Usando de eufemismos Globo tenta suavizar um
possível incesto em seu programa BBB-18? é o que questiona a sociedade, a
intimidade de uma família chamada de família Lima,( beijo, carícias..
etc) está sendo um dos assuntos mais comentados nas redes sociais desde o
início do referido programa. Vejo essa polêmica como uma engenharia social,
propositadamente criada pelo Reality para gerar uma celeuma na sociedade e
trazer a tona um assunto que há muitos anos tenta-se fazer a sociedade aceitar
e mesmo conseguir a legalização que é o sexo entre familiares. Adeptos de uma
sociedade com sua sexualidade poliformicamente perversa, tentam com essa
polêmica aprovar socialmente “perversões sexuais” apenas como uma da
tantas formas de “amor” que fazem parte da diversidade sexual.
Aproveitando essa
tentativa de promover uma discussão que leva claramente para “aceitação social
do incesto” devemos nós com sensatos problematizar, levantar
questões sérias e trazer a discussão severas sobre essa insistência
obsessiva sobre esse tema, e não nos calarmos diante de mais uma
abuso que é moral, sexual, social, cultural que de forma
obsessiva de tempos em tempos tentam defender o indefensável.
Vamos
problematizar?
Questões precisam ser levantadas como: Qual o
limite de um carinho entre familiares? Existe esse limite? Até que ponto um
carinho pode ser considerado um abuso travestido de amor?
Quando falamos de
incesto entre pai e filhos por exemplo, uma outra questão a ser abordada é o
abuso sexual infantil, ou mesmo a pedofilia inserida dentro do incesto, se este
é cometido e aceito como carinho hoje por um adolescente ou adulto, com certeza
foi uma construção desde a infância.
Não estaria hoje este incesto – que não há punição
na lei Brasileira- sendo fruto de um abuso sexual infantil? Que é
um crime? Um incesto aceito hoje como “ carinho” sem “ malícia sexual,
não seria fruto de uma violência simbólica cometido por pais que tem o poder
sobre esta criança no passado? Esse poder ontem não pode ter
se desdobrado para” toques aceitáveis” pela criança adulta pelo
víeis da alienação psicológica?
Hoje não é um
abuso infantil pois a criança cresceu, mas e no início o que poderia ser?
São questões que
devem ser consideradas quando falamos em proteger crianças e adolescentes
de adultos abusivos , perversos que sempre arrumam uma maneira para usar e
abusar de vulneráveis de forma a confundir a própria família , muitas vezes
refém psicológica e social deste adulto em questão.
Entenda!!!Se uma
filha quando adulta , aceita intimidade abusivas, e não percebe este abuso em
muitos casos pode estar desde a sua infância sendo assediada, abusada sem ter a
consciência deste repugnante ato.
O incesto e sua relação com a pedofilia
Tenho casos de abuso sexual
infantil em que atuei como perita, onde a criança não percebia que estava
sendo abusada tamanha a alienação.
Muitas crianças crescem
acostumadas com abusos, assédio de adultos próximos confundindo com “amor
paternal e maternal” defendendo o abusador, em muitos casos sentem
obrigadas a aceitar toques acreditando ser um ato de amor sem interesses
sexuais. Porém o fato é que no Brasil e no mundo há casos de abuso sexual
travestido de relacionamento familiar aceitável.
Incesto e sua relação biológica
A biologia tem “horror
inato ao incesto” a proibição é considera como a proteção natural contra
os malefícios do cruzamento endogâmico ou seja, biologicamente o
incesto diminui o “genetic pool” de uma população, levando a má
formações e doenças genéticas, aumentando também a probabilidade de
determinadas doenças nessa população, principalmente ao longo de gerações, só
por esta verdade científica devemos abominar qualquer tentativa de aceitação
social do ato.
Incesto como tabu religioso
O incesto portanto não
pode ser considerado apenas como um tabu religioso, existe uma razão
biológica para que seja um ato repugnante e deve ser evitado por todos
inclusive pela cultura. A bíblia também condena , abomina, veda o incesto
diz a Bíblia em Levítico 18:6 “não descobrirás a nudez da mulher de
teu irmão; é a nudez de teu irmão
Incesto e a destruição familiar
Pesquisas apontam que, essa
repulsa que sentimos só de pensar em manter relações sexuais com nossos
parentes próximos, principalmente pais e irmãos, está relacionada com a
convivência familiar, no entanto na contemporaneidade existe um movimento
compulsório, uma tentativa obsessiva de desconstruir estes laços tão próximos,
com o objetivo de destruir esses lações afetivos gerando maquiavelicamente
uma cultura sexual poliformicamente perversa, e isso inclui o incesto, e
também a pedofilia.
Aceitação social do
incesto atribuído apenas ao TABU CULTURAL não se sustenta.
Ao contrário do que se
imagina, há enorme variação nas sociedades, no que se refere à proibição de
condutas. Há inúmeros comportamentos que, tidos em nossa sociedade como
inaceitáveis, foram permitidos em outras sociedades. Vejam-se os exemplos do
infanticídio e da castração. Em certas tribos indígenas no Brasil o infanticídio
é algo socialmente aceito. Na Itália dos séculos XVI ao XIX, a castração era
feita em adolescentes, para que cantassem como mulheres, que eram proibidas nos
coros dos mosteiros. Para nós, as duas práticas soam como abomináveis.
O incesto é uma exceção, pois,
na antropologia se reconhece a “quase universalidade do princípio da proibição
do incesto” (Norbert Rouland).
Incesto, feminismo e o movimento Queer
Um número considerável
de feministas desconstrucionistas, adeptas da liberdade
plural da sexualidade, em seus discursos, usando de eufemismos, e de
direito a liberdade sexual da mulher, tem se unido ao movimento queer de
subversão sexual, juntos sistematicamente tem tentado
ao longo dos anos construir essa sociedade sexualmente perversa, incluindo para
tanto o incesto, como que fazendo parte apenas da diversidade e
direito sexual. Podemos citar como exemplo desta obsessão a
feminista (psicótica que morreu em 2012 vitima das drogas que usada )
Sulamith Firestone , promovia em suas falácias, em seu livro a “dialética
do sexo” por exemplo o seu maior “sonho” chegar a uma
sociedade, com sua sexualidade poliformicamente perversa”, pois para ela e seus
adeptos esse era o ideal de sociedade, sendo assim eliminado todos os tabus
sexuais que eram causadores e geradores de violência contra a mulher e
contra as tantas formas variáveis de gênero e de prazer sexual.
. Vale lembrar que na
história da humanidade muitos ” intelectuais” adeptos da diversidade
sexual promovem abertamente o incesto e a pedofilia como apenas uma das tantas
manifestações plural da sexualidade humana ou um direito sexual.
Incesto e a lei brasileira
“A definição jurídica do
incesto vem do latim incestu (impuro, impudico) e é definido como a conjunção
carnal entre parentes por consangüinidade ou afinidade, que se acham, em grau,
interditados, ou proibidos, para as justas núpcias”. Fazer sexo com o próprio
filho, pela lei brasileira, não é crime, O incesto (sexo entre os pais e
os filhos), se ambos são maiores e nenhum está sob ameaça ou violência, é
permitido pela lei brasileira, no sentido de não haver proibição além da moral,
cultural, religiosa”.
Entretanto, é certo que
o Código Civil proíbe o casamento entre ascendente e descendente, seja o
parentesco natural ou civil (art. 1.521, I, CC), mas essa proibição apenas tem
reflexo penal se houver um casamento entre pessoas que sabem do parentesco, mas
se casam omitindo esse fato ou se um deles sabe disso e induz o outro a erro,
omitindo o parentesco. Caracteriza-se o crime descrito no art. 236 ou o do art.
237 do Código Penal.
Infelizmente,
novamente, vemos que não é a relação incestuosa que se pune, mas a fraude
caracterizada com a prática de um casamento proibido civilmente.
Apesar do Incesto ser
repugnante a legislação no Brasil silenciou sobre o tema
“tudo me era interdito: ser
filho de quem eu sou, casar-me com quem me casei” (Édipo Rei – Sófocles)
Tabu do incesto
A psicanálise vê o incesto
como um tabu necessário o denota como uma relação sexual ou marital entre duas
pessoas consideradas, pela sociedade, como tão próximas que a união ou qualquer
proximidade mais íntima entre elas torna-se proibida (tabu do incesto).
Freud disseca a questão do
incesto frente ‘natureza-cultura’. Ele afirma que o horror ao incesto vem como
uma forma inconsciente, individual e coletiva, de se organizar a sociedade
humana de uma forma que a distinga dos animais irracionais.
Não há civilização que aceite
o incesto, mas sempre há grupo de pessoas , sem censura , noção de julgamento,
sem interdição cerebral e psicológica que como animais irracionais, veem no ato
sexual um direito sem se importar com o direito do outro, pessoas perversas que
tentam em seus falaciosos discursos, maneiras de manipular crianças, jovens e
sociedade por meio da cultura a fim de fazer a sociedade aceitar o inaceitável.
Não podemos nos calar,
devemos aproveitar esse abuso , essa polêmica , para repudiar toda e qualquer
tentativa de aceitação social do incesto, lembrando que se hoje é o incesto
praticado ontem pode ter sido um ato de pedofilia, abuso sexual infantil
construído na mente dessa vitima como algo normal e prazeroso, isso é crime, é
crueldade . é usar a criança como um objeto sexual, não podemos nem por
um segundo aceitar como normal.
Nossa sociedade esta doente,
temos que voltar a sanidade e cobrar das mídias, dos meios de comunicação que
não aceitem o inaceitável, imputando o preconceito , o tabu do incesto
apena aos religiosos, mas sim e também como uma aberração contra a natureza
humana, um doença , uma perversão sexual que deve ser repudiada e condenada
para o bem da nossa civilização.
(Marisa Lobo – Gsopel Prime)
Graduada em
Psicologia com pós em Filosofia dos Direitos Humanos e Saúde Mental.