Comentário da Lição da Escola Sabatina – Lição 12 – 4º Trimestre
2011 (10 a 17 de Dezembro)
Comentário: Gilberto G. Theiss
SÁBADO, 10 DE DEZEMBRO
Vivendo
pelo Espírito
(Gl 5:16)
Nesta última seção da
carta (5:16 – 6:10) vemos o ensinamento de Paulo sobre o uso que cada crente em
Cristo faz ou deve fazer de sua liberdade inerente. O verso em questão também
faz um nítido contraste entre as duas formas de vida (ver também Rm 8:4-6). O
contexto apresenta dois tipos de natureza existente na vida do cristão – carnal
e espiritual. Ambas naturezas disputam espaço, pensamentos, comportamentos,
palavras, intenções e desejos. No entanto, a forma como alimentamos nossos
sonhos e desejos pelos cinco sentidos, será a forma como uma dessas naturezas
prevalecerá. É como se tivéssemos dois leões famintos em nós, o leão carnal e o
leão espiritual. Qual destes estamos nutrindo? Lembre-se que, em um confronto
interno, o leão mais bem alimentado é o que sairá vencedor. Infelizmente, em
nossos dias, muitos cristãos não estão levando este dilema a sério. Em
consequência, acabam se tornando cristãos fracassados e cheios de derrotas
espirituais. Não conseguem abster-se de seus pecados e acabam se conformando
com uma vida espiritual apática se pendurando no argumento diabólico de que
somos fracos e propensos para o mal. De fato somos fracos e propensos, mas isto
não significa que não podemos ser fortes e vitoriosos. A graça de Cristo nos
concede perdão e poder para sermos mais que vencedores em Cristo (Rm 8:1). A
graça também nos livra de passar por provas que não podemos suportar e nos
fortalece em Cristo.
Leitura Adicional
“A Palavra de Deus é o
alimento espiritual com que o cristão precisa fortalecer-se no espírito e no
intelecto, de modo a poder batalhar pela verdade e justiça. A Bíblia ensina que
todo pecado que nos assalta deve ser posto de lado; que a guerra contra o mal
precisa ser levada avante até que todo erro seja vencido. O instrumento humano
precisa colocar-se como estudante voluntário na escola de Cristo. Ao aceitar a
graça que lhe é abundantemente oferecida, a presença do Salvador nos
pensamentos e no coração dar-lhe-á firmeza de propósito para pôr de lado toda
carga, a fim de que o coração se encha de toda a plenitude de Deus.
A singeleza da verdadeira piedade tem
de ser introduzida na educação de nossos jovens, caso eles hajam de saber como
escapar da corrupção do mundo. Cumpre ensinar-lhes que os verdadeiros
seguidores de Cristo servirão a Deus, não somente quando isso esteja em
harmonia com suas inclinações, mas também quando envolva renúncia e sacrifício.
Os pecados que assediam devem ser combatidos e vencidos. Traços objetáveis de
caráter, sejam eles herdados ou cultivados, devem ser comparados com a grande
norma da justiça, e então vencidos no poder de Cristo. Dia a dia, hora a hora,
deve operar-se no interior vigorosa obra de abnegação e santificação; então, as
obras darão testemunho de que Jesus habita no coração pela fé. A santificação
não fecha as entradas da alma ao conhecimento, mas amplia a mente, inspirando-lhe
o desejo de buscar a verdade como a tesouros escondidos” (Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, p. 448, 449).
DOMINGO, 11 DE DEZEMBRO
Andar no Espírito
(Dt 13:4, 5; Rm 13:13; Ef 4:1, 17; Cl
1:10; Êx 16:4; Lv 18:4; Jr 44:23; Gl 5:16, 25; Rm 8:4)
Andar
no Espírito não é viver sem a regra áurea. Todo aquele que se caracteriza como
cristão deve andar no Espírito e se distinguir dos que vivem na carne, pois a
inclinação da carne é morte e a do Espírito é vida (Rm 8:6). A pergunta que surge
neste contexto é: “ O que seria viver no Espírito? Viver no Espírito também
significa ser obediente a lei de Deus. Em Romanos 8:7 Paulo afirma que “a
inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus".
Isto indica claramente que a obediência à lei é um fruto da presença do
Espírito Santo na vida. Aquele que vive no Espírito não está sujeito a carne e
suas paixões (Rm 8:9), mas sujeito à vontade de Deus manifestado pelo Seu poder
na vida de todo aquele que crê e se entrega a Cristo genuinamente. Andar no
Espírito não é apenas cantar, louvar, pregar ou dar estudo bíblico, reflete em
andar como genuíno cristão em todo o momento da vida. A lei de Deus é um guia
seguro para sempre estarmos bem longe do pecado manifestado nos desejos da
carne. Viver em Espírito significa deixar de ser escravo do pecado para ser
submisso à vontade soberana de Deus em todos os sentidos. Por este motivo é que
Paulo foi enfático ao escrever que “a lei de Deus é espiritual” (Rm 7:14).
Leitura
Adicional
“Todos
nós, com cara descoberta, refletindo, como um espelho, a glória do Senhor,
somos transformados de glória em glória, na mesma imagem, como pelo Espírito do
Senhor." II Cor. 3:18. Devemos conservar o Senhor sempre diante de nós. Os
que fazem isso, andam com Deus, como fez Enoque, e imperceptivelmente para
eles, tornam-se um com o Pai e o Filho. Realiza-se dia a dia na mente e no
coração uma mudança, e as inclinações naturais e os caminhos naturais são
moldados segundo o caminho e o Espírito de Deus. Eles crescem em conhecimento
espiritual, e vão-se desenvolvendo até à estatura completa de homens e mulheres
em Cristo Jesus. Refletem para o mundo o caráter de Cristo e, permanecendo nEle
e Ele neles, cumprem a missão para que foram chamados a ser filhos de Deus -
tornam-se a luz do mundo, uma cidade edificada sobre um monte, que se não pode
ocultar. "Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas, no
velador, e dá luz a todos." Mat. 5:15. Os que foram iluminados de cima,
irradiam os brilhantes raios do Sol da Justiça.” (The Youth's Instructor, 25 de outubro de 1894).
“É
muito significativo confiar a Deus a guarda da alma. Significa que devemos
viver e andar pela fé, não confiando no eu nem o glorificando, mas olhando a
Jesus... como o Autor e Consumador de nossa fé. O Espírito Santo realizará Sua
obra no coração, mas não pode jamais atuar em alguém cheio de orgulho e
pretensão. Este, em seu entender, teria capacidade para corrigir a si mesmo. O
eu se interpõe entre sua alma e o Espírito Santo. O Espírito Santo operará se o
eu não se interpuser. ...
O Espírito Santo está pronto a cooperar com todos
que O receberem e forem ensinados por Ele. Todos que se apegam à verdade e são
santificados mediante a verdade estão tão unidos com Cristo que podem representá-Lo
em palavra e ação. Revestiram-se de Cristo e possuem um poder que os capacita a
revelar a verdade a outros. Que o Espírito Santo fale ao coração do povo
escolhido de Deus, para que suas palavras sejam tão valiosas quanto o ouro, ao
darem o pão da vida àqueles que estão em transgressão e pecado.” (Manuscrito 140, 1897).
SEGUNDA, 12 DE DEZEMBRO
O
conflito do Cristão
(Gl 5:17; Rm 7:14-24)
É muito fácil uma pessoa
vencer o desejo pelo cigarro quando ela nunca fumou. É muito fácil uma pessoa
não sentir desejos pela bebida alcoólica quando ela nunca o provou. Mas é
difícil colocar-nos no lugar de uma pessoa que passa por uma batalha dura de
ser vencida quando sua experiência com o pecado foi profunda e séria. Cada um
tem uma luta muito peculiar. Cada ser humano possui lutas semelhantes ou
diferentes, mas a verdade é que, todos nós temos lutas a serem vencidas na vida
cristã. É verdade que, pelo poder do Espirito em nossa vida, podemos nos tornar
vencedores, mas também é verdade que determinadas provas nos perseguirão até o
fim. O conflito entre a carne e o Espírito será travada todos os dias em que
vivermos nesta Terra e neste contexto. É possível vencer o pecado, mas não é
possível erradicar a força dele de nós. Isto acontecerá quando Jesus voltar e
nosso corpo corruptível se revestir da incorruptibilidade. Nossa essência foi
corrompida e desejamos apenas o que não presta. No entanto, isto não significa
que devemos lançar a toalha e nos entregar às paixões da vida. Deus, através de
Jesus, nos aceita como Seus filhos e quando aceitamos o convite para sermos
filhos de Deus, Ele nos concede o Seu Espírito para nos libertar e capacitar
para sermos vencedores pela fé. Dois leões combatem dentro de nós e o leão da
vida espiritual vencerá a batalha quando pararmos de nutrir o leão carnal e
alimentarmos o leão espiritual. A santificação depende da ação do Espírito
Santo em nós, mas também depende de nossa disposição em desejar vencer e ser
transformado. Lembre-se que, assiduamente, as duas naturezas existentes em nós entram no ring para lutar. A carne e o Espírito batalham por obter o controle de todo o nosso ser. O vencedor sairá como consequência da maneira como conduzimos nossa vida e vigiamos os cinco sentidos da alma.
Leitura Adicional
“A santificação é uma
obra diária. Ninguém se engane com a crença de que Deus o perdoará e abençoará
enquanto está calcando aos pés um de Seus requisitos. O cometimento intencional
de um pecado conhecido silencia a voz testemunhadora do espírito e separa a
pessoa de Deus. Quaisquer que sejam os êxtases do sentimento religioso, Jesus
não pode habitar no coração que menospreza a lei divina. Deus só honrará os que
O honram.
"Daquele a quem vos ofereceis
como servos para obediência, desse mesmo
a quem obedeceis sois servos." Rom. 6:16. Se condescendemos com a ira,
concupiscência, cobiça, ódio, egoísmo, ou qualquer outro pecado, tornamo-nos
servos do pecado. "Ninguém pode servir a dois senhores." Mat. 6:24.
Se servimos ao pecado, não podemos servir a Cristo. O cristão sentirá as
instigações do pecado, pois a carne milita contra o Espírito; mas o Espírito
milita contra a carne, mantendo uma luta constante. É aí que a ajuda de Cristo
é necessária. A fraqueza humana une-se à força divina, e a fé exclama:
"Graças a Deus, que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo!" (I Cor. 15:57 – Mensagens aos Jovens, p. 114).
TERÇA, 13 DE DEZEMBRO
As obras da carne
(Jr 7:9; Os 4:2; Mc 7:21-2; 2Tm 3:2,3; I Pe 4:3; Ap
21:8)
As
obras da carne podem também ser traduzidas como as obras do pecado ou
consequências e resultados do pecado. Isto poderia sugerir que pecado deve ser
mais grave e ir além do simples ato em si. Pecado, segundo a Escritura é quebrantamento
da lei de Deus (1 Jo 3:4). Mas, se analisarmos o texto de maneira criteriosa
perceberemos que, antes do pecado ser a transgressão da lei, ele parece ser outra
coisa, João afirma que o pecado “também é a transgressão da lei”. Um bom
exemplo para entendermos a expressão de João é o seguinte: Hoje eu também estou
de paletó. Isto significa que antes do paletó eu tenho outra coisa por dentro,
talvez uma camisa. Na verdade o pecado antes de ser a transgressão da lei ele é
o afastamento ou distanciamento de Deus (Is 59:2). Por isto que, quanto mais
distantes de Deus nos encontramos, mais vulneráveis nos tornamos às tentações e
ao pecado. Portanto, matar, roubar, mentir, adulterar e outras coisas mais, na
verdade são obras da carne, ou melhor, são frutos do pecado, porque na
essência, pecado é o ato de estar afastado ou distanciados de Deus. Quanto mais
longe de Deus, mais as obras da carne são visíveis em nós, e quanto mais perto
de Deus, menos obras da carne serão vistas em nós. Por isto que
intimidade e relacionamento profundo com Deus se faz necessário, pois as
tentações perderão suas forças contra nós na medida em que estivermos mais
perto do Senhor. Quanto mais oramos, estudamos a Bíblia e ensinamos outros
destas verdades transformadoras, mais distante Satanás e seus anjos estarão de
nós e mais nossa natureza espiritual
permanecerá fortalecida.
Leitura
Adicional
“Em
todos os séculos a transgressão da lei de Deus tem sido seguida pelo mesmo
resultado. Nos dias de Noé, quando todo princípio de reto proceder fora
violado, e a iniqüidade se tornara tão profunda e difusa que Deus não a pôde
mais suportar, saiu o decreto: "Destruirei, de sobre a face da Terra o
homem que criei." Gên. 6:7. Nos dias de Abraão, o povo de Sodoma desafiava
abertamente a Deus e Sua lei; e teve lugar aí a mesma impiedade, a mesma
corrupção, a mesma incontida condescendência que haviam assinalado o mundo
antediluviano. Os habitantes de Sodoma transpuseram os limites da divina
paciência, e sobre eles se acendeu o fogo da vingança de Deus.
O tempo que precedeu o cativeiro
das dez tribos de Israel foi de uma desobediência similar e similar impiedade.
A lei de Deus era contada como de nenhuma importância, e isto abriu as
comportas da iniqüidade sobre Israel. "O Senhor tem uma contenda com os habitantes
da Terra", declarou Oséias, "porque não há verdade, nem benignidade,
nem conhecimento de Deus na Terra. Só prevalecem o perjurar, e o mentir, e o
adulterar, e há homicídios sobre homicídios." Osé. 4:1 e 2. (Profetas e Reis, p. 297).
“Se
não houvesse nada mais, em todas as Escrituras, que apontasse claramente o
caminho para o Céu, nós o teríamos aqui nestas palavras. Elas nos dizem que é
conversão. Declaram-nos que temos de fazer para ser salvos. E, meus amigos,
desejo dizer-vos que isso atinge diretamente a raiz da obra superficial no
mundo religioso. Opõe-se diretamente à idéia de que podemos tornar-nos filhos
de Deus sem alguma modificação especial. É efetuada em nós uma nítida mudança
se a verdade de Deus encontrou guarida em nosso coração, pois ela exerce uma
influência santificadora sobre a vida e sobre o caráter. Quando vemos os frutos
da justiça naqueles que pretendem possuir uma verdade avançada, como é o nosso
caso, haverá um procedimento que testifica que temos aprendido de Cristo”. (Fé e Obras, p. 63).
QUARTA, 14 DE DEZEMBRO
O fruto do Espírito
(Gl 5:22-24; Mt 5:21,22,27,28;
22:35-40)
O
fruto do Espírito apresentado por Paulo é a evidência do poder da graça na vida
dos que estão em Cristo. Seria interessante se escrevêssemos estas nove
virtudes em um papel e as colocássemos na cabeceira da cama, nas portas do
guarda-roupa, na capa da Bíblia, na porta por onde rotineiramente entramos, no
vidro do carro para que jamais nos esquecêssemos deste ideal a ser alcançado.
Claro que não depende simplesmente de nossas forças, pois está fora de nós
conseguir sermos moldados por tais princípios. No entanto, pelo poder de Deus e
pelo profundo desejo que nos cabe, este fruto, gradativamente passa a ser impresso
em nossa vida milagrosamente. Na verdade, ai está a verdadeira essência da
perfeição Cristã. Ser perfeito como Deus é, não está ligado a nenhum fator
externo por natureza, mas a todos os fatores internos por essência. Ser
perfeito como Deus é perfeito implica em amar como Deus ama, ter compaixão como
Deus tem, ser misericordioso como Deus é, além de exercer domínio próprio e
outras virtudes relacionadas na lista de Paulo. Claro que o amor é a virtude de
todas as virtudes. É o cerne que faz possuir valor todas os demais e sem o
amor, nada mais terá sentido. Sem o amor, nossos atos sairão do palco da vida
para atuar como coadjuvantes. Não é possível representar a Deus e seu caráter
sem este dom maravilhoso, pleno e absoluto. O fruto do Espirito contrasta com
as obras da carne e mostra o ideal divino na santificação do coração do homem.
Somos alvos do fruto do Espirito, pois é exatamente isto que o Espírito de Deus
persistentemente deseja fazer em nossa vida.
Leitura
Adicional
“O
motivo por que condescendemos descuidosamente com o pecado, é que não vemos a
Jesus. Não consideraríamos levemente o pecado, caso apreciássemos o fato de que
o pecado magoa nosso Senhor. ... A devida estimativa do caráter de Deus nos
habilitaria a representá-Lo bem perante o mundo. A aspereza, a rudeza de
palavras ou de maneiras, a maledicência, as palavras apaixonadas ou coléricas,
não podem existir na alma que contempla a Jesus. Aquele que permanece em Cristo
vive numa atmosfera que impede o mal, e não apresenta a mínima desculpa por
qualquer coisa dessa espécie. A vida espiritual não se nutre do interior, mas
tira sua nutrição de Cristo, como faz a vara da videira. Dependemos de Cristo a
cada instante; Ele é nossa fonte de abastecimento. Todas as nossas formas
exteriores, orações, jejuns e esmolas, não podem substituir a obra interior do
Espírito de Deus no coração humano”. (The
Youth's Instructor, 10 de fevereiro de 1898).
“Quando uma pessoa está inteiramente
vazia do próprio eu, quando todo falso deus é expulso da alma, o vazio é
preenchido com a comunicação do Espírito de Cristo. Essa pessoa possui a fé que
purifica a alma de contaminação. ... É um ramo da Videira Verdadeira, e produz
ricos cachos de fruto para a glória de Deus. Qual é o caráter do fruto
produzido? - O fruto do Espírito é "amor", não ódio;
"alegria", não descontentamento e queixumes; "paz", não
irritação, ansiedade. É "longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade,
mansidão, domínio próprio". Gál. 5:22 e 23. (Obreiros Evangélicos, pág. 287).
“Uma vara não deve tomar emprestada sua
nutrição de outra. Nossa vida provém da videira-mãe. É unicamente pela união
pessoal com Cristo, pela comunhão diária com Ele, comunhão de cada hora, que
nos é possível dar os frutos do Espírito Santo. ... Nosso crescimento na graça,
nossa alegria, nossa utilidade, tudo depende de nossa união com Cristo e do
grau de fé que nEle exercemos. Aí está a fonte de nosso poder no mundo”. (Testimonies, vol. 5, pág. 47).
QUINTA E SEXTA, 15 e 16 DE DEZEMBRO
O caminho para a vitória
(Gl 5:16-26)
Não
nos é possível vencer os pecados pela essência, mas é possível vencê-lo como
atos. É difícil dizer palavras como estas em nossos dias, uma vez que, muitos
são encarados como perfeccionistas ao afirmarem que o pecado pode ser vencido.
Nossa essência fragilizada permanecerá todos os dias conosco até o dia da
glorificação, mas os frutos desta fragilidade podem ser renunciados e
abandonados. Um homem que vive com duas mulheres, pode sim, pelo poder de Deus passar
a viver com apenas uma. Um jovem escravizado as drogas, pelo poder de Deus,
pode ser verdadeiramente liberto. Um
homem pode abandonar o adultério, deixar o cigarro ou qualquer outro tipo de
condescendência pecaminosa. A graça pode fazer qualquer ser humano se tornar
mais que vencedor em Cristo. Não é bíblico a ideia que tem se erguido por ai de
que a graça nos salva independentemente do que continuamos a fazer após sermos
alcançados por ela. A graça que salva é a mesma que nos liberta da escravidão
do pecado. Deus, pelo Seu poder nos habilita a sermos vitoriosos.
Gradativamente o Espírito de Deus vai moldando-nos usando inclusive nossa
própria experiência de vida (Mente,
Caráter e Personalidade, v.1, p. 17). A transformação do coração humano,
parte de nossa decisão e desejo, mas é uma obra de responsabilidade de Deus. É
Ele quem se encarrega de nos conceder a vitória sobre o pecado. Claro que,
mesmo vivendo uma vida piedosa e de vida espiritual vibrante, enquanto vivermos
aqui nesta terra, jamais deixaremos de ser miseráveis na essência. Somos
devedores diante de Deus e jamais teremos como pagar esta dívida. Na verdade, embora
seja assim, Deus pede de nós apenas nosso coração, que na realidade representa
todo o ser. O caminho da vitória significa aprender amar o que Deus ama e odiar
o que Deus odeia. É obra do Espirito Santo colocar este tipo de sentimento em
nosso coração. Observe que “Não é dos ligeiros a carreira, nem dos valentes a
peleja. O mais fraco dos santos, bem como o mais forte, podem alcançar a coroa
de glória imortal. Podem vencer todos os que, pelo poder da divina graça,
conduzem a vida em conformidade com a vontade de Cristo. A prática, nos
pormenores da vida, dos princípios estabelecidos pela Palavra de Deus, é não raro
olhada como coisa sem importância - assunto por demais trivial para que se lhe
dê atenção. Mas considerando o que está em jogo, nada é pequeno quando ajuda ou
estorva. Cada ato acrescenta seu peso na balança que determina a vitória ou
fracasso na vida. E a recompensa dada aos que triunfam será proporcional à energia
e fervor com que lutaram” (Exaltai-O – MM
1992, p. 150).
Leitura
Adicional
“Que
ninguém suponha que a conversão é o início e o fim da vida cristã. Existe uma
ciência do cristianismo que deve ser compreendida. Deve haver crescimento na
graça, que é um constante progresso e aperfeiçoamento. Amente deve ser
disciplinada, treinada, educada; pois o filho de Deus deve fazer o serviço de
Deus de forma que não é natural, ou não está em harmonia com a inclinação
inata. Os que se tornam seguidores de Cristo descobrem que são providos novos
motivos de ação, surgem novos pensamentos e devem resultar em novas ações. Mas
eles podem fazer progresso apenas por meio de conflito, pois há um inimigo que
contende contra eles, apresentando tentações para fazer com que surja a dúvida
e o pecado. Além desse inimigo sempre vigilante existem tendências para o mal,
hereditárias e cultivadas, que devem ser vencidas. Muitas vezes, a formação e educação
de toda uma vida deve ser descartada a fim de que o cristão se torne um aluno
na escola de Cristo e, naquele que deseja ser participante da natureza divina,
o apetite e a paixão precisam estar sob o controle do Espirito Santo. Não pode
haver fim para essa guerra deste lado da eternidade, mas enquanto houver
constantes batalhas a travar, também haverá vitórias preciosas a ganhar, e o
triunfo sobre o eu e o pecado tem mais valor do que se pode imaginar. O esforço
feito para vencer, apesar de exigir abnegação, é de pouca importância se
comparado com a vitória sobre o mal.
A
obra à qual devemos dedicar a vida é a preparação para a vida eterna, e se
cumprirmos essa tarefa tal como Deus a planejou, cada tentação pode contribuir
para nosso aperfeiçoamento, pois, quando resistimos à sua sedução, fazemos
progresso na vida divina. No calor do conflito, enquanto estamos engajados em
uma séria guerra espiritual, forças invisíveis estão ao nosso lado, enviadas do
Céu par anos ajudar em nossas lutas e, na crise, nos são transmitidas força,
firmeza e energia, e temos mais do que o poder mortal. Mas a menos que o agente
humano coloque a vontade em harmonia com a vontade de Deus, a menos que
abandone todos os ídolos e vença todas as práticas errôneas, nunca terá sucesso
na guerra, mas, finalmente, será vencido. Os que desejam ser vencedores devem
se envolver em conflito com forças invisíveis; a corrupção interior deve ser
superada, e cada pensamento deve ser levado à harmonia com Cristo e sujeição a
Ele. O Espírito Santo está sempre procurando purificar, refinar e disciplinar o
caráter dos seres humanos para que se preparem par aa sociedade dos santos e
dos anjos como vencedores, e sejam capazes de cantar o cântico da redenção,
atribuindo glória e honra a Deus e ao Cordeiro, nas cortes celestiais” (Christian Education, p. 122, 123).
Gilberto G. Theiss, nascido no estado do
Paraná, é membro da Igreja adventista do Sétimo dia desde 1996. Crê
integralmente nas 28 doutrinas Adventista como constam no livro “Nisto Cremos”
lançado pela “Casa Publicadora Brasileira”. Foi ancião por 3 anos na Igreja
Adventista do Sétimo dia da cidade Nova Rezende/MG e por 6 anos na Igreja
Central de Guaxupé/MG. Foi Obreiro bíblico na mesma cidade e hoje, além de ser
coordenador do curso básico de reforço teológico para líderes de igreja pelo
site www.altoclamor.com, está Bacharelando no Seminário Adventista
Latino-Americano de Teologia. Gilberto G. Theiss é autor de alguns livros e é
inteiramente submisso e fiel tanto a mensagem bíblico-adventista quanto a seus
superiores no movimento Adventista como pede hebreus 13:17. Toda a mensagem
falada ou escrita por este autor é filtrada plenamente pelo que rege a doutrina
bíblica-adventista do sétimo dia. Contato: gilbertotheiss@yahoo.com.br