Evangélicos no congresso contra lei que favorece homossexuais

BRASÍLIA - Cerca de mil evangélicos realizaram, na tarde desta quarta-feira, um grande protesto em frente ao Congresso Nacional contra o projeto de lei (PL) 122/2006, que entre outros pontos prevê prisão para quem praticar a homofobia. Uma parte dos manifestantes, inclusive pastores e parlamentares, forçou a entrada no Parlamento e distribuiu um documento a parlamentares para pedir a rejeição do projeto, alegando prejuízo à prática religiosa.

O PL 122, de autoria da ex-deputada Iara Bernardi (PT-SP), atualmente tramita na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado após aprovação na Câmara dos Deputados em 2007. A proposta considera crime o preconceito de gênero, sexo, orientação sexual e identidade de gênero. Entre as sanções previstas para a homofobia, está a pena de cinco anos de prisão

A luta contra o projeto de lei, que atualmente aguarda votação na Comissão de Assuntos Sociais do Senado, vem ocorrendo há semanas, por meio dos obstáculos colocados por senadores evangélicos para impedir sua apreciação e aprovação. Os senadores conseguiram mobilizar caravanas que somaram cerca de mil manifestantes na frente do Congresso, que fizeram orações e gritaram palavras de ordem contra o PL.

Um dos pastores que puxou as orações, Jabes de Alencar, da Assembléia de Deus, apelou: “Senhor, sabemos que há uma maquinação para que este País seja transformado numa Sodoma e Gomorra (cidades que, pela Bíblia, foi arrasada por Deus pela prática da luxúria). Um projeto desses vai abrir as portas do inferno”. Quando começaram a se dirigir para o interior do Congresso, os protestantes gritavam melodias como “Caia, Babilônia, caia, Babilônia”.

Expressão

Parlamentares ajudaram um grupo de pastores e fiéis a entrar no Parlamento, após o empurra-empurra em frente à entrada principal. Depois, eles se dirigiram à sala da Presidência do Senado e aproveitaram o fato de só haver como representante da Presidência um senador evangélico, Magno Malta (PR-ES).

O coordenador do movimento, o pastor da Assembléia de Deus Silas Malafaia, entregou a Malta o documento para ser distribuído aos senadores. “Esse projeto de livre expressão sexual abre as portas para a pedofilia. É uma afronta à Constituição e à família”, discursou Malafaia.

Magno Malta tomou a palavra e elogiou a manifestação. “Sempre falaram que esse era um debate de evangélicos, mas temos aqui um deputado católico (Miguel Martini, do PHS-MG) que sempre representou o segmento católico do Brasil e está apoiando um documento que contradita as inconstitucionalidades do PL 122”, disse.

O deputado católico Miguel Martini foi ainda mais duro. “Querem calar a boca dos cristãos para impedir que falemos a verdade, que está na Bíblia. Nós amamos os homossexuais, porque são nossos irmãos, mas não amamos o homossexualismo. Não aceitamos discriminação de ninguém, mas não aceitamos sermos discriminados em nossas convicções religiosas”, bradou Martini.

O projeto

O PL 122, de autoria da ex-deputada Iara Bernardi (PT-SP), atualmente tramita na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado após aprovação na Câmara dos Deputados em 2007. A proposta considera crime o preconceito de gênero, sexo, orientação sexual e identidade de gênero. Entre as sanções previstas para a homofobia, está a pena de cinco anos de prisão.

Segundo a relatora do PL 122 na CAS, senadora Fátima Cleide (PT-RO), "no Brasil não se muda a realidade se não houver punição".

Mas o deputado federal Bispo Rodovalho (DEM-DF), protestou contra possíveis “abusos” decorrentes do PL 122. “O PL 122 dá poderes ditatoriais a uma minoria. Se um funcionário for dispensado de uma empresa, poderá alegar homofobia, e o dono da empresa vai ser preso por crime hediondo, inafiançável”, alegou Rodovalho.

A senadora Fátima Cleide criticou os argumentos e a atuação dos parlamentares evangélicos nesta quarta-feira. “Infelizmente alguns religiosos utilizam discurso político para tentar ludibriar as pessoas crentes e tementes a Deus. Há que se observar aí mais uma postura de intolerância, pois em qualquer religião há diversidade dos seres humanos. Mais uma vez a diversidade não é respeitada, como se todos os religiosos tivessem de ter um pensamento único”, lamentou Cleide.

Fonte: Portal IG

Nota: Pregar convicções religiosas em nossos dias pode ficar muito impopular. Todos são livres para seguir o caminho e as atitudes que desejarem. Dentro deste contexto os evangélicos e os governos correm grandes riscos.

O GOVERNO: Corre o risco de humanar tanto os homossexuais ao ponto de os tornar tão cidadãos quanto qualquer outro tipo de pessoa. Falar sobre homossexualismo em nosso dias pode ser muito perigoso, acarretando com isso grandes danos judiciais.

OS EVANGÉLICOS: Correm o risco de criarem uma intolerância religiosa. Que de fato as práticas homossexuais não estão de acordo com os princípios exarados pela Bíblia, com certeza. Mas outro fato que é esquecido por muitos é que Deus nos deixa livres para escolhermos os caminhos que desejamos trilhar na vida. Deus criou o homem para ser homem de uma mulher, e vice versa. Este é o princípio bíblico e não humano.

Não se pode lutar contra a profecia

Jesus deixou bem claro que os nossos dias seriam como nos dias de ló. Lucas 17:28-30. Portanto todo e qualquer avanço neste sentido representa cumprimento de profecias e um sinal muito claro de que o fim está próximo. Deveríamos também ficar felizes pela brevidade do tempo apresentado pelos acontecimentos relacionados a este assunto.

Qual deveria ser a atitude de todos nós?

Nós cristãos devemos seguir o conselho de Jesus quando disse para sermos prudentes como as pombas e sagaz como as serpentes. Devemos amar de todo o coração os homossexuais, mas com amor, carinho e interesse apresentar o poder transformador e o plano maravilhoso que Deus tem para eles. Devemos deixar claro a posição da bíblia com firmeza, mas deve sempre ser apresentado com muito amor e interesse da maneira mais sábia possível. Isso é o que Deus espera de todos os cristãos. Deus não é severo e intolerante, mas amável e também perdoador quando reconhecemos que estamos errados e necessitados de mudança e de perdão.

Outra coisa extremamente importante, e que as vezes muitos se esquecem, o juízo está nas mãos de Deus. Todos nós somos livres para fazer as escolhas, mas toda e qualquer escolha trará consequências para a vida ou para a morte. É Deus quem julgará evangélicos, católicos, espiritas, políticos, homossexuais, bandidos, assassinos, jovens, adultos, velhos, brancos, negros, indíos, brasileiro, africanos, etc. O juizo está nas mãos daquele que criou todos e todas as coisas. O martelo final quem baterá no grande tribunal do céu é Deus. E este tempo está chegando, querendo ou não, aceitando ou não, acreditando ou não.