(9 a 16 de junho)
Comentário: Gilberto G. Theiss[1]
SÁBADO, 9 DE JUNHO
Levando informação à igreja
“Voltaram
os apóstolos à presença de Jesus e Lhe relatara, tudo quanto haviam feito e
ensinado” (Mc 6:30)
Pensamento Chave: A igreja primitiva
pode melhor ser compreendida nos relatos do livro de Atos.
A
igreja primitiva com seus grandes feitos pode ser compreendida através de um
exame meticuloso dos relatos do livro de Atos. Este livro é riquíssimo em
orientações evangelísticas e nos oferece um quadro mais vívido das experiências
dos primeiros líderes da igreja. Se há interesse em conhecer os melhores
métodos de trabalho na igreja atual, nada melhor que começar nossas
investigações no livro de Atos. Os relatórios contidos neste manual, embora
pertencendo ao passado, podem responder muitas das indagações levantadas para a
manutenção e elaboração das estratégias missionárias de hoje. A base dos
relatórios da igreja manifestada em Atos são os evangelhos. O grande foco da
mensagem e das atividades ali realizadas está centrado na missão e
acontecimentos registrados na vida em ensinamentos de Cristo. Somado a isto,
vemos os grandiosos resultados de uma igreja vibrante, missionária e repleta de
espiritualidade. A conversão em larga escala de pessoas, a unidade apostólica e
a unidade teológica são alguns dos frutos desta igreja descrita em Atos.
DOMINGO, 10 de JUNHO
Um princípio bíblico
(At 4:1-31)
Os
relatórios parecem ser enfadonhos, cansativos e sem sentido. Na verdade não
parecem enfadonhos ou cansativos, na prática é o que são. Mas, sem sentido?
Embora pareça ser sem sentido, sem eles seria mais difícil nos organizar,
estruturar e fundamentar nossas estratégias. É justamente os relatórios que nos
fazem ter os pés bem firmes no chão nos concedendo um horizonte mais
equilibrado de ações. Sem eles não seríamos uma igreja organizada e
sistematicamente empreendidas no mesmo foco. Embora a Bíblia não apresente detalhes
a este respeito, vemos exemplos de sua realização. Até o aspecto emocional e
motivacional dependem dos relatórios, pois, após a conclusão de uma avaliação
ou de uma atividade realizada, sem eles, não saberíamos a que ponto chegar e a
que ponto não chegar. Através dos relatórios podemos nos congratular pelos
feitos concluídos com sucesso e os detalhes que carecem de ajustes. Sem eles
nossas estratégias seriam sem rumo, sem organização e destituído de coerência.
Assim, haveria muito esforço para pouco resultado além de muito recurso
financeiro desperdiçado.
SEGUNDA, 11 DE JUNHO
O que Deus tem feito
(At
21:19-25; ICo 9:19-23)
Na
igreja há muita divisão sobre os métodos evangelísticos utilizados por alguns.
No tempo de Paulo, os judeus conversos possuíam algumas dificuldades quanto à
maneira como os gentios eram aceitos à fé cristã. Em nossos dias discussões
semelhantes são levantadas, sendo algumas delas de cunho desafiador e repleto
de insatisfação. Alguns levantam a questão da forma como os evangelismos são
feitos levando em consideração os métodos liberais para a conversão das
pessoas. Outros questionam o pouco valor de uma boa instrução antes de qualquer
batismo, enquanto que outros questionam o legalismo aplicado nos métodos
evangelísticos. Creio que o melhor método de questionar este ou aquele trabalho
evangelístico seria através dos resultados. Mesmo os métodos mais estranhos, exibirão
se foram coerentes ou não, somente através dos resultados. Se os frutos foram
bons e de qualidade, o método merece ser aplaudido. Se os frutos foram bons,
porém, sem qualidade, ou se não foram bons, neste caso merece nossa reprovação.
Eu, particularmente, prefiro aguardar os resultados para que minhas observações
estejam bem amparadas. Paulo apresentou um relatório respaldado pelos frutos, e
embora a igreja tenha tido dificuldades, não podiam negar que o trabalho de
Paulo havia se reproduzido de maneira satisfatória. Talvez o maior problema,
neste caso, esteja centrado mais no preconceito e legalismo do que propriamente
na conversão dos gentios.
TERÇA, 12 DE JUNHO
A importância de relatar
(At 5:14; 8:4, 12; 11:21, 14:21)
Não há dúvidas
que o relatório, quando feito de maneira inteligente, preciso e não cansativo, ocupam
um lugar de importância nas atividades da igreja. Uma prova disto é o livro de
Atos. Se retirássemos os relatórios deste livro, o que sobraria de inspirador e
motivador? A igreja precisa ser mobilizada, motivada e estimulada ao trabalho e,
muitas das vezes, isto se torna possível através dos relatórios de sucessos
alcançados e de outros que precisam ser alcançados. No entanto, o que torna os
relatórios enfadonhos e desinteressantes é a falta de sabedoria e inteligência
em apresentá-los. Muitas das vezes são apresentados de maneira muito fria e
formal como se não fossem importantes. De imediato os membros participantes
percebem a falta de valor que é dado na maneira como é apresentado e
consequentemente agem como se fosse a parte mais negativa de todo o programa.
Alguns se deslocam ao banheiro, outros escapam para tirar um cochilo, enquanto
que outros, mesmo com o pescoço esticado conseguem entrar num estágio de
hibernação. Devemos ser inteligentes na maneira de apresentar os resultados e
nunca estender este momento ao ponto de torná-lo cansativo. Apresentar de forma
que cause entusiasmo e interesse conquistará a contemplação e satisfação dos
ouvintes.
QUARTA, 13 DE JUNHO
Relatórios e motivação
(Nm 13:17-33)
O
poder das palavras determinará o sucesso de nossos relatórios ou o fracasso
deles. A história dos espias é um fiel testemunho do que nossa maneira de
apresentar os fatos pode fazer como resultado. Dez espias apresentaram um
relatório de maneira desmotivada e sem entusiasmo, enquanto que Josué e Calebe
apresentaram de maneira positiva. Na verdade, se quisermos convencer a igreja a
investir tempo e recurso em uma estratégia missionária, teremos que ser muito
convincentes na maneira de falar e demonstrar os fatos com muita convicção,
entusiasmo e motivação positiva. Mas, se quisermos que a igreja recuse nossa
estratégia e plano, basta não ser muito positivo ou entusiasmado - De cara, a
igreja perceberá e recusará unanimemente. Para convencer, temos que exceder no
entusiasmo, mas para gerar desconfiança, basta não sermos muito entusiasmado. Às
vezes, apresentamos os fatos de maneira positiva até que alguém, surgido das
trevas, apresenta um ponto de maneira negativa. O exemplo de Israel nos mostra
que, as palavras negativas são mais poderosas que as palavras positivas. Se
fosse o contrário, se dez pessoas apresentassem um relatório positivo e apenas
dois apresentasse de maneira negativa, ainda assim o povo seria constrangido a
desconfiar. Por este motivo, além de apresentar relatórios de maneira positiva,
faz-se necessário estar preparado para quebrar qualquer objeção, especialmente
daqueles que são inseridos por Satanás para desmotivar a igreja ao trabalho e
investimento missionário.
QUINTA E SEXTA 14 e 15 DE JUNHO
Dando Glória a Deus
(At 11:1-18)
O relatório de Pedro foi
essencial para remover qualquer desavença e crítica. Os bons resultados
apresentados somados aos créditos de Deus fizeram com que o povo reconhecesse a
ação do Espírito Santo. Infelizmente, muitos realizam estratégias
evangelísticas para obter os aplausos humanos. Embora isto seja uma realidade,
também há àqueles que sempre horam a Deus em seus feitos. Desta maneira, a
igreja como um todo observa com admiração e espanto o que o Senhor pode fazer
por nós quando nos envolvemos. Os resultados, quando reconhecidos para a glória
de Deus, contribuem para que mais pessoas se envolvam, se arrisquem e invistam
nas obras missionárias da comunidade cristã. Os métodos corretos farão muito
mais a favor dos resultados do que os métodos errados. Glorificar a Deus é
parte essencial para o sucesso contínuo do trabalho realizado. Somos escolhidos
por Deus para realizar um trabalho sob a capacidade concedida pelo Espírito
Santo. Portanto, todo o trabalho e todo o resultado não seriam positivos se não
fosse a ação completa e total do Espírito de Deus. Se roubarmos a glória que
pertence a Ele somente, muito em breve, não seremos capazes de realizar mais
nada, porque até o pouco que temos nos será tirado.
[1]
Gilberto G. Theiss, nascido no estado do
Paraná, é membro da Igreja adventista do Sétimo dia desde 1996. Crê
integralmente nas 28 doutrinas Adventista como constam no livro “Nisto Cremos”
e “tratado teológico adventista” lançado pela “Casa Publicadora Brasileira”.
Foi ancião por 3 anos na Igreja Adventista do Sétimo dia da cidade Nova
Rezende/MG e por 6 anos na Igreja Central de Guaxupé/MG. Foi Obreiro bíblico e
colportor efetivo por um ano na mesma cidade e hoje, além de ser coordenador do
curso básico de reforço teológico para líderes de igreja pelo site
www.altoclamor.com, está Bacharelando no Seminário Adventista Latino-Americano
de Teologia e cursou extensão em arqueologia do oriente próximo pela UEPB.
Gilberto G. Theiss é autor de vários livros e artigos e é inteiramente submisso
e fiel tanto à mensagem bíblico-adventista quanto à seus superiores no
movimento Adventista como pede hebreus 13:17. Toda a mensagem falada ou escrita
por este autor é filtrada plenamente pelo que rege a doutrina
bíblica-adventista do sétimo dia. No entanto Gilberto Theiss faz questão de
ressaltar que, toda esta biografia acima é destituída de valor, e que o único
currículo valioso que possui é o de Deus, sua família, irmãos e amigos fazerem
parte de sua vida. O resto tem o seu devido lugar, porém fora e bem distante do
pódio. Contato: gilbertotheiss@yahoo.com.br