Comentário da Lição da Escola Sabatina – Lição 10 – 1º Trimestre 2011 (28 de maio a 4 de junho)


Comentário da Lição da Escola Sabatina – Lição 10 – 1º Trimestre 2011 (28 de maio a 4 de junho)

Observação: Este comentário é provido de Leitura Adicional no fim de cada dia estudado. A leitura adicional é composta de citações do Espírito de Profecia. Caso considere-a muito grande, poderá optar em estudar apenas o comentário ou vice versa.

Comentário: Gilberto G. Theiss

SÁBADO, 28 DE MAIO
As roupas novas do pródigo
(Lc 15:32)

            “Entretanto, era preciso que nos regozijássemos e nos alegrássemos, porque esse teu irmão estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado” (Lc 15:32).

            Há uma linda história de um homem chamado Jonh Vastra. Este, era um grande missionário e sua vida foi pautada pelo seu intenso e profundo amor pelas pessoas. Em uma de suas histórias conta-se que, batendo nas portas das casas apresentando a salvação em Cristo, em uma dessas portas, uma senhora o atendeu e ao ele proferir algumas palavras da palavra de Deus ela o respondeu com palavras muito duras e bateu a porta em sua cara. Vastra ficou profundamente triste com a atitude daquela senhora. Ele sentou-se logo ali a frente da casa e chorou muito como se fosse uma criança. Inesperadamente a senhora que o havia tratado mal viu os seus choros compulsivos. Tocada por tal atitude abriu a porta novamente e convidou-o para terminar o que estava falando. Mais tarde esta senhora testemunha que o que a salvou foi o grande amor que Jonh Vastra havia demonstrado por ela no que diz respeito a sua salvação.
            Esta história é linda e real, e esta mulher representa um grande número de pessoas que estão longe de Deus ou se afastaram dEle. Muitos retornam ao braços de Jesus enquanto que outros se perdem pelo mundo e morrem com ele. A história do filho pródigo, que veremos nesta semana, é uma revelação surpreendente de como o amor possui poder para salvar e constranger os corações humanos.

Leitura Adicional

            “Qual era a alegria de Cristo? Era a alegria de salvar os perdidos. O profeta diz: ‘Ele verá o fruto do penoso trabalho de Sua alma e ficará satisfeiro’ (Is 53:11). Pela alegria que foi posta diante dEle, Ele suportou a cruz, desprezando a desonra. Seu sofrimento, Sua agonia, Sua morte, foram considerados como nada por Ele, desde que a humanidade fosse resgatada do pecado. Sempre que alguém se converte e é levado a Jesus Cristo, uma explosão de júbilo se faz sentir no Céu. Alguém está salvo, uma preciosa pessoa foi arrancada das garras de Satanás e entregue como precioso penhor a Jesus Cristo de que Ele não sofreu nem morreu em vão, e então, há alegria e júbilo no Céu. O perdido foi achado, aquele que estava morto em seus delitos e pecados está vivo; e Cristo ora para que essa alegria seja nossa – alegria rica, profunda, total e permanente, alegria que brota dos triunfos da cruz de Cristo” (Review and Herald, 21 de março de 1893).

            “Esta parábola foi dada por Cristo para representar como nosso Pai celestial recebe aquele que erra e se arrepende. Foi contra o pai que o filho pecou, mas, na compaixão de seu coração, cheio de piedade e perdão, ele recebe o filho pródigo e mostra grande alegria por ele. Ele acreditava que o filho estivesse morto para todo afeto filial, mas, na verdade, o filho se havia tornado sensível a seu grande pecado e negligência e havia voltado ao pai, valorizando seu amor e aceitando suas reivindicações. O pai sabia que o filho, que havia seguido um caminho de pecado e agora se havia arrependido, precisava de piedade e amor. Ele tinha sofrido. Sentiu sua necessidade e foi em busca do pai como o único que poderia suprir sua grande necessidade” (Panfleto 159: Testimony to the church [Testemunho para a Igreja], p. 128).

                       
DOMINGO, 29 DE MAIO
Os mesmos pais, o mesmo alimento
(Gn 4:1-8; 25:25-34)

            Esta é uma das narrativas mais complexas e difíceis de entender em toda a Bíblia. Assim como Caim, o filho mais jovem (filho pródigo) demonstra não ter sido um bom acolhedor dos cuidados, amor e bondade do pai. Mesmo recebendo todo o afeto como os demais na família, diferente de seu irmão, resolve abandonar sua casa, sua família e com sua parte da herança vai embora para o mundo.
            Esta narrativa é intrigante, pois, no dia a dia, quantas famílias passam pelo mesmo dilema com seus filhos? Quantos são os que, mesmo recebendo afeto, amor e carinho ainda encontram motivos para se rebelar? Quantos e quantos são os que sem motivo resolvem abandonar, além da família, a Deus e a igreja?
            A história do filho pródigo é esplendorosa e evidencia quão profundo é o amor de Deus pelos seres humanos. Muitos, como corcundas, viram as costas para Deus e vão embora. No entanto, o Senhor, compassivamente e cheio de terna bondade aguarda pacientemente o retorno dos que se afastam. A misericórdia de Deus é longa e perdura enquanto estivermos vivos. Como o ladrão da cruz, mesmo em últimos momentos, se houve arrependimento e clamor, rapidamente o Senhor estende seus braços para acolher, abraçar e salvar. Esta é uma verdade inegável e em toda a escritura encontramos essas gemas tão importantes que fundamentam o livre arbítrio e o amor de Deus pela humanidade caída. Assim como o filho pródigo, todos nós um dia estivemos desgarrados e longe de Deus. Mesmo sem motivos justificáveis, abandonamos tudo como se tivéssemos alguma justificativa plausível para tal.

Leitura Adicional

            “O filho mais novo cansara-se das restrições da casa paterna. Pensou que sua liberdade era reprimida. O amor e cuidado do pai foram mal-interpretados, e determinou seguir os ditames de sua própria inclinação. O jovem não reconhece qualquer obrigação para com o pai, e não exprime gratidão, contudo reclama o privilégio de filho para participar dos bens de seu pai. Deseja receber logo a herança que lhe caberia pela morte do pai. Pensa só na alegria presente, e não se preocupa com o futuro” (Parábolas de Jesus, p. 198, 199).

            “O pródigo não era um filho obediente, alguém que desejasse agradar o pai, mas que desejava viver à sua própria maneira. Queria seguir os ditames de sua própria inclinação e estava cansado dos conselhos e advertências do pai que o amava, e que só desejava que ele agisse de forma que sua felicidade estivesse assegurada. A terna simpatia e amor de seu pai foram mal interpretados, e quanto mais amável, paciente e benevolente o pai agisse, mais inquieto ficava o filho. Ele achava que sua liberdade estava sendo limitada, pois sua ideia de liberdade era de irrestrita licenciosidade e, no desejo de ser independente de toda autoridade, livrou-se de toda restrição da casa do pai e logo gastou sua fortuna numa vida desregrada. Surgiu uma grande fome no país em que ele estava habitando, e movido pela fome, ele teria de bom grado se alimentado com as alfarrobas que os porcos comiam” (Signs of the Times, 29 de janeiro de 1894).

            “O dever do pai para com seus filhos deve ser um de seus primeiros interesses. Não deve se subordinado à aquisição de fortuna nem à obtenção de uma posição elevada no mundo. Na verdade, essas mesmas condições de riqueza e honra frequentemente separa a pessoa de sua família e, mais do que qualquer outra coisa, afastam dela sua influência. Se for desejo do pai que seus filhos desenvolvam caráter harmonioso e sejam uma honra para ele e uma bênção para o mundo, ele tem uma obra especial a fazer. Deus o considera responsável por essa obra. No grande dia do acerto de contas ele ouvirá esta pergunta: Onde estão os filhos que confiei aos seus cuidados para educar para Mim, para que seus lábios que pronunciem Meu louvor, e sua vida seja como um diadema de beleza no mundo, e eles vivam para Me honrar por toda a eternidade?
            Em alguns filhos, as faculdades morais predominam fortemente. Têm força de vontade para controlar a mente e as ações. Em outros, as paixões animais são quase irresistíveis. A fim de atender a esses diferentes temperamentos, que frequentemente aparecem na mesma família, os pais, bem como as mãos, precisam ter paciência e sabedoria do divino Ajudador. Não se ganhará tanto pela punição das crianças por suas transgressões como pelo ensino, mostrando a loucura e a extrema malignidade do pecado, expondo as inclinações secretas e trabalhando para incliná-las para o que é certo. ...
            O pai deve reunir frequentemente seus filhos em torno de si e levar a mente para os canais de luz moral e religiosa. Deve estudar suas deferentes tendências e sensibilidades e alcança-los pelas avenidas mais amplas. Alguns podem ser mais influenciados pela adoração e temor de Deus, outros, pela manifestação de Sua benevolência e sábia providência, despertando sua profunda gratidão; outros podem ser impressionados mais profundamente quanto se abrem diante de si as maravilhas e os mistérios do mundo natural, com toda a sua harmonia e delicada beleza, que lhes falam sobre o Criador dos céus e da Terra, e de todas as velas coisas que existem” (Signs of the Times, 20 de dezembro de 1877).
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SEGUNDA, 30 DE MAIO
Abrindo as asas
 (Lc 15:13-19)
           
            Certa vez conheci um jovem que apreciava estar na igreja, gastava uma boa parte de seu tempo com os seus irmãos e amigos da fé, e, principalmente, gostava muito de se isolar das coisas do mundo e ser transformado pelas coisas espirituais. Infelizmente, num certo tempo, tudo isto começou a passar por algumas mudanças. Gradativamente as atividades espirituais da igreja não mais preenchiam o seu coração e os companheiros de fé não eram tão companheiros aos seus olhos como antes. Aos poucos começou a se afastar e se envolver com amigos e atividades do mundo. Todo o colorido do mundo encheu seus olhos de brilho e suas paixões, das mais adormecidas foram despertadas. Resultado, abandonou totalmente a igreja e seus amigos cristãos. No mundo, parecia ser feliz a princípio até o momento em que as consequências começaram a bater na porta de sua vida. Passou por momentos críticos e muito sérios. Entrou em depressão e por não suportar as consequências, ao invés de voltar para Deus, colocou uma corda no pescoço e se suicidou. Seu corpo só foi encontrado 3 dias depois do enforcamento.
            A história do filho pródigo revela um final bem diferente. Era da intenção de Jesus que o final fosse feliz em sua narrativa, pois, pretendia Ele, mostrar que não existe nada que Deus não possa perdoar, regenerar ou reconstruir na vida humana. Deus, como o pai da história, entende nossos problemas e está prontamente aguardando que o pecador se arrependa e, independente do que tenha feito, retorne para seus braços. Foi proposital o retorno do filho pródigo ao lar para mostrar o infinito e imensurável amor de Deus. Alguns se deleitam em apresentar as pessoas ou a pregar sermões que falem especificamente em juízos, mas, como nesta narrativa, Deus procura se apresentar muitas vezes como Deus clemente e compassivo. A misericórdia de Deus é abundante quando há arrependimento e a relutância em permanecer longe de Deus é irracional.

Leitura Adicional

            “Depois de seu coração egoísta haver recebido o tesouro, que tão pouco merecia, retirou-se para longe, de seu pai, a fim de esquecer até que possuía um pai. Menosprezava a restrição, e estava inteiramente determinado a desfrutar por todos os meios e modos que quisesse. Havendo, com seus prazeres pecaminosos, gasto tudo quanto o pai lhe havia dado, a terra foi flagelada por uma fome, e ele veio a sofrer extrema miséria. Começou então a lamentar os pecaminosos caminhos de extravagantes prazeres em que andara; pois achava-se desamparado, carecido dos meios que esbanjara. Viu-se obrigado a descer da vida de pecaminosa satisfação em que vivia, ao baixo mister de guardador de porcos.
Havendo descido o mais baixo que era possível, pensou na bondade e no amor de seu pai. Sentiu então a necessidade que tinha dele. Trouxera sobre si a situação em que se encontrava, destituído de amigos e de todo recurso. Sua própria desobediência e pecado dera em resultado o separar-se de seu pai. Pensou nos privilégios e na abundância de que fruíam livremente os servos assalariados da casa paterna, ao passo que ele, que se alienara da mesma, perecia de fome. Humilhado pela adversidade, decidiu volver ao pai com humilde confissão. Era um mendigo, destituído de roupas confortáveis, ou decentes sequer. A falta de meios o reduzira a um estado miserável, e achava-se macilento por causa da fome” (Testemunhos Seletos, v.1, p. 308 e 309).

“A fome o ameaçou, e ele se juntou a um cidadão do lugar. Foi enviado para fazer o trabalho mais servil, o de alimentar os porcos. Embora, para um judeu, esse fosse o ofício mais degradante, ele estava disposto a fazer qualquer coisa, de tão grande que era sua necessidade. Infeliz e vitimado pelo sofrimento, ele se assentou nos campos, cumprindo sua tarefa. No passado, ele se havia recusado a se submeter às restrições de casa. Agora, ele ocupava a posição do mais vil dos servos. Havia saído de casa em busca de liberdade, mas onde estava agora seu júbilo desenfreado? Antes, emudecendo a consciência, amortecendo as sensibilidade, ele se considerava feliz nas cenas de orgia. Agora, com o dinheiro esgotado, com o orgulho humilhado, com a natureza moral diminuída, com a vontade fraca e de pouca valia, com os sentimentos mais sutis aparentemente mortos, ele era o mais infeliz dos mortais. Sofria de fome aguda e não podia satisfazer sua necessidade. Nessas circunstâncias, lembrando-se de que seu pai tinha pão de sobre, resolveu ir à sua procura. Ele disse: “Eu me porei a caminho e voltarei para meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o Céu e contra ti” (Lc 15:18; Signs of the Times, 29 de janeiro de 1894).
           
TERÇA, 31 DE MAIO
Você pode voltar para casa
(Lc 15:4-10)

            O desânimo e o orgulho podem ser os maiores inimigos que temos na vida. Alguns chamam isto de o próprio EU. Isto é fato, pois geralmente quando alguns se afastam de Deus indo para bem longe, possuem a tendência de tentar se desvencilhar da vergonha causada por ter partido. Neste caso em específico, o orgulho pode ser capaz de nos levar a crer que fomos longe demais para voltar. Foi assim com Satanás e seus anjos e é assim conosco já que o próprio inimigo nos inspira a também pensar desta forma. O orgulho é pode criar uma muralha psicológica em nós e ser capaz de nos proteger de qualquer evidência plausível de retorno aos braços de Deus. Por esta razão é que são poucos os que realmente e definitivamente voltam para a igreja ou para Deus quando se afastam. Na verdade, tudo isto dependerá do grau de afastamento e da vergonha enfrentada por ocasião do pecado cometido.
            Todos nós somos irrestritamente dependentes de Deus em todos os sentidos. Estando longe ou perto do Senhor, sentimos que nossa vida somente pode ter sentido quando estamos com Deus. Mesmo o mais cético ou duro de coração que possa existir, no fundo, sabem dizer que algo precisa ser restabelecido ou encontrado para que a vida seja completa. No caso bem específico do filho pródigo ou em qualquer experiência pessoal de cada um de nós semelhante desta narrativa, o vazio criado quando nos afastamos de Deus é tão grande que tentamos preencher com tudo que seja possível. Neste contexto podemos citar a pornografia, fornicação, drogas, bebidas, discotecas, etc. Estes são exemplos de coisas que, às vezes, as pessoas fazem uso para esquecer do vazio deixado ao se afastar de Jesus. O filho pródigo voltou, uma vez que foi ele mesmo que se retirou. No entanto, temos que ter em mente que, antes mesmo de o filho pródigo tomar a decisão de retornar, o Espírito Santo já atuava em seu coração mostrando-lhe que valia pena voltar para casa. Deus não nos abandona as nossas próprias situações ou circunstâncias. Ainda, mesmo longe Dele, continua tocando nossas vidas tentando-nos com a maravilhosa opção de retornar a seus braços de amor.

Leitura Adicional

            “Em sua irrequieta juventude, o filho pródigo considerava o pai inflexível e austero. Que diferente é sua concepção dele agora! Assim também os engodados por Satanás consideram Deus áspero e severo. Vêem-nO esperando para os denunciar e condenar, como se não tivesse vontade de receber o pecador enquanto houver uma desculpa legítima para não o auxiliar. Consideram Sua lei uma restrição à felicidade humana, jugo opressor de que se alegram em escapar. Todavia o homem cujos olhos foram abertos por Cristo, reconhecerá a Deus como cheio de compaixão. Não lhe parece um tirano inexorável, mas um pai ansioso por abraçar o filho arrependido. O pecador, com o salmista, exclamará: "Como um pai se compadece de seus filhos, assim o Senhor Se compadece daqueles que O temem." Sal. 103:13.
Na parábola não é acusada nem censurada a má conduta do filho pródigo. O filho sente que o passado está perdoado, esquecido e apagado para sempre. E assim fala Deus ao pecador: "Desfaço as tuas transgressões como a névoa, e os teus pecados, como a nuvem." Isa. 44:22. "Porque perdoarei a sua maldade e nunca mais Me lembrarei dos seus pecados." Jer. 31:34.
"Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno, os seus pensamentos e se converta ao Senhor, que Se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar." Isa. 55:7. "Naqueles dias e naquele tempo, diz o Senhor, buscar-se-á a maldade de Israel e não será achada; e os pecados de Judá, mas não se acharão." Jer. 50:20.
Que segurança da voluntariedade de Deus em receber o pecador arrependido! Escolheste, caro leitor, teu próprio caminho? Vagaste longe de Deus? Aspiraste desfrutar os frutos da transgressão, só para vê-los desfazerem-se em cinzas nos lábios? E agora que os teus bens estão dissipados, teus planos malogrados e mortas as tuas esperanças, estás solitário e desolado? Agora, aquela voz que te falou longamente ao coração, mas para a qual não atentaste, chega a ti clara e distinta: "Levantai-vos e andai, porque não será aqui o vosso descanso; por causa da corrupção que destrói, sim, que destrói grandemente." Miq. 2:10. Volta ao lar do Pai. Ele te convida, dizendo: "Torna-te para Mim, porque Eu te remi." Isa. 44:22.
Não dê ouvidos à sugestão do inimigo, de permanecer afastado de Cristo até que se faça melhor, até que você seja bastante bom para ir a Deus. Se esperar até lá, nunca você irá a Ele. Se Satanás te apontar as vestes imundas, repete a promessa de Jesus: "O que vem a Mim de maneira nenhuma o lançarei fora." João 6:37. Dize ao inimigo que o sangue de Cristo purifica de todo o pecado. Faze tua a oração de Davi: "Purifica-me com hissopo, e ficarei puro; lava-me, e ficarei mais alvo do que a neve." Sal. 51:7.
Levante-se e vá ter com seu Pai. Ele irá ao seu encontro quando ainda estiver longe. Se aproximar-se um passo que seja, em arrependimento, Ele se apressará para cingi-lo com os braços de infinito amor. Seu ouvido está aberto ao clamor da alma contrita” (Parábolas de Jesus, p. 204 e 205).
           

QUARTA, 01 DE JUNHO
A melhor roupa
(Lc 15:20-24; Jr 31:17-20)

           
            Às vezes falhamos em oferecer a Deus o melhor do que temos. É claro que nem mesmo o  melhor que temos será suficiente para oferecer com exatidão aquilo que Ele merece. No entanto, a questão é que, podemos oferecer algo melhor mas algumas vezes deixamos de oferecer o melhor. Caim podia ter oferecido mais do que o melhor fruto da terra, ele podia ter oferecido o que Deus havia pedido. Muitos vão à igreja para oferecer ao Senhor aquilo que ele quer e não o que Deus quer. Isto é terrível e uma verdadeira aberração. Acredito que Deus aceita muitas delas quando oferecidas com sinceridade, porém, para os que não são ignorantes, é bem possível que Deus rejeite como rejeitou a oferta de Caim.
            Embora sejamos tão falhos nesta questão, o paralelo entre nós e Deus é bem vindo, pois, pode mostrar a nós que, mesmo sem merecer, Ele (Deus) prepara e oferece para nós sempre o melhor. Nesta narrativa, o pai fica feliz pela chegada do filho rebelde, manda que seja trazido a melhor veste para trocar as suas roupas. Deus, como este pai da história, não se contenta em nos oferecer o que é bom, Ele quer nos dar o melhor. Esta história do filho pródigo é bela em todos os sentidos, pois, do começo ao fim podemos ver com clareza a graça salvadora de Jesus. Observe que o filho pródigo apenas voltou para casa, o resto, tudo foi o pai quem fez por ele. Isto nos diz alguma coisa importante? É assim que você age quando alguém muito importante retorna para a igreja e para Deus?

Leitura Adicional

            “Aquele que deseja tornar-se filho de Deus tem de receber a verdade de que o arrependimento e o perdão devem ser obtidos por meio de nada menos que a expiação de Cristo. Certo disto, o pecador tem de fazer um esforço em harmonia com a obra feita em seu favor, e com súplicas incansáveis recorrer ao trono da graça, para que o poder renovador de Deus possa vir a sua alma. Cristo não perdoa a ninguém senão ao penitente, mas àquele a quem Ele perdoa, primeiro faz penitente. A providência tomada é completa, e a eterna justiça de Cristo é colocada ao crédito de toda alma crente. As vestes, preciosas e sem mácula, tecidas nos teares do Céu, foram providas para o pecador arrependido e crente, e ele poderá dizer: "Regozijar-me-ei muito no Senhor, a minha alma se alegra no meu Deus; porque me vestiu de vestidos de salvação, me cobriu com o manto de justiça, como o noivo que se adorna com atavios, e como noiva que se enfeita com as suas jóias." Isa. 61:10.
Abundante graça foi provida para que o crente possa manter-se livre do pecado; pois todo o Céu, com seus recursos ilimitados, foi posto à nossa disposição. Devemos servir-nos da fonte da salvação. Cristo é o fim da lei, para justiça a todo aquele que crê. Em nós mesmos somos pecadores; mas em Cristo somos justos. Tendo-nos feito justos, mediante a imputada justiça de Cristo, Deus nos pronuncia justos e nos trata como justos. Considera-nos Seus filhos amados. Cristo atua contra o poder do pecado, e onde este abundava, muito mais abundante é a graça. (Rom. 5:20.) "Sendo pois justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo; pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes, e nos gloriamos na esperança da glória de Deus." Rom. 5:1 e 2” (Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 393, 394).

QUINTA E SEXTA, 03 E 03 DE JUNHO
As roupas do pai
(Lc 15:24)

            Que pai maravilhoso era este da história. O filho pródigo é muito sortudo por ter um pai assim. Qualquer um de nós gostaria de ser filho de alguém tão amoroso e bondoso como este da narrativa. Na verdade, todos nós temos. Os textos que estudamos é uma clara revelação da natureza de Deus e do seu profundo e imensurável amor pela raça humana. Todos, incluindo eu e você somos filhos deste tão grandioso e maravilhoso Pai.
            Outro fato importantíssimo que devemos extrair é que, quando voltamos aos braços do Senhor, Ele não está preocupado com os erros que cometemos no passado, mas com a possibilidade de nos regenerar e nos oferecer um futuro melhor. Regeneração significa fazer de nós homens santos capazes de passar por cima de qualquer tentação ou motivos desta vida que venha nos trazer sofrimento. Deus também deseja que todos nós sejamos amoráveis e que venhamos esquecer os pecados e falhas dos que estão a nossa volta. Aliás, aqueles que vivem descriminando as falhas de outrem, isto pode significar que este coração ainda não foi convertido. De imediato, quando nos arrependemos e voltamos para Cristo, nossos pecados são apagados de nossas vidas e para Deus é como se jamais tivéssemos pecado. Isto é magnífico, pois mostra mais nitidamente qual é o verdadeiro interesse da divindade – nos redimir a qualquer custo sem nos cobrar nada por isto. É ai que entra as obras, pois, quem não ficaria tão grato a Deus por todos estes fatos que, por amor, não demonstraria gratidão em seus atos cumprindo Sua vontade na vida?

Leitura Adicional

            “Deus deseja unir Seus obreiros por uma simpatia comum, uma pura afeição. É a atmosfera de amor cristão que circunda a alma do crente, que o torna um cheiro de vida para a vida, e habilita Deus a abençoar-lhe os esforços. O cristianismo não cria muros de separação entre o homem e seus semelhantes, mas liga as criaturas humanas com Deus e umas com as outras.
Notai quão terno e piedoso é o Senhor em Seu trato com Suas criaturas. Ele ama o filho perdido, e suplica-lhe que volte. O braço do Pai enlaça o filho arrependido; Suas vestes cobrem-lhe os andrajos; coloca-se-lhe no dedo o anel, como penhor de sua realeza. E todavia quantos não há que olham para o pródigo, não somente com indiferença, mas desdenhosamente! Como o fariseu, dizem: "Deus, graças Te dou, porque não sou como os demais homens." Luc. 18:11. Como, porém, pensais, olhará Deus aqueles que, ao passo que pretendem ser coobreiros de Cristo, enquanto uma alma está sustendo uma luta contra a enchente da tentação, ficam à parte, como o irmão mais velho da parábola, obstinados, caprichosos e egoístas?” (Obreiros Evangélicos, p. 140)

            “Força e graça foram providas por meio de Cristo, sendo levadas pelos anjos ministradores a toda alma crente. Ninguém é tão pecaminoso que não possa encontrar força, pureza e justiça em Jesus, que por ele morreu. Cristo está desejoso de tirar-lhes as vestes manchadas e poluídas pelo pecado, e vestir-lhes os trajes brancos da justiça; Ele lhes ordena viver, e não morrer” (Caminho a Cristo, p. 53).
                                   
Gilberto G. Theiss, nascido no estado do Paraná, é membro da Igreja adventista do Sétimo dia desde 1996. Crê integralmente nas 28 doutrinas Adventista como consta no livro “Nisto Cremos” lançado pela “Casa Publicadora Brasileira”. Foi ancião por 3 anos na Igreja Adventista do Sétimo dia da cidade Nova Rezende/MG e por 6 anos na Igreja Central de Guaxupé/MG. Foi Obreiro bíblico na mesma cidade e hoje, além de ser coordenador do curso básico de reforço teológico para líderes de igreja pelo site www.altoclamor.com, está Bacharelando no Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia. Gilberto G. Theiss é autor de alguns livros e é inteiramente submisso e fiel tanto a mensagem bíblico-adventista quanto a seus superiores no movimento Adventista como pede hebreus 13:17. Toda a mensagem falada ou escrita por este autor é filtrada plenamente pelo que rege a doutrina bíblica-adventista do sétimo dia. Contato: gilbertotheiss@yahoo.com.br