Comentário da Lição da Escola Sabatina – Lição 05 – 1º Trimestre 2011 (23 a 30 de abril)


Comentário da Lição da Escola Sabatina – Lição 05 – 1º Trimestre 2011 (23 a 30 de abril)

Observação: Este comentário é provido de Leitura Adicional no fim de cada dia estudado. A leitura adicional é composta de citações do Espírito de Profecia. Caso considere-a muito grande, poderá optar em estudar apenas o comentário ou vice versa.

Comentário: Gilberto G. Theiss

SÁBADO, 23 DE ABRIL
As vestes sacerdotais da graça
(1Pe 2:9)

            “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz” (1Pe 2:9).

            Antes da cruz, havia no santuário terrestre um sistema de intercessão realizado através de um sacerdote  que, durante todos os dias, fazia mediação entre o povo e Deus. Uma vez por ano, outro personagem, o sumo sacerdote, entrava em cena para fazer além da mediação, a purificação do santuário terrestre em favor dos que foram remidos através do sangue expiatório do cordeiro. Após a cruz, este sistema deixou de existir para dar início a um sistema maior e real. Hoje, por causa do cumprimento da cruz, onde o verdadeiro cordeiro fora imolado e seu sangue aspergido a nosso favor, este cumprimento foi capaz em fazer de cada de um nós sacerdotes diante de Deus. Isto significa que não precisamos mais de mediadores e que podemos através do nosso sumo sacerdote Jesus Cristo, chegar ao trono de Deus com nossas súplicas em orações. Jesus com sua morte e ressurreição viabilizou um caminho livre até o céu para nós nos achegarmos até o Pai. Esta realidade torna-nos mais valorosos diante de Deus, pois, o pecado e nem Satanás jamais poderão impedir nosso contato direto com Deus. Este é um telefone que não precisa de cartão e nem de créditos para funcionar. Pela fé, apossados dos méritos de Jesus, temos toda a atenção da divindade.

Leitura Adicional

            “Jesus é nosso advogado, sumo sacerdote e intercessor. Ocupamos uma posição similar à dos israelitas no Dia da Expiação. Quando o sumo sacerdote entrava no lugar santíssimo, que representava o local em que nosso sumo sacerdote está intercedendo, e espargia o sangue expiatório por cima do propiciatório, nenhum sacrifício propiciatório era oferecido lá fora. Enquanto o sacerdote estava intercedendo no interior do Santo dos Santos, cada coração devia estar curvando em contrição diante de Deus, implorando o perdão de suas transgressões.
            O tipo encontrou o antítipo na morte de Cristo, o Cordeiro morto pelos pecados do mundo. Nosso grande sumo sacerdote fez o único sacrifício que tem valor para nossa salvação. Quando Ele Se ofereceu na cruz, uma expiação perfeita foi realizada pelos pecados do povo. Estamos agora no pátio exterior, aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Nenhum sacrifício deve ser oferecido no pátio, pois o grande sumo sacerdote está realizando seu trabalho no lugar Santíssimo. Em Sua intercessão como nosso advogado, Cristo não precisa da virtude de ninguém, da intercessão de ninguém. Ele é o único portador de pecados, a única oferta pelo pecado. As orações e confissões devem ser oferecidas apenas àquele que entrou de uma vez por todas no Santíssimo. Ele pode salvar totalmente todos os que vão a Ele com fé, vivendo sempre para interceder por nós” (The Bíble Echo, 1º de maio de 1899).

           
DOMINGO, 24 DE ABRIL
A antiga aliança da graça
(Êx 32:1-6)

            A perversão de Israel no monte Sinai poderia ter sido evitada caso Arão fosse firme diante da turba. Sua fraca conduta e sua falta de firmeza aos valores celestiais foram preponderantes e certeiros para a ruína do povo. Ellen White adverte que em nossos dias, haveria Arãos que “cedem aos desejos dos que não são consagrados, e assim os induzem ao pecado” (Filhos e Filhas de Deus [MM 1956], p. 209).
            Quanto prejuízo há nas igrejas de hoje por causa de Arãos que cedem aos desejos do povo? A igreja (povo), a passos longos ou curtos, tem passado gradativamente para as fileiras do mundo. É difícil discernir em nossos dias quem realmente é cristão e quem não é, pois as práticas e costumes entre ambos tem sido muito semelhantes. Jóias, pinturas, música, shows, vestuários, palavras torpes, namoros, entre outros, tem manchado a bandeira da igreja fazendo-a perder o poder e a presença de Deus. Além de um sincretismo religioso, o povo tem passado por um sincretismo com os costumes e práticas do mundo. Algum tempo atrás, nos EUA, foi feito uma pesquisa que foi capaz de apresentar o nível de perversidade entre cristãos e não cristãos. Pasmem, os resultados foram alarmantes para a classe cristã, pois os níveis entre ambos eram semelhantes. Promiscuidade sexual, violência e desonestidade eram índices altíssimos até mesmo entre os cristãos.
            Precisamos lutar pela verdade e impedir que o mal ganhe espaço em nosso meio. Ellen White revelou que, Arão, não possuía coragem moral e desejava obter a boa vontade das pessoas mesmo à custa de grandes males (RH, 29 de julho de 1873). Ao contrário da experiência deste patriarca, devemos ser firmes aos princípios e aos valores celestiais. Nossa conduta precisa ser integra e fundamentada na palavra de Deus mesmo que isto custe de nós muitos desarranjos e perseguições.
            No entanto, para não fugir do tema central da lição de hoje, não podemos perder de vista o perdão de Deus concedido a Arão por ter se arrependido. Esta compaixão e misericórdia de Deus devem chocar nossas vidas e nos fazer entender profundamente o que representa o poder divino para salvar o homem. Não há pecado que possa impedir-nos, pela fé, de alcançar a graça de Cristo. Se houver verdadeiro e puro arrependimento, podemos ser aceitos na aliança com Deus nos méritos de Jesus. Deus oferece perdão em abundância, mas Ele não pode perdoar-nos se pretendermos ser salvos no pecado. Precisamos querer ser salvo do pecado. Isto é inegociável.

Leitura Adicional

            “Na ausência de Moisés a autoridade judiciária fora delegada a Arão, e uma vasta multidão reuniu-se em redor de sua tenda, com o pedido: "Faze-nos deuses, que vão adiante de nós; porque quanto a este Moisés, a este homem que nos tirou da terra do Egito, não sabemos o que lhe sucedeu." Êxo. 32:1. ... Tal ocasião crítica exigia um homem de firmeza, decisão e coragem inflexível; um homem que tivesse a honra de Deus em maior conta do que o favor popular, a segurança pessoal, ou a própria vida. ... Arão, com fraqueza, apresentou objeções ao povo, mas sua vacilação e timidez no momento crítico apenas os tornou mais decididos. O tumulto aumentou. ... Arão temia pela sua própria segurança; e, em vez de manter-se nobremente pela honra de Deus, rendeu-se às exigências da multidão. Seu primeiro ato foi ordenar que os brincos de ouro fossem reunidos dentre todo o povo e trazidos a ele, esperando que o orgulho os levasse a recusar tal sacrifício. Voluntariamente, porém, cederam os seus ornamentos; e destes fez um bezerro fundido, à imitação dos deuses do Egito” (Patriarcas e Profetas, págs. 316 e 317).

“Repetimos o pecado de Arão, pacificando, quando os olhos devem ser claros em discernir o mal e declará-lo positivamente, mesmo que isso nos coloque numa posição desagradável, por nossos motivos poderem ser mal compreendidos. Não devemos suportar o mal em um irmão ou em qualquer pessoa com quem estejamos ligados. Essa negligência de postar-nos com firmeza em favor da verdade foi o pecado de Arão. Houvesse ele falado claramente a verdade, nunca se teria feito aquele bezerro de ouro”. (Carta 10, 1896).

“E ainda há Arãos flexíveis, que ... cederão aos desejos dos que não são consagrados, e assim os induzirão ao pecado” (Patriarcas e Profetas, pág. 343).

“Chegou o momento em que nós, como povo, devemos nos examinar para ver que ídolos estamos valorizando: é tempo de os pastores do rebanho fazerem um trabalho fiel como sentinelas de Deus. No vestir, no falar, no comportamento, devemos ser um povo diferente e separado do mundo” (RH, 7 de março de 1899).
.
SEGUNDA, 25 DE ABRIL
O sacerdócio
 (Lv 21:7-24; 22:1-8)
           
            O sacerdócio Levítico fora instituído por Deus para propósitos específicos e sagrados. Arão  foi escolhido por Deus para oficiar este importante papel entre o povo. Isto significa que o patriarca deve ter aprendido com a experiência do ocorrido no monte Sinai, pois para ser sacerdote era necessário possuir santidade e integridade diante dos homens. Precisava ser alguém que, notadamente possuísse aparência e vida religiosa irrepreensível. Embora fosse de natureza caída, precisava possuir condutas aprováveis diante do povo e de Deus. A veste de sacerdote era usada por algum levita que estivesse disposto a viver à altura do valor desta veste. O principal objetivo de pureza, para os que a vestissem, é pelo fato de ser uma representação clara do ministério de Jesus. Não pensemos que isto era apenas para aquele tempo, pois, todos que foram alcançados pela graça, se tornando sacerdócio santo, e carregam em suas vidas o título de cristão, não devem viver uma vida prática amena do que deveria viver Arão e os demais sacerdotes daquele tempo.
            Hoje, todos que professam seguir Jesus, carregam sobe os ombros a responsabilidade de representar a Cristo e Seu evangelho na vida e nas palavras. É incoerente com o evangelho uma vida que professa ter sido salva e ao mesmo tempo viver contrário às exigências cristãs. Não tem sentido eu dizer que fui salvo por Cristo e continuar vivendo matrimonialmente com uma jovem que não é minha esposa legítima.

Leitura Adicional

            “Por determinação divina a tribo de Levi foi separada para o serviço do santuário. Nos tempos primitivos cada homem era o sacerdote de sua própria casa. Nos dias de Abraão, o sacerdócio era considerado direito de primogenitura do filho mais velho. Agora, em lugar dos primogênitos de todo o Israel, o Senhor aceitou a tribo de Levi para a obra do santuário. Por meio desta honra distinta manifestou Ele Sua aprovação à fidelidade da mesma, tanto por aderir ao Seu serviço como por executar Seus juízos quando Israel apostatou com o culto ao bezerro de ouro. O sacerdócio, todavia, ficou restrito à família de Arão. A este e seus filhos, somente, permitia-se ministrar perante o Senhor; o resto da tribo estava encarregada do cuidado do tabernáculo e de seu aparelhamento, e deveria auxiliar os sacerdotes em seu ministério, mas não deveria sacrificar, queimar incenso, ou ver as coisas sagradas antes que estivessem cobertas.
De acordo com as suas funções, foi indicada ao sacerdote uma veste especial. "Farás vestidos santos a Arão teu irmão, para glória e ornamento" (Êxo. 28:2) - foi a instrução divina a Moisés. A veste do sacerdote comum era de linho alvo, e tecida em uma só peça. Estendia-se até quase aos pés, e prendia-se à cintura por um cinto branco de linho, bordado de azul, púrpura e vermelho. Um turbante de linho, ou mitra, completava seu traje exterior. A Moisés, perante a sarça ardente, foi determinado que tirasse as sandálias, porque a terra em que estava era santa. Semelhantemente os sacerdotes não deveriam entrar no santuário com sapatos nos pés. Partículas de pó que a eles se apegavam, profanariam o lugar santo. Deviam deixar os sapatos no pátio, antes de entrarem no santuário, e também lavar tanto as mãos como os pés, antes de ministrarem no tabernáculo, ou no altar dos holocaustos. Desta maneira ensinava-se constantemente a lição de que toda a contaminação devia ser removida daqueles que se aproximavam da presença de Deus.
As vestes do sumo sacerdote eram de custoso material e de bela confecção, em conformidade com a sua elevada posição. Em acréscimo ao traje de linho do sacerdote comum, usava uma vestimenta de azul, também tecida em uma única peça. Ao longo das franjas era ornamentada com campainhas de ouro, e romãs de azul, púrpura e escarlate. Por sobre isso estava o éfode, uma vestidura mais curta, de ouro, azul, púrpura, escarlate e branco. Era preso por um cinto das mesmas cores, belamente trabalhado. O éfode não tinha mangas, e em suas ombreiras bordadas de ouro achavam-se colocadas duas pedras de ônix, que traziam os nomes das doze tribos de Israel” (Patriarcas e Profetas, p. 350, 351).

           
TERÇA, 26 DE ABRIL
Vestes sacerdotais
(Êx 28)

            Em nosso contexto as vestes possuem algum tipo de significado. Quando vemos um homem com traze de oficial militar, logo pensamos: “eis ai um homem que faz com que a lei seja cumprida”. Quando vemos um juiz com suas vestes peculiares, rapidamente imaginamos: “Eis ai um homem que impõe a justiça”. Quando vemos um homem com uma roupa camuflada de exército logo imaginamos: “Eis ai um homem que protege e serve a pátria”. Agora uma pergunta bastante curiosa, o que você pensaria se visse um pastor cristão com vestes listradas de preto e branco? Nem um pouco imaginaríamos que seria um pastor.  Rapidamente pensaríamos que se trata de um  bandido que escapou da prisão.
            As vestes sacerdotais no Antigo Testamento possuíam um valor espiritual imenso, pois representavam Jesus, Sua glória e majestade. Quando o sacerdote se apresentava com as vestes especiais, estava demonstrando, palidamente, a excelsa glória de Jesus.
Da mesma forma, em nossos dias, a maneira como vestimos, andamos e falamos será um testemunho fortíssimo do tipo de fé que vivemos. As correntes filosóficas e culturais de nosso século são poderosas e temos a tendência de desejar copiar o mundo para não ser taxado de fora de época e fanático. Satanás está transformando o mundo a sua própria imagem e semelhança e os cristãos que pretenderem basear seu estilo de vida com o mundo estarão se transformando em seus discípulos. Seja na maneira do corte do cabelo, maneira de andar ou roupas que usamos, estaremos mostrando para as pessoas que tipo de espiritualidade e compromisso com o Deus da Bíblia estamos tendo.

Leitura Adicional

            “Minha atenção foi chamada para os filhos de Israel em tempos antigos, e me foi mostrado que Deus deu instruções específicas acerca do tecido e do estilo do vestuário que devia ser usado pelos que ministravam diante dEle. O Deus do Céu, cujo braço move o mundo, que nos sustenta e nos dá vida e saúde, concedeu-nos evidências de que Ele pode ser honrado ou desonrado pelo traje dos que oficiam diante dEle. O Senhor deu instruções especiais a Moisés a respeito de tudo que se relacionava com o Seu serviço. Até deu instruções a respeito da arrumação de suas casas e especificou o vestuário que devia ser usado pelos que ministravam em Seu serviço. Eles deviam manter a ordem em tudo...
Não devia haver nenhum desleixo e falta de asseio naqueles que compareciam diante dEle quando fossem a Sua santa presença. E por que isso? Qual era o objetivo de todo esse cuidado? Era meramente para recomendar o povo a Deus? Era meramente para obter Sua aprovação?
A razão que me foi dada era esta: para que fosse causada correta impressão sobre o povo. Se os que ministravam no ofício sagrado deixassem de manifestar cuidado e reverência para com Deus, em seu traje e na sua conduta, o povo perderia seu temor e sua reverência para com Ele e Seu serviço sagrado.
 Se os sacerdotes mostravam grande reverência para com Deus sendo muito cuidadosos e muito meticulosos ao comparecerem à Sua presença, isso dava ao povo elevada idéia de Deus e Seus requisitos. Mostrava-lhes que Deus é santo, que Sua obra é sagrada e que tudo quanto se relaciona com o Seu trabalho precisa ser santo; que precisa estar livre de tudo que se caracterize pela impureza e falta de asseio; e que deve ser removida toda corrupção dos que se aproximam de Deus.
Segundo a luz que me foi dada, tem havido negligência neste sentido. Eu poderia falar sobre isso como Paulo o apresenta. Isso é confirmado pela veneração da vontade e pela negligência do corpo. Mas essa humildade voluntária, essa veneração da vontade e negligência do corpo, não é a humildade que tem traços do Céu. Esta humildade se caracterizará por fazer com que a pessoa, as ações e o traje de todos os que pregam a santa verdade de Deus sejam corretos e perfeitamente apropriados, de modo que cada item relacionado conosco recomende nossa santa religião. O próprio vestuário será uma recomendação da verdade para os descrentes. Será um sermão em si mesmo. ...
O pastor que é negligente em seu traje freqüentemente ofende os que têm bom gosto e finas sensibilidades. Os que são deficientes neste sentido devem corrigir seus erros e ser mais ponderados. A perda de algumas pessoas será finalmente atribuída ao desleixo do pastor. O primeiro aspecto afetou desfavoravelmente as pessoas pois não podiam de modo algum relacionar sua aparência com as verdades por ele apresentadas. Seu vestuário depunha contra ele; e a impressão causada foi de que o povo que ele representava era um grupo descuidado que não se importava com o seu vestuário, e os seus ouvintes não queriam ter nada a ver com tal classe de pessoas. ...
Mas, olhem para o estilo de roupa que alguns de nossos pastores usam hoje. Alguns que ministram nas coisas sagradas se vestem de tal maneira que, pelo menos até certo ponto, sua roupa destrói a influência do seu trabalho. Há evidente falta de bom gosto na cor e no esmero do corte. Qual é a impressão causada por tal maneira de vestir? É que a obra na qual eles estão empenhados não é considerada mais sagrada ou elevada do que o trabalho comum, como arar a terra. O pastor, por seu exemplo, reduz as coisas sagradas ao mesmo nível das coisas comuns.
A influência de tais pregadores não é agradável a Deus” (Mensagens Escolhidas, v.3, p. 251-252; Testimonies, vol. 2, págs. 609-614).

QUARTA, 27 DE ABRIL
O peitoral do juízo
(Êx 28:15-30; Ap 21:12-14)

            Sobre o peitoral da veste sacerdotal, eram prezas próximo ao coração doze pedras preciosíssimas. Ao lado direito e esquerdo as demais pedras chamadas Urim e Tumim.
            As doze pedras preciosas representavam as doze tribos de Israel que além do dever de servir, amar, adorar e obedecer a Deus, eram preciosas ao Senhor e estavam sobre o Seu cuidado paterno. Nada melhor para representar o amor de Deus por seu povo, as pedras, estando tão próximo do coração do sacerdote! As doze pedras não representavam apenas as dozes tribos em si, mas todas as gerações que surgissem até o fim, pois, mesmo no século XXI, todos nós, nos originamos de uma dessas tribos. Mesmo o símbolo estando num contexto tão longínquo, podemos assegurar que naquelas pedras estavam, simbolicamente, registrados os nossos nomes.
            As pedras Urim e Tumim representavam a orientação de Deus para seu povo e o sacerdote era o intermediário. Destinavam-se aos “julgamentos dos filhos de Israel” e eram usados em questões de importância para os líderes nacionais e, por conseguinte, para a própria nação, precisava duma resposta imediata de Deus. Este processo era necessário para obter uma resposta ao sumo sacerdote sobre o proceder correto a seguir em qualquer assunto (Êx 28:30). Naquele tempo este tipo de contato direto com Deus ainda era possível. Hoje, não precisamos mais de sacerdotes para intermediar nossas necessidade com Deus e muito menos objetos inanimados para obter uma direção. Foi-nos concedido o privilégio de sermos reino sacerdote diante de Deus. Podemos nos achegar diretamente a Ele com nossas súplicas. Deus nos ouve e está disposto a guiar nossas vidas se assim O permitirmos. Jesus é nosso Sumo Sacerdote e precisamos olhar para Ele que vive sempre para interceder por nós. Como bem expressou Ellen White, “Graças a Deus, os agentes humanos não são obrigados a usar o peitoral oficial. Jesus é capaz de leva-lo. Ele é capaz de suportar todos os nossos fardos. Você está convidado a lançar todo o seu cuidado sobre Ele. Ele será seu conselheiro, seu eterno apoio” (Manuscript Release, v.5, p. 10).

Leitura Adicional

            Sobre o éfode estava o peitoral, a mais sagrada das vestimentas sacerdotais. Este era do mesmo material que o éfode. Era de forma quadrada, media um palmo, e estava suspenso dos ombros por um cordão de azul, por meio de argolas de ouro. As bordas eram formadas de uma variedade de pedras preciosas, as mesmas que formam os doze fundamentos da cidade de Deus. Dentro das bordas havia doze pedras engastadas de ouro, dispostas em fileiras de quatro, e como as das ombreiras, tendo gravados os nomes das tribos. As instruções do Senhor foram: "Arão levará os nomes dos filhos de Israel no peitoral do juízo sobre o seu coração, quando entrar no santuário, para memória diante do Senhor continuamente." Êxo. 28:29. Assim Cristo, o grande Sumo Sacerdote, pleiteando com Seu sangue diante do Pai, em prol do pecador, traz sobre o coração o nome de toda alma arrependida e crente. Diz o salmista: "Eu sou pobre e necessitado; mas o Senhor cuida de mim." Sal. 40:17” (Patriarcas e Profetas, p. 351).

            “Os sacerdotes que ministravam diante dela eram sagradamente ordenados para o santo ofício. Usavam um peitoral guarnecido de pedras preciosas de diferentes materiais, os mesmos que compõem os doze fundamentos da cidade de Deus. Dentro das bordas estavam os nomes das doze tribos de Israel, gravados em pedras preciosas engastadas em ouro. Esse era um riquíssimo e belo trabalho, suspenso dos ombros dos sacerdotes e cobrindo o peito.
À direita e à esquerda do peitoral havia duas grandes pedras, que resplandeciam com grande brilho. Quando eram trazidos aos juízes assuntos difíceis, que não podiam decidir, eles os encaminhavam aos sacerdotes, e estes inquiriam a Deus, que lhes respondia. Se Ele aprovava e desejava garantir seu êxito, uma auréola de luz e glória repousava especialmente sobre a pedra preciosa à direita. Se desaprovava, um vapor ou nuvem parecia cobrir a pedra preciosa à esquerda. Quando inquiriam a Deus quanto a irem à batalha, a pedra à direita, quando circulada de luz, significava: Ide e prosperai. A
pedra à esquerda, quando sombreada pela nuvem, dizia: Não ireis, porque não haveis de prosperar.
Quando o sumo sacerdote entrava no lugar santíssimo, uma vez por ano, e ministrava diante da arca na solene presença de Deus, ele perguntava, e Deus frequentemente lhe respondia com voz audível. Quando o Senhor não respondia por voz, deixava que sagrados raios de luz e glória repousassem sobre o querubim que estava à direita da arca, em aprovação ou favor. Se seus pedidos eram recusados, uma nuvem repousava sobre o querubim à esquerda” (História da Redenção, p. 183, 184).

“A presença de Jesus Cristo, envolta na coluna de nuvem durante o dia e na coluna de fogo durante a noite, seguiu esse povo em sua peregrinação pelo deserto. O Anjo do concerto vinha em nome de Deus, como chefe invisível de Israel. O Filho de Deus sobre a Sua casa é maior que Moisés, mais alto que o anjo. Ele tem o nome de Jeová sobre a mitra, e em Seu peitoral está escrito o nome de Israel. Cristo assumiu a humanidade para que a humanidade pudesse tocar a humanidade. Sob a forma de homem, Ele Se humilhou e Se tornou servo, mas, como Filho de Deus, Ele era maior que os anjos. Por Sua vida na humanidade, o homem pode se tornar participante da natureza divina. Como a Majestade do Céu, Ele foi exaltado acima dos anjos e, em Sua obra de redenção, Ele leva consigo todos os que O receberam e creram em Seu nome” (SDA Bible Commentary, v.7, p. 927, 928).

QUINTA E SEXTA, 28 e 29 DE ABRIL
Jesus, nosso Sumo sacerdote
(Hb 8:10-13)

            Como é significativo e importante para nossas vidas esta verdade. Jesus é nosso Sumo Sacerdote. Esta verdade possuí dimensões grandiosas e sem ela estaríamos todos completamente perdidos. Quando esteve na terra, passou pelas aflições que todos nós passamos. Numa espécie de estágio humano, enfrentou as provas que constantemente nos assediam. Em proporções maiores, venceu e se tornou o modelo ideal a ser imitado.
Seu caráter, pela fé, pode ser impresso em nossas vidas, e seu poder para vencer é concedido a todos os que o buscarem com profundo desejo de serem vitoriosos.           Jesus está a nossa disposição hoje tanto quanto esteve no passado. Ele nos tem, não próximo do coração como as pedras que ficavam na estola sacerdotal, mas, dentro de seu coração. Somos profundamente preciosos para Ele, e todo e qualquer clamor que elevamos ao Céu é ouvido e atendido por Deus. Um dia, o pecado não mais fará separação entre nós e Deus, e desta forma, poderemos ver Sua face e ouvir Sua voz. Contemplaremos visivelmente o que hoje apenas contemplamos pela fé. Lá descobriremos com mais afinidade as tantas vezes em que o Sumo Sacerdote Jesus Cristo nos livrou e nos abençoou. Muito em breve isto será a mais pura realidade e viveremos para sempre ao lado visível de nosso amorável redentor. Perceberemos que valeu a pena cada esforço e luta.

Leitura Adicional

            “A respeito de Arão, o sumo sacerdote de Israel, acha-se escrito: "Levará os nomes dos filhos de Israel no peitoral do juízo sobre o seu coração, quando entrar no santuário, para memória diante do Senhor continuamente." Êxo. 28:29. Que bela e expressiva figura é esta do imutável amor de Cristo por Sua igreja! Nosso grande Sumo Sacerdote, do qual Arão era o tipo, traz Seu povo sobre o coração” (Evangelismo, p. 34).

            “O sacerdote, no lugar santo, dirigindo pela fé sua oração ao propiciatório, ao qual não podia ver, representa o povo de Deus dirigindo suas orações a Cristo diante do propiciatório no santuário celestial. Eles não podem ver seu Mediador com a vista natural mas, com os olhos da fé, vêem a Cristo diante do propiciatório, dirigem-Lhe suas orações e confiantemente reclamam os benefícios de Sua mediação” (História da Redenção, p. 155).

            “Uma lição estava incorporada em cada sacrifício, impressa em cada cerimônia, solenemente anunciada pelo sacerdote em seu ofício sagrado, e repetida pelo próprio Deus, que por meio do sangue de Cristo há perdão dos pecados. Quão pouco nós, como povo, sentimos a força dessa grande verdade! Quão raramente, por meio de uma fé viva e atuante, trazemos à nossa vida essa grande verdade; que existe perdão para o menor pecado, perdão para o maior pecado” (Review and Herald, 21 de setembro de 1886).

                                   
Gilberto G. Theiss, nascido no estado do Paraná, é membro da Igreja adventista do Sétimo dia desde 1996. Crê integralmente nas 28 doutrinas Adventista como consta no livro “Nisto Cremos” lançado pela “Casa Publicadora Brasileira”. Foi ancião por 3 anos na Igreja Adventista do Sétimo dia da cidade Nova Rezende/MG e por 6 anos na Igreja Central de Guaxupé/MG. Foi Obreiro bíblico na mesma cidade e hoje, além de ser coordenador do curso básico de reforço teológico para líderes de igreja pelo site www.altoclamor.com, está Bacharelando no Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia. Gilberto G. Theiss é autor de alguns livros e é inteiramente submisso e fiel tanto a mensagem bíblico-adventista quanto a seus superiores no movimento Adventista como pede hebreus 13:17. Toda a mensagem falada ou escrita por este autor é filtrada plenamente pelo que rege a doutrina bíblica-adventista do sétimo dia. Contato: gilbertotheiss@yahoo.com.br