Comentário da Lição da Escola Sabatina – Lição 12


Comentário da Lição da Escola Sabatina – Lição 12 – 2º Trimestre 2012
(16 a 23 de junho)

Comentário: Gilberto G. Theiss[1]

SÁBADO, 16 DE JUNHO
Avaliando o Testemunho e o Evangelismo

            “Como brinco de ouro e enfeite de ouro fino, é a repreensão dada com sabedoria a quem se dispõe a ouvir” (Pv 25:12)

            Pensamento Chave: Avaliar para o crescimento sustentável.


            Há pessoas que trabalham na causa do Senhor com o objetivo de espalhar as boas novas e fazer frutificar a semente do evangelho no coração dos outros. Para estes, o alvo não são 20 ou 50 pessoas, mas o mundo todo. Alguns, infelizmente, acabam se satisfazendo com resultados muito medíocres e não fazem uma avaliação dos resultados em comparação com todo o planejamento. Sinceramente, estas pessoas não olham para o mundo com olhar de compaixão e amor pelas almas perdidas. A impressão que podemos ter é que, apenas desejam cumprir sua pequena parcela de responsabilidade, e o resto, cada um  se vira com suas obrigações. A pregação do evangelho não foi concedido a nós como uma espécie de responsabilidade e dever. Não acredito que haja alguma verdade nestas expressões. Na verdade, para aquele que foi contagiado com o amor de Deus, a pregação do evangelho se torna em uma realização, sonho e prazer. Todos que são verdadeiramente convertidos, farão de tudo pela salvação dos outros e não ficarão satisfeitos com resultados pequenos. Procurarão, munido das observações e conselho dos outros, fazer sempre o melhor para o maior aproveitamento possível.

DOMINGO, 17 de JUNHO
Por que avaliar?
(ITm 3:1-13; ICo11:28; IICo 13:5-6)

            Querendo ou não, todos nós estamos sendo avaliados pela sociedade, pela família, pelos amigos, pelos irmãos da igreja e pelos líderes. Pode-se ficar despreocupado, pois, pessoas para nos avaliar, isto nunca faltará. Certa feita, estive visitando um líder para realizar um trabalho em sua comunidade. Apresentei a proposta de trabalho através de uma palestra, e, de maneira incisiva ele me proibiu de falar com seus seguidores. Sua justificativa se baseava em um outro rapaz que, ao realizar o mesmo trabalho que eu, nas avaliações dos seus seguidores, demonstrou não possuir nenhum conhecimento do que estava apresentando. Por este motivo, isto tornou-se em um argumento para impedir qualquer pessoa mais de se aproximar daquela comunidade. Embora não tenha dado detalhes desta história, posso afirmar que ela foi real. De qualquer forma a lição é clara e nos ensina a tomar muito cuidado, pois todos nós somos a todo o momento avaliado. Jesus no comissionou a desenvolver o trabalho espiritual na igreja e da missão da igreja. Paulo quando faz menção das especificações mínimas para ser diácono e ancião, faz sob a avaliação necessária para ocupar tais funções. Podemos de antemão perceber que, isto será o mínimo em que estes serão avaliados como um todo pela igreja. Assim também é com as atividades, pois um mínimo é exigido pela igreja e também por aqueles que estão de alguma forma envolvidos, sejam ouvintes ou participantes. A avaliação é importante, no entanto, deve ser usada somente para critérios de aperfeiçoamento dos santos e dos programas da igreja.
           
SEGUNDA, 18 DE JUNHO
Avaliando de maneira cordial
 (At 16:1-2; Rm 16:1; 1Co 11:2; Fp 4:14)

            Muitos não percebem que, se comunicar não é apenas o que dizemos, mas, o que os outros estão entendendo. Dentro deste contexto, precisamos compreender que não é a maneira como nos comunicamos que importa, mas, a maneira como as pessoas entendem o que estamos comunicando. No aspecto da avaliação, muitos não são bem sucedidos justamente por não saberem fazê-las. A princípio, a maneira mais adequada de nós fazermos observações, seria primeiro, apresentar as qualidades, virtudes e benefícios da pessoa e do programa apresentado, para depois oferecer algumas sugestões. Alguns, de maneira muito infeliz, se apresentam de antemão falando exatamente dos problemas. Assim, o individuo absorverá a ideia de que nada em seu esforço foi útil, e consequentemente, poderá se fechar para as demais observações. Mas, se primeiro fizermos os devidos elogios e demonstrar o quanto estão felizes pela presença e esforço da tal pessoa, desta forma, granjeará confiança suficiente para fazer as necessárias observações. Paulo foi um exemplo claro desta ordem de fatos, pois, embora fosse um tremendo avaliador dos irmãos e da igreja, podemos notar que, ele era muito amável e, a princípio, procurava fazer elogios e apreciações às pessoas antes de fazer as devidas observações e acréscimos. Comunicar é uma das ciências mais importantes a ser estudada e aplicada na vida. Sem ela, não conseguiremos fazer grandes coisas pelos outros e por nós.

TERÇA, 19 DE JUNHO
O que o Senhor pede
(Mt 22:37-38; Ap 14:6-12)

            Os fariseus não faziam nem sequer o mínimo pela salvação dos gentios. Na verdade, ele faziam absolutamente tudo o que fosse contra a salvação deles. Quando falamos de evangelismo, automaticamente falamos também de testemunho. Não tem sentido pregarmos o evangelho sem o devido testemunho. O evangelho que pregamos deve ser difundido em palavras, mas muito mais em atos. Se o poder de Deus não for visível em nossos atos e comportamentos, como esperamos ter sucesso em falar deste evangelho alcançando a vida dos outros quando ele não funciona em nossas vidas? Isto indica que, a avaliação também deve ser feita em nós e por nós. Não precisamos esperar que as pessoas venham nos corrigir de nossa falhas, nós mesmos podemos exercer este papel fundamental. Assim, será mais fácil fazer as correções antes mesmo de alguém fazê-las. No entanto, se alguém fizer por nós, devemos aceitar com esmera alegria, pois parecem se preocupar conosco. A lição é clara, o que o Senhor no pede é exatamente o mínimo para sermos Seus seguidores e filhos em Seu reino eterno. Observe bem, embora a salvação seja unicamente pela graça, isto não significa que a graça impeça que Deus faça algumas avaliações sobre nós. Deus deseja que sejamos puros, íntegros e repletos de Seu Espírito. Esta avaliação não é como as dos homens, pois, Deus avalia onde o homem não pode avaliar.

QUARTA, 20 DE JUNHO
Avaliando para o crescimento espiritual
(1Sm 16:7; Mt 26:41; 1Ts 5:17; Rm 8:6; Ef 6:17 e 18; 2Tm 2:15 e 16; Sl 1:2)

            A história do chamado de Davi reflete bem a maneira como Deus avalia o homem. Nós podemos ver apenas a aparência exterior, mas, Deus, consegue ver o que está além dos olhos humanos. Alguns de nós avaliamos os outros com tendências de juízo e reprovação, porém, Deus, avalia para o crescimento e regeneração. A presença do Espírito Santo na vida do crente é um exemplo nítido, pois, é sua presença avaliadora que submete o homem a viver no poder da graça e no poder da santificação. O nosso papel nesta história toda é que, sejamos verdadeiramente convertidos a ponto de estarmos em condições de sermos usados pelo Espirito Santo, a fim de, pelo Seu poder, alcançarmos àqueles que realmente desejam servir e amar a Cristo. Nós devemos aprender amar como Deus ama para que estejamos habilitados a olhar para as pessoas com a mesma forma de avaliar os que nos cercam. Assim, teremos condições de observar os outros com o mesmo objetivo, o de ajudá-los a crescerem espiritualmente. Lembremo-nos que, todos nós somos carentes da graça de Cristo e nosso crescimento depende também da maneira como tratamos as pessoas. Nossa maneira de julgar demonstra muito bem o quanto realmente estamos sendo úteis nas mãos de Deus ou nas mãos de Satanás. Resumindo: devemos avaliar os outros com o mesmo fim em que nos avaliamos, para o crescimento na graça e amor de Deus. Enquanto vermos as pessoas como concorrentes espirituais não seremos capazes de sermos uma âncora para o aprimoramento espiritual dos que dividem o mesmo espaço que nós.

QUINTA E SEXTA 14 e 15 DE JUNHO
Avaliando para o crescimento da igreja
(Ap 14:6 e 7; Mt 6:33; 10:7; 24:14; Lc 4:43)

            Nossa igreja surgiu para ser um movimento missionário. Todos que são chamados para fazer parte desta comunidade de crentes foram chamados para serem missionários. A igreja adventista é um movimento profético, com uma mensagem profética para um tempo profético. Portanto, todos nós recebemos a missão de sermos compartilhadores das boas novas da verdade apresentada em Apocalipse 14.
            Nossa mensagem além de apresentar verdades como evangelho eterno, graças, estilo de vida, juízo, da criação e do sábado, estas verdades precisam ser também vivenciadas na prática. O crescimento da igreja depende da maneira como estas sublimes verdades estão sendo apresentadas ao mundo – através do estilo de vida. Jesus, através de uma vida de devoção, ensino e preparo revolucionou os primeiros discípulos tornando-os pescadores de homens. O crescimento da igreja primitiva foi explosivo já que não possuíam muitos recursos como os que temos hoje. No entanto, o poder da pregação de suas palavras advinha do testemunho que davam da mesma. Deus deseja que a igreja adventista seja tão poderosa quanto a igreja primitiva, e para isto, Ele avalia a igreja através de Sua Palavra e do Espírito de Profecia. Sua avaliação é sempre feita com o objetivo de amadurecermos e crescermos espiritualmente para estarmos habilitados da mesma maneira como esteve os discípulos no primeiro século.


[1] Gilberto G. Theiss, nascido no estado do Paraná, é membro da Igreja adventista do Sétimo dia desde 1996. Crê integralmente nas 28 doutrinas Adventista como constam no livro “Nisto Cremos” e “tratado teológico adventista” lançado pela “Casa Publicadora Brasileira”. Foi ancião por 3 anos na Igreja Adventista do Sétimo dia da cidade Nova Rezende/MG e por 6 anos na Igreja Central de Guaxupé/MG. Foi Obreiro bíblico e colportor efetivo por um ano na mesma cidade e hoje, além de ser coordenador do curso básico de reforço teológico para líderes de igreja pelo site www.altoclamor.com, está Bacharelando no Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia e cursou extensão em arqueologia do oriente próximo pela UEPB. Gilberto G. Theiss é autor de vários livros e artigos e é inteiramente submisso e fiel tanto à mensagem bíblico-adventista quanto à seus superiores no movimento Adventista como pede hebreus 13:17. Toda a mensagem falada ou escrita por este autor é filtrada plenamente pelo que rege a doutrina bíblica-adventista do sétimo dia. No entanto Gilberto Theiss faz questão de ressaltar que, toda esta biografia acima é destituída de valor, e que o único currículo valioso que possui é o de Deus, sua família, irmãos e amigos fazerem parte de sua vida. O resto tem o seu devido lugar, porém fora e bem distante do pódio. Contato: gilbertotheiss@yahoo.com.br