Em 1888 a igreja adventista desempenhava seu papel profético doutrinário perante o mundo. Estava organizada e estruturada para pregar essas verdades a todo povo, língua e nação (Três mensagens Angélicas de Apoc. 14:6-12).
A corporação Adventista crescia muito se espalhando pelo planeta. Suas diferenças eram bastante singulares, especialmente pelas suas doutrinas fundamentais como – a volta pré milenial de Cristo, Seu ministério no santuário celestial, a imortalidade condicional, os dons espirituais e a importância do sábado do sétimo dia.
A igreja achava que sua missão consistia em converter outros cristãos à mensagem do adventismo. Com isso, a maior parte do adventistas do sétimo dia ignorava os aspectos do cristianismo que já compartilhavam com outros cristãos.
Segundo George R. Knight em seu livro intitulado Uma igreja mundial pg. 88, nesta época que se realizou a assembléia da Associação Geral de Minneapolis, em Minnesota, essa negligência havia atingido proporções alarmantes. Com certeza a assembléia da Associação Geral de Minneapolis foi uma das reuniões mais importantes e difíceis já realizadas pela denominação.
Em muitos lugares que tenho palestrado, muitos tem me questionado se de fato a igreja aceitou a mensagem da justificação pela fé. A fim de compreender as razões, precisamos examinar o contexto em que ela aconteceu para compreendermos os seus resultados e se a igreja aceitou ou não essa mensagem. Que o querido leitor não se contente apenas com os detalhes históricos contidos neste artigo, mas que cave o mais fundo que puder para ter uma visão mais ampla destes acontecimento.
Abaixo um resumo histórico do ocorrido para ajudar os leitores a compreenderem melhor o fato ocorrido em Minneápolis.
1860 – Princípio da agitação, contexto geral.
Período em que surgiu a organização do porte da Associação Nacional de Reforma, vieram a existência com o objetivo de conservar cristã a América do norte. Um principio político desta, era o desejo de proteger a santidade do domingo, contrariando o verdadeiro dia do Senhor defendido pelos Adventistas, o sábado bíblico.
Acontecimentos que influenciaram na crise:
(1880) Por causa da filosofia da Associação Nacional de reforma, muitos americanos começaram a achar que os Adventistas representavam um problema para a campanha que visava proteger o dia do senhor (Domingo).
(1882) É neste período em que começou o conflito, quando autoridades locais da Califórnia prenderam W.C White, filho mais jovem de Tiago e Ellen White, por colocar em funcionamento no domingo a gráfica da Pacific Express.
(1885) Por volta desta data, adventistas estavam sendo presos no Arkansas.
(1888) O problema ocorrido em 1885 em Arkansas se estende para os estados de Tennessee e outros estados. Nos anos seguintes alguns ministros adventistas fizeram trabalhos forçados junto com criminosos comuns. Seu crime: profanação do domingo.
(21 de março de 1888) O ponto culminante deste rebuliço sobe a questão dominical, quando o senador de New Hamphire, H.W.Blair, submeteu ao senado do EUA um projeto de lei em favor da promoção do dia do senhor .
(1884 – 1886) O problema surgiu quando 2 jovens editores adventistas da Califórnia começaram a publicar na Signs of the Times, artigos que contradizem a progressiva tradição denominacional. ª T. Jones, apareceu com uma nova interpretação para um dos dez chifres de Daniel 7. Isso não pareceu bem aos olhos de Smith , durante muito tempo editor da Review. Foi nesta época que E.J. Waggoner expressou a idéia de que a lei de Gálatas era a lei moral e não a cerimonial. Butler via nisso um problemas para com a valorização dos 10 mandamentos.
Todos esses acontecimentos mencionados acima resultaram na 27º reunião da conferência em Minneápolis:
(1888) 27º sessão realizada de 17 de outubro a 4 de novembro numa igreja recém-inaugurada na cidade de Mineápolis, Estado de Minnesota.
A mensagem Cristo-centrica de Jones e Waggoner recebeu dos participantes da assembléia uma reação mista. Alguns da liderança a aceitaram, ao passo que a maioria a rejeitou. Em novembro a maioria dos delegados rejeitaram e George Butler renunciou à presidência , em protesto. O.A. Olsen foi o sucessor até 1897, acompanhado de George A. Irwin, até 1901. Considerado um dos períodos mais negros da Igreja. Período onde a maioria tentava separar a justificação da fé.
Resultados
A medida que a conferencia prosseguia, Ellen White pode ver mais claramente que os tradicionalistas não tinham o amor de Jesus no coração. Se bem que plenamente imbuídos das doutrinas adventistas da lei, do santuário e de outras, não compreendiam o que significava ser salvo pela justiça de Cristo e santificado por seu suavizante amor.
Como conseqüência durante a assembléia de Minneapolis, ela se uniu a Waggoner e Jones em exaltar a Jesus. “Minha preocupação durante a reunião”, escreveu ela semanas mais tarde “era apresentar Jesus e Seu amor perante meus irmãos, pois vi assinaladas evidencias de que muitos não possuíam o espírito de Cristo”. (1888 Materials 216).
(1891) Ellen White por orientação divina apóia Jones e Waggoner. Imediatamente após as reuniões de Minneapolis , Jones, Waggoner e Ellen White iniciaram uma campanha ininterrupta para levar essa mensagem ao povo adventista. Até o outono de 1891 os três viajaram pelos EUA, pregando a justiça pela fé ao povo e ministros. Depois que Ellen White partiu para a Austrália, em 1891, e Waggoner foi para a Inglaterra, Jones e Prescott continuaram a patrocinar a causa na América do norte. Durante todo esse período e depois dele, Ellen White enfatizou que Deus havia escolhido Jones e Waggoner para comunicar uma mensagem especial à Igreja.
Devido ao debate público pela causa dominical, 1890 foi uma década de grande empolgamento profética entre os adventistas do sétimo dia. Foi ainda um tempo em que continuaram a fortalecer suas atividades de liberdade religiosa, na qual resultou também com a criação de uma entidade de liberdade religiosa. Muitos, com o objetivo de atacar e ferir a direção da igreja, se ancoram neste tema para justificar seus objetivos. Dizem que se a igreja tivesse aceitado a mensagem de 1888 teria já adiantado a volta de Cristo. De fato se a maioria dos delegados, pastores e até o próprio presidente tivesse aceito a mensagem do amor e da fé, realmente a mensagem teria mais poder. Mas eles como fariseus enfatizavam mais a lei, esquecendo que para o cumprimento da mesma é o amor (Rom.13). Isto não impediu que a igreja deixasse de aceitar esta mensagem tão importante. Na verdade toda essa agitação dominical é que resultou numa colocação exagerada da lei suplantando a graça. Mas após a agitação, a igreja compreendeu bem o equilibrio que deve existir entre lei e graça.
Sobre este episódio Ellen White escreveu:
Um dos piores momentos da Igreja na qual serve de lição para os de hoje. Comentou Ellen White: “Pregamos tanto sobre a lei que ficamos secos como o Monte de Gilboa, sobre o qual não cai nem orvalho e nem chuva”. RH, 11 de março de 1890, pág. 146.
Com este histórico resumido e objetivo fica evidente que a Igreja Adventista passou a fundamentar sua visão e sua mensagem encima da mensagem da verdadeira justificação pela fé. Até pastores não adventistas reconhecem esse fato, como por exemplo o Pastor Anglicano Geoffrey J. Paxton que ao investigar, analisar e pesquisar sobre a mensagem adventista escreveu em seu livro:
"Os adventistas do sétimo dia crêem na salvação pela graça, mediante a fé somente, tão ardorosamente quanto o crê a maioria dos evangélicos." Abalo do Adventismo, pág. 13.
Por Gilberto Theiss
A corporação Adventista crescia muito se espalhando pelo planeta. Suas diferenças eram bastante singulares, especialmente pelas suas doutrinas fundamentais como – a volta pré milenial de Cristo, Seu ministério no santuário celestial, a imortalidade condicional, os dons espirituais e a importância do sábado do sétimo dia.
A igreja achava que sua missão consistia em converter outros cristãos à mensagem do adventismo. Com isso, a maior parte do adventistas do sétimo dia ignorava os aspectos do cristianismo que já compartilhavam com outros cristãos.
Segundo George R. Knight em seu livro intitulado Uma igreja mundial pg. 88, nesta época que se realizou a assembléia da Associação Geral de Minneapolis, em Minnesota, essa negligência havia atingido proporções alarmantes. Com certeza a assembléia da Associação Geral de Minneapolis foi uma das reuniões mais importantes e difíceis já realizadas pela denominação.
Em muitos lugares que tenho palestrado, muitos tem me questionado se de fato a igreja aceitou a mensagem da justificação pela fé. A fim de compreender as razões, precisamos examinar o contexto em que ela aconteceu para compreendermos os seus resultados e se a igreja aceitou ou não essa mensagem. Que o querido leitor não se contente apenas com os detalhes históricos contidos neste artigo, mas que cave o mais fundo que puder para ter uma visão mais ampla destes acontecimento.
Abaixo um resumo histórico do ocorrido para ajudar os leitores a compreenderem melhor o fato ocorrido em Minneápolis.
1860 – Princípio da agitação, contexto geral.
Período em que surgiu a organização do porte da Associação Nacional de Reforma, vieram a existência com o objetivo de conservar cristã a América do norte. Um principio político desta, era o desejo de proteger a santidade do domingo, contrariando o verdadeiro dia do Senhor defendido pelos Adventistas, o sábado bíblico.
Acontecimentos que influenciaram na crise:
(1880) Por causa da filosofia da Associação Nacional de reforma, muitos americanos começaram a achar que os Adventistas representavam um problema para a campanha que visava proteger o dia do senhor (Domingo).
(1882) É neste período em que começou o conflito, quando autoridades locais da Califórnia prenderam W.C White, filho mais jovem de Tiago e Ellen White, por colocar em funcionamento no domingo a gráfica da Pacific Express.
(1885) Por volta desta data, adventistas estavam sendo presos no Arkansas.
(1888) O problema ocorrido em 1885 em Arkansas se estende para os estados de Tennessee e outros estados. Nos anos seguintes alguns ministros adventistas fizeram trabalhos forçados junto com criminosos comuns. Seu crime: profanação do domingo.
(21 de março de 1888) O ponto culminante deste rebuliço sobe a questão dominical, quando o senador de New Hamphire, H.W.Blair, submeteu ao senado do EUA um projeto de lei em favor da promoção do dia do senhor .
(1884 – 1886) O problema surgiu quando 2 jovens editores adventistas da Califórnia começaram a publicar na Signs of the Times, artigos que contradizem a progressiva tradição denominacional. ª T. Jones, apareceu com uma nova interpretação para um dos dez chifres de Daniel 7. Isso não pareceu bem aos olhos de Smith , durante muito tempo editor da Review. Foi nesta época que E.J. Waggoner expressou a idéia de que a lei de Gálatas era a lei moral e não a cerimonial. Butler via nisso um problemas para com a valorização dos 10 mandamentos.
Todos esses acontecimentos mencionados acima resultaram na 27º reunião da conferência em Minneápolis:
(1888) 27º sessão realizada de 17 de outubro a 4 de novembro numa igreja recém-inaugurada na cidade de Mineápolis, Estado de Minnesota.
A mensagem Cristo-centrica de Jones e Waggoner recebeu dos participantes da assembléia uma reação mista. Alguns da liderança a aceitaram, ao passo que a maioria a rejeitou. Em novembro a maioria dos delegados rejeitaram e George Butler renunciou à presidência , em protesto. O.A. Olsen foi o sucessor até 1897, acompanhado de George A. Irwin, até 1901. Considerado um dos períodos mais negros da Igreja. Período onde a maioria tentava separar a justificação da fé.
Resultados
Como conseqüência durante a assembléia de Minneapolis, ela se uniu a Waggoner e Jones em exaltar a Jesus. “Minha preocupação durante a reunião”, escreveu ela semanas mais tarde “era apresentar Jesus e Seu amor perante meus irmãos, pois vi assinaladas evidencias de que muitos não possuíam o espírito de Cristo”. (1888 Materials 216).
(1891) Ellen White por orientação divina apóia Jones e Waggoner. Imediatamente após as reuniões de Minneapolis , Jones, Waggoner e Ellen White iniciaram uma campanha ininterrupta para levar essa mensagem ao povo adventista. Até o outono de 1891 os três viajaram pelos EUA, pregando a justiça pela fé ao povo e ministros. Depois que Ellen White partiu para a Austrália, em 1891, e Waggoner foi para a Inglaterra, Jones e Prescott continuaram a patrocinar a causa na América do norte. Durante todo esse período e depois dele, Ellen White enfatizou que Deus havia escolhido Jones e Waggoner para comunicar uma mensagem especial à Igreja.
Devido ao debate público pela causa dominical, 1890 foi uma década de grande empolgamento profética entre os adventistas do sétimo dia. Foi ainda um tempo em que continuaram a fortalecer suas atividades de liberdade religiosa, na qual resultou também com a criação de uma entidade de liberdade religiosa. Muitos, com o objetivo de atacar e ferir a direção da igreja, se ancoram neste tema para justificar seus objetivos. Dizem que se a igreja tivesse aceitado a mensagem de 1888 teria já adiantado a volta de Cristo. De fato se a maioria dos delegados, pastores e até o próprio presidente tivesse aceito a mensagem do amor e da fé, realmente a mensagem teria mais poder. Mas eles como fariseus enfatizavam mais a lei, esquecendo que para o cumprimento da mesma é o amor (Rom.13). Isto não impediu que a igreja deixasse de aceitar esta mensagem tão importante. Na verdade toda essa agitação dominical é que resultou numa colocação exagerada da lei suplantando a graça. Mas após a agitação, a igreja compreendeu bem o equilibrio que deve existir entre lei e graça.
Sobre este episódio Ellen White escreveu:
Um dos piores momentos da Igreja na qual serve de lição para os de hoje. Comentou Ellen White: “Pregamos tanto sobre a lei que ficamos secos como o Monte de Gilboa, sobre o qual não cai nem orvalho e nem chuva”. RH, 11 de março de 1890, pág. 146.
Com este histórico resumido e objetivo fica evidente que a Igreja Adventista passou a fundamentar sua visão e sua mensagem encima da mensagem da verdadeira justificação pela fé. Até pastores não adventistas reconhecem esse fato, como por exemplo o Pastor Anglicano Geoffrey J. Paxton que ao investigar, analisar e pesquisar sobre a mensagem adventista escreveu em seu livro:
"Os adventistas do sétimo dia crêem na salvação pela graça, mediante a fé somente, tão ardorosamente quanto o crê a maioria dos evangélicos." Abalo do Adventismo, pág. 13.
Por Gilberto Theiss