Comentário da Lição da Escola Sabatina – Lição 5 – 3º Trimestre 2011 (23 a 30 de julho)


Comentário da Lição da Escola Sabatina – Lição 5 – 3º Trimestre 2011 (23 a 30 de julho)

Observação: Este comentário é provido de Leitura Adicional no fim de cada dia estudado. A leitura adicional é composta de citações do Espírito de Profecia. Caso considere-a muito grande, poderá optar em estudar apenas o comentário ou vice versa.

Comentário: Gilberto G. Theiss

SÁBADO, 23 DE JULHO
Você é feliz, ó Israel
(Is 5:20, 21)

            “Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal; que fazem da escuridade luz e da luz, escuridade; põem o amargo por doce e o doce, por amargo! Ai dos que são sábios a seus próprios olhos e prudentes em seu próprio conceito!

            A adoração reflete não apenas um momento único e circunstancial. Ela deve permear a vida como um todo. Os cultos na igreja, nos pequenos grupos, nas programações especiais e nosso encontro especial com Deus no dia de Sábado devem ser uma conseqüência da adoração que diariamente são materializadas e vividas a todo o momento. Adoramos a Deus no comportamento, nas palavras, na forma como vestimos, nas coisas que usamos, na maneira como empregamos pessoas, na forma como trabalhamos para os outros, como namoramos, como nos comportamos e convivemos com as pessoas que estão a nossa volta, a maneira como tratamos os que nos ferem, a forma como agimos diante de um tumulto no trânsito, a forma como usamos nossos olhos, o que colocamos no prato para comer e no copo para beber, a maneira como tratamos nosso cônjuge e filhos, em fim, a adoração verdadeira precisa ser um estilo de vida. Deus precisa ser honrado em todo o momento por nós em nosso viver.
            Nesta semana, mais uma vez perceberemos que a adoração verdadeira está totalmente baseada e fundamentada na vontade de Deus em detrimento da nossa própria. Creio que, se entendermos bem esta essência, com certeza os problemas que se concentram na adoração se resolverão definitivamente. O grande problema é o próprio eu que trabalha constantemente para, seja na vida cotidiana seja na igreja, oferecer a Deus o que achamos, gostamos e pensamos. Nossa vida não é mais nossa, pois foi comprada por um preço incalculável. Poderemos ser felizes somente cumprindo a vontade do Senhor, porque Ele sim sabe  que realmente pode ser feito para nossa eterna felicidade: Nós não. Devemos oferecer ao nosso Senhor o que de melhor temos segundo sua vontade. Satanás fará de tudo para nos enfraquecer neste sentido para desviar o verdadeiro foco da fé, redenção e adoração. Pela graça de Cristo, qualquer coisa poderemos enfrentar e ser transformados a imagem de Jesus e assim oferecer a Ele, além das ações comuns, a própria vida como um troféu de vitória em Suas mãos.

Leitura Adicional

            “Satanás sabe que os que buscam o perdão e a graça de Deus os obterão; por isto apresenta diante deles os seus pecados para os desencorajar. Ele está sempre buscando ocasião contra os que estão procurando obedecer e apresentar o melhor e mais aceitável serviço a Deus, fazendo parecer corruptas todas essas iniciativas. Mediante astúcias sem conta, as mais sutis e mais cruéis, procura ele assegurar a sua condenação.
O homem não pode, em sua própria força, enfrentar as acusações do inimigo. Com suas vestes manchadas de pecado e em confissão de culpa, ele está perante Deus. Mas Jesus, nosso Advogado, apresenta uma eficaz alegação em favor de todo aquele que, pelo arrependimento e fé, confiou a guarda de sua alma a Ele. Ele defende sua causa, e mediante os poderosos argumentos do Calvário, derrota o seu acusador. Sua perfeita obediência à lei de Deus deu-Lhe poder no Céu e na Terra, e Ele reclama de Seu Pai misericórdia e reconciliação para com o homem culpado. Ao acusador do Seu povo Ele declara: "O Senhor te repreenda, ó Satanás. Estes são os que foram comprados com o Meu sangue, tição tirado do fogo." E aos que nEle descansam em fé, Ele dá a certeza: "Eis que tenho feito com que passe de ti a tua iniqüidade, e te vestirei de vestidos novos." Zac. 3:4.
Todos os que se vestiram da justiça de Cristo estarão perante Ele como escolhidos, e fiéis e leais. Satanás não tem poder para arrancá-los da mão do Salvador. Nenhuma alma que em penitência e fé reclame a Sua proteção, permitirá Cristo que passe para o poder do inimigo. Sua palavra está empenhada: "Que se apodere da Minha força, e faça paz comigo; sim, que faça paz comigo." Isa. 27:5. A promessa dada a Josué é dada a todos: "Se observares as Minhas ordenanças ... te darei lugar entre os que estão aqui." Zac. 3:7. Anjos de Deus caminharão ao lado deles, mesmo neste mundo, e eles estarão afinal entre os anjos que circundam o trono de Deus” (Profetas e Reis, págs. 586 e 587).

DOMINGO, 24 DE JULHO
A consagração
(Lv 9)

"Vi que um santo, se reto, poderia mover o braço de Deus; mas toda uma multidão, se em erro, seria fraca e nada efetuaria." (Primeiros Escritos, p. 120).

            Quão significativo a adoração se torna quando executada de maneira em que Deus responde animosamente enchendo-nos mais ainda de admiração e louvor.  A citação acima claramente ensina o quanto devemos levar a sério a vida cristã e nossa devoção ao Senhor. Adoração é um claro reflexo de consagração. Nossos atos, nossa vida, nossas palavras e o que oferecemos ao Senhor possui uma íntima ligação com nossa consagração assim como a oração, estudo da Bíblia e a testificação. É um conjunto completo e muito bem entrelaçado.
            O povo de Israel recebera a maior e mais profunda impressão quando Deus reagira diante deles aceitando suas devoções. Se prepararam muito para este evento e fizeram valer os valores que permeavam a consagração para uma adoração mais real e viva aos moldes divinos. Esta narrativa nos ensina como devemos agir diante de Deus hoje. Deus não exige de nós menos do que exigia de Israel. Deus nos convida a irmos até Ele como estamos, mas não pede que permaneçamos indefinidamente como estamos. Nossa vida deve ser um cheiro suave que sobe ao Senhor. Devemos nos consagrar a Deus totalmente sem reservas. Devemos almejar a pureza, a integridade e a santidade. Deus reprova nossas ações egoístas motivadas apenas pela própria satisfação.
Muita gente pretende hoje transformar a igreja em uma discoteca, ou área de lazer, ou até mesmo em um lugar de entretenimento. O argumento é o mesmo de sempre: Eu preciso me sentir bem na igreja mesmo que tenha que comprometer a verdadeira adoração. Deus não está atrás de pessoas que estejam buscando-o apenas por razões cômodas. Muitos estão procurando um Deus que esteja disposto a se submeter aos seus próprios gostos e desejos. Infelizmente, por conta do fortíssimo existencialismo e relativismo, a vontade de Deus não é mais tão relevante. Aliás, gradativamente, por conta do existencialismo e relativismo Deus é trazido para a esfera humana. O templo de hoje tem, aos poucos, se tornado um lugar de entretenimento e de encontros sociais do que um centro de adoração. Uma prova disso são as músicas baseadas nos gostos humanos, os cultos baseados nos gostos humanos, as mensagens baseadas aos gostos humanos, os apelos baseados nos gostos humanos, as roupas que usam baseadas nos gostos humanos, enfim, parece que em tudo, os humanos colocam suas impressões, seus gostos e desejos.
            No entanto, há pessoas sinceras, tementes e cheias de desejo de agradar, servir e de se submeter a Deus completamente. Há pessoas que não estão preocupadas com seus próprios gostos e desejos, pelo contrário, se sentem alegres, satisfeitas e felizes em renunciar-se por amor ao seu Mestre Jesus. Nisto é que está a verdadeira essência da verdadeira adoração. Aqueles que servirem ao Senhor seguindo Sua vontade, Deus mesmo se manifestará poderosamente em suas vidas assim como se manifestou no antigo Israel quando possuíam semelhante comportamento de devoção plena.

Leitura Adicional

            “A graça de Deus que, se recebida, leva à prática das coisas certas, é a linha de demarcação entre os filhos de Deus e a multidão dos que não creem. Enquanto uns são levados em cativeiro a Cristo, outros são levados ao cativeiro e à servidão do príncipe das trevas. Aqueles que responderam ao apelo de Cristo são iluminados por Seu amor. Mostram os louvores daquele que os chamou das trevas para Sua maravilhosa luz. Não podem deixar de empregar seus talentos para manifestar a graça que foi derramada tão generosamente sobre eles. Alistaram-se no exército daqueles que se esforçam para promover a glória de Deus e, assim, se tornaram canais de luz. Dóceis e obedientes, fazem parte dos que são chamados pela inspiração “sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus” (I Pe 2:9).
Juntamente com a paz e alegria daqueles que, assim, servem a Deus, sempre se vê um temor piedoso, de que “sendo-nos deixada a promessa de entrar no descanso de Deus, suceda parecer que algum de vós tenha falhado” (Hb 4:1). Esse santo temor é inteiramente apropriado. Não é um medo servil e covarde, é uma preocupação de não fazer coisa nenhuma que Cristo não aprove. Esse temor regula a experiência cristã. Os que o sentem santificam o Senhor em seu coração.Consideram Deus com reverência e amor que levam à auto-humilhação. Mas o temor é muito diferente do terror de um escravo, que vive na expectativa do chicote. Esse medo genuíno leva à firme confiança em Deus” (Signs of the Times, 22 de setembro de 1898).

            “Não devia haver nenhum desleixo e falta de asseio naqueles que compareciam diante dEle quando fossem a Sua santa presença. E por que isso? Qual era o objetivo de todo esse cuidado? Era meramente para recomendar o povo a Deus? Era meramente para obter Sua aprovação?
A razão que me foi dada era esta: para que fosse causada correta impressão sobre o povo. Se os que ministravam no ofício sagrado deixassem de manifestar cuidado e reverência para com Deus, em seu traje e na sua conduta, o povo perderia seu temor e sua reverência para com Ele e Seu serviço sagrado.
 Se os sacerdotes mostravam grande reverência para com Deus sendo muito cuidadosos e muito meticulosos ao comparecerem à Sua presença, isso dava ao povo elevada idéia de Deus e Seus requisitos. Mostrava-lhes que Deus é santo, que Sua obra é sagrada e que tudo quanto se relaciona com o Seu trabalho precisa ser santo; que precisa estar livre de tudo que se caracterize pela impureza e falta de asseio; e que deve ser removida toda corrupção dos que se aproximam de Deus” (Mensagens Escolhidas, v.3, p. 250, 251).
           
SEGUNDA, 25 DE JULHO
Fogo do Senhor
 (Lv 10:1-11; Êx 30:9; Lv 16:12; 10:9)
           
Interessante notar que, o mesmo fogo que consumiu a oferta em sinal de aprovação de Deus, foi o mesmo fogo capaz de consumir Nadabi e Abiú em sinal de reprovação. É válido lembrar que, a mesma glória que glorificará o povo de Deus na segunda vinda de Cristo será a mesma glória que consumirá os ímpios. Esta lição é importante para nós, pois, muitos tratam a adoração, a fé e a Deus como questões periféricas de nossa vida. Claro que este trato não é de boca ou convicção. Na verdade demonstramos tal fato em nossos atos, devoção e adoração. Nossa vida também deve ser uma demonstração clara da maneira como realmente encaramos a Deus e a adoração.
A narrativa de Nadabi e Abiú é um pouco semelhante à oferta de Caim quando rejeitada por Deus. Ellen White comenta que “Os filhos de Arão tomaram fogo comum, o qual Deus não aceitava, e insultaram ao infinito Deus, apresentando fogo estranho diante dele. Deus os consumiu com fogo, por causa do desrespeito à Sua expressa orientação. Tudo que faziam era como a oferta de Caim” (No Deserto da Tentação, p. 97). O que torna essas narrativas semelhantes não são os aspectos externos, mas, os aspectos da irreverência, rebeldia e intransigência quanto aos fatores envolvidos que correspondem a vontade de Deus. Por esta razão é que as duas histórias são assemelhadas e nos transmitem lições importantes que, infelizmente, são poucos os que conseguem enxergar. A pergunta séria que devemos fazer diante destes ensinamentos seria: O que estou oferecendo e fazendo para Deus realmente é o que Ele deseja? Pela milésima vez, não podemos nos esquecer que, a verdadeira adoração possui como centro ou alicerce: a vontade Deus em detrimento da vontade humana. Nossa devoção e adoração sempre será imperfeita enquanto permanecermos aqui neste mundo de pecado. No entanto, o que Deus julga é o melhor que podemos oferecer dentro dos aspectos que envolvem a Sua vontade e não a nossa. Se oferecermos a Ele nossa adoração, no melhor que pudermos, mas, nas condições de Sua vontade, mesmo que sejam imperfeitas, elas subirão diante do trono do Altíssimo transformadas e purificadas e Ele responderá dando sua impressão de aceitação.

Leitura Adicional

“Os filhos de Arão tomaram fogo comum, o qual Deus não aceitava, e insultaram ao infinito Deus, apresentando fogo estranho diante dele. Deus os consumiu com fogo, por causa do desrespeito à Sua expressa orientação. Tudo que faziam era como a oferta de Caim. O divino Salvador não estava representado.
Se esses filhos de Arão tivessem um domínio claro de suas faculdades mentais, teriam discernido a diferença entre o fogo sagrado e o profano. A satisfação do apetite lhes aviltou as faculdades e ficaram com a mente obscurecida de tal maneira que não puderam ter discernimento. Compreendiam muito bem o caráter sagrado do cerimonial típico e da venerável solenidade e responsabilidade que deveriam assumir ao se apresentarem diante de Deus para ministrar o serviço sagrado.
Alguns poderão perguntar: Como podem os filhos de Arão ser responsabilizados, sendo que sua mente estava tão paralisada pela intoxicação, que eles não estavam aptos para discernir a diferença entre o fogo sagrado e o comum? Quando levaram o copo aos lábios, tornaram-se responsáveis por todos os atos cometidos enquanto estavam sob a influência do vinho. A condescendência com o apetite custou a vida àqueles sacerdotes. Deus proíbe expressamente o uso do vinho, que tem influência para rebaixar o intelecto.
"E falou o Senhor a Arão, dizendo: Vinho ou bebida forte tu e teus filhos contigo não bebereis, quando entrardes na tenda da congregação, para que não morrais; estatuto perpétuo será isso entre as vossas gerações, para fazer diferença entre o santo e o profano e entre o imundo e o limpo, e para ensinar aos filhos de Israel todos os estatutos que o Senhor lhes tem falado pela mão de Moisés." Lev. 10:8-11. (No Deserto da Tentação, p. 97 e 98).

TERÇA, 26 DE JULHO
Você é feliz, ó Israel
(Nm 20:8-12; Dt 33:26-29)

            Com Deus, o que poderia sair errado? O povo de Israel somente encontrou desgraças ao seu redor e em seu meio somente quando se afastavam de Deus quebrando os Seus mandamentos. Permanecer ao lado do Senhor sempre resulta em bênçãos, proteção e prosperidade. Israel foi um testemunho claro do significado exato da palavra obediência ou desobediência. Um escudo protetor sempre esteve com o povo enquanto permaneciam abraçados à aliança feita com Jeová. No entanto, todas as vezes em que viravam as costas para Deus, o escudo protetor que os protegia e as bênçãos que recebiam deixavam de ser uma realidade. Aqui está uma verdade incontestável, é impossível ser abençoado por Deus vivendo no pecado. É impossível receber a proteção de Deus permanecendo na rebelião. É impossível ser salvo apenas possuindo um suposto coração sincero quando nossos atos não correspondem a fé que professamos crer. Passar o verniz da boa religião não é capaz de nos tornar essencialmente puros e íntegros. Seremos felizes com Deus somente se, genuinamente permanecermos ao Seu lado de maneira irrestrita. Os cuidados especiais do Senhor só podem acompanhar a vida dos que são tementes e entregam seus gostos e suas vidas ao controle total e absoluto do Espírito Santo. Não há outro caminho e não há outra solução.
            Esta lição é fundamental e reflete uma vida de verdadeira ou falsa adoração. O Senhor deseja nossa felicidade e oferece Seu mais sublime amparo. Ele nos ama e coloca a nossa disposição suas mais preciosas bênçãos. O que poderia sair errado quando estamos com Ele? A resposta é simples: Absolutamente nada. Mesmo os acontecimentos ruins se transformarão em bênçãos. Mas é necessário fazer valer nossa confiança Nele e buscar de todo o coração a pureza e a integridade, ingredientes estes que, precisam ser uma realidade na vida de qualquer ser humano que deseje o título de Cristão.

Leitura Adicional

            “[Moisés] Não atribuiu ao poder e glória de Deus o jorrar de novo a água da rocha, e portanto não O glorificou diante do povo. Por esta falha da parte de Moisés, Deus não permitiria que ele guiasse o povo à Terra Prometida.
Esta necessidade de manifestação do poder de Deus tornava a ocasião solene, e Moisés e Arão deviam tê-la aproveitado para causar uma impressão favorável sobre o povo. Mas Moisés estava perturbado e, em impaciência e ira com o povo, por causa de suas murmurações, disse: "Ouvi agora, rebeldes, porventura tiraremos água desta rocha para vós?" Núm. 20:10. Em assim falando, ele admitia virtualmente ao murmurador Israel que eles estavam certos em acusá-lo de os ter tirado do Egito. Deus havia perdoado ao povo maiores transgressões do que este erro da parte de Moisés, mas não podia tratar o pecado em um líder de Seu povo, da mesma forma como nos liderados. Não podia desculpar o pecado de Moisés e permitir sua entrada na Terra Prometida.
Aqui deu o Senhor a Seu povo uma prova inconfundível de fora o poderoso Anjo, e não Moisés, que havia operado tão maravilhosa libertação em favor deles, tirando-os da servidão egípcia, que estava seguindo adiante deles em todas as suas jornadas, e de quem Ele dissera: "Eis que Eu envio um Anjo diante de ti, para que te guarde neste caminho, e te leve ao lugar que te tenho aparelhado. Guarda-te diante dEle, e ouve a Sua voz, e não O provoques à ira: porque não perdoará a vossa rebelião; porque o Meu nome está nEle." Êxo. 23:20 e 21. (História da Redenção, p. 166).

QUARTA, 27 DE JULHO
Uma atitude de entrega
(I Sm 1)

            Que exemplo magnífico e poderoso! Assim como Abraão, Ana não poupou seu próprio filho e ofereceu-o ao Senhor para servi-lo no templo. O seu grande sonho era ter um filho, mas nenhum sonho era-lhe maior do que o de agradar e servir a Deus.
            Esta narrativa ilustra bem como deve ser nossa vida de adoração. Aos moldes do melhor que podemos oferecer, percebemos que tudo deve estar ornamentado com os gostos e vontades do Senhor. Nossos gostos não podem estar acima dos valores e princípios determinados pelo criador. Nossa adoração deve refletir nossa disposição de fazer Sua vontade em detrimento da nossa.
            Em nossos dias, infelizmente, muitos fazem de sua vida um centro de adoração a si próprio. Alguns cantores cristãos, ao invés de desenvolverem um louvor e adoração que foque totalmente a vontade de Deus, fazem de seus cânticos e louvor uma demonstração clara de quem estão adorando: o próprio eu. Isto se revela quando ignoram valores e princípios que permeiam seus comportamentos e músicas. Quando misturam música mundana com letra religiosa estão voltando a adoração para o próprio ego ou gosto pessoal. Da mesma forma, muitos dos que vão à igreja para adorar, dependendo do pregador ou da mensagem, se retiram e vão embora. Estas atitudes, assim como muitas outras, refletem o tipo de adoração que existe neles, o de transformar o momento do culto em um centro de adoração que reflita suas próprias convicções. Isto é muito sério e precisamos entender bem o verdadeiro sentido da adoração. Deus é quem deve ser adorado e isto significa que, a adoração como um todo, deve ser voltada para Ele e por Ele. Nossos gostos e vontades precisam ser transformados e renovados pela presença e poder do Espírito Santo. Infelizmente, muitos estão vindo do Egito, mas, o Egito ainda permanece dentro deles. Além de o Egito ainda permanecer dentro de alguns professos cristãos, ao invés de mudarem suas vidas, estão tentando moldar o Senhor Deus aos gostos e vontades humanas.  Não é Deus que deve se entregar a nós, mas nós é que devemos nos entregar a Deus totalmente.

Leitura Adicional

            “Este grande poder na oração. Nosso grande adversário está constantemente buscando perturbar a mente, mantendo-a longe de Deus. Um apelo ao Céu, feito pelo mais humilde santo, é mais temido por Satanás do que os decretos dos gabinetes ou os mandados dos reis.
            A oração de Ana não foi ouvida pelos ouvidos mortais, mas penetrou os ouvidos do Senhor dos Exércitos. Sinceramente, ela apelou para que Deus tirasse sua reprovação e lhe concedesse o benefício mais valorizado pelas mulheres daquela época- a bênção da maternidade. Enquanto lutava em oração, sua voz não pronunciava nenhum som, mas seus lábios se moviam, e seu semblante dava provas de profunda emoção. E então, outro julgamento aguardava a humilde suplicante. Quando os olhos de Eli, o sumo sacerdote, caíram sobre ela, ele concluiu apressadamente que ela estava embriagada. As folias festivas quase haviam suplantado a verdadeira piedade entre o povo de Israel. Casos de intemperança, mesmo entre as mulheres, eram freqüentes, e Eli decidiu ministrar o que considerava uma merecida reprimenda. ‘Até quando você continuará embriagada? Abandone o vinho! (I Sm 1:14).
            Ana tinha estado em comunhão com Deus. Ela acreditava que sua oração tinha sido ouvida, e a paz de Cristo enchia seu coração. Sua natureza era gentil e sensível, mas não condescendeu nem à tristeza nem à indignação pela acusação injusta de embriaguez na cada de Deus. Com a devida reverência para com o ungido do Senhor, ela calmamente repeliu a acusação e afirmou o motivo de sua emoção...Em sua oração, Ana tinha prometido que, se seu pedido fosse atendido, ela dedicaria o filho ao serviço de Deus. Esse voto, ela deu a conhecer ao mando, e ele o confirmou em um ato de adoração, antes de deixar Siló” (Signs of the Times, 27 de outrubro de 1881).


QUINTA E SEXTA, 28 e 29 DE JULHO
Adoração e obediência
(I Sm 15:22, 23)

             Adoração e obediência estão bem amalgamados um ao outro. Um depende do outro quando o contexto é adoração. A obediência deve ser uma realidade na vida dos que dizem servir a Deus. O título de cristão representa um povo que serve, obedece e adora o Deus dos Cristãos. Não há dúvidas que, no conflito entre falsa e verdadeira adoração, estão permeados valores que impulsionam a obediência a Deus ou desobediência. Ellen White esclarece que "Deus requer agora o que exigiu de Adão - perfeita obediência, justiça completa, sem falha aos Seus olhos." (ME, vol. 2, p. 381).
Também é contundente quando diz que "Deus nos ajude a dar-Lhe tudo quanto Sua lei requer." (ME, vol. 2, p. 381). Ela não está se referindo a perfeccionismo, mas à entrega completa da vida ao poder regenerador do Espírito Santo. O que verdadeiramente teme a Deus, farão o melhor para Ele seguindo Sua vontade em todas as coisas. A obediência determina de fato, de qual lado estamos neste grande conflito. Querendo ou não, a verdadeira adoração está muito longe de nossas próprias convicções e vontades. Adoração sem obediência não é adoração e jamais será.
            Neste contexto, cabe muito bem o estilo de vida que vivemos diante de Deus e dos homens, pois nossos atos, comportamentos e palavras refletem muito bem nossa obediência e a adoração. A transformação da vida, realizada pelo poder de Deus mostra de que lado estamos. Ela é progressiva, porém crescente. White esclarece que “A santificação não é uma obra instantânea, e, sim, progressiva, assim como a obediência é contínua. Enquanto Satanás lançar suas tentações sobre nós, a batalha pela conquista do próprio eu terá de ser travada reiteradas vezes; mas, pela obediência, a verdade santificará a alma. Os que são leais à verdade irão, pelos méritos de Cristo, vencer toda debilidade de caráter que os levou a serem moldados por todas as multiformes circunstâncias da vida” (Signs of the Times, 19 de maio de 1890).

Leitura Adicional

            “Saul havia agora sido submetido à prova final. Sua arrogante desconsideração pela vontade de Deus, mostrando sua determinação de governar como um rei independente, provou que não se lhe poderia confiar poder real como representante do Senhor. Enquanto Saul e seu exército marchavam para casa no entusiasmo da vitória, havia profunda angústia no lar do profeta Samuel. Ele havia recebido uma mensagem do Senhor, denunciando o procedimento do rei: "Arrependo-Me de haver posto a Saul como rei; porquanto deixou de Me seguir, e não executou as Minhas palavras." I Sam. 15:11. O profeta ficou profundamente magoado pela conduta do rei rebelde, e chorou e orou a noite toda pedindo uma revogação da terrível sentença.
O arrependimento de Deus não é como o do homem. "Aquele que é a Força de Israel não mente nem Se arrepende; porquanto não é um homem para que Se arrependa." I Sam. 15:29. O arrependimento do homem implica uma mudança de intuitos. O arrependimento de Deus implica uma mudança de circunstâncias e relações. O homem pode mudar sua relação para com Deus, conformando-se com as condições sob as quais pode ser levado ao favor divino; ou pode, de moto próprio, colocar-se fora da condição favorável; mas o Senhor é o mesmo "ontem, e hoje e eternamente". Heb. 13:8. A desobediência de Saul mudou sua relação para com Deus; mas as condições de aceitação por parte de Deus ficaram inalteradas - as reivindicações de Deus eram ainda as mesmas; pois nEle "não há mudança nem sombra de variação". Tia. 1:17.
Com coração dolorido o profeta partiu na manhã seguinte para encontrar-se com o rei, que procedia erradamente. Samuel acariciava a esperança de que, refletindo, pudesse Saul ter consciência de seu pecado, e, pelo arrependimento e humilhação, ser de novo restabelecido ao favor divino. Quando, porém, o primeiro passo é dado no caminho da transgressão, este caminho se torna fácil. Saul, aviltado por sua desobediência, veio ao encontro de Samuel com uma mentira nos lábios. Exclamou: "Bendito tu do Senhor; executei a palavra do Senhor."
Os sons que vinham aos ouvidos do profeta desmentiram a declaração do desobediente rei. À incisiva pergunta: "Que balido, pois, de ovelhas é este nos meus ouvidos, e o mugido de vacas que ouço?" Saul respondeu: "De Amaleque as trouxeram; porque o povo perdoou ao melhor das ovelhas e das vacas, para as oferecer ao Senhor seu Deus; o resto porém, temos destruído totalmente." I Sam. 15:13-15. O povo havia obedecido às determinações de Saul; mas, a fim de defender-se, queria este atribuir a eles o pecado de sua desobediência.
A mensagem da rejeição de Saul trouxe indizível pesar ao coração de Samuel. Tinha ela de ser transmitida perante todo o exército de Israel, quando estava cheio de orgulho e regozijo triunfal por uma vitória que se atribuía ao valor e às aptidões de general de seu rei, pois que Saul não havia relacionado com Deus o êxito de Israel nesse conflito; mas, quando o profeta viu a prova da rebelião de Saul, foi tomado de indignação pelo fato de que aquele que fora tão altamente favorecido por Deus, transgredisse o mandamento do Céu, e levasse Israel ao pecado. Samuel não foi enganado pelo subterfúgio do rei. Com um misto de dor e indignação, declarou: "Espera, e te declararei o que o Senhor me disse esta noite. ... Porventura, sendo tu pequeno aos teus olhos, não foste por cabeça das tribos de Israel? e o Senhor te ungiu rei sobre Israel." Repetiu a ordem do Senhor com relação a Amaleque, e perguntou os motivos da desobediência do rei.
Saul persistiu na justificação de si mesmo: "Antes dei ouvidos à voz do Senhor, e caminhei no caminho pelo qual o Senhor me enviou; e trouxe a Agague, rei de Amaleque, e os amalequitas destruí totalmente. Mas o povo tomou do despojo ovelhas e vacas, o melhor do interdito, para oferecer ao Senhor teu Deus em Gilgal."
Com severas e solenes palavras o profeta varreu o refúgio de mentiras, e pronunciou a irrevogável sentença: "Tem porventura o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à palavra do Senhor? eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros. Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e o porfiar é como iniqüidade e idolatria. Porquanto tu rejeitaste a palavra do Senhor, Ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei." (Patriarcas e Profetas, p. 629-631)
                                   
Gilberto G. Theiss, nascido no estado do Paraná, é membro da Igreja adventista do Sétimo dia desde 1996. Crê integralmente nas 28 doutrinas Adventista como consta no livro “Nisto Cremos” lançado pela “Casa Publicadora Brasileira”. Foi ancião por 3 anos na Igreja Adventista do Sétimo dia da cidade Nova Rezende/MG e por 6 anos na Igreja Central de Guaxupé/MG. Foi Obreiro bíblico na mesma cidade e hoje, além de ser coordenador do curso básico de reforço teológico para líderes de igreja pelo site www.altoclamor.com, está Bacharelando no Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia. Gilberto G. Theiss é autor de alguns livros e é inteiramente submisso e fiel tanto a mensagem bíblico-adventista quanto a seus superiores no movimento Adventista como pede hebreus 13:17. Toda a mensagem falada ou escrita por este autor é filtrada plenamente pelo que rege a doutrina bíblica-adventista do sétimo dia. Contato: gilbertotheiss@yahoo.com.br