(2 a 9 de junho)
Comentário: Gilberto G. Theiss[1]
SÁBADO, 2 DE JUNHO
Uma resposta de amor
“
Se vocês Me amam, obedecerão aos Meus mandamentos” (Jo 14:15)
Pensamento Chave: As nossas ações
demonstram os princípios das nossas verdadeiras intenções
Tudo o que fazemos na vida parecem
se materializar motivados por alguma coisa. Seja o que for, há sempre uma razão
clara, como pano de fundo, para nos incentivar a realizar, cumprir e perfazer.
Um jovem compra uma flor para sua namorada motivado pelo dever da conquista.
Uma mulher prepara um jantar especial no dia do aniversário do esposo motivada
pelo encanto que tem por ele. Um pai, às vezes se sacrifica pelos filhos devido
ao grande amor que possui por eles. Enfim, ninguém move uma centelha de nada
se, por algum motivo, não for motivado a fazê-lo. Na igreja, no relacionamento
pessoal com Deus e na obra evangelística jamais será diferente. Àqueles que
realizam algo por Cristo, por Sua obra e por Sua igreja, geralmente são àqueles
que possuem maior gratidão, amor e convicção do dever diante de Deus. As nossas
ações demonstram, claramente, os verdadeiros princípios das nossas reais
intenções. Por isto que, em se tratando de salvação, sempre afirmo que as obras não foram feitas para salvar, mas elas
demonstram o quanto somos gratos a Deus e o quanto O amamos.
DOMINGO, 3 de JUNHO
Motivado pelo amor
(1Jo 4:18,19; Js 22:5; Lc 7:41-43; 2Co
5:12-18)
Não
há dúvidas de que o amor é a essência de todo o comportamento altruísta. A
abnegação, devoção e a obediência são frutos promovidos pelo verdadeiro amor. O
amor é o único princípio capaz de criar estes elementos tão sublimes sem a
mancha do egoísmo. Por isto que, o verdadeiro reavivamento vem da experiência
de conhecer profundamente a Deus, Sua grandeza, Seu amor e seus planos para a
humanidade. O conhecimento desta verdade é importante para o despertamento do
amor em nossos corações para com Deus e consequentemente fará que seja
despertado em nós o senso de missão. Lembre-se sempre que, motivar as pessoas
pelos motivos errados pode até funcionar no começo, mas, jamais será capaz de
manter a chama acesa por muito tempo. Motivar a igreja toda a se empenhar na
obra de Deus pelo senso da obrigação poderá fazer com que eles se envolvam, mas
não por muito tempo. O único princípio vitalício capaz de envolver-nos a ponto
de sacrificarmos pela obra de Deus do começo até o fim, somente por amor e
gratidão a Deus. Com estes verdadeiros motivos, mesmo com sofrimento,
obstáculos e frustrações, seremos capazes de continuar perseverando. O que
motiva um soldado, depois de atingido seriamente, ainda desejar permanecer na
guerra? O motivo que o impulsiona é o amor por seu país. No dia em que a igreja
for ensinada a amar a Deus acima de qualquer coisa desta vida, não tenha
dúvidas, acontecerá um despertamento jamais visto e ela estará preparada para
fazer grandes feitos como nunca feitos.
SEGUNDA, 4 DE JUNHO
Motivação pela culpa?
(Rm
3:19-20; Tg 2:8-10)
A
grande verdade é que todos nós estávamos perdidos e sem esperança. No entanto,
Deus, motivado por Seu infinito amor pela raça perdida, foi capaz de fazer o
inimaginável para redimir-nos. Ele poderia ter lançado este planeta nos confins
do universo para dele nunca mais se lembrar, mas, como bem sabemos, não foi isso
o que o Onipotente fez. Não é compreensível a nós a dimensão racional do amor
de Deus por seus filhos errantes. Os próprios anjos não compreenderam a magnitude
e amplitude deste tão imensurável amor. Deus seria completamente justo se
virasse as costas para nós deixando-nos perecer em nossa própria pecaminosidade
e irracionalidade. Nada há de bom em nós se não fosse a ação do Espirito Santo.
É Ele quem freia a maldade humana e nos possibilita a realizar boas obras.
Observando com extrema atenção estes detalhes, só nos resta uma coisa a fazer,
amá-lo com todas as nossas forças e ser gratos com toda a energia que nos
resta. No entanto, amor e gratidão se manifestam através dos nossos atos. É
impossível amar e ser grato ficando de braços cruzados ou fazendo coisas que desagradam
o ser que amamos. Toda e qualquer boa obra que realizarmos será um reflexo do
que sentimos por Deus. Precisamos implorar a Deus por este sublime
despertamento, onde, motivados pelo profundo amor a Deus, sejamos capazes de
nos doar plenamente para Sua obra. Salvar pessoas não é uma coisa qualquer,
pois, as pessoas que estão perdidas são, na mais pura verdade, nossos parentes
em Cristo. Os homens e mulheres que nos cercam, fazem parte de nossa família. É
preciso ser despertado em nós o desejo de salvá-los assim como desejamos a
salvação de nossos pais, irmãos e filhos. Todos os seres humanos são nossos
irmãos, pois todos vieram do mesmo pai e mãe em que viemos – de Adão e Eva.
TERÇA, 5 DE JUNHO
Motivados para servir
(Jo 15:13; Rm 5:6-8; Jo 14:21)
Certa feita,
conheci uma criança que possuía um comportamento um tanto que estranho para
seus pais. No entanto, para mim o comportamento desta criança, além de não ser
estranho era uma grande lição para todos nós. Sempre que os pais compravam algo
para ele, tipo, um saco de balas, esse garoto imediatamente saia oferecendo
para muitas pessoas até lhe restar apenas algumas poucas em suas mãos. Nesta
ocasião, presenciando tal feito, alguém se apresentou dizendo que ela não
deveria sair por ai distribuindo o que era dela e para ela. Incrível exemplo
para nós hoje, pois foi é exatamente o que Deus deseja plantar em nosso
coração. Tenhamos em mente que, tudo o que recebemos, recebemos de graça. Além
de receber de graça, recebemos com o objetivo de repassar a outros. Com Deus as
coisas funcionam assim, pois, o que temos em mãos somente se multiplicará se o
dividirmos com os demais. A motivação de servir nasce em um coração que fora
quebrantado pelo senso de culpa diante de Deus e pela alegria de ser tão
profundamente amado pelo todo poderoso. Tudo o que recebemos não foi dado para
ser usufruído apenas por nós, mas foi-nos dado para ser partilhado. Isto
deveria nos motivar a servir, uma vez que Deus deseja usar-nos para tingir tal
objetivo, o de alcançar os demais com o que Ele nos concede.
QUARTA, 6 DE JUNHO
A armadilha do legalismo
(Rm 10:1-4; 11:5-6; Gl 2:16; Jo 6:28-29)
O
legalismo é real e como um câncer, é capaz de corroer as mais preciosas
verdades do dom de Deus concedido, materializado e oferecido gratuitamente na
cruz do calvário. No entanto, precisamos compreender que, legalismo não é
obedecer a Deus. Este adendo é importante, pois, existem àqueles que confundem
obediência com legalismo. A obediência, pelos motivos corretos é fundamental
para o testemunho cristão, enquanto que o legalismo é nada mais que a ideia de
fazer das obras uma espécie de veículo para a salvação. As pessoas
evangelizadas sob a roupagem do legalismo possuirão uma experiência um tanto
amarga e distorcida. Estes serão mais preocupados com a vida dos outros e com as
questões exteriores. Não estou dizendo que não devamos nos preocupar com o
testemunho dos irmãos ou com o nosso, mas, estou me referindo àquela
preocupação de ordem equivocada que acaba resultando em juízo e condenação
promovida por alguns. Quando compreendemos que a salvação é unicamente pela
graça, nossa vida, nossos atos, e até a maneira como julgamos as pessoas mudam.
Passamos a ver as pessoas com uma lente mais repleta de amor e misericórdia. O
fato de sabermos que, mesmo os nossos melhores atos não nos faz melhores que os
demais, leva-nos a olhar para os outros como estando no mesmo nível que nós. A
graça, quando compreendida da maneira correta, exerce o poder de fazermos olhar menos para os erros dos outros
para olhar mais para as soluções. Assim, com mais afinidade, nos tornamos
obreiros para sarar as feridas dos outros da mesma maneira em que precisamos. O
legalismo, até certo ponto, impede a igreja de trabalhar e perseverar pela
salvação dos que nos rodeiam, pois tende a criar em nós o sentimento de
superioridade e acaba nos distanciando dos que aparentemente erram mais.
QUINTA E SEXTA 7 e 8 DE JUNHO
Livre para ser escravo
(Fp 1:1; Tg 1:1; 2Pe 1:1; Jo 8:34-36)
Livre para ser escravo
não parece ser estranho, na verdade é muito estranho. Quando lemos ou ouvimos
falar das histórias da escravidão no mundo ou no Brasil, ficamos um tanto que
consternados. Se pararmos para analisar, até hoje o sistema de escravidão
permanece no mundo, inclusive em nosso país. Quando nos submetemos para
trabalhar oito horas por dia para ganhar um ou dois salários mínimos enquanto
que o patrão ganha poucos milhões por mês, não me parece nem um pouco com um
sistema democrático. A diferença da escravidão antiga para a atual é que hoje o
sistema é legalizado e organizado. Portanto, a escravidão existe e todos nós
somos submetidos a ela. Bom, mas retornando à Escritura, a palavra de Deus nos
orienta que somos libertos, mas, a nossa liberdade parece nos conduzir à
submissão a outro ser, neste caso, o de Deus. Para que não fiquemos receosos, a
escravidão em que nos envolvemos com Cristo é aquela que fazemos por vontade
própria, pois, quem não gostaria de ser escravo do amor de Deus? Ou de Sua
bondade? Quem não gostaria de ser escravo dos infinitos cuidados, amparos e
proteção de Deus? Esta escravidão não é promovida por Deus, na verdade somos nós
é que desejamos ser escravos das bênçãos, glórias e amor do Senhor. Poderíamos
dizer que não se trata de escravidão, mas de submissão promovida pelo amor que
aprendemos a ter de Deus. Nossa gratidão é tão grandiosa que, viver longe dEle
seria uma eterna loucura e irracionalidade. O problema não é servir, mas a quem
servir.
[1]
Gilberto G. Theiss, nascido no estado do
Paraná, é membro da Igreja adventista do Sétimo dia desde 1996. Crê
integralmente nas 28 doutrinas Adventista como constam no livro “Nisto Cremos”
e “tratado teológico adventista” lançado pela “Casa Publicadora Brasileira”.
Foi ancião por 3 anos na Igreja Adventista do Sétimo dia da cidade Nova
Rezende/MG e por 6 anos na Igreja Central de Guaxupé/MG. Foi Obreiro bíblico e
colportor efetivo por um ano na mesma cidade e hoje, além de ser coordenador do
curso básico de reforço teológico para líderes de igreja pelo site
www.altoclamor.com, está Bacharelando no Seminário Adventista Latino-Americano
de Teologia e cursou extensão em arqueologia do oriente próximo pela UEPB.
Gilberto G. Theiss é autor de vários livros e artigos e é inteiramente submisso
e fiel tanto à mensagem bíblico-adventista quanto à seus superiores no
movimento Adventista como pede hebreus 13:17. Toda a mensagem falada ou escrita
por este autor é filtrada plenamente pelo que rege a doutrina
bíblica-adventista do sétimo dia. No entanto Gilberto Theiss faz questão de
ressaltar que, toda esta biografia acima é destituída de valor, e que o único
currículo valioso que possui é o de Deus, sua família, irmãos e amigos fazerem
parte de sua vida. O resto tem o seu devido lugar, porém fora e bem distante do
pódio. Contato: gilbertotheiss@yahoo.com.br