praticamente tudo na vida, desde as mais simples até as mais grandiosas. Deus
é, definitivamente, o Deus dos prazeres. O problema, exatamente, está na
maneira de como os exploramos. Deus estabeleceu prazer em tudo, mas também
estabeleceu leis que nos protegeriam de sermos escravos deles. Estas regras
encontradas em todos os pormenores na vida visam tornar os prazeres em fontes
de benefícios e saúde para nós nos aspectos físicos, emocionais e espirituais.
Se violarmos estas leis, fatalmente seremos escravos destes prazeres e
consequentemente colheremos problemas que resultarão em sofrimento. Imagine por
exemplo uma criança de 11 anos de idade se relacionando sexualmente com um
rapaz. Quantos problemas de índole física, emocional e espiritual serão
acarretados por esta jovenzinha? Este é apenas um exemplo entre milhares. Deus
estabeleceu um plano que, seguido originalmente como fora estabelecido, não nos
impedirá de usufruir de nenhum dos prazeres criados por Ele. No entanto, além
de desfrutá-los, de maneira ordenada, nos trarão gozo e felicidade munidos de
consequências positivas. Assim, estaremos livres de qualquer maldição além de
poder desfrutar de todos os prazeres criados por Deus.
QUINTA E SEXTA 16 e 17 de
AGOSTO
Cuidar
do próprio negócio
(1Ts
3:1-13; 4:9-12)
Depois de tantas admoestações,
agora, o apóstolo se preocupa dom algumas questões que são fundamentais: 1º
crescimento no amor e na santidade de uns para com os outros; 2º deveriam
evitar depender dos outros, cuidando de seus próprios negócios dando bom
exemplo aos não cristãos. O comportamento, as palavras e os negócios deveriam
ser o mais exemplares possíveis e repletos de retidão, pureza e santidade. A
graça barata ensinada por muitos professos cristãos de nosso tempo vai contra
estes princípios estabelecidos por Paulo. Somente uma graça séria que visa
salvar o homem mas também santificar e regenerar o coração é que se torna
legível e autêntica nas palavras do apóstolo. A religião cristã, embora tenha
se tornado patética, devido a tantos falsos profetas que ensinam um evangelho
desprovido de poder e de caráter, ainda é o lugar onde podemos encontrar
pessoas sérias em que o poder transformador do Espírito Santo fez valer a
santificação provida por Deus. Há pessoas sinceras que aceitam fazer a vontade
Deus mesmo a custo de sofrimento e de perdas na vida. É válido lembrar que,
embora a salvação seja plenamente e unicamente pela graça, Deus não levará para
o céu àqueles que fazem da graça um cabide pra pendurar suas desculpas e
pecados voluntários. Deus não levará para o céu pessoas que sejam um potencial
para por em risco o céu novamente. Ele não salvará pessoas que desejem serem
salvas no pecado, mas, salvará apenas os que desejam serem salvados do pecado.
É parte essencial, do evangelho de Jesus Cristo, o nosso testemunho, do que a
graça é capaz de fazer por nós no futuro, mas também no presente. Ninguém será
atraído ao evangelho se ele não puder fazer nada pelas pessoas no aqui e agora.
O amor demonstrado pelos cristãos não deve ser o tipo de amor demonstrado pelos
ímpios romanos, mas um amor puro, íntegro e repleto de santidade, ma, não a
nossa santidade, mas a santidade de Deus, que expresse o seu caráter. Pense
nisso.
[1] Gilberto G. Theiss, nascido no estado do Paraná, é membro da
Igreja adventista do Sétimo dia desde 1996. Crê integralmente nas 28 doutrinas
Adventista como constam no livro “Nisto Cremos” e “tratado teológico
adventista” lançado pela “Casa Publicadora Brasileira”. Foi ancião por 3 anos
na Igreja Adventista do Sétimo dia da cidade Nova Rezende/MG e por 6 anos na
Igreja Central de Guaxupé/MG. Foi Obreiro bíblico e colportor efetivo por um
ano na mesma cidade, e hoje, além de ser coordenador do curso básico de reforço
teológico para líderes de igreja pelo site www.altoclamor.com, está Bacharelando
no Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia e cursou extensão em
arqueologia do oriente próximo pela UEPB. Gilberto G. Theiss é autor de vários
livros e artigos e é inteiramente submisso e fiel tanto à mensagem
bíblico-adventista quanto à seus superiores no movimento Adventista como pede
hebreus 13:17. Toda a mensagem falada ou escrita por este autor é filtrada
plenamente pelo que rege a doutrina bíblica-adventista do sétimo dia. No
entanto Gilberto Theiss faz questão de ressaltar que, toda esta biografia acima
é destituída de valor, e que o único currículo valioso que possui é o de Deus,
sua família, irmãos e amigos fazerem parte de sua vida. O resto tem o seu
devido lugar, porém fora e bem distante do pódio. Contato:
gilbertotheiss@yahoo.com.br