Dizer “Esta música é muito boa” ou “Nossa! Que música horrível” é muito
comum. Todos têm seus gostos particulares e rejeitam artistas e bandas
que fogem das preferências pessoais. Mas uma pesquisa publicada no
periódico científico BMC Research Notes revela que talvez haja um
padrão. Segundo o artigo, as pessoas tendem a gostar das músicas que
soam “complexas” aos ouvidos, mas que são “decifráveis e armazenadas”
pelo cérebro, como as composições eruditas. O autor do estudo, Nicholas
Hudson, biólogo da Australian Commonwealth Scientific and Industrial
Research Organization, disse que o cérebro comprime a informação musical
como um software de computador faz com um arquivo de áudio: ele
identifica padrões e remove dados desnecessários ou redundantes. A
música clássica, por exemplo, pode parecer complexa para quem ouve, mas o
cérebro consegue encontrar padrões para o trabalho de compressão. Pouca
coisa é descartada. Hudson usou programas de compressão de músicas para
imitar como o cérebro age e usou músicas que já haviam sido analisadas
em um estudo de 2009 que mediu como 26 voluntários curtiam músicas de
diferentes gêneros musicais como clássico, jazz, pop, folk, eletrônica,
rock, punk, techno e tango.
Entre as músicas que o biólogo escolheu, “I should be so Lucky”, da
Kylie Minogue, foi comprimida a 69,5% de seu tamanho original; “White
Wedding”, do Billy Idol, foi diminuída a 68,5%; e a Terceira Sinfonia do
Beethoven foi reduzida a 40,6% do seu tamanho inicial. O cérebro, como o
software encontraram mais padrões na música do compositor alemão. Com
as outras músicas, ele teve pouco trabalho de compressão, pois o resto
foi “jogado fora”. Fazendo uma comparação, as músicas mais
“comprimíveis” foram aquelas escolhidas como as mais agradáveis no
estudo de 2009.
Mas por que nosso cérebro gosta mais das músicas que o fazem trabalhar
mais para comprimi-las? “É da nossa natureza sentir mais satisfação ao
atingir uma meta quando a tarefa é mais difícil. As coisas fáceis trazem
um prazer superficial. As músicas mais simples, com poucos padrões de compressão, rapidamente ficam irritantes e deixam de ser estimulantes”,
disse Hudson. Essa é uma explicação para aquela sensação de enjoar
rapidamente de uma música. O teste também incluía barulhos aleatórios
que só puderam ser comprimidos a 86%. O resultado foi que esses sons
causaram indiferença e tédio nas pessoas.
Já foi dito que música clássica ajuda a memória, ajuda o foco nos
estudos e pode até deixar as pessoas mais inteligentes. Este é mais um
estudo que comprova a qualidade da música clássica, mas, como diz o
ditado: gosto não se discute. [No entanto, no que diz respeito à música
sacra, princípios se discutem e estão acima dos gostos pessoais. – MB]
(Hypescience) via criacionismo
Nota Criacionismo: Certa vez, eu conversava com uma conhecida cantora
adventista e ela me disse que havia se convencido de que o ideal era não
usar forte percussão nos acompanhamentos. Perguntei-lhe como ela havia
chegado a essa conclusão e ela respondeu: “O responsável pela produção
do meu CD perguntou-me se eu queria bateria nos playbacks. Eu
estava estudando o assunto e disse que não queria bateria. A resposta
dele confirmou minha decisão. Ele disse que a bateria ajuda a vender e a
tornar a música mais simples, além disso, barateia a produção. Sem
bateria, ele teria que melhorar a investir na orquestração. Mas não é
justamente isto o que temos que fazer, oferecer o melhor para Deus?”
Infelizmente, no meio cristão também há aqueles que produzem músicas
descartáveis, repetitivas (quase hipnotizantes) e carregadas de
dissonância, melismas (shows vocais) e forte percussão. Lembre-se
de que, como mostra a pesquisa acima, o cérebro “identifica padrões e
remove dados desnecessários ou redundantes”. Há músicas no Hinário
Adventista, por exemplo, que têm sido cantadas há séculos e ainda falam
ao coração do adorador moderno. Por outro lado, há músicas “sacras”
criadas recentemente e que rapidamente se tornam “irritantes” e estão
fadadas ao esquecimento. O músico, assim como qualquer outro
profissional cristão, deve sempre se perguntar: Isto é o melhor que
posso oferecer a Deus ou se trata apenas de algo para agradar o meu
gosto e gosto dos meus ‘fãs’?”[MB]
Nota Gilberto Theiss: É válido ressaltar que, a música de hoje tem servido para dois propósitos proféticos bem definidos: 1º Contribuir para união religiosa ou ecumenismo religioso, 2º minimizar o espaço entre o mundo e a igreja. Um dia um camarada evangélico me disse que estava indo para São Paulo e ficar por lá cerca de 30 dias. No entanto ele estava em dúvida de qual seria a igreja que frequentaria ali uma vez que lá não tinha sua igreja. Então, eu sugeri que frequentasse uma igreja adventista. Rapidamente ele me respondeu negativamente afirmando que a igreja adventista ele não frequentaria por não ter os estilos musicais que as igrejas evangélicas de hoje tem. Bom, este diálogo foi há 11 anos atrás. O que isto revela? A música parece facilitar o encontro ou união das massas religiosas mesmo tendo elas conceitos doutrinários diferentes. A música de hoje também tem exercido fortíssimo papel em diminuir as diferenças entre a igreja e o mundo. Muitas músicas (letras) cristãs amalgamadas com estilos considerados mundanos tem feito muitos jovens construirem sensibilidades para ter aptidão pelas músicas não cristãs. Aos poucos a juventude de hoje tem se entregado às músicas do mundão graças as pontes criadas por cantores cristãos com seus estilos copiados do mundo. Resultado? Uma ponte sempre leva a outra ponte. O mundanismo musical leva a outro tipo de mundanismo e assim sucessivamente. Abramos os olhos e peçamos a Deus discernimento espiritual neste quesito. Ellen White escreveu que a "música se tornaria um laço", e ela está se referindo especialmente para o tempo do fim.
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