Papa reafirma que só Igreja Católica pode interpretar a Bíblia


Papa reafirma que só Igreja Católica pode interpretar a Bíblia

É da Igreja, nos seus organismos institucionais, a palavra decisiva na interpretação da Escritura, disse Bento XVI

VATICANO - apa Bento XVI reiterou com firmeza, em um encontro com estudantes e professores do Pontifício Instituto Bíblico, que apenas a Igreja Católica pode interpretar "autenticamente" a Bíblia.
"À Igreja é destinado o trabalho de interpretar autenticamente a palavra de Deus escrita e transmitida, exercitando a sua autoridade em nome de Jesus Cristo", defendeu o papa, ao se reunir com cerca de 400 estudantes, funcionários e docentes em comemoração aos cem anos da fundação da entidade pontifícia.

Bento XVI também destacou que, sem a fé e a tradição da Igreja, a Bíblia torna-se um livro "lacrado".

"Se as exegeses querem ser também teologia, é preciso reconhecer que a fé da Igreja é aquela forma de simpatia, sem a qual a Bíblia torna-se um livro selado: a tradição não fecha o acesso à Escritura, mas, sobretudo, o abre", disse.

De acordo com o pontífice, "por outro lado, é da Igreja, nos seus organismos institucionais, a palavra decisiva na interpretação da Escritura", sendo esta "uma única coisa a partir de um único povo de Deus, que tem sido seu portador através da história".

"Ler a Escritura com união significa lê-la a partir da Igreja como seu lugar vital e acreditar na fé da Igreja como a verdadeira chave da interpretação", explicou Bento XVI.

O papa relembrou também que o aumento do interesse pelo livro sagrado católico no decorrer deste século ocorreu graças ao Concílio Vaticano II, especificamente à constituição dogmática Dei Verbum sobre a Revelação Divina.

Entre os presentes na reunião estavam o prefeito da Congregação para a Educação Católica, cardeal Zenon Grocholewski, e o padre Adolfo Nicolás Pachón, da Companhia de Jesus.

Fonte: Estadão 

Nota:

Interessante notar que esta prerrogativa não é nova. Desde os primórdios dos séculos passados em especial ao longo período da idade média, a igreja já defendia além da inerrância, a autoridade suprema e única de interpretação das Escrituras. O mais curioso ainda é que algum tempo atrás a igreja ou os papas não tinham tanta liberdade assim para fazer esse tipo de manifestação em publico, especialmente para um público globalizado. Isto indica um parcial cumprimento das profecias bíblicas, pois a ousadia papal gradativamente vai aumentando na medida em que vão ao mesmo tempo ganhando mais força e autonomia sobre os demais. Quando digo os demais, estou me referindo a governos, políticos e principalmente a líderes religiosos.
Veremos qual será a próxima ousadia da igreja, dos papas e de seus prelados e comparemos com os respingos proféticos para os nossos dias. Só sei de uma coisa. Quero que tudo aconteça logo, pois estou ansioso em ver o meu salvador....
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