Comentário da Lição da Escola Sabatina – Lição 7 – 3º Trimestre 2011 (6 a 13 de agosto)


Comentário da Lição da Escola Sabatina – Lição 7 – 3º Trimestre 2011 (6 a 13 de agosto)

Observação: Este comentário é provido de Leitura Adicional no fim de cada dia estudado. A leitura adicional é composta de citações do Espírito de Profecia. Caso considere-a muito grande, poderá optar em estudar apenas o comentário ou vice versa.

Comentário: Gilberto G. Theiss

SÁBADO, 06 DE JULHO
Adoração nos Salmos
(Sl 84:1,2)

            Os Salmos possuíam, além de letras de louvor, um significado inigualável para os povos daquele tempo. É difícil incorporar a dimensão de valor que Israel dava a estes Salmos, talvez por não terem sido uma conseqüência de nossa própria experiência presente. Poderíamos entender melhor este fato utilizando a dor de uma família por perder um ente querido. Somente entenderíamos o significado de tanto sofrimento desta família quando passarmos pela mesma experiência. Infelizmente, as canções se perderam no tempo, e tudo o que temos hoje destes salmos são apenas as letras. De qualquer forma, através do conteúdo transmitido por este livro, podemos ter uma pequena idéia do que representava para o povo ao reproduzir estas canções na nossa própria vida.
            Nesta semana faremos um passeio em alguns desses hinos e tentaremos absorver deles o aprendizado necessário do que permeou o louvor e adoração de Israel e o que era mais significativo para eles no ato de adorar manifestado nestes Salmos. Possivelmente nos encantaremos com a teologia ou com a simplicidade contida nestes versos revestidos de sinceridade e desejo de elevar a Deus Sua dignidade e majestade. Perceberemos também que, possivelmente muitas das palavras que brotavam de suas canções representam na íntegra muitas de nossas próprias palavras.

Leitura Adicional

            “Os salmos de Davi passam por uma série completa de experiências, desde as profundezas da culpabilidade consciente e condenação própria, até a fé mais sublime e mais exaltada comunhão com Deus. O registro de sua vida declara que o pecado apenas pode trazer ignomínia e desgraças, mas que o amor e a misericórdia de Deus podem alcançar as maiores profundidades, que a fé erguerá a alma arrependida para que participe da adoção de filhos de Deus. De todas as declarações que se contêm em Sua Palavra, é isto um dos mais fortes testemunhos da fidelidade, da justiça e da misericórdia de Deus em Seu concerto. ... Gloriosas são as promessas feitas a Davi e sua casa, promessas essas que visam às eras eternas, e que encontram seu cumprimento total em Cristo” (Patriarcas e Profetas, pág. 754).

            “Davi, na beleza e vigor de sua jovem varonilidade, estava se preparando para assumir uma elevada posição, entre os mais nobres da Terra. Seus talentos, como dons preciosos de Deus, eram empregados para exaltar a glória do Doador divino. Suas oportunidades para a contemplação e meditação serviam para enriquecê-lo daquela sabedoria e piedade, que o tornavam amado de Deus e dos anjos. Contemplando ele as perfeições de seu Criador, mais claras concepções de Deus desvendavam-se perante sua alma. Eram iluminados assuntos obscuros, dificuldades eram explanadas, harmonizadas perplexidades, e cada raio de nova luz provocava novas expansões de transportes, e mais suaves antífonas de devoção, para a glória de Deus e do Redentor. O amor que o movia, as tristezas que o assediavam, os triunfos que o acompanhavam, tudo eram assuntos para o seu ativo pensamento; e, ao ver o amor de Deus em todas as providências de sua vida, seu coração palpitava com mais fervorosa adoração e gratidão, sua voz soava com mais magnificente melodia, sua harpa era dedilhada com alegria mais exultante; e o jovem pastor ia de força em força, de conhecimento em conhecimento; pois o Espírito do Senhor estava sobre ele” (Patriarcas e Profetas, págs. 641 e 642).

DOMINGO, 07 DE JULHO
Adoremos o Senhor, nosso criador
(Sl 90:1,2; 95:1-6; 100:1-5)

            Ao contrário dos nossos dias, parece que os escritores dos Salmos não possuem nenhum conflito cognitivo entre evolução e criação. Todos eles crêem plenamente, sem restrição, que Deus é o autor da existência de todas as coisas, inclusive das leis que regem não apenas a natureza, mas as que também regem a conduta moral.
            A fé, por mais abstrata que seja, é capaz de nos conduzir racionalmente às verdades mais sublimes e ocultas que existem. Por exemplo: Os escritores dos Salmos que enalteceram a Deus pelas maravilhas de Sua criação, não possuíam conhecimentos surpreendentes como hoje podemos conhecer. Eles não sabiam que o núcleo de uma ameba é maior do que os 30 volumes combinados da Enciclopédia Britânica. Não sabiam que o DNA humano, mesmo invisível aos olhos, é um universo de informações complexas. Não conheciam os detalhes da paulatina divisão de um zigoto, célula única que resulta da fecundação do óvulo pelo espermatozóide, que ao longo de nove meses se divide até se transformar nos 100 trilhões de células que formam os 220 tipos de tecidos do corpo humano de maneira extraordinariamente organizada para fazer tudo isso se transformar em um bebê com dois olhos, duas pernas, dois braços, duas mãos, etc – tudo com seu devido encaixe perfeitamente planejado. Bom, poderíamos citar milhares de outras questões que facilmente nos deixaria estarrecidos, pasmos e profundamente admirados.
            Os escritores destas citações, embora não tenham conhecido tanto como conhecemos hoje, não demonstravam possuir crises de incredulidade, tipo, se Deus realmente foi o criador ou não. Isto serve de grande lição para todos nós, pois, carregados de tanta luz e conhecimento, muitos ainda conseguem alimentar a dúvida quanto à nossa existência ter vindo de Deus. A nota tônica da mensagem de hoje é clara e inseri Deus no Seu devido lugar – o de criador absoluto de todas as coisas. Mesmo a ciência que contraria as verdades reveladas na Bíblia, persiste no devido erro por uma questão de pura interpretação. A mesma descoberta que utilizam para desmerecer a existência de Deus e Seu ato criativo, é a mesma descoberta que, naturalmente pode ser interpretada a favor da existência de Deus e de Seu ato criativo. Tudo depende simplesmente da pré-concepção existente. O salmista não possuía uma fé cega, ele possuía convicção racional, pois tudo que existe, determina com indizível solidez que, o que existe não pode ter provocado sua própria existência quando não existia. Para as mentes sensatas, isto significa que Deus existe e ponto final.

Leitura Adicional

            “O dever de adorar a Deus se baseia no fato de que Ele é o Criador, e que a Ele todos os outros seres devem a existência. E, onde quer que se apresente, na Bíblia, Seu direito à reverência e adoração, acima dos deuses dos pagãos, enumeram-se as provas de Seu poder criador. "Todos os deuses dos povos são coisas vãs; mas o Senhor fez os céus." Sal. 96:5. "A quem pois Me fareis semelhante, para que lhe seja semelhante? diz o Santo. Levantai ao alto os vossos olhos, e vede quem criou estas coisas." "Assim diz o Senhor que tem criado os céus, o Deus que formou a Terra, e a fez; ... Eu sou o Senhor, e não há outro." Isa. 40:25 e 26; 45:18. Diz o salmista: "Sabei que o Senhor é Deus: foi Ele, e não nós que nos fez povo Seu." "Ó, vinde, adoremos, e prostremo-nos; ajoelhemo-nos diante do Senhor que nos criou." Sal. 100:3; 95:6. E os seres santos que adoram a Deus nos Céus, declaram porque Lhe é devida sua homenagem: "Digno és, Senhor, de receber glória, e honra, e poder; porque Tu criaste todas as coisas." Apoc. 4:11” (O Grande Conflito, p. 436, 437).

            “Diz o salmista: "Os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das Suas mãos. Um dia faz declaração a outro dia, e uma noite mostra sabedoria a outra noite. Sem linguagem, sem fala, ouvem-se as suas vozes." Sal. 19:1-3. Podem alguns supor que essas grandes coisas do mundo natural sejam Deus. Não são Deus. Todas essas maravilhas nos céus estão apenas fazendo a obra que lhes é designada. São instrumentos do Senhor. Deus é o superintendente, assim como Criador, de todas as coisas. O Ser Divino empenha-Se em manter as coisas por Ele criadas. A própria mão que sustenta as montanhas e as mantém em posição, guia os mundos em sua misteriosa marcha em volta do Sol.
            Dificilmente se encontra uma operação da natureza à qual a Palavra de Deus não faça referência. A Palavra declara que Deus "faz que o Seu Sol se levante", e que a chuva caia. Mat. 5:45. Ele "faz brotar nos montes a erva". Ele "dá a neve como lã, esparge a geada como cinza. ... Manda a Sua palavra, e os faz derreter; faz soprar o vento, e correm as águas". Sal. 147:8, 16-18. "Faz subir os vapores das extremidades da Terra; faz os relâmpagos para a chuva; tira os ventos dos seus tesouros." Sal. 135:7.
            Estas palavras da Santa Escritura nada dizem de leis da natureza independentes. Deus fornece a matéria e as propriedades com as quais executar Seus planos. Emprega Seus instrumentos para que a vegetação cresça. Manda o orvalho e a chuva e o sol, para que a relva germine e estenda sobre a terra seu tapete verde; para que os arbustos e as árvores frutíferas desabrochem os botões e produzam. Não se pode supor que seja posta em ação uma lei para que a semente opere por si mesma, e a folha apareça porque isso tenha que fazer por si mesma. Deus instituiu leis, mas estas são apenas servos pelos quais Ele efetua resultados. É pela imediata atuação de Deus que cada pequenina semente irrompe através da terra e surge para a vida. Cada folha cresce, cada flor desabrocha, pelo poder de Deus” (Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 293, 294).
           
SEGUNDA, 08 DE AGOSTO
Juízo de Seu santuário
 (Dn 7:9, 10, 13, 14, 25, 26)

            Certa feita, um homem fora julgado e incriminado por um crime hediondo. Sua pena foi não menos do que prisão perpétua nos EUA. Dez anos depois de sua condenação, na prisão, fora friamente assassinado.  No entanto, logo depois de sua morte, veio a bomba – ele era inocente. Injustiças como esta e outras podem estar acontecendo todos os dias em nosso mundo e infelizmente, a única reação que nos cabe diante de tais atrocidades é o simples silêncio.
            O livro de Salmos, especialmente o de Asafe (73), apresenta as injustiças cometidas contra os justos e puros de coração, enquanto que os ímpios que falam enganosamente são revestidos de prosperidades e facilidades na vida. Asafe confessa que seus “pés quase que se desviaram” por contemplar a prosperidade dos ímpios, e em contrapartida o desgaste  e sofrimento dos justos. Mas, a partir do verso 16 ele descreve a realidade que acometerá os ímpios no juízo e vitória dos que foram oprimidos. Asafe percebeu a larga diferença existente entre os justos e ímpios, tanto aqui na terra no contexto do pecado quanto no dia do juízo. “Ele viu que a orientação do Senhor era de valor infinitamente maior que toda a prosperidade temporal do mundo, porque o Senhor mantém os pés do justo nos caminhos que levam à glória eterna! (Signs of the Times, 3 de fevereiro de 1888).
            O desejo pela justiça não está aflorada apenas nos discursos dos salmistas, mas nos lábios de muitos cristãos de hoje. A justiça se tornou um mito em nossos dias, e isto se deve pelo fato de, exatamente, por estarmos tão distante dela. A prática da injustiça é cada vez mais assoberbada e praticada sem nenhuma dor de consciência. Aliás, a injustiça se tornou tão comum que, caso alguém resolva praticar algum ato de justiça, este sim é encarado de maneira estranha. Querendo ou não, todos os humanos um dia terão que enfrentar o grande tribunal de Deus onde toda prática de injustiça será condenada. Deus fará, talvez, o único julgamento mais perfeito e justo que já existiu desde a entrada do pecado no mundo. Por esta razão, poderemos ficar em paz e tranqüilos, pois todos nós seremos reivindicados neste tribunal.

Leitura Adicional

            “Deus permite que os ímpios prosperem e revelem inimizade para com Ele, a fim de que, quando encherem a medida de sua iniqüidade, todos possam, em sua completa destruição, ver a justiça e misericórdia divinas. Apressa-se o dia de Sua vingança, no qual todos os que transgrediram a lei divina e oprimiram o povo de Deus receberão a justa recompensa de suas ações; em que todo ato de crueldade e injustiça para com os fiéis será punido como se fosse feito ao próprio Cristo” (O Grande Conflito, p. 48).

            “Existem ocasiões em que, diante de adversidade e tristeza, os servos de Deus ficam desanimados e deprimidos. Eles se preocupam com as circunstâncias e, contrastando com a condição de prosperidade dos que não têm nenhum pensamento nem cuidado pelas coisas eternas, sentem-se magoados. Manifestam um espírito de censura e suspiram e lamentam sua sorte. Parecem achar que Deus tem a obrigação especial de abençoá-los e fazer prosperar seus empreendimentos e, portanto, quando são colocados em situações de juízo, ficam rebeldes e olham com inveja para os ímpios que prosperam em sua iniqüidade. Eles parecem considerar a condição dos transgressores preferível à deles. Esses pensamentos amargos são sugeridos à mente pelo enganador da humanidade. É seu prazer agitar a rebelião no coração dos filhos de Deus. Ele sabe que isso provoca fraqueza e é fonte de desonra ao seu Deus. Ele deseja nos fazer pensar que é inútil servir a Deus, e que os que não dão atenção às reivindicações do Céu são mais favorecidos que os que se esforçam para obedecer aos mandamentos de Deus.
            O salmista teve essa experiência. Quando ele olhou para a prosperidade dos ímpios, teve inveja de seu sucesso e disse: ‘...Eis que são estes os ímpios; e, sempre tranqüilos, aumentam suas riquezas. Com efeito, inutilmente conservei puro o coração e lavei as mãos na inocência. Pois de contínuo sou afligido e cada manhã, castigado’ (Sl 73:12-14). Mas quando ele entrou no santuário, e conversou com o Senhor, já não desejou a porção dos ímpios, pois, em seguida, entendeu seu fim. Ele viu que seu caminho levava à destruição, finalmente, e seu prazer era apenas temporário. A inveja não teve mais lugar em seu coração. Seu espírito rebelde se curvou em humilde submissão a seu Deus, e ele declarou: ‘Tu me guias com o Teu conselho e depois me recebes na glória’ (v. 24). Ele viu que a orientação do Senhor era de valor infinitiamente maior que toda a prosperidade temporal do mundo, porque o Senhor mantém os pés do justo nos caminhos que levam à glória eterna! (Signs of the Times, 3 de fevereiro de 1888).

TERÇA, 09 DE AGOSTO
“Como os animais que perecem”
(Sl 49)

            Certa feita, uma jovem cruzou-se ao meu caminho para desabafar que não consegue ser feliz nesta terra. Prontamente lhe respondi que ela não era a única pessoa a se sentir assim. Há milhares, ou milhões de pessoas que, todos os dias, sentem o fardo de algum tipo de sofrimento. Parece que a dor, seja física ou emocional, nos persegue constantemente. Nem mesmo os ricos escapam destes infortúnios. Só o fato de não possuírem segurança e de serem alvos de bandidos já lhes custam muito caro o viver. Na verdade, não podemos ser felizes neste contexto em que vivemos. Caso conseguíssemos ser felizes neste mundo ou com as coisas que estão ao nosso redor, facilmente nos esqueceríamos das promessas de um mundo melhor. Quanto mais felizes aqui, mais nos acostumamos com este lugar e quanto mais as raízes de nossos sonhos se infiltram nessa terra, mais distante de Deus nos encontramos.
            Ninguém é apreciador do sofrimento e muito menos dos infortúnios da vida, mas, é necessário entender que, às vezes nos acostumamos tanto com o lixo desta Terra que nos esquecemos dos valores eternos prometidos. É muito fácil se apegar a coisas, objetos, pessoas e sonhos deste mundo, e se assim fizermos, correremos o risco de sermos destruídos junto com eles. Outros ainda buscam refúgio e amparo, e talvez até salvação própria em algo desta terra. Ora, se o sacrifício de Cristo não for suficiente, nada mais será! Se o amor de Deus não for nosso amparo, nada mais será! Se a bondade de Deus não for nosso mais terno cuidado, nada mais será! Se as promessas de um mundo melhor não forem nossa esperança diária, nada mais será!

Leitura Adicional

            “Cristo mostrou-nos que chegará o tempo em que serão invertidas as posições dos ricos que não depositaram sua confiança em Deus, e dos pobres que depositaram sua confiança em Deus. Os que são pobres nos bens deste mundo, mas pacientes no sofrimento e confiantes em Deus, serão um dia exaltados acima de muitos que ocupam as mais elevadas posições que este mundo pode dar.
            O Senhor não lida conosco como os homens o fazem. Ele deu Seu Filho com imenso sacrifício, a fim de que pudesse conquistar-nos para o Seu serviço; e, com Ele, deu todo o Céu. Fez isto para mostrar o valor que atribuiu aos seres criados por Ele” (Manuscrito 81, 1898).

            “O mundo favorece os ricos e os considera de maior valor que os pobres honestos; mas os ricos desenvolvem seu caráter pela maneira em que usam os dons que lhes foram confiados. Estão revelando se será ou não seguro confiar-lhes riquezas eternas. Tanto os pobres como os ricos estão decidindo o seu próprio destino eterno e provando se são súditos aptos para a herança dos santos na luz. Os que fazem de sua riqueza uso egoísta neste mundo revelam atributos de caráter que mostram o que fariam se tivessem maiores vantagens e possuíssem os tesouros imperecíveis do reino de Deus. Os princípios egoístas exercidos na Terra não são os princípios que prevalecerão no Céu. Todos os homens estão em pé de igualdade no Céu. ...
            Por que é que as riquezas são chamadas riquezas da injustiça? - E porque Satanás usa os tesouros mundanos para armar laços, enganar e iludir almas, para conseguir a sua ruína. Deus tem dado instruções quanto à maneira em que devem usar Seus bens aliviando as necessidades da humanidade sofredora, fazendo avançar Sua causa, edificando Seu reino neste mundo, enviando missionários para as regiões distantes, disseminando o conhecimento de Cristo em todas as partes do mundo. Se os meios confiados por Deus não são assim aplicados, não julgará certamente Deus por essas coisas? Almas são deixadas a perecer em seus pecados, enquanto membros da igreja que pretendem ser cristãos estão usando o sagrado depósito de meios de Deus na satisfação de apetites não santificados, condescendendo com o eu” (Conselhos sobre Mordomia, p. 133, 134).

QUARTA, 10 DE AGOSTO
Adoração e o santuário
(Sl 141:2; Hb 10:1-13)

            O santuário é a mais forte evidência teológica da verdadeira adoração. Seus detalhes no que diz respeito aos princípios que norteavam toda a conjuntura da adoração são uma revelação clara de como devemos proceder com Deus e com Sua palavra. Curioso notar que, a santuário é a ponte que estabelece um contato direto com verdades sublimes e importantes. Na verdade, a doutrina do santuário é a base de toda e qualquer verdade expressa na Bíblia. É como se fosse uma maquete de todo o plano de redenção e dos valores, princípios e verdades que dão uma direção exata dos planos de Deus para o homem caído. Poderíamos usar uma roda de bicicleta para exemplificar seu valor aplicando o cubo da roda como sendo o santuário, as raias seriam as doutrinas enquanto que a roda seria a igreja. Se uma dessas raias se quebrar, isto traria grande prejuízo para toda a roda, mas, se o cubo se quebrar (santuário), a destruição de toda a roda (igreja) seria fatal. Certa feita, um dissidente escreveu que, se fôssemos capazes de destruir a doutrina do santuário, facilmente o movimento adventista se despedaçaria.
            Se olharmos atentamente para o santuário, perceberemos que o centro mais importante existente nele é o sacrifício de cordeiros. Jesus, o verdadeiro cordeiro que tira o pecado do mundo é o centro de toda a estrutura do santuário. Ele está presente em cada símbolo ou figura do templo sagrado. Ele é a água, , Ele é o pão, Ele é o incenso, Ele é o sacerdote e sumo sacerdote, Ele é o sacrifício, enfim, Jesus é a essência de todo o plano de Deus para resgatar o homem culpado. Tudo ali representa a Cristo e absolutamente nada pode ser desviado dEle. Compreendendo o valor e significado desta tão importante doutrina, podemos chegar à conclusão de que, os valores e princípios, inclusive de adoração e louvor contidos no santuário também são importantes e tem muito a nos dizer hoje. Assim como no santuário antigo, nos inserimos na presença de Deus para adorá-lo. Infelizmente, muitos estão tentando transformar os cultos da igreja em lugar de entretenimento e encontros sociais, o que faz destoar totalmente o verdadeiro propósito de estarmos ali. Lembre-se que, não vamos à igreja para participar de um culto, entramos na presença de Deus para oferecer o culto a Ele. Por isso, Jesus deve ser a razão de nossa devoção e submissão total.

Leitura Adicional

            “A lei de Deus, encerrada na arca, era a grande regra de justiça e juízo. Aquela lei sentenciava a morte ao transgressor; mas acima da lei estava o propiciatório, sobre o qual se revelava a presença de Deus, e do qual, em virtude da obra expiatória, se concedia o perdão ao pecador arrependido. Assim na obra de Cristo pela nossa redenção simbolizada pelo ritual do santuário, "a misericórdia e a verdade se encontraram; a justiça e a paz se beijaram". Sal. 85:10.
Nenhuma linguagem pode descrever a glória do cenário apresentado dentro do santuário - as paredes chapeadas de ouro que refletiam a luz do áureo castiçal, os brilhantes matizes das cortinas ricamente bordadas com seus resplendentes anjos, a mesa e o altar de incenso, brilhante pelo ouro; além do segundo véu a arca sagrada, com os seus querubins, e acima dela o santo shekinah, manifestação visível da presença de Jeová; tudo não era senão um pálido reflexo dos esplendores do templo de Deus no Céu, o grande centro da obra pela redenção do homem” (Patriarcas e Profetas, p. 349).

            “Todos os que serviam em conexão com o santuário eram constantemente educados a respeito da intervenção de Cristo em favor da humanidade. Esse serviço era concebido para criar em cada coração o amor pela lei de Deus, que é a lei de Seu reino. Na vítima que sofria e morria, a oferta do sacrifício deveria ser uma lição do amor de Deus revelado em Cristo, que tomou sobre Si o pecado de que o homem era culpado, o inocente sendo feito pecado por nós” (Manuscript Release, v.1, p. 132).

           
QUINTA E SEXTA, 11 e 12  DE AGOSTO
Para que não nos esqueçamos!
(Sl 78, 105, 106; Dt 6:6-9; I Co 10:11)

A história faz parte de nossa vida, seja passada, presente ou futura. A história da igreja no passado e a história de Israel, por mais que não tenhamos participado dela, refletem as entranhas ou o cordão umbilical de nossa própria existência. Em outras palavras, é a nossa história. Um povo sem passado é um povo sem existência ou sem identidade. O que nos faz ser o que somos hoje é exatamente o que fomos no passado. No entanto, o mais importante neste fato é que, Deus esteve presente em todo o momento da história do Seu povo. Quando olhamos para o passado para ver as intervenções Dele em favor de seus filhos, podemos nitidamente entender como Ele pode intervir em nossas vidas hoje.
Deus preservou alguns dos fatos passados para que o conheçamos melhor. Seu caráter e seu cuidado são demonstrados claramente nestas narrativas. Para os que olham para Deus como um tirano, pode olhar para a história e perceber que, na verdade, foi muito compassivo e repleto de bondade e amor. Sua compaixão e misericórdia podem ser notadas do começo até o fim. Deus poderia ter lançado este mísero planeta nos confins do universo para nunca mais dele se lembrar, mas, não foi isto que Ele fez. Deus preferiu não poupar Sua própria vida para nos oferecer algo que não merecemos. Isto não é suficiente para provar o quanto somos agraciados por Sua bondade? Se esta realidade não for capaz de extrair de nós a mais profunda certeza do amor de Deus, nada mais será.
Não podemos nos esquecer jamais que, o Deus que foi capaz de oferecer sua vida a nós, pendurado numa cruz entre o Céu e a Terra, é o mesmo que hoje promete retornar para materializar suas promessas de eternidade e glória aos que o amam. Pense nisso.

Leitura Adicional

“Por vários meios, o Senhor tem procurado preservar o conhecimento de Seu trato com os filhos dos homens. Moisés, pouco antes de sua morte, não só recapitulou para Israel os eventos importantes de sua história mas, pela ordem de Deus, os incorporou em versos sagrados. Assim, as cenas gloriosas e emocionantes da vitória de Israel, as sublimes e terríveis manifestações da infinita majestade e poder, as exigências divinas, as promessas e ameaças, revestidas de toda a beleza do gênio poético, deveriam estar presentes para todas as gerações vindouras. Dessa forma, o registro dos mandamentos de Deus e Seu trato com Israel não pareceriam desinteressantes nem repulsivos, mas atraentes e agradáveis.
O povo de Israel foi solicitado a guardar na memória essa história poética e ensiná-la aos filhos e aos filhos de seus filhos. Essa história devia ser repetida pelo povo enquanto estivesse em suas tarefas diárias. Essa história devia ser cantada pela congregação, quando estivesse reunida para adorar, e também ser repetida pelo povo enquanto estivesse em suas tarefas diárias. Essa música não era apenas histórica, mas profética. Contava o maravilhoso trato de Deus com Seu povo no passado e também antecipava os grandes eventos do futuro, a vitória final dos fiéis, quando cristo aparecer pela segunda vez, em poder e glória.
Era imperioso o dever dos pais de gravar essas palavras na mente sensível dos filhos, para que nunca elas fossem esquecidas [Dt 31:19-21]. (Signs of the Times, 26 de maio de 1881).
                                          
Gilberto G. Theiss, nascido no estado do Paraná, é membro da Igreja adventista do Sétimo dia desde 1996. Crê integralmente nas 28 doutrinas Adventista como consta no livro “Nisto Cremos” lançado pela “Casa Publicadora Brasileira”. Foi ancião por 3 anos na Igreja Adventista do Sétimo dia da cidade Nova Rezende/MG e por 6 anos na Igreja Central de Guaxupé/MG. Foi Obreiro bíblico na mesma cidade e hoje, além de ser coordenador do curso básico de reforço teológico para líderes de igreja pelo site www.altoclamor.com, está Bacharelando no Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia. Gilberto G. Theiss é autor de alguns livros e é inteiramente submisso e fiel tanto a mensagem bíblico-adventista quanto a seus superiores no movimento Adventista como pede hebreus 13:17. Toda a mensagem falada ou escrita por este autor é filtrada plenamente pelo que rege a doutrina bíblica-adventista do sétimo dia. Contato: gilbertotheiss@yahoo.com.br