Comentário da Lição da Escola Sabatina – Lição 11 – 3º Trimestre 2011 (03 a 10 de setembro)
Comentário: Gilberto G. Theiss
SÁBADO, 3 DE SETEMBRO
Em espírito e em verdade
(João 4:23)
Jesus Cristo foi o autor de todas as coisas criadas neste planeta. Isto indica que além da natureza, dos animais e toda a complexidade das leis físicas, químicas e biológicas, nós seres humanos somos também criaturas resultantes de Seu grandioso poder. Se observarmos com extrema atenção todos os detalhes de nossa existência e percebermos que sem Cristo nada do que foi feita se faria, com este pensamento em mente deveríamos ser levados a olhar para Cristo com olhares de profunda admiração. Não é surpresa sermos cativados para Jesus, uma vez que Ele é autor de nossa existência. Jesus foi o centro do universo de Deus, é o centro da história humana e deve ser o centro de nossa vida e adoração. Ele nos fez não para embelezar seu universo infinito, mas para se entreter, conviver e se relacionar conosco. Ele nos ama e foi por intermédio de seu infinito amor é que viemos à existência.
Nada mais nesta vida deveria ocupar nossa mente e coração a não ser a presença soberana de Jesus. Ele nos criou e quando caímos em pecado, doou-se por pós para não nos perder. Ele se pendurou entre o Céu e a Terra para nos conduzir de volta à eternidade. Seus méritos, obediência e santidade são oferecidos gratuitamente a nosso favor. Tudo isto não deveria ser razão suficiente para sempre servi-lo? Pense nisso!
DOMINGO, 4 DE SETEMBRO
O cântico de louvor e adoração de Maria
(Lc 1:46-55)
O cântico de Maria neste contexto é bem surpreendente. O que torna o seu cântico extraordinário é o tempo em que ela viveu. O povo de Israel, embora esperasse o Messias prometido, viviam afastados de Deus e da verdade. Haviam feito das leis um grande fardo incapazes de serem seguidas e haviam perdido completamente a noção das profecias bíblicas referente a própria vinda do Messias. Enfim, a situação espiritual em que viviam não era das melhores. Por este motivo o cântico de Maria reflete bem o motivo porque ela foi escolhida para ser a mãe carnal de Jesus aqui na Terra. Seu cântico ecoa até os dias de hoje como um louvor genuíno em meio a tantos falsos cânticos de seu tempo. A adoração de Maria, embora não entendesse com exatidão o plano que Deus tinha para ela, foi o de um coração sincero e cheio de desejo em manter-se em submissão a Deus.
Outra lição importante a ser extraída desta narrativa é que, em meio à adoração, Maria não deixou de reconhecer sua pequenez e necessidade de um salvador. Se ela chamou o seu Senhor de Salvador, significa que ela era pecadora como qualquer outro ser humano. Isto invalida a teoria de sua suposta divindade. Assim podemos entender também que, no louvor e adoração a Deus, é crucial nosso sentimento e reconhecimento de nossa situação e pequenez diante de Deus e da necessidade que temos do Salvador. Reconhecer a Deus como nosso sublime Senhor e o quanto somos dependentes Dele para a redenção fazem parte do contexto da verdadeira adoração.
SEGUNDA, 5 DE SETEMBRO
Adoração e serviço
(Lc 4:5-8)
Há muitas coisas, seres e pessoas que buscam conquistar nossa adoração. Há aqueles que adoram de maneira escancarada ao diabo nas igrejas denominadas “Igreja de Satanás”. Há também aqueles que adoram o diabo de maneira velada através de seitas místicas e satânicas. Há os que adoram o próprio eu ou as coisas deste mundo como um time de futebol, artista, ator de holywood, objetos, vícios, etc.
A palavra adoração está diretamente associada à devoção e serviço. Fatalmente, o que adoramos com certeza será servido por nós. Também é interessante entender que, aquilo que adoramos é o que determinará nossa sorte, pois a tudo o que adoramos e servimos será o que transformará nossa vida, nossos gostos, costumes, valores, princípios e até mesmo nossa maneira de pensar. No muito contemplar, sereis transformados – é a regra tônica.
Querendo ou não, não escaparemos deste dilema. Nossa vida será moldada por aquilo que oferecemos nosso serviço. Tudo em nós irá girar em torno do que adoramos e até nossas emoções e caráter serão moldados pelas características daquele que oferecemos devoção. Por esta razão é que devemos elevar nossas afeições somente ao Senhor Deus que criou o Céu e a Terra. A Ele somente devemos oferecer nossa adoração e serviço. Quanto mais nos aproximarmos de Jesus, mais semelhante a Ele nos tornaremos e mais aptos a viver conforme Sua vontade seremos.
TERÇA, 6 DE SETEMBRO
Adorando o que não se conhece
(Jo 4:1-24)
Jesus foi enfático ao pronunciar as palavras “vós adorais o que não conheceis, pois a salvação vem dos judeus”. Que encontro mais surpreendente foi este de Jesus com a samaritana. Ali, foi o encontro da esperança com o desespero, o encontro da vida com a morte, o encontro da fonte da felicidade com a triste alma em desamparo, o encontro do sedento com aquele que é capaz de sanar a sede, o encontro de Deus com o ser humano. Aquela mulher representa em pleno século XXI muitos que vagam por ai a procura da verdade que liberta e que mata a sede espiritual. Jesus, ao ter se aproximado e dirigido suas palavras em diálogo com esta jovem, pode fazê-la compreender a maior revelação de todas – que Ele é o único que pode ser adorado a ponto de nossas maiores necessidades espirituais serem supridas. Em Cristo está a essência da verdadeira adoração. Em Jesus somente é que nossa devoção poderá dar sentido real as nossas necessidades de devoção e serviço. Existe um vazio dentro de nós inserido pelo Espírito Santo que somente em Cristo poderemos preencher. No entanto, é importante abrir um parêntese para dizer que, adorar a Cristo vai além de nossas próprias perspectivas. Devemos adorá-lo em Espírito e em verdade. Devemos adorá-lo da maneira como Ele é digno de ser adorado. Não é nossa vontade ou convicção que deve reinar, mas a vontade soberana de Deus. Não adianta absolutamente nada eu dizer que estou adorando a Jesus e ao mesmo tempo fazendo as coisas ao meu modo. Isto não é adorar a Deus, mas ao próprio EU. Desta forma estaremos incorrendo no mesmo erro que outros cometeram, o de adorar o que não conhecem...
QUARTA, 07 DE SETEMBRO
Os verdadeiros adoradores
(Jo 4:23; Mc 7:6-9)
Quais seriam os verdadeiros adoradores? O que os distinguiriam dos falsos adoradores? Ellen White foi contundente ao dizer que “a graça de Deus que, se recebida, leva à prática das coisas certas, é a linha de demarcação entre os filhos de Deus e a multidão dos que não creem” (Signs of the Times, 22 de Setembro de 1898). E espírito e verdade não pode ser outra coisa senão amar e obedecer a Deus acima de TUDO. As crenças perdem o seu valor quando não são acompanhadas de prática. Não há coerência eu dizer que amo minha esposa e continuar vivendo como se eu fosse solteiro. É totalmente antitético dizer que amo a Cristo, mas, viver oferecendo a Deus e inserindo na igreja e em minha vida os meus próprios gostos e desejos. Devemos conhecer a Deus profundamente e através de suas verdades expressas na Bíblia e no Espírito de Profecia realizar a vontade e soberana vontade de Deus em nossa vida, na vida dos outros e na igreja.
Diante de um período, repleto de pessoas sem escrúpulo de consciência diante do erro e da injustiça, permeado de uma cosmovisão pós-moderna secularizada e sem compromisso com Deus e Sua verdade, nada pode ser mais importante do que uma vida que reflita a coerência do poder do puro evangelho que é capaz de salvar e regenerar a vida humana. Por conta deste dilema, devido a tanta rebeldia e relativismo será mais fácil identificar quem realmente serve e não serve a Deus, pois os que O servem serão cada vez mais diferentes e taxados de fanáticos e fundamentalistas. Não estou me referindo aos grupos literalmente fanáticos que existem por ai, mas os que em espírito e em verdade servem a Deus. Ao mesmo tempo em que, para alguns soam como fanáticos, ao mesmo tempo soam para outras, como pessoas sinceras e com um brilho diferente na vida e em todos os seus atos e palavras.
QUINTA E SEXTA, 8 e 9 DE SETEMBRO
Adorando aos Seus pés
(Mt 2:11; 4:10; 9:18; 20:20; Mc 7:7; Lc 24:52; Jo 9:38)
Ao longo dos primeiros anos na história da igreja adventista, muitos pioneiros não acreditavam na doutrina da trindade. No entanto isto não significa que esta doutrina era espúria, pois havia muitas outras crenças que os pioneiros não acreditavam. Entre elas poderíamos destacar a mensagem de saúde, mortalidade da alma, sábado e outras verdades que foram sendo compreendidas e organizadas com o tempo. A doutrina bíblica da trindade só foi mais bem compreendida a partir de 1898 com a primeira publicação do livro Desejado de Todas as Nações que deixou claramente evidente a pessoa e divindade de Jesus e também do Espírito Santo. Portanto, por este fato quanto a doutrina da trindade, poderíamos dividir a história da igreja como antes e depois de 1898.
Mas é claro, Ellen White apenas confirmou o que a Bíblia já nos ensinava. A divindade de Jesus é defendida centenas de vezes na Escritura. Na lição de hoje, neste caso em específico, a Palavra de Deus nos ensina que Jesus deve ser adorado. Observe que, em Mateus 4:10 diz que somente Deus deve ser adorado. Com base nesta poderosa verdade, analise com atenção os seguintes versos abaixo:
“E, entrando na casa, acharam o menino com Maria sua mãe e, prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofertaram-lhe dádivas: ouro, incenso e mirra” (Mt 2:11).
“Dizendo-lhes ele estas coisas, eis que chegou um chefe, e o adorou, dizendo: Minha filha faleceu agora mesmo; mas vem, impõe-lhe a tua mão, e ela viverá” (Mt 9:18).
“Então se aproximou dele a mãe dos filhos de Zebedeu, com seus filhos, adorando-o, e fazendo-lhe um pedido” (Mt 20:20).
“E, adorando-o eles, tornaram com grande júbilo para Jerusalém” (Lc 24:52).
“Ele disse: Creio, Senhor. E o adorou” (Jo 9:38).
Como observado, Jesus é na mais pura essência Deus e digno de ser adorado. Ele é o Senhor da glória e o nosso inefável Criador e Redentor. A ele devemos nossas vidas pois nos comprou com seu sangue precioso. Se pendurou entre o Céu e a Terra para nos ligar novamente com a eternidade. A Ele louvemos e adoremos por toda a eternidade. Jesus foi o centro do universo de Deus, é o centro da história humana e deve ser o centro de nossa vida e adoração. Ele nos fez não para embelezar seu universo infinito, mas para se entreter, conviver e se relacionar conosco. Ele nos ama e foi por intermédio de seu infinito amor é que viemos à existência.
Gilberto G. Theiss, nascido no estado do Paraná, é membro da Igreja adventista do Sétimo dia desde 1996. Crê integralmente nas 28 doutrinas Adventista como constam no livro “Nisto Cremos” lançado pela “Casa Publicadora Brasileira”. Foi ancião por 3 anos na Igreja Adventista do Sétimo dia da cidade Nova Rezende/MG e por 6 anos na Igreja Central de Guaxupé/MG. Foi Obreiro bíblico na mesma cidade e hoje, além de ser coordenador do curso básico de reforço teológico para líderes de igreja pelo site www.altoclamor.com, está Bacharelando no Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia. Gilberto G. Theiss é autor de alguns livros e é inteiramente submisso e fiel tanto a mensagem bíblico-adventista quanto a seus superiores no movimento Adventista como pede hebreus 13:17. Toda a mensagem falada ou escrita por este autor é filtrada plenamente pelo que rege a doutrina bíblica-adventista do sétimo dia. Contato: gilbertotheiss@yahoo.com.br