Comentário da Lição da Escola Sabatina – Lição 08 – 1º Trimestre
2012
(11 a 18 de fevereiro)
Comentário: Gilberto G. Theiss
SÁBADO, 18 DE FEVEREIRO
Cuidando
da Criação
(Gn 2:15)
Embora
a Terra, futuramente, seja destruída pelo fogo eterno, o princípio de
manutenção da Terra e da natureza é claro na Escritura. Ao olhar para os
animais, as flores, o mar, as cachoeiras, enfim, para toda a natureza,
percebemos que, ela sem o homem não teria sentido de existir. Ela foi criada
para servir a humanidade, e consequentemente, o mesmo foi criado também para
manter a natureza em seu perfeito estado. Infelizmente o pecado desvirtuou todo
este exercício e a natureza geme pela maldade causada pelo ser humano. Todos os
que se intitulam cristãos, deveriam dar exemplo, cuidando, protegendo e zelando
pela natureza. É difícil imaginar que alguém ainda seja levado para o Céu
quando, aqui na terra, fez pouco caso do cuidado e proteção à natureza. Deus
nos fez mordomos neste mundo e confiou-nos todas as coisas aqui existentes. É
inegável que, certamente os que destroem a terra também serão destruídos no
juízo (Ap 7). Creio que Deus não levará para a eternidade homens e mulheres que
não tenham um mínimo de compaixão pelos animais ou por uma simples e singela
flor. Não há nada de estranho nisto, o que há de estranho é alguém se intitular
cristão quando não consegue fazer nem o que é mais fácil, zelar, proteger e
cuidar das coisas que Deus trouxe a existência para nossa própria subsistência.
DOMINGO, 19 DE FEVEREIRO
Movimento de libertação da lagosta
(2Pe 3:10-14; Is 51:6; 65:17; Ap 21:1)
A
história da libertação das lagostas (ver lição), é interessante e pode soar
como um ato de extremismo. Mas, o que dizer dos pobres animais que dia a dia
são levados para o matadouro? O que
dizer das milhares de galinhas, bois, vacas e outros animais indefesos que são
mutilados, maltratados e assassinados simplesmente para alimentar o paladar
pervertido de muitos? A minha maneira de expressar pode soar um tanto forte,
mas, forte não seria a insanidade e crueldade oferecida sem sorte aos animais?
E se você tivesse vindo à existência, não como um ser humano, mas como um
desses pobres animais? Se, como animal, pudesse dizer algo, o que diria? A
verdade é que, muitos dos que comem carne não apreciam serem advertidos ou
repreendidos quanto a este fato. Infelizmente, o egoísmo pela satisfação do
paladar é tamanho que não se importam se os animais vieram à existência para um
propósito belo da parte de Deus ou não. Não penso que estou levando esta
questão para o extremo, aliás, para mim, extremo é viver como estimulador para
a matança dos animais, especialmente quando, como cristãos criacionistas,
deveríamos dar exemplo de proteção, cuidado e manutenção da criação. Não nos esqueçamos
de que a natureza não é apenas as árvores, flores e as belas cachoeiras. Os
animais fazem parte da natureza que Deus projetou em Seu coração e materializou
com Sua poderosa Palavra: “Haja”.
Deveríamos
ser testemunhas não apenas na moral, mas no cuidado outorgado por Deus no Éden
para Adão e sua geração: “cultivai”. Salomão escreveu que “O justo zela pela
vida dos animais, enquanto que os ímpios lhes trazem sofrimento” (Pv 12:10).
Portanto, o papel de sofrimento aos animais é feito pelos ímpios e não pelos
justos.
Um
dia Deus restabelecerá as coisas trazendo-as ao seu estado original. Todas as
coisas serão renovadas. Mas, de qualquer forma, enquanto este dia não chegar,
devemos dar exemplo de manutenção e cuidado das coisas criadas por Deus. O
mesmo interesse que tivermos na preservação e proteção do que Deus criou aqui
na Terra, será o mesmo interesse manifestado no Céu. Portanto, pense nisso...
SEGUNDA, 20 DE FEVEREIRO
Declaração sobre o cuidado da criação
(Gn 1:1, 26; 9:7; Sl 24:1; 100; Tg 5:1,2,4,5;
Hb 1:3)
Por
causa do pecado, o caos e a desordem tomaram conta do nosso planeta. Se antes
do pecado Adão havia recebido a missão de cuidar, zelar e proteger a natureza,
quem dirá então depois do pecado? Em nossos dias a situação caótica do
desmatamento, a matança desenfreada aos animais, a destruição do ecossistema,
da camada de ozônio e a contaminação das águas, são motivos muito profundos
para que o povo de Deus abrace com força a missão do dever de lutar pela
conservação da natureza uma vez outorgado a Adão. A igreja adventista do sétimo
dia entende bem este propósito e o define muito bem através de seus votos e
princípios que envolvem este fator. Todos que se intitulam cristãos possuem o
dever de fazer o melhor possível para proteger a criação de Deus. Aqueles que
assim não o fazem estão dando testemunho contrário ao real propósito
estabelecido pelo Criador. Um dia a Terra será restaurada completamente, mas é
propósito de Deus que em nosso coração esteja bem fundamentado o desejo de
zelar pelo que ainda temos, ou seja, daquilo que ainda nos restou. Somos
mordomos de Deus, pois foi-nos concedido o privilégio de sermos administradores
das coisas de Deus nesta Terra. Cristão que não assumem este privilégio em sua
vida como um todo, poderiam, no céu, assumir algo semelhante? Creio que não,
pois é aqui que temos a oportunidade de desenvolver esta virtude para poder
exercê-la também no céu. Pense nisso...
TERÇA, 21 DE FEVEREIRO
Cuidando da criação
(Mt 22:37-40; Gn 2:15)
Observe bem este fato, aquele que
tiver amor por uma simples formiga, terá amor transbordante por qualquer outra
coisa mais. Parece um tanto estranho ter amor por uma formiga, mas, só
conseguiremos demonstrar amor pelas coisas ou pessoas que realmente são muito
importantes quando conseguirmos demonstrar piedade, compaixão e amor pelas coisas
mais simples da vida. Uma formiga pode ser simples demais para demandar de nós
tal afeição, mas, quem não conseguir sentir piedade por um simples inseto,
dificilmente sentirá por algo que seja de maior valor. Talvez este seja um bom
termômetro para avaliarmos melhor nossa dimensão de cuidado, interesse e
afeição pelas pessoas. Aquele que consegue sentir piedade por uma flor, ou por
um inseto, ou por qualquer outra coisa que transpareça ser de valor pequeno e
insignificante, com certeza sentirá profundamente compaixão por seres humanos.
Este é um bom exercício para a vida espiritual e para o coração que precisa ser
regenerado. Talvez Deus tenha este propósito, o de nos sensibilizar nas
pequenas coisas para sermos sensíveis nas grandes. O cuidado pela ecologia pode
não ser manifestado objetivamente nas Escrituras, mas o é de maneira subjetiva.
Se um inseto como a formiga ou uma pequena flor não fosse importante suficiente
para termos interesse por sua vida e manutenção, com certeza Deus não os teria
criado.
QUARTA, 22 DE FEVEREIRO
Sábado e meio ambiente
(Pv 27:20; Êx 20:8-11; Ne 13:16-19)
Os defensores do domingo na chamada coalisão
cristão nos EUA utilizam, entre tantos argumentos para a legislação dominical,
o argumento da restauração ambiental do planeta. Sugerem que se os veículos, as
fábricas com suas chaminés e qualquer outro tipo de trabalho que contribua para
massificar a poluição do planeta parassem em um dia da semana, neste caso o
domingo, quantos danos poderiam ser reduzidos em todo o planeta? A política
para a proteção do meio ambiente é, sem dúvida, excelente e atende algumas das
necessidades, mas, o que neste caso está em jogo seria qual o dia da semana que
a lei dos homens favoreceria. Se não favorecer o verdadeiro dia do Senhor,
mesmo as boas intenções perdem seu determinado valor. No entanto, o sábado em
nossos dias deve desempenhar este nobre papel. O sábado é símbolo da criação
porque Deus terminou sua obra e descansou neste dia. O sábado também é o
símbolo da recriação porque Jesus, após concluir sua obra de redenção, em sua
morte descansou neste mesmo dia. Assim o dia do Senhor, o sábado, se tornou o
link que nos liga ao ato da criação e ao ato da recriação. Como adventistas
devemos participar com Deus na obra da recriação, pois o sábado deve representar
este nobre marco na vida dos que seguem a verdade. Plantar árvores, cuidar dos
animais, preservar ao máximo o ambiente das impurezas e lixos, chamar a atenção
da sociedade para o meio ambiente deve ser, além de meras atitudes, também um
estilo de vida dos adventistas. O vegetarianismo é um bom exemplo de
preservação ambiental. Àqueles que preferem um regime no mínimo ovo-lacto-vegetariano
estão contribuindo massivamente para a preservação, não somente dos animais,
mas também do meio ambiente como um todo. O sábado, por ser o símbolo da
criação é ao mesmo tempo se torna o símbolo da recriação e conservação e todos
que guardam este dia com propósitos espirituais, naturalmente manifestarão este
propósito em suas vidas.
QUINTA E SEXTA 23 e 24 FEVEREIRO
O domínio da humanidade
(Gn 1:28)
Gênesis
1:28 sugere que o homem deve encher a Terra e o verbo no hebraico pode
significar literalmente que o homem deve completar a Terra. Bom, completar é
bem diferente de destruir ou sugar tudo o que contém nela. O domínio sobre a
Terra e sua natureza parte do pressuposto da sujeição plena a Deus. Se não
houver esta sujeição não haverá complementação. A destruição e o proveito
inconsequente da Terra pelo homem é uma das evidências de sua distância e
insubmissão a Deus. O amor profundo e genuíno ao Senhor acima de tudo, é capaz
de tornar o homem também apaixonado por sua criação. O homem temente a Deus
observa o encanto e a beleza do meio ambiente e em seu coração fremirá o desejo
de preservar ao máximo os propósitos originais desta vasta criação. Não olhará
mais com desdém buscando apenas tirar proveito deixando para trás os bagaços do
que sobrou. Uma vez que o caráter de Deus deve ser impresso em nossa vida, o
domínio que devemos ou deveríamos exercer sobre a Terra deveria demonstrar estes
valores. Arrisco-me a dizer que, o homem verdadeiramente convertido não trará
mais sofrimento à natureza de Deus. Pelo contrário, buscará fazer o melhor para
conservá-la dando devido testemunho a este favor. Deus espera de nós este tipo
de virtude. A ordem dada no Éden para cuidar da natureza ecoa até aos nossos
dias para alcançar os corações verdadeiramente convertidos. Pense nisso...
Gilberto G. Theiss, nascido no estado do
Paraná, é membro da Igreja adventista do Sétimo dia desde 1996. Crê
integralmente nas 28 doutrinas Adventista como constam no livro “Nisto Cremos”
lançado pela “Casa Publicadora Brasileira”. Foi ancião por 3 anos na Igreja
Adventista do Sétimo dia da cidade Nova Rezende/MG e por 6 anos na Igreja
Central de Guaxupé/MG. Foi Obreiro bíblico na mesma cidade e hoje, além de ser
coordenador do curso básico de reforço teológico para líderes de igreja pelo
site www.altoclamor.com, está Bacharelando no Seminário Adventista
Latino-Americano de Teologia. Gilberto G. Theiss é autor de alguns livros e é
inteiramente submisso e fiel tanto a mensagem bíblico-adventista quanto a seus
superiores no movimento Adventista como pede hebreus 13:17. Toda a mensagem
falada ou escrita por este autor é filtrada plenamente pelo que rege a doutrina
bíblica-adventista do sétimo dia. Contato: gilbertotheiss@yahoo.com.br