Comentário da Lição da Escola Sabatina – Lição 09 – 4º Trimestre 2010 (20 a 27 de Novembro)



Comentário da Lição da Escola Sabatina – Lição 09 – 4º Trimestre 2010 (20 a 27 de Novembro)

Comentário: Gilberto G. Theiss

SÁBADO, 20 DE NOVEMBRO
Rispa: A influência da fidelidade
(Sl 91:4)

            “Ele o cobrirá com Suas penas, e sob as asas você encontrará refúgio; a fidelidade dEle será o seu escudo protetor” (Sl 91:4).

            Rispa cai de paraquedas na história de Davi participando apenas das beiradas escriturísticas. Ela foi concubina de um rei anterior e tinha dois filhos que haviam sido mortos. Rispa aparece neste episódio para desempenhar um papel diferente de todos os que até agora foram apresentados. Diante de tanta discórdia, traição, assassinatos, disputas e mentiras, Rispa surgi para dar um brilho de esperança e de ensino no valor da fidelidade. Embora a Bíblia não faça muita menção a seu respeito, ainda assim é possível aprender grandes lições com tão pouca informação.

            A influência da fidelidade ou infidelidade é capaz de salvar ou fazer perder-se uma nação inteira. Por esta razão, devemos refletir até mesmo do ponto de vista do espaço de influência que nossas atitudes afetarão. De qualquer forma, é bom lembrar que, Deus pode salvar todos, até mesmo os transgressores, mas como sabemos muito bem, Deus não se propõe levar para o céu aqueles que ignoram conscientemente os deveres de uma vida santa e correta diante dEle e do próximo, especialmente quando nosso mau testemunho tende a arrastar muitas pessoas para a perdição.

Leitura Adicional

            “Pela atmosfera que nos envolve, toda pessoa com quem nos comunicamos é consciente ou inconscientemente afetada. ...Nossas palavras, nossos atos, nosso traje, nosso procedimento e até a expressão fisionômica te sua influência. ...Todo impulso assim comunicado é uma semente que produzirá sua colheita. É um elo na longa cadeia de eventos humanos que se estende não sabemos até onde. Se por nosso exemplo ajudamos a outros na formação de bons princípios, estamos-lhes dando a capacidade de fazer o bem. Eles, por sua vez, exercem a mesma influência sobre outros, e estes sobre terceiros. Assim, por nossa influência inconsciente, podem ser abençoados milhares” (Parábolas de Jesus, p.339, 340).

            “Quanto mais vasta é a esfera de nossa influência, tanto maior bem podemos fazer. Quando os que professam servir a Deus seguirem o exemplo de Cristo, praticando na vida diária os princípios da lei; quando tosos os seus atos testemunharem de que amam a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmos, então a igreja terá o poder de abalar o mundo” (Parábolas de Jesus, p.340).

DOMINGO, 21 DE NOVEMBRO
A concubina do rei
(Gn 25:5, 6; Jz 8:30, 31; 2Sm 5:13-16; 1Rs 11:2-3; 2Sm 3:6-11)

            Neste comentário, pretendo esclarecer o aparente paradoxo entre a vasta poligamia entre muitos dos patriarcas bíblicos e Mateus 5:28 que diz: “Qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela”
            Rispa foi uma concubina do rei Saul e há destaques que a colocam como alguém especial nas poucas narrativas existentes a seu respeito. Embora tenha exercido o papel de concubina, perceberemos que não teve liberdade ou oportunidade para não ter outra vida diferente desta. De qualquer forma, deixarei para falar a seu respeito no tópico de segunda e terça.

Assim como Saul, posteriormente tanto Davi quanto Salomão seguiram o mau exemplo tendo várias mulheres como esposa. O objetivo com tais casamentos não eram em âmbitos espirituais, pois a proibição era explícita e considerado como pecado de alta magnitude. Tanto que o adultério era considerado uma violação contra a família e contra a própria sociedade, e no antigo testamento implicava em pena de morte (Lv 20:10; Dt 22:22). Na declaração de Jesus descrita em Mateus 5:28, o pecado, mesmo em pensamento, era tão sério que valeria a pena ficar aleijado ou sem o olho para evitá-lo (Mt 5:29).
            Se este pecado, aparenta ser tão sério aos olhos de Deus, porque motivo houve então uma aparente permissão para que alguns patriarcas contraíssem tantos casamentos ou vivessem com tantas concubinas?

            Primeiramente, é crucial entendermos que Deus não permitiu em nenhum momento a poligamia. Ellen White esclarece que “a poligamia foi praticada em época primitiva”; afirma também que “foi um dos pecados que acarretaram a ira de Deus sobre o mundo antediluviano”; no entanto, “depois do dilúvio, tornou-se novamente muito espalhado”. Afirma também que “era o esforço calculado de Satanás perverter a instituição do casamento, a fim de enfraquecer as obrigações próprias desse vínculo, e diminuir sua santidade; pois de nenhuma outra maneira ele poderia com maior certeza desfigurar a imagem de Deus no homem, e abrir as portas à miséria e ao vício” (Patriarcas e Profetas, p. 338).

            A respeito de Davi, White esclarece que, ele “caiu na prática comum dos reis das nações ao seu redor, a de ter uma pluralidade de esposas, e sua vida foi amargurada pelos maus resultados da poligamia”. Deixou claro que “Seu primeiro erro foi tomar apara si mais de uma esposa, desviando-se, dessa forma, dos sábios requisitos divinos”, e que este “afastamento do que é correto preparou o caminho para erros mais graves”. Neste ínterim, “Davi chegou a crer que seu trono seria honrado ao ter ele várias esposas. Entretanto, foi-lhe dado observar os desastrosos males dessa conduta, pela infeliz discórdia, rivalidade e ciúmes entre suas numerosas esposas e filhos” (Testemunhos Sobre Comportamento Sexual, Adultério e Divórcio, p.93).

            Assim como a Escritura Sagrada já fazia menção, Ellen White reforçou o princípio dizendo que “Deus não sancionou a poligamia num único exemplo sequer. Ela é contrária à Sua vontade. Ele sabia que a felicidade do homem seria destruída por ela. A paz de Abraão foi grandemente perturbada por seu infeliz casamento com Hagar” (História da Redenção, p. 75,76).

            Existe um choque ferrenho entre os princípios bíblicos e os princípios de um mundo pós moderno e extremamente secularizado. Observando com atenção, podemos julgar como sendo de fato um choque entre princípios. No Éden, ou seja, no princípio, Deus estabeleceu um claro princípio, o de conceder a Adão apenas uma mulher mostrando claramente Sua norma. É evidente que Deus “nunca designou que o homem tivesse pluralidade de esposas” (História da Redenção, p. 75,76).

            Embora muitos patriarcas tenham transgredido a norma divina do casamento, podemos perceber claramente que tal transgressão lhes custou muito caro. Famílias inteiras foram afetadas e sofreram tenazmente por causa deste pecado. O pecado da poligamia desviando-se da vontade de Deus, começara com Lameque, e como previsto, este pecado lhe acarretou ruína na família. Davi não escapou das mazelas da transgressão podendo contemplar ocularmente todas as desgraças causadas por sua libertinagem. Salomão Também não ficou isento da maldição de suas transgressões. Abraão sofreu amargamente e colheu ruína pós ruína. Aparentemente parece que este patriarca não sofrera tanto com tal pecado, mas olhe para os homens bombas, crises existentes entre cristãos e muçulmanos, o desastre das torres gêmeas que mataram milhares de pessoas inocentes, as ameaças nucleares do Irã, tudo isto evidências do pecado do patriarca Abraão.

Todas estas mazelas existentes em nossos dias, milhares de anos depois de Abraão são consequências de seu pecado de adultério com Hagar. Embora estes homens tenham cometido adultério vivendo na poligamia, Deus teve paciência com eles usando o tempo para levá-los ao arrependimento. É exatamente o que Deus faz conosco hoje. Muitos de nós éramos perdidos no mundo e escravos do pecado. Deus teve compaixão e paciência ao permitir que fossemos poupados para que, com o tempo, fossemos de encontro ao arrependimento e conversão. E como bem sabemos, a conversão e o arrependimento não acontecem do dia para a noite, leva tempo e experiências boas e ruins para que o Espírito Santo consiga falar ao nosso coração com força.

SEGUNDA, 22 DE NOVEMBRO
A menção de seu nome
(2Sm 16:21, 22; 20:3; 1Rs 2:21, 22)

Rispa nada mais era do que uma simples concubina de Saul. Ela teve dois filhos com o rei. Abner, exerceu a função de comandante de Saul, e neste contexto fora acusado por Isbosete em ter abusado de Rispa. A história não afirma que Rispa tenha realmente se deitado com Abner, e no entanto nos dá margens para crer que tal acusação poderia ser uma simples farsa com objetivos políticos. Tanto Abner quanto Isbosete Trabalhavam por puro interesse, portanto, nenhum dos dois eram dignos de confiança.

E Rispa? Ela era uma coitada, não teve oportunidades claras de escolher seu próprio rumo.
 Ela teve dois filhos homens com Saul, o que lhe dava algum direito. Mas Davi, em suas comuns e normais loucuras, a pedido dos gibeonitas mandou matar os dois filhos de Rispa. É aqui que podemos ver parte da grandeza desta mulher, pois, velou seus filhos por vários dias até que Davi pode lhes dar um enterro digno.

Leitura Adicional

“Houve guerra entre a casa de Saul e a casa de Davi, pois Abner estava determinado a realizar seu desejo a qualquer custo. A questão poderia ter sido esta: “Que aproveitará um homem, se ganhar o mundo inteiro e perder sua alma?” Em tal caso, o sucesso é um tremendo desastre.  É muito melhor a humildade, e a perda de títulos pomposos, do que correr o risco de perder-se. É muito melhor a cruz e o desapontamento, muito melhor ter frustradas as esperanças terrestres do que assentar-se com príncipes e perder o céu. Abner desejou honra, e ele esteve determinado a obtê-la a qualquer custo. Davi o havia reprovado diante de Israel, e seu espírito orgulhoso se encolerizou sob as palavras de reprovação. Seu ódio e malícia o fizeram se voltar contra aquele que descobrira e apontara a fraqueza de seu caráter. E aqueles a quem Deus dirige nestes últimos dias experimentam provas de natureza similar à que veio sobre Davi, o servo de Deus. …Satanás parece tomar posse daqueles que desejam figurar entre os que são considerados mais importantes, e todavia não cultivam os verdadeiros princípios que os colocariam em posições de confiança e responsabilidade. Esses preferem ser exaltados pelos inimigos da verdade, ser pobres, miseráveis e desgraçados na estimativa do céu, em vez de se submeter à humilhação no grupo dos servos de Deus. Tais indivíduos deixarão o corpo de crentes, negando a fé que uma vez proclamaram. Deliberadamente descartam um dos mais simples e mais inequívocos mandamentos de Deus, exaltando-se a si mesmos, e seguem o caminho do mundo; mas aqueles que humildemente esperam no Senhor cumprem Seus requerimentos e serão exaltados no devido tempo (Signs of the Time, 15 de Junho de 1888).

TERÇA, 23 DE NOVEMBRO
Olho por olho ou uma solução conveniente?
(2Sm 21:1-6; Dt 24:16; Jr 31:29,30 e Ez 18:1-4)

Embora não consigamos entender plenamente muitas coisas, pelo menos uma poderemos ter uma noção profunda e verdadeira: As consequências por nossos atos, sejam eles bons ou maus sempre acontecem.

            A fome e a seca era uma das consequências dos pecados de Saul e de sua casa (2Sm 21:1), pelo mal que havia cometido contra os Gibeonitas dentro de um tratado legal que havia entre ambos. Davi consultou o Senhor a respeito da razão da seca, mas não o consultou para saber como agir diante de tal revelação. Se é que tal revelação realmente ocorreu!  Porque razão não entendemos, mas Davi, ao invés de consultar ao Senhor de como ele deveria agir, foi até os Gibeonitas para consultá-los. É neste contexto que entra a história dos dois filhos de Rispa, pois os Gibeonitas, com sede de vingança, solicitaram a Davi que matasse os sete descendentes diretos de Saul, no qual entre eles estavam os filhos dela.
           
            Talvez você esteja indagando: Quanta sujeira na vida do rei Davi que eu desconhecia! Muitos questionam: Porque o homem escolhido pelo próprio Deus a dedo para ser o rei de seu povo cometeu tanta atrocidade assim? Não parece um paradoxo o fato de ele ter sido escolhido pelo altíssimo? Será que Deus errou na escolha? A resposta parece ser difícil, mas se olharmos para a condição da natureza humana e a nossa condição difícil de reagir positivamente ao poder do Espírito Santo na vida, poderemos compreender melhor. É importante entender que Deus escolhia para ser rei em Israel os homens que eram significativamente os menos piores entre todos. Saul foi escolhido porque não havia outro mais habilitado. Davi foi escolhido porque, embora cometesse tantos crimes, traições e adultérios, naquela época não havia outro homem que estivesse em melhores condições para reinar sobre o povo. Além do mais, Davi quando escolhido era um homem integro e amante da justiça. Se corrompeu em torno do período de sua entronização ao poder. Evidentemente, se Deus permitisse que os povos escolhessem, com certeza eles optariam por pessoas muito piores do que Saul, Davi e Salomão. Deus agiu com o objetivo de minimizar as consequências escolhendo aqueles que trariam menos prejuízos ao seu povo.

            Davi errou grosseiramente, mas esteve disposto a voltar atrás, se arrepender e se humilhar diante de Deus. Este exemplo serve para todos nós, pois, não somos piores e nem melhores do que Saul, Davi ou Salomão. No entanto, nossas atitudes erradas devem nos levar a um exame profundo da vida, e nos trazer sério arrependimento para permitir que os mesmos erros não sejam cometidos novamente. Pela atuação do Espírito de Deus, todos nós podemos e devemos ser transformados a imagem de Cristo diariamente, mensalmente e anualmente.

Leitura Adicional

            “Aqui há lições que o povo de Deus do tempo presente devia entesourar. Há terríveis pecados acariciados por membros individuais da igreja – cobiça, embuste, engano, fraude, falsidade e muitos outros. Se esses pecados forem passados por alto por aqueles que foram colocados em função de autoridade na igreja, a bênção do Senhor será tirada do Seu povo, e o inocente sofrerá com o culpado. Os líderes da igreja de vem ser homens zelosos e enérgicos, tendo zelo por Deus, e prontamente devem tomar medidas para condenar e corrigir esses erros. Nessa obra, eles devem agir não motivados por egoísmo, ciúme ou preconceitos pessoais, mas com toda bondade e humildade de coração, com sincero desejo de que Deus seja glorificado. Crueldade, falsa conduta, prevaricação, licenciosidade e outros pecados não devem ser encobertos nem excusados; pois rapidamente desmoralizariam a igreja. O pecado pode até ser chamado por falsos nomes, maquiado por desculpas plausíveis e pretensos bons motivos, mas não diminuirá a culpa à vista de Deus. Onde quer que seja encontrado, o pecado é ofensivo a Deus e, seguramente, acarretará Sua punição (Signs of the Times, 20 de Janeiro de 1881).

QUARTA, 24 DE NOVEMBRO
Fidelidade é um estilo de Vida
(2Sm 21:1-10)

            Quantas desgraças uma mulher numa sociedade injusta pode sofrer. Naquele tempo as mulheres eram reconhecidas apenas como um quebra galho. Quebra galho para ter filhos herdeiros; Quebra galho para ser concubina; Quebra galho para satisfação sexual e quebra galho para desejos ambiciosos. Rispa, embora concubina e quebra galho do rei Saul, demonstrou fidelidade para com seus deveres pessoais. Mesmo Davi sendo o mandante do assassinato dos filhos, não se queixou ou se valeu em algo contra o rei Davi. À desejo dos gibeonitas, os corpos dos setes descendentes de Saul, inclusive os dois filhos de Rispa, deveriam ficar ali apodrecendo sem direito a um enterro pelo menos comum. Entretanto, Rispa armou uma cabana ali junto aos corpos para vela-los e protegê-los. Esta postura apresenta o caráter firme e resoluto de uma mulher que não teve oportunidades ou direitos de escolhas. Sua firmeza e fidelidade mesmo em condições probantes denotam sua grandeza e virtude. Não tenho dúvidas de que Deus fará justiça por Rispa e por todas as mulheres maltratadas e subjugadas pela sociedade. O Senhor não permitirá que as injustiças contra o sexo feminino fiquem impune, assim como qualquer outro caso de injustiça e crime contra os mais frágeis, sejam eles mulheres, homens, crianças, idosos ou jovens.

            Há pessoas em nossos dias que, como Rispa são injustiçadas e subjulgadas pelos mais fortes. Muitas das vezes se calam diante da opressão para evitar represálias e tiranias maiores. Que mundo mais triste para se viver, principalmente quando não temos força, proteção e segurança!
            Por outro lado, existem aqueles que sem motivo murmuram constantemente contra a vida. Enquanto que muitos, com motivos, não reclamam, outros sem motivos aparentes, são insatisfeitos com tudo. Não que não tenhamos o direito de ser insatisfeitos, no entanto o problema é que muitas das vezes reclamamos por poucas coisas que nos acontecem e nos esquecemos de outras que como Rispa sofrem amargamente calados, sem o direito de reclamar ou demonstrar sua insatisfação. Podemos ter certeza, por maior que seja o seu sofrimento, ainda assim é possível que haja pessoas que sofram mais do que você. Independente do que nos aconteça, de uma coisa precisamos ter plena convicção, ainda assim vale apena ser fiéis a Deus e à sociedade (pessoas). Ainda assim, faz-se necessário demonstrarmos integridade e fidelidade. Deus espera isto de nós por mais que tenhamos sido injustiçados.

            Fidelidade em nossos dias não é opção para o cristão: é um dever vitalício. Cristão que vive sob o manto da infidelidade ao próximo ou a Deus, está claramente demonstrando não fazer parte integrante do cristianismo. É um profundo antagonismo afirmar ser seguidor de Jesus quando o desonramos vivendo sem se importar com os outros ou viver uma vida de fidelidade às pessoas e a Deus somente quando nos interessa. Isto não somente é antagonismo como também aberração e hipocrisia no mais alto nível. O Espírito de Profecia esclarece que, o selo celeste somente é colocado nos servos de Deus quando eles são fiéis condenando assim a infidelidade (Evangelismo, p. 644).

Leitura Adicional

            “Devemos ser cristãos sinceros, diligentes, cumprindo fielmente os deveres postos em nossas mãos, e olhando sempre para Jesus, autor e consumador de nossa fé. A recompensa a recebermos não depende de nosso aparente êxito, mas do espírito com que nossa obra é feita” (Evangelismo, p. 645-646).
           
            “É pela fidelidade em coisas pequenas que nos tornamos sentinelas dignas de confiança: Guardemos-nos cuidadosamente das pequeninas irritações, não permitindo que elas nos molestem, e alcançaremos muitas vitórias. E quando vierem dificuldades maiores, estaremos preparados para resistir varonil e nobremente ao inimigo. ...Toda pessoa herda certos traços de caráter não cristãos. Constitui a grandiosa e nobre tarefa de toda uma vida, manter sob controle essas tendências para o mal. São as coisas pequeninas que atravessam nosso caminho, que são susceptíveis de nos levar a perder nosso poder de domínio próprio” (Carta 123, 1904; Nos lugares celestiais [MM 1968], p.231).

            “A crença na iminente vinda do Filho do homem nas nunves do céu não levará o verdadeiro cristão a se tornar negligente e descuidado nas atividades comuns da vida” (Testemunhos Para a Igreja, v.4, p.309).

QUINTA E SEXTA, 24 E 25 DE NOVEMBRO
Construindo uma nação
(2Sm 21:1-14)

            Por mais que pareça insignificante para alguns a atitude de Rispa em velar pelos sete corpos, sua atitude demonstrou ser mais do que um simples velório. Sua postura, de alguma forma impactou Davi a ponto de providenciar imediatamente um funeral honroso para Saul, Jônatas e seus descendentes. Por incrível que pareça, foi exatamente esta atitude de Rispa que levou o rei e consequentemente a nação a receber as bênçãos de Deus novamente. A fome e a seca somente terminaram quando Davi providenciou o que os vizinhos esperavam, um enterro digno.

            O exemplo de fidelidade de Rispa proporcionou fidelidade sobre os demais envolvidos estabelecendo curas entre as tribos inimigas. Como é interessante observar o que um exemplo, por menor que seja, quando munido ao poder de Deus, é capaz de fazer numa nação inteira! Nós não temos noção do poder que existe num testemunho para o bem ou para mal. Uma nação inteira pode ser destruída ou salva pela fidelidade de uma única pessoa.

            No final dos tempos, não tenho dúvidas de que será através da fidelidade de Seu povo que Deus concluirá a obra da pregação em todo o planeta. Este exemplo pode ser visto nitidamente na história dos três hebreus diante da fornalha de Nabucodonosor quando eles permaneceram firmes mesmo em condições nada favoráveis. Ali, a fidelidade dos jovens pode ser contemplada por milhares de pessoas do reino que estavam presente, e foi justamente este ato de coragem a favor de Deus que despertou com mais força no coração do rei e de muitos presentes, o desejo de conhecer a verdade que eles conheciam. Observe que a nação inteira foi impactada pelo simples fato deles serem fiéis. E veja que não foi preciso rede de TV, rádio ou livros para pregar àquela nação. Não estou dizendo que estes instrumentos sejam dispensáveis, mas apenas ilustrando para entendermos que quando somos fiéis e vivemos por Cristo, Deus nos usará de maneira muito mais significativa do que imaginamos. Nossas palavras e atos somente estarão munidos de poder celestial se vivermos o que pregamos. No final dos tempos não será diferente. Assim que a igreja passar pelo reavivamento e reforma tão necessárias, quando a igreja (pastores e membros) abandonar o mundanismo e se voltar ao Senhor destemidamente, quando houver consagração verdadeira, renúncia do eu e profunda entrega e fidelidade, este será o momento de vermos e sentirmos o cumprimento da promessa feita a nossos pais do poder do Espírito Santo em plenitude: a chuva serôdia. Quando isto ocorrer, a obra será concluída de uma forma que os métodos humanos jamais terminariam. No entanto, saiba que, esta consagração e busca devem partir do individual para o coletivo e não o contrário.

Leitura adicional

            “O evangelho é um mensagem de paz. O cristianismo é um sistema religioso que, recebido e obedecido, espalha paz, harmonia e felicidade por toda a terra. A religião de Cristo liga em íntima fraternidade todos os que lhe aceitam os ensinos. Foi missão de Jesus reconciliar os homens com Deus, e assim, uns com os outros” (O Grande Conflito, p.47).

            “Uma coisa é ler e ensinar a Bíblia, e outra coisa é ter gravados na mente, mediante a prática, seus princípios vivificantes e santificantes. Deus está em Cristo, reconciliando o mundo consigo mesmo. Se aqueles que afirmam ser Seus seguidores agem independentemente, não mostrando interesse afetuoso ou compassivo de uns para com os outros, é porque não são santificados para Deus. Não têm Seu amor no coração” (Review and Herald, 17 de março de 1910).

Gilberto G. Theiss, nascido no estado do Paraná, é membro da Igreja adventista do Sétimo dia desde 1996. Crê integralmente nas 28 doutrinas Adventista como consta no livro “Nisto Cremos” lançado pela “Casa Publicadora Brasileira”. Foi ancião por 3 anos na Igreja Adventista do Sétimo dia da cidade Nova Rezende/MG e por 6 anos na Igreja Central de Guaxupé/MG. Foi Obreiro bíblico na mesma cidade e hoje, além de ser coordenador do curso básico de reforço teológico para líderes de igreja pelo site www.altoclamor.com, está Bacharelando no Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia. Gilberto G. Theiss é autor de alguns livros e é inteiramente submisso e fiel tanto a mensagem bíblico-adventista quanto a seus superiores no movimento Adventista como pede hebreus 13:17. Toda a mensagem falada ou escrita por este autor é filtrada plenamente pelo que rege a doutrina bíblica-adventista do sétimo dia. Contato: gilbertotheiss@yahoo.com.br