Arqueólogos acham 'caixão' de família que julgou Jesus Cristo

Arqueólogos israelenses confirmaram a autenticidade de um ossuário (caixa usada para guardar ossos depois da fase inicial de sepultamento) pertencente à família do sacerdote que teria conduzido o julgamento de Jesus.

A peça, feita em pedra e decorada com motivos florais estilizados, data provavelmente do primeiro século da Era Cristã -tem, portanto, uns 2.000 anos.

A inscrição no ossuário, em aramaico ("primo" do hebraico, língua do cotidiano na região durante a época de Cristo), diz: "Miriam [Maria], filha de Yeshua [Jesus], filho de Caifás, sacerdote de Maazias de Beth Imri".

O nome "Caifás" é a pista crucial, afirmam os arqueólogos Boaz Zissu, da Universidade Bar-Ilan, e Yuval Goren, da Universidade de Tel-Aviv, que estudaram a peça.

Afinal, José Caifás é o nome do sumo sacerdote do Templo de Jerusalém que, segundo os Evangelhos, participou do interrogatório que levaria à morte de Jesus junto com seu sogro, Anás.

Não se sabe se Miriam seria neta do próprio Caifás bíblico ou de algum outro membro da família sacerdotal. O ossuário, no entanto, liga a parentela à casta de Maazias, um dos 24 grupos sacerdotais que serviam no Templo.

O governo israelense diz que o ossuário estava nas mãos de traficantes de antiguidades, impedindo o estudo de seu contexto original.

Fonte: Folha.com

Nota Gilberto Theiss: Curioso notar que de todo material possivelmente existente para ser encontrado,  apenas menos de 5% fora descoberto até o momento. As dificuldades e os obstáculos que a arqueologia enfrenta para conseguir fazer escavações são imensas, especialmente nos possíveis sitios arqueológicos inseridos no oriente próximo. Há lugares que já são habitados por grandes edifícios, em outras regiões as guerras e a instabilidade governamental dificultam muito e somando-se a isto há mais uma dezena de outros fatores que contribuem para impedir as escavações. No entanto, embora seja ainda tão pouca as descobertas, percebemos que elas tem confirmado com mais absoluta certeza a veracidade dos personagens, cidades, geografia e das narrativas bíblicas. Com isto surge então uma pergunta muito séria: Se a arqueologia tem confirmado os personagens, cidades, geografia e as narrativas bíblicas, o que impede de os milagres, a vida e morte de Jesus, assim como sua ressurreição e promessa de retorno em glória serem também autênticos? Pense nisto.