Nesta quarta-feira (20), o escritor
Felipe Lemos, utilizou o portal oficial da Igreja Adventista do Sétimo Dia para
escrever uma mensagem clara e direta contra a ideologia marxista. “Em um
de seus escritos, Marx afirmou que a “religião é o suspiro da criatura
oprimida, o coração de um mundo sem coração, assim como é o espírito de uma
situação carente de espírito. É o ópio do povo”. Seria uma visão da religião
como uma fuga do ser humano das suas responsabilidades?”, disse a nota. “A
aversão de Marx pela religião (de modo geral), e pelo cristianismo (de modo
particular), se dá pelo fato de ser um obstáculo à implementação de sua utopia.
Por isso, usou de dois artifícios intelectuais para ridicularizá-la.
O
primeiro foi dizer que a religião era algo inventado pelos ricos para aliviar o
sofrimento causado pelo capitalismo sobre os pobres. Em segundo lugar, foi alegar que essas ideias
eram falsa consciência imposta pela classe dominante para defender e perpetuar
a propriedade privada.
É no
primeiro sentido que Marx via a religião como fuga das responsabilidades. Marx
tinha uma maneira ruim de tratar seu leitor: ao passo que, por um lado, queria
“abrir seus olhos” para a “verdade” dizendo que a religião era uma armadilha da
classe dominante, acusava o proletário de ser um iludido, na pior acepção do
termo, provocando-o a abandonar a fé. Assim Marx tratava a classe pela qual ele
desejava realizar a revolução”, explica.
Ao
responder ao questionamento se os cristãos podem conciliar as ideias marxistas
com as crenças bíblicas, a Igreja Adventista do Sétimo Dia responde:
“Cristianismo
e marxismo são duas coisas opostas entre si, impossíveis de serem conciliadas.
As diferenças começam pela criação: a Bíblia mostra que Deus é o Criador do
homem, ao passo que, para Marx, foi o homem quem construiu a ideia de Deus”.
Sim, é
necessário que as organizações religiosas se manifestem contra o Marxismo.
Pois, como mo bem disse Thiago
Oliveira, do blog Electus, se nós somos cristãos e temos os nossos pressupostos
baseados na Escritura, logo, não podemos abraçar uma doutrina concorrente ao
cristianismo. Ainda mais quando esta corrente enxerga a religião, ou melhor, a
metafísica como sendo um produto da opressão, uma vez que os oprimidos a
inventaram como um entorpecente que alivia a dor (ópio).
A
doutrina cristã não foi fabricada. Ela é a revelação de Deus por meio do seu
Filho, trazendo boas novas de salvação. Daí
entendemos o porquê do Cristianismo sempre ser perseguido nos regimes marxistas.
Para o
cristão, as desigualdades e injustiças econômicas são fruto do pecado e o único
capaz de curar esse mal é Jesus Cristo. Mas a promessa de um mundo sem dor e
sem lágrimas está no porvir (Ap 21.4). Ora, isso frustra os marxistas que
pregam o Reino dos Céus na terra, algo que não funcionará enquanto o pecado
dominar o coração humano.
Tanto as
sugestões marxianas como as de qualquer outra ideologia que busque o fim da
pobreza não serão bem-sucedidas neste mundo corrompido. Podemos ter uma agenda
política que pregue uma melhor distribuição da riqueza nacional, ou o Estado do
bem-estar social. Podemos criar programas de microcrédito e de transferência de
renda. Podemos ver o incentivo estatal e privado na educação profissionalizante.
Seja qual
for, como observa Aaron Armstrong, “[…] essas soluções estão tratando os
sintomas, não a causa; estão podando os galhos, não desenterrando a raiz. A questão principal por trás da pobreza é o
pecado”.
Algumas
dessas ideias podem até minorar muitos males, mas não acabarão definitivamente
com a injustiça e opressão existentes na sociedade.