Comentário da Lição da Escola Sabatina – Lição 12 – 1º Trimestre 2011 (11 a 18 de junho)


Comentário da Lição da Escola Sabatina – Lição 12 – 1º Trimestre 2011 (11 a 18 de junho)

Observação: Este comentário é provido de Leitura Adicional no fim de cada dia estudado. A leitura adicional é composta de citações do Espírito de Profecia. Caso considere-a muito grande, poderá optar em estudar apenas o comentário ou vice versa.

Comentário: Gilberto G. Theiss

SÁBADO, 11 DE JUNHO
Mais imagens de vestes
(Mc 5:28)

            “Porque, dizia: Se eu apenas Lhe tocar as vestes, ficarei curada” (Mc 5:28).

            O tema das vestes, na lição deste trimestre parece estar sendo repetitivo e enfadonho. No entanto, se analisarmos do ponto de vista meramente humano, de fato, não perceberemos a dimensão profunda deste tão sublime significado. Deus pretende através de fatos simples trazer revelação das verdades mais sublimes e grandiosas.
            Através das vestes em toda a Bíblia Deus pretende gravar em nossa mente a compreensão de que, definitivamente, nada podemos fazer por nós mesmos. Somos totalmente dependentes da maravilhosa graça concedida na cruz do calvário. Essa graça salvífica e transformadora é tudo para nós e por nós. A falta de entendimento desta verdade resultará em incompreensão de qualquer outra verdade. Nada custou mais caro a Deus do que o sacrifício feito em favor de seres humanos indignos. Mas, se fosse necessário oferecer este preço alto novamente em favor de nós, prontamente Deus ofereceria. O amor de Deus, longe de ser um mero sentimento, extrapola nossa mais profunda compreensão. Este amor tão profundamente admirável, vai além de nossa capacidade de entendimento. A dimensão da grandeza deste princípio existente em Deus é tão espantosa que nem o tempo da eternidade será suficiente para compreendê-lo totalmente.

Leitura Adicional

            “O herdeiro de Deus veio ao nosso mundo sob o manto da humanidade, como alguém de origem humilde, como aquele que serve. Quanto se aproximou o tempo em que Ele deveria oferecer Sua vida na cruz, Seu amor foi revelado nas palavras: “Sabendo, pois, Jesus todas as coisas que sobre Ele haviam de vir, adiantou-Se” (Jo 18:4).Ele não só estava para morrer, mas sabia exatamente a vergonha e humilhação que teria de sofrer, o tratamento cruel que deveria receber. Nenhuma compulsão O levou à morte ignominiosa sobre a cruz, mas Ele fez de Sua vida uma oferta pelo pecado. O desejo de Deus de salvar o mundo era o desejo de Cristo, Seu próprio amor era um como Pai, e esse amor O constrangia.
            Aqui é manifesto o amor de Deus, indescritível, incomensurável, e que ultrapassa todo conhecimento. A mente humana não consegue entendê-lo em sua plenitude, mas devemos nos esforçar o máximo que pudermos para transmitir o amor redentor aos outros. A eternidade, toda a eternidade, desdobrará esse amor, e então, saberemos o que aqui não podemos compreender (The Bible Echo, 25 de novembro de 1895).

DOMINGO, 12 DE JUNHO
“Quem me tocou nas vestes?”
(Mc 5:24-34; Lc 8:43-48)

            Esta história apresenta lições importantes para todos nós. A mulher da narrativa que estava enferma por doze anos, foi desiludida e castigada pela teologia da época. Sua enfermidade era encarada como algo repugnante. Teve que se esconder em vilarejos fora da cidade, pois, na cidade, se fosse descoberta: seria apedrejada.
            Escondeu-se por muitos anos, sem amigos, sem parentes e, segundo os rabinos daquele tempo: sem Deus. Parece que algumas coisas nunca mudam. Em nosso tempo quantas pessoas são castigadas dia após dia com declarações e ensinamentos distorcidos da maneira como Deus julga os fatos. Também há aqueles que, com facilidade, estão prontos a julgar e tardios a serem compassivos. Não estou fazendo apologia ao erro e ao pecado, mas, creio que a melhor maneira de salvar as pessoas em seus erros e pecados não é lhes trazendo mais culpa, e sim, demonstrando mais compaixão, amor e cuidado por elas. É claro, muitos são maltratados e condenados por erros que jamais cometeram. Este caso é exatamente a história desta mulher. O mais chocante é que ela se retirou dos vilarejos e se arriscou a entrar na cidade para procurar o tão famoso Jesus de Nazaré.
            Na verdade, essa mulher, pela fé entendia que havia algo diferente em Cristo e, por esta razão, foi ao seu encontro. Arriscou sua própria vida para, pelo menos, tocar nas vestes do grande mestre. O Espírito Santo tocou profundamente no coração daquela mulher e ela percebeu o que muitos não conseguiram perceber. Embora Jesus estivesse sendo apertado e empurrado por muitas pessoas ao seu redor, Ele percebeu o poder da fé somente no singelo toque daquela alma sofrida.

Leitura Adicional

            “O bendito Redentor podia distinguir o toque da fé do contato casual da multidão descuidada. Conhecia muito bem todas as circunstâncias do caso, e não deixaria passar essa confiança sem um comentário. Desejava dirigir à humilde mulher algumas palavras de conforto que fossem para ela um manancial de alegria” (Panfleto: Redemption: or the Miracles of Christ, the Mighty One [Redenção: ou os milagres de Cristo, o Poderoso], p. 95-97).

            “Olhando para a mulher, Cristo insistiu em saber quem O havia tocado. Vendo que era inútil ocultar-se, ela se adiantou tremendo, e prostrou-se a Seus pés. Com lágrimas de gratidão contou-Lhe, perante todo o povo, porque Lhe tocara nas vestes, e como havia sido imediatamente curada. Temia que seu ato em tocar-Lhe a vestimenta fosse uma presunção; mas nenhuma palavra de censura saiu dos lábios de Cristo. Só proferiu palavras de aprovação. Estas provinham de um coração de amor, cheio de simpatia pelo infortúnio. "Tem bom ânimo, filha", disse suavemente; "a tua fé te salvou; vai em paz." Luc. 8:48. Quão animadoras foram essas palavras para ela! Agora nenhum temor de haver ofendido lhe amargurou a alegria.
Aos curiosos da turba que se comprimia em volta de Jesus, não havia sido comunicado nenhum poder vital. Mas a sofredora mulher que Lhe tocara com fé recebera cura. Assim nas coisas espirituais difere o contato casual do toque da fé. Crer em Cristo meramente como o Salvador do mundo jamais trará cura à alma. A fé que é para salvação não é um simples assentimento à verdade do evangelho. Fé verdadeira é a que recebe a Cristo como Salvador pessoal. Deus deu Seu Filho unigênito, para que eu, crendo nEle, "não pereça, mas tenha a vida eterna". João 3:16. Quando me aproximo de Cristo, segundo a Sua palavra, cumpre-me acreditar que recebo Sua graça salvadora. A vida que agora vivo, devo viver "na fé do Filho de Deus, o qual me amou e Se entregou a Si mesmo por mim". Gál. 2:20. (Ciência do Bom Viver, p. 62).

“A mulher enferma cria que Jesus poderia curá-la e, quanto mais sua mente se fixava nesse sentido, mais certa ela ficava de que o simples ato de tocar Suas vestes a livraria da enfermidade. Em resposta à sua firme convicção, a força do poder divino atendeu à oração. Esta é uma lição de encorajamento para os que estão manchados pelo pecado. Assim como Jesus tratava das enfermidades corporais, Ele tratará com aquele que se arrepende e chama a Ele. O toque da fé trará o desejado perdão que enche o coração de gratidão e júbilo (Panfleto: Redemption: or the Miracles of Christ, the Mighty One, p. 95-97).

           
SEGUNDA, 13 DE JUNHO
Ele “tirou as vestes”
 (Mt 20:20-28; Jo 13:1-16)
           
            A humildade e o altruísmo é uma das chaves mais sublimes para fé cristã. Estas duas palavras são tão importantes que, se Lúcifer não tivesse perdido-as jamais teria se rebelado e o pecado seria inexistente. Ainda hoje, mesmo em meio a tanto egoísmo e orgulho, há uma clara demonstração, através de Cristo, que a humildade e o altruísmo ainda são essenciais e fundamentais para a vida. Esta praga (orgulho e egoísmo) é uma das características do caráter de Satanás, e todo aquele que vive sobre o seu efeito ainda precisa ter um sério encontro com o Redentor e Sua graça. Os discípulos foram atingidos por esta praga mortal. A luta pela supremacia e pelo primeiro lugar é uma consequência certa no coração dos que estão corrompidos pelo orgulho e egoísmo.
            Jesus, sendo Deus, se humilhou se vestindo da humanidade. Para Ele, se rebaixar à esfera angelical já seria ultrajante, imagina então descer na esfera do pó da terra? Que lição os discípulos aprenderam naquele dia e que humilhação tiveram que suportar ao agirem como crianças rebeldes diante do Rei do universo. No entanto, temos que ter em mente que, hoje, os discípulos somos nós! Podemos estar agindo de maneira tão infantil diante de Deus quanto os discípulos. É possível que sejamos tão soberbos quanto foram àqueles pobres homens. O pior de tudo é que, às vezes somos cegados pela nossa falsa humildade a ponto de cometer atrocidades em nome de Deus e da fé. O orgulho é tão trágico que nos faz acreditar que somos humildes quando na verdade não somos. Jesus, além de se vestir da humanidade, ainda precisou dar lições mais claras ainda do papel da humildade na vida dos que pretendem possuir o caráter de Deus em suas vidas. Naquele tempo lavar os pés do outro era dever apenas de servos e escravos, e neste caso, Jesus estava mostrando claramente que, Ele (Deus) estava ali para servi-los. Isto foi uma esmagadora advertência e humilhação para eles.
           
Leitura Adicional

            “O Salvador deu algum tempo mais para o assunto, para ver se seu coração [dos discípulos] iria mudar. E então, aquele que amoou, levantou-Se, pôs de lado as vestes e, tomando uma toalha, envolveu nela os lombos e derramou água na bacia. Foi então que os discípulos focaram atônitos e envergonhados. Cristo não poderia ter aplicado sobre eles uma repreensão ainda maior. Em seu coração, Ele tinha pena dos discípulos. Sabia que, depois de Sua morte, toda a cena haveria de afligi-los, e seria castigo suficiente. Ele já estava sentindo o peso de um grande fardo, que nenhum deles poderia tomar. Mas Seu amor não mudou em nada. Ele sabia que estava chegando a hora em que deveria Se afastar desde mundo e ir para o Pai, mas, “tendo amado os Seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim” (Jo 13:1). Seu amor era duradouro, era divino. Entre os discípulos, seus ciúmes infantis e paixões os estavam ferindo. ...
            ... No ato de Se envolver com uma toalha para lavar os pés dos discípulos, Jesus desejava subjugar e purifica-los de inimizades, dissensão, inveja e orgulho. Com esse infeliz espírito de dissensão, nenhum deles estava em condições de ser aceito diante de Deus. O coração renovado, purificado de toda contaminação, era muito mais uma consequência do que a aplicação exterior da água para os pés empoeirados. Jesus não poderia lhes dar as lições que tanto desejava transmitir, a menos que eles entrassem em estado adequado de humildade e afeição. A dissensão sempre cria ódio, mas Cristo a afastou no ato de lavar os pés dos discípulos. Houve mudança de sentimento, passou a haver união de coração e amor mútuo. Eles se tornaram mansos, dóceis e amorosos, e teriam concedido a qualquer um o lugar mais elevado. Estavam preparados para participar da última ceia, com os perfumados sentimento de amor, profundo e completo, por seu Mestre e uns pelos outros” (Review and Herald, 5 de julho de 1898).

TERÇA, 14 DE JUNHO
“Nem rasgará as suas vestes”
(Lv 21:10; Mt 26:59-68; Mc 15:38; Hb 8:1)

            Caifás, ao rasgar as vestes estava trazendo condenação a si mesmo e a todo o sistema sacerdotal. Além de representar o fim deste sistema, estaria inaugurando a vinda do novo sistema sacerdotal: o de Cristo prefigurado há tanto tempo.
            As vestes de Caifás precisavam ser substituídas por uma veste maior e sublime. As vestes de Caifás não podiam trazer redenção assim como qualquer outra veste. Somente Jesus com sua veste sacerdotal é que, verdadeiramente, teria o poder para salvar.
            Que experiência terrível Caifas e seus companheiros tiveram. Quanto lamento sairá desses homens quando, na ressurreição, perceberem que estavam diante do real significado de todo o simbolismo praticado no santuário por eles. Que terrível amargura terão ao descobrirem que o autor do universo e da vida humana estava ali sendo maltratado, prezo e morto por suas próprias mãos. Com certeza é muito melhor jamais ter existido do que ter na vida uma experiência tão horrível como esta.
            Pelo menos uma atitude certa ele teve, a de rasgar as suas vestes, já que estavam a ponto de perder todo o significado. Jesus, o verdadeiro sumo sacerdote vestiria as vestes mais sublimes da intercessão celestial.

Leitura Adicional

            “O modelo das vestes sacerdotais foi dado a Moisés no monte. Cada peça que o sumo sacerdote deveria vestir, e a forma como devia ser feita, foram especificados. Essas peças eram consagradas a um proposito muito solene. Por meio delas, era representado o caráter do grande antítipo, Jesus Cristo. Elas cobriam o sacerdote com glória e beleza, e tornavam aparente a dignidade de seu cargo. Quanto estava vestido delas, o sacerdote se apresentava como representante de Israel, mostrando por suas vestes a glória que Israel deveria revelar ao mundo como o povo escolhido de Deus. Nada além da perfeição, no traje e na atitude, no espírito e na palavra, seria aceitável a Deus. Ele é santo, e Sua glória e perfeição devem ser representadas no serviço terrestre. Nada, a não ser a perfeição, pode representar adequadamente a santidade do serviço divino. O homem finito pode rasgar o próprio coração, mostrando espírito contrito e humilde, mas nenhum ato de rasgar devia ser feito com as vestes sacerdotais.
            O sacerdócio estava tão pervertido que quando Cristo declarou ser o Filho de Deus, Caifás, com pretenso horror, rasgou suas vestes e acusou de blasfêmia o Santo de Israel.
            Muitos se dizem cristãos, hoje, estão em perigo de rasgar as vestes, fazendo uma demonstração exterior de arrependimento, quando seu coração não está suavizado nem subjugado. É por isso que muitos, continuam a falhar na vida cristã. Demonstram aparência de tristeza pelo mal, mas seu arrependimento não é daquilo de que precisa se arrepender” (SDA Bible, Commentary, v. 5, p. 1.104, 1.105).

            Quando rasgou assim sua roupa com zelo fingido, o sumo sacerdote poderia ter sido denunciado perante o Sinédrio. Ele fez aquilo que o Senhor havia ordenado não se fizesse. Pondo-se sob a condenação de Deus, ele condenou Cristo como sendo blasfemo. Executou todas as suas ações com relação a Cristo como juiz sacerdotal de Deus. O manto sacerdotal, rasgado a fim de impressionar o povo com seu horror ao pecado de blasfêmia, cobria um coração cheio de maldade. Ele agiu sob a inspiração de Satanás. Sob as lindas vestes sacerdotais, ele cumpriu a obra do inimigo de Deus. Isso tem sido feito vez após vez pelos sacerdotes e governantes.
            As vestes rasgadas marcaram o fim do sacerdócio de Caifás. Por sua própria ação, ele se incapacitou para o ofício sacerdotal. Após a condenação de Cristo, ele foi incapaz de agir sem mostrar a paixão mais irracional. Sua consciência torturada o afligia, mas ele não sentia aquela tristeza que leva ao arrependimento.
            A religião dos que crucificaram Cristo era uma simulação. As vestes supostamente santas dos sacerdotes cobriam corações cheios de corrupção, maldade e crime. Consideravam que o lucro fosse sinal de piedade. Os sacerdotes eram nomeados, não por Deus, mas por um governo incrédulo. A posição de sacerdote era comprada e vendida como mercadoria. Foi assim que Caifás obteve seu ofício. Ele não era sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque, pela nomeação de Deus. Ele havia comprado e vendido para praticar a impiedade. Ele nunca soube o que era ser obediente a Deus. Tinha a aparência de piedade, e isso lhe dava o poder para oprimir” (SDA Bible Commentary, v. 5, p. 1.105).

QUARTA, 15 DE JUNHO
Vestes de zombaria
(Lc 23:10,11; Mc 15:17-20)

            Quanta humilhação alguém pode ser capaz de suportar quando verdadeiramente ama. Deus suportou toda a tirania, perseguição, ódio e humilhação daqueles que Ele criou. Suportou até o último fôlego de vida toda a injustiça e maldade para trazer benefício de salvação e bênçãos eternas. As suas vestes eram motivo de zombaria, mas mal sabiam eles que a veste manchada e arruinada que estava sobre Ele era a veste de cada ser humano que estava sendo levada para cruz e para a sepultura. Esta veste pode ser um símbolo das vestes humanas que Cristo aceitou levar sobre seus ombros machucados.
            Quanta insensibilidade existe no coração humano e mesmo em nossos dias a cegueira tem feito com que as pessoas ajam com extrema insensibilidade diante da história e do sacrifício de Jesus. Piadas e deboches têm sido feitos em nome de Deus e nas histórias bíblicas e pessoas nas diversas plateias tem soltado os risos diante de coisas muito sagradas. Nós mesmos temos que tomar muito cuidado para não cair neste engodo de transformar a palavra de Deus em histórias cômicas. A palavra de Deus, a história de Jesus e as histórias bíblicas foram reais e revelam a seriedade do conflito entre o bem e o mal que é travada por nós ou contra nós. Enquanto alguns zombavam de suas vestes, outros observavam com temor e espanto. Hoje, da mesma forma, enquanto alguns zombam de Cristo e suas verdades, outros por temor e amor se entregam sem reservas.

Leitura Adicional

            “Os perseguidores de Cristo tentaram medir-Lhe o caráter pelo deles próprios; tinham-nO figurado tão vil como eles. Mas por trás de toda a presente aparência introduziu-se, malgrado seu, outra cena - cena que eles hão de ver um dia em toda a sua glória. Houve alguns que tremeram na presença de Cristo. Enquanto a rude multidão se inclinava diante dEle em zombaria, alguns que se adiantaram para esse fim recuaram, aterrorizados e mudos. Herodes ficou convicto. Os últimos raios de misericordiosa luz incidiam sobre seu coração endurecido pelo pecado. Sentiu que Este não era um homem comum; pois a divindade irradiara através da humanidade. Ao mesmo tempo que Cristo estava cercado de escarnecedores, adúlteros e homicidas, Herodes sentiu estar contemplando, um Deus sobre Seu trono” (Desejados de Todas as Nações, p. 731).
           
QUINTA E SEXTA, 16 E 17 DE JUNHO
“Repartiram entre si as Minhas vestes”
(Jo 19:23, 24; Mt 27:35)

            Dentre todas as narrativas da Bíblia, esta era sem dúvida a mais significativa. O centro do conflito entre o bem e o mal estava chegando ao seu apogeu. A cruz foi o centro de toda a história da redenção. Embora a finalização do conflito seja significativamente importante, no entanto, nada mais pode ser mais chocante do que a cruz do calvário.
            Na cruz Jesus pode contemplar muitos fatos e acontecimentos. Seus olhos pode ver o sofrimento, a injustiça e o olhar apreensivo dos que estavam presentes. Também, possivelmente, tenha fixado seus olhos nos soldados que repartiram suas vestes. Jesus pode redobrar suas forças ao ver tal cena profética. Logo encerraria seus sofrimento e com ele a esperança de vida eterna aos que Nele depositarem suas pobres vidas.
            Que cena deve ter sido esta! De um lado estava Satanás e sua comitiva, e de outro O Pai e suas hostes celestes. Jesus não pode contemplar nenhum dos dois grupos, mas, independente disto, ali estava o tabuleiro montado e o cheque mate de Deus no intenso conflito. Satanás tentou vencer pela força, mas Deus venceu pelo amor e bondade. Satanás se sentiu vitorioso ao ver seu rival se agonizando na cruz. Porém, não demorou muito para perceber que seu grito de vitória se tornaria em um grito desesperador de intensa derrota.

Leitura Adicional

            “Nos sofrimentos de Cristo sobre a cruz, cumpriu-se a profecia. Séculos antes da crucifixão, predissera o Salvador o tratamento que havia de receber. Dissera: "Pois Me rodearam cães; o ajuntamento de malfeitores Me cercou, transpassaram-Me as mãos e os pés. Poderia contar todos os Meus ossos; eles Me vêem e Me contemplam. Repartem entre si os Meus vestidos, e lançam sortes sobre a Minha túnica." Sal. 22:16-18. A profecia quanto a Suas vestes cumpriu-se sem conselho nem interferência de amigos ou inimigos do Crucificado. Aos soldados que O puseram na cruz, foram dados os Seus vestidos. Cristo ouviu a altercação dos homens, enquanto os dividiam entre si. Sua túnica era tecida de alto a baixo, sem costuras, e disseram: "Não a rasguemos, mas lancemos sorte sobre ela, para ver de quem será." (Desejado de Todas as Nações, p. 746).
                                   
Gilberto G. Theiss, nascido no estado do Paraná, é membro da Igreja adventista do Sétimo dia desde 1996. Crê integralmente nas 28 doutrinas Adventista como consta no livro “Nisto Cremos” lançado pela “Casa Publicadora Brasileira”. Foi ancião por 3 anos na Igreja Adventista do Sétimo dia da cidade Nova Rezende/MG e por 6 anos na Igreja Central de Guaxupé/MG. Foi Obreiro bíblico na mesma cidade e hoje, além de ser coordenador do curso básico de reforço teológico para líderes de igreja pelo site www.altoclamor.com, está Bacharelando no Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia. Gilberto G. Theiss é autor de alguns livros e é inteiramente submisso e fiel tanto a mensagem bíblico-adventista quanto a seus superiores no movimento Adventista como pede hebreus 13:17. Toda a mensagem falada ou escrita por este autor é filtrada plenamente pelo que rege a doutrina bíblica-adventista do sétimo dia. Contato: gilbertotheiss@yahoo.com.br