Laodicéia: uma igreja equilibrada

 
Você já parou para pensar na concepção de equilíbrio no contexto religioso atual? Nem fanático, nem liberal – equilibrado. Nem totalmente contra o mundo, nem totalmente a favor dele – equilibrado!
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Ao que parece, equilíbrio hoje passou a ser considerado como uma mistura daquilo que é certo com aquilo que é errado. Um pouco de lá e um pouco de cá. Meio termo, café com leite. A dose ideal para não ser taxado de extremista nem de apostado, mas sensato.
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Em Apocalipse 3:15-16, ao descrever Laodicéia, a última igreja profética – que cremos representar a igreja atual de Deus –, a Bíblia apresenta uma concepção de equilíbrio muito semelhante à descrita acima:
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“Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da Minha boca.”
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Essa é a triste condição de Laodicéia. Nem quente, nem fria, mas uma mistura das duas temperaturas – morna, ou melhor, equilibrada (considerando a concepção moderna de equilíbrio). O próprio verso já diz o que Deus pensa dessa condição “equilibrada” de Laodicéia – ela Lhe causa uma verdadeira ânsia a ponto de chegar ao vômito, ou seja, à total rejeição, caso não haja arrependimento sincero e mudança de atitude.
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Note que, segundo o verso, mesmo a triste condição de frio (apostatado) é preferível à condição de morno. Você já parou para pensar no por quê?
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O frio sabe que está longe dos caminhos de Deus e, em geral, sabe que está errado. Ele simplesmente assumiu que não quer mais fazer a vontade de Deus. Apesar de estar longe, esse coração está em condições mais favoráveis de ser levado ao arrependimento pelo Espírito Santo, pois têm ciência de sua condição de pecado.
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Já o morno, em seu coração diz: “Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta” (verso 17). Para o morno, sua condição espiritual está ótima, não há do que se arrepender (pelo menos não muito), afinal, é atuante na igreja, crê na Palavra de Deus, não comete pecados escancarados como os frios, ou seja, na média, suas obras são boas e vive em parte de acordo com o que acredita ser da vontade de Deus. Nesse coração o Espírito Santo tem mais dificuldade de trabalhar, pois não há consciência de sua real situação: “Desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu” (verso 17). O equilíbrio que o morno crê ser sensatez, na verdade, o cega e o leva para uma condição muito pior do que a do frio, pois sua vida, apesar de parecer mais consagrada do que a do frio, não está em total conformidade com a vontade de Deus, e para nosso Deus uma coisa boa não anula uma ruim, em parte bom, significa totalmente ruim. Para Ele, 99% não é suficiente, Ele quer tudo!
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Qual seria, então, a concepção divina de equilíbrio? Em Atos dos Apóstolos, página 483, encontramos a resposta:
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“Aquele que deseja construir um caráter forte e simétrico, e que deseja ser um cristão bem equilibrado, deve dar tudo a Cristo e fazer tudo por Cristo; pois o Redentor não aceitará serviço dividido. Precisa aprender diariamente o significado da entrega do eu. Precisa estudar a Palavra de Deus, aprendendo seu significado e obedecendo a seus preceitos. Assim pode ele alcançar o padrão da excelência cristã. Dia a dia Deus trabalha com ele, aperfeiçoando o caráter que deve resistir no tempo da prova final. E dia a dia o crente está manifestando diante dos homens e dos anjos um experimento sublime, mostrando o que o evangelho pode fazer por caídos seres humanos.”
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“Sê pois zeloso, e arrepende-te”, diz o verso 19 de Apocalipse 3 à Laodicéia. Sejamos cristãos equilibrados segundo o conceito divino – e não secular. Sejamos totalmente consagrados ao Senhor, sem oferecer-Lhe serviço morno – em parte bom, em parte mundano. Submetamos diariamente o nosso eu, o nosso querer, à Sua divina vontade e permitamos que o nosso caráter seja aperfeiçoado para a Sua honra e glória. Amém!
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