Comentário da Lição da Escola Sabatina – Lição 13


Comentário da Lição da Escola Sabatina – Lição 13 – 2º Trimestre 2012
(23 - 30 de junho)

Comentário: Gilberto G. Theiss[1]

SÁBADO, 23 DE JUNHO
Um ministério perpétuo

            “Com que se parece o Reino de Deus? Com que o compararei? É como um grão de mostarda que um homem semeou em sua horta. Ele cresceu e se tornou uma árvore e as aves do céu fizeram ninhos em seus ramos” (Lc 13:18, 19)

            Pensamento Chave: Ninguém daria nada por uma semente de mostarda se não conhece-se a árvore que ela se torna. Da mesma forma, precisamos entender o que a igreja é capaz de fazer se estiver munida do poder de Deus e da disposição das pessoas.


            Viver neste mundo e perseverar sob as condições que andam na contra mão do mundo não é fácil. Especialmente quando, já por algum tempo, temos nos sentido tão cansados e surrados pela vida. Por este motivo há sempre os que reclamam por descanso e sossego. Sonham com uma boa aposentadoria e um bom cantinho confortável para passar os últimos anos. Cansados dos infortúnios que suas atividades lhes impõem, almejam deixar os encargos e cargos para os mais novos. Neste caso, embora sejam plausíveis suas queixas, onde fica a promessa de que “os que esperam no Senhor renovarão suas forças, subirão com asas como a águia; correrão, e não se cansarão; caminharão e não se fatigarão”[?] (Is 40:31). O grande obstáculo é que aprendemos a olhar somente para o que Deus pode fazer por nosso intermédio, mas, quando atormentados pelo cansaço e opressão, temos a tendência a começar a olhar para o que nós podemos fazer por nosso próprio intermédio. Assim, a velhice, o cansaço e a indisposição acabam se tornando mais fortes e difíceis de serem suportados. Deus sabe que nossa jornada, em algum momento, acaba se tornando mais frustrante e cansativa. Por isto, Ele prometeu dar amparo sempre que chegarmos neste estágio. Lembre-se que, “o trabalho dos tolos a cada um  deles fatiga, porque não sabem como ir à cidade” (Ec 10:15). Você e eu sabemos como ir, então, paremos de olhar para nossas fragilidades e limitações e olhemos para os montes, de onde virá o nosso socorro (Sl 121:1).

DOMINGO, 24 de JUNHO
Evangelismo e testemunho incessante
(Jo 4:7-30)

            Imagine que algumas pessoas estivessem confinadas a morar em um ambiente completamente escuro – uma caverna. Soterrados por um terremoto e destinados a viver e morrer sob esta condição de escuridão por toda a vida. No entanto, alguém, numa circunstância nem um pouco animadora, encontra um pequeno lampejo de luz em um dos compartimentos do infinito túnel. Embora não possa sair, ouvi a voz de alguém do lado de fora dizendo para que encontrasse o máximo de pessoas possível, pois quando todos fossem alertados estaria retornando para abrir o buraco e resgatar todos que tiverem fé. Estarrecidamente feliz, se compraz em dividir sua descoberta com todas as pessoas que ama e que residem há muitos anos debaixo da terra. Todos ali jamais conheciam a luz e o ambiente externo. Nunca tiveram um mínimo de contato com este outro mundo. Estavam acostumados a viver unicamente em meio às trevas, mas, agora, podiam possuir uma partícula de esperança ao descobrir que a luz é real e que alguém estava do lado de fora prometendo retornar para abrir uma vala e salvar quantos confiassem. O rapaz, que havia ouvido a voz do que prometera resgate, sai à procura de todos. No entanto, o buraco era tão grande e havia tantas pessoas espalhadas por ele que, levaria muito tempo para conseguir alertar a todos.
Observe que, embora seja apenas uma hestória, ela ilustra bem nossa realidade cristã. Há um feixe de luz que nos dá esperança de um lugar melhor. Mais do que isto, há alguém do outro lado prometendo retornar quando todos tiverem sido alertados do resgate. Como o mensageiro da caverna alertando a todos, nós somos chamados por Deus para, incessantemente nos envolvermos nesta grandiosa obra de resgaste. Independente da idade e do cansaço, enquanto permanecermos vivos, ainda teremos fôlego a gastar com as mensagens das boas novas. Há pessoas espalhadas pelos cômodos do imenso túnel escuro e sombrio da vida, e nós, temos a mensagem que, num momento como este, serve como um antídoto, para a cura da alma, para a salvação eterna.
           
SEGUNDA, 25 DE JUNHO
Um ambiente estimulante
 (1Jo 1:7; At 2:42; 11:19-23; 20:35; Rm 1:11,12)

             Se todos buscassem incessantemente os valores espirituais que os moldam para esta vida e para a porvir, talvez Deus não teria estabelecido a estratégia de levantar pastores e líderes. Infelizmente, o ministério de liderança na igreja é extremamente necessário para ajudar as pessoas a serem melhores do que elas têm sido até o momento. Sempre costumo dizer que, graças ao ministério de liderança projetado por Deus, é que muitos chegarão ao céu. O fato é que, são os líderes levantados por Deus que trabalham persistentemente pelo encorajamento e estimulo espiritual no coração dos conversos. São os pastores e demais líderes que, usados pelo Espírito Santo, mantém a chama acesa nos corações da membresia. São eles que, dia a dia, dão suas vidas para que a igreja viva em um ambiente estimulante à salvação em Cristo e mobilização evangelística. Por isto que, devemos ter cuidado quando realizamos nossos planejamentos de atividades que deverão ser desenvolvidos na igreja, pois nossas estratégias devem seguir esta atmosfera. Nossos programas devem garantir o estímulo ao trabalho evangelístico e testemunho pessoal. Nossas atividades na igreja precisam plantar no coração dos membros a semente do serviço e abnegação. Os novos conversos, por estarem passando pela fase do primeiro amor, serão sem dúvida os mais atingidos e famintos pela obra do Senhor. Aproveitando a oportunidade, gostaria de abrir os olhos para os pais para dizer que, este mesmo estímulo deve acontecer dentro de nossas casas. Tudo o que fizermos deve seguir esta atmosfera dentro de nossos próprios lares. Assim, teremos igrejas e famílias repletas da chama da estimulação espiritual, do evangelismo e do testemunho.

TERÇA, 26 DE JUNHO
Formando instrutores
(2Tm 2:1-7)

            A capacidade de liderar é de fato um dom concedido pelo Espírito de Deus. Não há dúvidas que, há uma estratégia espiritual promovida por Deus em tornar seu povo repleto de habilidades especiais para propósitos evangelísticos. Pessoas que, quando longe de Deus não sabiam realizar absolutamente nada, hoje, após sua conversão, são capazes de realizar grandes proezas. Pessoas que, quando longe de Deus não tinham habilidade pra falar em grupo, hoje, após a conversão, são capazes de se pronunciar diante de uma vasta multidão. Enfim, podemos perceber nitidamente a capacitação em que somos submetidos no contato direto com Deus. No entanto, existe uma lição extraordinária que é necessária aprendermos. O bom líder não é simplesmente aquele que lidera uma igreja ou um grupo de pessoas; o bom líder é aquele que, além de liderar, ele é capaz de criar novos líderes. Ele precisa ter em mente que, um dia sua posição poderá ficar vaga, e por este motivo, deve estabelecer um meio de preparar pessoas para assumirem esta ou outras funções. Como Jesus ensinou no exemplo e na prática, nossa missão consiste em fazer discípulos, sejam eles para exercer sua fé em Cristo em espírito e verdade, ou, sejam eles para exercerem um ministério de capacitação e liderança. Como uma verdadeira obra de multiplicação, líder deve formar líder para que a igreja esteja sempre muito bem amparada. Precisamos aprender este dever de casa, pois vivemos em um período tenso e uma verdadeira crise de liderança. Na verdade há muitos líderes, porém, são poucos os que são verdadeiramente comprometidos com a causa, verdade e justiça.

QUARTA, 27 DE JUNHO
Resgatando pessoas afastadas
(2Co 5:18-20)

            Observe que, estamos dispostos a persistir continuamente para trazer pessoas que amamos de volta à igreja. Lutamos com Deus em oração, fazemos jejuns, buscamos influenciá-los, enfim, não poupamos esforços para trazê-las de volta. No entanto, no que diz respeito aos demais membros da igreja, parece haver uma espécie de frouxidão. Embora estas pessoas já tenham desfrutado do ambiente espiritual da igreja e, hoje, pelas coisas da vida, se encontram distantes, é necessário que jamais nos desanimemos destes irmãos pródigos. Já vi milagres acontecerem na vida de pessoas que estiveram afastados por 10 anos e atualmente estão bem firmes na igreja ocupando cargos de liderança. A grande verdade é que, precisamos aprender amar os irmãos da igreja da mesma forma como amamos nossos parentes próximos. Assim se efetuando, não desprezaremos toda e qualquer oportunidade que surgir para resgatar os irmãos afastados. Penso que, deveríamos levar mais a sério este assunto e talvez, quem sabe, criar um ministério para alcançar os afastados. Poderíamos levar para a comissão da igreja e sugerir eleger alguém para trabalhar especificamente com este objetivo. Uma função na igreja encarada como um ministério, trará grande benefício para os afastados e para a igreja, pois passarão a respirar o valor, importância que damos aos que estão distante, e faria brotar nos corações da família a esperança na restauração daqueles que um dia beberam da mesma fonte que nós.

QUINTA E SEXTA 28 e 29 DE JUNHO
A porta dos fundos
(Hb 10:25; Rm 14:13; Gl 5:13; Ef 4:32)

            A palavra apostasia não deveria existir em nosso vocabulário. Infelizmente, na medida em que nos aproximamos do fim, mais e mais, será comum o avanço dos índices de apostasia na igreja. Embora seja uma realidade profética, podemos conter a evasão dos membros através de uma boa estratégia evangelística interna. A apostasia de uma pessoa não acontece da noite para o dia. Às vezes, uma pessoa leva 10 ou 20 anos para apostatar.
            Quando alguém abandona a igreja, é porque seu processo de apostasia já estava em andamento há anos ou décadas. Tudo começa vagarosamente, sem nos aperceber. Quando damos conta da situação, já estamos em uma circunstância muito infeliz e desanimadora. Basta deixar de realizar as pequenas coisas da vida cristã, e mais tarde estaremos disciplinados o suficiente para deixar as grandes atividades espirituais. Se eu faço caminhada de 30 minutos por dia, mas, no próximo mês faço apenas 29 minutos, fatalmente, nos próximos meses e anos, se não me atentar para este descuido, estarei fazendo 27, 26, 25...10...5...3...1, até não mais estar fazendo nenhum minuto mais de exercício. Este processo pode levar muito tempo, no entanto, será uma realidade palpável. Uma das maneiras mais eficazes de conter a apostasia, ou pelo menos diluí-la, é estimular os membros a nunca deixarem de estudar a Bíblia, orar e testificar. Estas três regrinhas são os únicos antídotos capazes de impedir a apostasia. Não existirão portas do fundo, se todos forem disciplinados a nunca deixarem de cumprir em suas vidas estas três senhas que dão acesso aos benefícios espirituais. Portanto, elas devem fazer parte de nossas estratégias, seja qual forem elas.



[1] Gilberto G. Theiss, nascido no estado do Paraná, é membro da Igreja adventista do Sétimo dia desde 1996. Crê integralmente nas 28 doutrinas Adventista como constam no livro “Nisto Cremos” e “tratado teológico adventista” lançado pela “Casa Publicadora Brasileira”. Foi ancião por 3 anos na Igreja Adventista do Sétimo dia da cidade Nova Rezende/MG e por 6 anos na Igreja Central de Guaxupé/MG. Foi Obreiro bíblico e colportor efetivo por um ano na mesma cidade e hoje, além de ser coordenador do curso básico de reforço teológico para líderes de igreja pelo site www.altoclamor.com, está Bacharelando no Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia e cursou extensão em arqueologia do oriente próximo pela UEPB. Gilberto G. Theiss é autor de vários livros e artigos e é inteiramente submisso e fiel tanto à mensagem bíblico-adventista quanto à seus superiores no movimento Adventista como pede hebreus 13:17. Toda a mensagem falada ou escrita por este autor é filtrada plenamente pelo que rege a doutrina bíblica-adventista do sétimo dia. No entanto Gilberto Theiss faz questão de ressaltar que, toda esta biografia acima é destituída de valor, e que o único currículo valioso que possui é o de Deus, sua família, irmãos e amigos fazerem parte de sua vida. O resto tem o seu devido lugar, porém fora e bem distante do pódio. Contato: gilbertotheiss@yahoo.com.br