Quem
não é capaz de se emocionar ao ver tantas pessoas saindo pelas ruas das
principais cidades brasileiras lutando por um país mais digno. A euforia toma
conta, especialmente quando valores de investimentos na educação, saúde e
segurança são desviados para o entretenimento e satisfação egoísta de homens
que se dizem representar o povo. Alguns jornais internacionais destacaram que o
Brasil não é um país pobre, mas, que os recursos desta grande nação não são
devidamente aplicados nas bases mais importantes. Enquanto bilhões de dólares
são investidos na copa e olimpíadas, o país vive um verdadeiro colapso na
educação, saúde e segurança pública. A infraestrutura, na maior parte do país,
é extremamente precária. O transporte público, mesmo com taxas altas, é profundamente
ruim.
Os
índices de violência, corrupção e promiscuidade são elevadíssimos. O
curioso é que, por exemplo, enquanto falta verba para se investir em melhor
qualidade das escolas públicas, o mesmo não ocorre quando o assunto é
sexualidade. O governo através do ministério da educação investiu pesado em
propagandas e cartilhas de incentivo à homossexualidade, sexualidade e outras
coisas que incentivam as crianças se descobrirem mais cedo nesta questão. Para
promover os carnavais de cada ano, que geram violência, promiscuidade e drogas,
milhões e milhões são tirados dos cofres públicos. Em minha opinião, o
que percebo é que o país tem sido governado pra poucas pessoas e suas verbas
desviadas para interesses pessoais de poucos grupos. O dinheiro existe, mas,
tem escoado pelo buraco errado.
A
pergunta que surge é: Como que um país pode ser tão rico, com taxas de impostos
das mais elevadas no mundo, e, ao mesmo tempo, ser tão precário? Onde está a
riqueza desta nação e os recursos dos impostos? Onde estes recursos estão
parando? Por que o Brasil melhora tanto no papel e nos noticiários, mas o país
continua mergulhado nos piores índices de educação, saúde, segurança,
infraestrutura, transporte? Independente de qualquer realidade, uma coisa é
certa, a solução para o Brasil e para o mundo não se encontra na própria
sociedade. Os valores que fazem o homem ser nobre, ético, reto, honesto e puro
não podem ser encontrados nas ruas, nas passeatas, no quebra quebra, na
sociedade ou nos governos. Esta movimentação por todo o país pode trazer lições
preciosas para nós no que diz respeito à própria natureza do homem.
A
este respeito Ellen White foi enfática ao afirmar que, “O governo sob que Jesus
viveu era corrupto e opressivo; clamavam de todo lado os abusos — extorsões,
intolerância e abusiva crueldade. Não obstante, o Salvador não tentou nenhuma
reforma civil. Não atacou nenhum abuso nacional, nem
condenou os inimigos da nação. Não interferiu com a autoridade nem com a
administração dos que se achavam no poder. Aquele que foi o nosso exemplo,
conservou-Se afastado dos governos terrestres. Não porque fosse indiferente às
misérias do homem, mas porque o remédio não residia em medidas meramente
humanas e externas. Para ser eficiente, a cura deve atingir o próprio homem,
individualmente, e regenerar o coração.” (O Desejado de Todas as Nações,
509).
Como bem expressou Paulo, sem Deus “o homem irá de mal a
pior, enganando e sendo enganado” (II Tm 3:13). Não haverá melhoras neste
mundo, mas, a boa notícia é que, em breve a Pedra que foi lançada sem auxílio
de mãos (Daniel 2), em breve esmiuçará todos os reinos deste planeta para
estabelecer o seu reino de justiça. Somente desta maneira é que poderemos
conservar a esperança de um mundo melhor. Quem viver verá...