Comentário da Lição da Escola Sabatina – Lição 09 – 1º Trimestre 2011 (21 a 28 de maio)


Comentário da Lição da Escola Sabatina – Lição 09 – 1º Trimestre 2011 (21 a 28 de maio)

Observação: Este comentário é provido de Leitura Adicional no fim de cada dia estudado. A leitura adicional é composta de citações do Espírito de Profecia. Caso considere-a muito grande, poderá optar em estudar apenas o comentário ou vice versa.

Comentário: Gilberto G. Theiss

SÁBADO, 21 DE MAIO
Um tição tirado do fogo
(Zc 3:4)

            “Eis que tenho feito que passe de ti a tua iniquidade e te vestirei de finos trajes” (Zc 3:4).

            É de suma importância entender que o grande conflito, entre  Cristo e Satanás, não é uma vaga história fictícia ou uma bela utopia montada para conter a promiscuidade ou violência. O grande conflito é real e ao longo dos anos têm extraído dos seres humanos suas mais íntimas decisões no que tange a redenção eterna ou perdição eterna. As coisas da vida, as ideologias, sonhos e realizações que tanto nos enche os olhos nos fazem não levar muito a sério o enredo espiritual que dramaticamente nos envolve. As ambições muito bem arquitetadas por satanás revestidas de beleza e significado nos faz elaborar boas justificativas para desacreditar em Deus ou, no mínimo, nos fazer distanciar Dele.
            É bem realidade que estamos inseridos nesta guerra espiritual que, se observarmos no decorrer de todas as histórias do mundo antigo, perceberemos que a religião sempre foi decisiva ou marcante em todas as épocas. Isto demonstra claramente que existe algo místico, sobrenatural e fundamentalmente religioso em todas as facetas da vida e da existência. Mesmo em nossos dias, por mais que tentem separar a fé da ciência, da sociologia, da filosofia ou da política, percebe-se nitidamente que pode estar havendo mais religião em um sistema filosófico ateu do que em uma religião propriamente dita. A maneira como estes indivíduos combatem a religião fazem de suas crenças tão religiosas quanto.
            A guerra neste planeta está em curso. Anjos estão se movimentando por todos os lados e nossa mente é o centro ou campo desta grande batalha. Se não estivermos atentos e se não vigiarmos as avenidas da alma (sentidos) seremos frágeis nos tornando prezas fáceis nas mãos dos nossos inimigos: as potestades do inferno. A salvação e os meios para alcança-la se tornou um dos temas mas controversos mesmo dentro da própria religião e será este tema que abordaremos mais uma vez nesta semana.

Leitura Adicional

            “A transgressão quase alcançou os seus limites. A confusão enche o mundo, e breve cairá grande terror sobre os seres humanos. O fim está mui perto. O povo de Deus deve se preparar para o que está prestes a sobrevir ao mundo como avassaladora surpresa” (Orientação da Criança, pág. 555).

“O "tempo de angústia como nunca houve" está prestes a manifestar-se sobre nós; e necessitaremos de uma experiência que agora não possuímos, e que muitos são demasiado indolentes para obter. Dá-se muitas vezes o caso de se supor maior a angústia do que em realidade o é; não se dá isso, porém, com relação à crise diante de nós. A mais vívida descrição não pode atingir a grandeza daquela prova. Naquele tempo de provações, toda alma deverá por si mesma estar em pé perante Deus. "Ainda que Noé, Daniel e Jó" estivessem na Terra, "vivo Eu, diz o Senhor Jeová, que nem filho nem filha eles livrariam, mas só livrariam as suas próprias almas pela sua justiça." Ezeq. 14:20” (O Grande Conflito, págs. 622 e 623).

“O último grande conflito entre a verdade e o erro não é senão a luta final da prolongada controvérsia relativa à lei de Deus. Estamos agora a entrar nesta batalha - batalha entre as leis dos homens e os preceitos de Jeová, entre a religião da Bíblia e a religião das fábulas e da tradição” (O Grande Conflito, pág. 582).

“Os que se colocam sob a liderança de Deus, para ser por Ele guiados, compreenderão a constante corrente dos acontecimentos que Ele ordenou. Inspirados pelo Espírito dAquele que deu a vida pela vida do mundo, não se deixarão ficar por mais tempo impotentes, apontando para as coisas que não podem fazer. Vestindo a armadura do Céu, sairão à peleja, dispostos a agir ousadamente em favor de Deus, sabendo que Sua onipotência lhes suprirá as necessidades” (Testimonies, vol. 7, pág. 14).

“Devemos estudar os grandes sinais da estrada que indicam os tempos em que vivemos. ... Devemos orar agora com o máximo fervor para estarmos preparados para as lutas do grande dia da preparação de Deus” (Carta 97, 1895).

                       
DOMINGO, 22 DE MAIO
Zeloso por Jerusalém
(Zc 1 e 2)

            Muitas das vezes Deus permite que sejamos oprimidos e sobrecarregados com os cuidados desta vida. Parece um paradoxo, mas é exatamente nos momentos de sofrimento que nos voltamos para Deus buscando-o como nunca. Israel havia sido dominado por Babilônia e grande infortúnio lhes sobrecarregou as esperanças. No entanto, as mensagens dadas por Zacarias lhes reacendeu novamente a esperança do cuidado e presença de Deus.
            Observe que, nada pode ser mais triste para um cristão de nossos dias do que a sensação de sermos abandonados por Deus. É bem verdade que Deus jamais nos abandona, mas, quando temos esta sensação parece que o mundo está desabando bem encima de nossa cabeça. O sofrimento e a angústia deste sentimento são quase que impossível de ser suportados. Foi exatamente isto que ocorreu com muitos Israelitas. Por esta razão Deus lhes ressuscitou as esperanças dizendo: “com grande empenho, estou zelando por Jerusalém com misericórdia; a Minha casa nela será edificada, diz o Senhor dos Exércitos, e o cordel será estendido sobre Jerusalém” (Zc 1:14, 16).
            Deus jamais abandona seu povo querido. Na verdade somos nós que nos afastamos Dele para aproveitarmos com mais intensidade o mundo. Este perigo todos nós corremos hoje e Deus não tem culpa alguma se colhermos muitas desgraças como o povo do passado. Se Israel voltasse arrependido Deus prontamente os aceitaria dando-lhe encorajamento para a reconstrução do tempo e de Jerusalém. A salvação não estava no templo e nem na cidade, mas, estas, poderiam ser apenas um símbolo claro do desejo do povo em voltar aos braços de Deus.

Leitura Adicional

            “O profeta Zacarias, filho de Baraquias, filho de Ido começou a profetizar no vigésimo quarto dia do mês undécimo..., no segundo ano de Dario (Zc 1:7), poucos dias depois de o Senhor ter assegurado aos isralelitas, por intermédio de Ageu, que a glória da casa que estavam construindo seria maior que a glória do antigo templo construído por Salomão. A primeira mensagem de Zacarias foi uma certeza de que a palavra de Deus nunca falha, e uma promessa de bênçãos aos que ouvem a palavra segura da profecia. ....
            Os israelitas retomaram com fé  a obra do Senhor. As dificuldades com que eles começaram a trabalhar foram as mais desanimadoras. A adversidade havia impedido seus esforços de alcançar prosperidade temporal. A adversidade havia impedido seus esforços de alcançar prosperidade temporal. Seus campos jaziam devastados; seus escassos depósitos de provisões estavam se esvaziando rapidamente. No entanto, em face da fome, e cercados por povos hostis, eles avançaram em resposta ao apelo dos mensageiros de Deus , e começaram novamente a restaurar as ruínas do templo. Essa obra requereu muita fé, e o Senhor lhes deu garantias especiais por meio de Ageu e Zacarias de que sua fé seria ricamente recompensada, e que Sua palavra não falharia. Os construtores não foram deixados a lutar sozinhos, pois ‘com eles [estavam] os... profetas de Deus, que os ajudavam’, e o próprio Senhor dos Exércitos lhes havia declarado: Sede fortes, ‘e trabalhai, porque Eu sou convosco’ (Ag 2:4).
            Misericordiosamente, o Senhor advertiu Seu povo contra o perigo de voltar às antigas formas de negligência e indiferença egoísta. Ele lhes revelou a necessidade de adorá-Lo na beleza da Sua santidade. Em anos anteriores, alguns cujos corações haviam sido contaminados pelo pecado, tinham procurado agradá-Lo com o esplendor de muitos ritos e cerimônias no belo templo, construído por Salomão, mas sua adoração não havia sido agradável a Deus, de quem está escrito: ‘Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal e a opressão não podes contemplar’ (Hc 1:13).
            Nos dias escuros de apostasia, antes do cativeiro, Deus tinha declarado a Seu povo impenitente: ‘Aborreço, desprezo as vossas festas. ... ainda que Me ofereçais holocaustos e vossas ofertas de manjares, não Me agradarei deles, nem atentarei para as ofertas pacíficas de vossos animais cevados’ (Am 5:21, 22). ‘Pois misericórdia quero, e não sacrifícios, e o conhecimento de Deus, mais do que holocaustos’ (Os 6:6).
            Os israelitas que estavam empenhados tão diligentemente na reconstrução da casa do Senhor precisavam estar constantemente cientes de que ‘não habita o Altíssimo em casas feitas por mãos humanas; com diz o profeta: O Céu é o Meu trono, e a Terra,  o estrado dos Meus pés; que casa Me edificareis, diz o Senhor, ou qual é o lugar do Meu repouso? (At 7:48,49). Porque assim diz o Alto, o Sublime, que habita a eternidade, o qual tem o nome de Santo: Habito no alto e santo lugar, mas habito também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e vivificar o coração dos contritos” (Review and Herald, 19 de dezembro de 1907).
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SEGUNDA, 23 DE MAIO
O acusador e o acusado
 (Zc 3:1)
           
            Embora o anjo caído seja um enganador, dissimulador e mentiroso, de um fato não podemos negar, quando ele nos acusa diante de Deus de sermos transgressores, pecadores e sem mérito algum, ele está falando de verdades incontestáveis. Todos nós somos pecadores e realmente somos indignos dos méritos de Cristo para nossa salvação. No entanto, sendo indignos ou não, Deus nos ama tanto que oferece o sacrifício de Jesus como pagamento integral por nossas vidas. Jesus pagou o resgate necessário. Nele a misericórdia e a justiça se abraçaram com o objetivo de nos inocentar diante da justiça eterna de Deus. Se aceitarmos esta grandiosa dádiva e com sinceridade devolvermos a nossa vida ao verdadeiro dono, que é Deus, então a graça provida pelo sangue derramado na cruz será nossa defesa no dia do juízo.
            “Satanás sabe que os que buscam o perdão e a graça de Deus os obterão; por isto apresenta diante deles os seus pecados para os desencorajar” (Profetas e Reis, p. 587). Por isto, ele nos acusa dia e noite (Ap 12:10) e nos leva ao desespero para não buscar o perdão de Deus. Mas, quando ele levanta uma difamação a nosso respeito, se buscarmos o perdão divino, é neste momento que Jesus levanta suas mãos ao Pai para dizer que por este Ele havia morrido. O plano da salvação é perfeito, nenhuma mente humana por mais brilhante que seja seria capaz de bolar uma narrativa e elaborar uma estratégia tão complexa e perfeita como esta. A justiça e a misericórdia através de Deus puderam se abraçar perfeitamente a nosso favor. Sem dúvida, Deus é esplêndido e maravilhoso e sábio demais para cometer erros. Nós sim, somos tolos demais para não errar.

Leitura Adicional

            “Uma ilustração muito viva e impressionante da obra de Satanás e da de Cristo, e do poder de nosso Mediador para vencer o acusador de Seu povo, é dada na profecia de Zacarias. Em santa visão contempla o profeta a Josué, o sumo sacerdote, "vestido de vestidos sujos" (Zac. 3:3), diante do Anjo do Senhor, suplicando a misericórdia de Deus em favor de seu povo, que se acha em profunda aflição. Satanás acha-se a Sua mão direita, para Lhe resistir. Por isso que Israel fora escolhido para preservar na Terra o conhecimento de Deus, tinham sido eles desde quando vieram a existir como nação, o objeto especial da inimizade de Satanás, e ele determinara promover sua destruição. Não lhes podia ele fazer mal algum enquanto fossem obedientes a Deus; por isso fez todo o seu poder e astúcia para os induzir ao pecado. Enganados por suas tentações, haviam transgredido a lei de Deus, separando-se assim da Fonte de sua força, tendo sido deixados a tornar-se presa de seus inimigos gentios. Foram levados em cativeiro para a Babilônia, e ali permaneceram por muitos anos. Entretanto, não foram abandonados pelo Senhor. Foram-lhes enviados Seus profetas, com repreensões e advertências. O povo foi desperto para reconhecer sua culpa, humilharam-se perante Deus e a Ele volveram com arrependimento verdadeiro. Então o Senhor lhes enviou mensagens de animação, declarando que os livraria do cativeiro e os restauraria ao Seu favor. Isso era o que Satanás estava resolvido a impedir. Já um remanescente de Israel voltara para sua terra, e procurava Satanás levar as nações pagãs, que eram agentes seus, a destruí-los por completo. Quando Josué roga humildemente o cumprimento das promessas de Deus, ergue-se Satanás ousadamente, para lhe resistir. Aponta para as transgressões de Israel como razão de não dever o povo ser restaurado ao favor de Deus. Reclama-os como presa sua, e requer que sejam entregues em suas mãos, para serem destruídos.
O sumo sacerdote não se pode defender, nem ao seu povo, das acusações de Satanás. Não alega que Israel esteja livre de falta. Em suas vestes sujas, simbolizando os pecados do povo, com os quais ele arca como representante seu, está ele perante o anjo, confessando a falta deles, mas ao mesmo tempo alegando seu arrependimento e humilhação, confiando na misericórdia de um Redentor que perdoa o pecado e, com fé, suplicando as promessas de Deus” (Testemunhos para a Igreja, v. 5, p. 467-469).

            “Josué representa os que estão buscando a Deus e guardam Seus mandamentos. Desde a queda, Satanás tem procurado trazer desonra sobre a causa de Deus. A palavra de Deus declara que ele é o acusador dos irmãos. À medida que o fim de aproxima, ele trabalha com determinação cada vez maior para levar o povo de Deus à condenação. Satanás é representado como aquele que apresenta os enganos e erros que levou o povo de Deus a cometer, alegando-os como um motivo pelo qual o Senhor não deve abençoá-los nem guardá-los. Ele afirma que é seu direito fazer com eles o que lhe agrada. Para nós, é impossível compreender seus planos se não tivermos o Espírito de Deus habitando no coração. É o cuidado dos anjos celestiais que nos impede de ser destruídos pelo poder cruel de Satanás, pois os que buscam a Deus e estão se preparando para a vinda de Cristo são objetos de sua inimizade. Ele está em constante busca para leva-los à reprovação diante de Deus. Ele é representado como quem resiste à obra de Jesus em favor de Deu povo. ‘O sumo sacerdote Josué... estava diante do Anjo do Senhor, e Satanás estava à mão direita dEle, para se lhe opor. Mas o Senhor disse a Satanás: O Senhor te repreende, ó Satanás; sim, o Senhor, que escolheu a Jerusalém, te repreende; não é este um tição tirado do fogo?’” (Zc 3:1,2; Signs of the Times, 2 de junho de 1890).

            “Como Satanás acusou Josué e seu povo, assim em todos os séculos ele acusa os que buscam a misericórdia e o favor de Deus. Ele é o "acusador de nossos irmãos", e os acusa "de dia e de noite". Apoc. 12:10. A controvérsia se repete em relação a casa alma que é liberta do poder do mal, e cujo nome é escrito no livro da vida do Cordeiro. Jamais é alguém recebido na família de Deus sem que se exalte a decidida resistência do inimigo. Mas Aquele que foi então a esperança de Israel, sua defesa, justiça e redenção, é a esperança da igreja hoje.
As acusações de Satanás contra os que buscam ao Senhor não são movidas pelo desprazer pelos pecados deles. Ele exulta nos defeitos do seu caráter; pois sabe que é unicamente por suas transgressões da lei de Deus que ele obtém poder sobre eles. Suas acusações nascem unicamente de sua inimizade por Cristo. Através do plano da salvação, Jesus está quebrando o poder de Satanás sobre a família humana, e libertando as almas do seu poder. Todo o ódio e malignidade do arqui-rebelde se inflamam quando ele contempla as evidências da supremacia de Cristo; e com diabólico poder e astúcia ele trabalha para tirar dEle os filhos dos filhos dos homens que aceitaram a salvação. Ele leva os homens ao ceticismo, procurando que percam a confiança em Deus e fiquem separados do Seu amor; tenta-os a quebrar a lei, e então os reclama como seus cativos, contestando o direito de Cristo lhos arrebatar.
Satanás sabe que os que buscam o perdão e a graça de Deus os obterão; por isto apresenta diante deles os seus pecados para os desencorajar. Ele está sempre buscando ocasião contra os que estão procurando obedecer e apresentar o melhor e mais aceitável serviço a Deus, fazendo parecer corruptas todas essas iniciativas. Mediante astúcias sem conta, as mais sutis e mais cruéis, procura ele assegurar a sua condenação.
O homem não pode, em sua própria força, enfrentar as acusações do inimigo. Com suas vestes manchadas de pecado e em confissão de culpa, ele está perante Deus. Mas Jesus, nosso Advogado, apresenta uma eficaz alegação em favor de todo aquele que, pelo arrependimento e fé, confiou a guarda de sua alma a Ele. Ele defende sua causa, e mediante os poderosos argumentos do Calvário, derrota o seu acusador. Sua perfeita obediência à lei de Deus deu-Lhe poder no Céu e na Terra, e Ele reclama de Seu Pai misericórdia e reconciliação para com o homem culpado. Ao acusador do Seu povo Ele declara: "O Senhor te repreenda, ó Satanás. Estes são os que foram comprados com o Meu sangue, tição tirado do fogo." E aos que nEle descansam em fé, Ele dá a certeza: "Eis que tenho feito com que passe de ti a tua iniqüidade, e te vestirei de vestidos novos." Zac. 3:4” (Profetas e Reis, p. 586-587).
           
TERÇA, 24 DE MAIO
O Anjo do Senhor
(Êx 3:2-14; Zc 3:1,2)

            Josué estava vestido de vestes que representam bem nossa condição diante de Deus e dos homens. A sujeira nela contida era demonstração clara de nossa natureza e condição desfavorável. Somos completamente indignos e mesmo praticando boas obras ainda estaremos em dívida com a justiça divina. O anjo do Senhor que apareceu para Josué é o mesmo Anjo que hoje está intercedendo por nós no santuário celestial. Jesus, o príncipe da paz, o Deus conosco, Miguel que se levanta em defesa de Seu povo, como sumo sacerdote, hoje, está realizando uma obra de juízo a nosso favor. Ele é nosso advogado e está nos defendendo por suas obras e santidade. Ao mesmo tempo está desenvolvendo em nós sua imagem para que sua graça seja completa em nossa vida. O mesmo poder que nos habilita a sermos justos diante de Deus é o mesmo que nos prepara mente, corpo e espírito para habitar no Céu.
            Não precisamos temer já que temos este poderoso Anjo a nosso dispor. Tudo o que temos que fazer é, jamais se afastar dEle, e se por ventura, pelas coisas da vida, algo nos acontecer, não fique parado no chão, levante-se e se agarre aos pés da cruz para que Ele possa se levantar a nosso favor novamente. Não devemos fazer planos para pecar, mas, se por ventura isto ocorrer, corramos para os braços de Deus. Lembre-se que Ele conhece nossas mais profundas intenções e serão por elas que seremos julgados.

Leitura Adicional

            “O povo de Deus é aqui representado como delinqüente, em juízo. Josué, como sumo sacerdote, pede uma bênção para seu povo, que está em grande aflição. (Zac. 3.) Enquanto suplica a Deus, Satanás está a sua direita, como antagonista. Acusa os filhos de Deus e faz seu caso parecer tão desesperador quanto possível. Expõe ao Senhor seus pecados e faltas. Aponta seus erros e fracassos, esperando que pareçam aos olhos de Cristo num caráter tal, que não lhes prestará auxílio em sua grande necessidade. Josué, como representante do povo de Deus, está sob condenação, cingido de vestes imundas. Consciente dos pecados de seu povo, está opresso de desânimo.  Satanás carrega sua alma com um sentimento de culpa que o faz sentir-se quase sem esperança. Todavia, ali permanece como suplicante, com Satanás disposto contra ele” (Parábolas de Jesus, págs. 166 e 167).

            “A promessa feita a Josué destina-se a todo o povo remanescente de Deus: "Se andares nos Meus caminhos [não em vossos próprios caminhos] e observares os Meus preceitos, também tu julgarás a Minha casa e guardarás os Meus átrios, e te darei livre acesso entre estes que aqui se encontram." Zac. 3:7. Quem são esses "que aqui se encontram"? Os anjos de Deus. Pudessem os nossos olhos ser abertos, como o foram os do servo de Eliseu, em Dotã, e veríamos anjos maus ao nosso redor, impondo sua presença sobre nós, à espera de uma oportunidade para tentar-nos e vencer-nos; mas também veríamos santos anjos nos protegendo, e com sua luz e poder repelindo os anjos maus” (Historical Sketches, págs. 155 e 156).

            “A descrição que Zacarias faz de Josué, o sumo sacerdote, é uma impressionante representação do pecador pelo qual Cristo está intercedendo para que seja levado ao arrependimento. Satanás acha-se em pé à mão direita do Advogado, resistindo à obra de Cristo e pleiteando contra Ele que o homem é sua propriedade, visto que o escolheu como seu dominador. Mas o Defensor do homem, o Restaurador, o mais poderoso dos poderosos, ouve os reclamos e as alegações de Satanás, e lhe responde: "O Senhor te repreende, ó Satanás; sim, o Senhor, que escolheu Jerusalém, te repreende: não é este um tição tirado do fogo? Ora, Josué, vestido de vestidos sujos, estava diante do anjo. Então falando, ordenou aos que estavam diante dele, dizendo: Tirai-lhe estes vestidos sujos. E a ele lhe disse: Eis que tenho feito com que passe de ti a tua iniqüidade, e te vestirei de vestidos novos. E disse eu: Ponham-lhe uma mitra limpa sobre a sua cabeça. E puseram uma mitra limpa sobre a sua cabeça, e o vestiram de vestidos; e o anjo do Senhor estava ali". Zac. 3:2-5” (Fundamentos da Educação Cristã, p. 275).

            “Aqui encontramos uma representação do povo de Deus de hoje. Como Josué estava diante do Anjo, ‘trajando de veste sujas’, assim estamos na presença de Cristo, vestindo roupas de injustiça. Cristo, o Anjo, diante de quem Josué se apresentava, está agora intercedendo por nós junto ao Pai, assim como aqui é representado como estando a interceder por Josué e por seu povo que estava em grande aflição, e Satanás agora, como então, se põe a resistir a seus esforços” (Historical Sketches, p. 154).
           

QUARTA, 25 DE MAIO
Troca de roupas
(Zc 3)

            As vestes são um símbolo e como todo e qualquer símbolo, há uma verdade oculta por trás dele. Neste caso em específico, Deus está revelando que as vestes de justiça própria de Josué e do povo precisavam ser substituídas pela veste de justiça de Cristo. Desta forma, as vestes simbólicas de Jesus inocentam  Josué e o povo de seus pecados. É claro que as vestes de Jesus não nos inocentam quando recusamos seu chamado e quando não nos preocupamos em fazer de nossa vida um troféu de vitórias nas mãos de Deus. A graça de Cristo nos salva e também, através do tempo, nos transforma à semelhança de Jesus. Nosso caráter passa a ser regenerado dia a dia se tornando semelhante ao caráter de Cristo. Mas, o mais importante neste episódio é a garantia que Deus nos dá de sermos aceitos no Céu nos méritos daquele que é único digno de ser aceito pela justiça divina. É neste mérito que nossa vida passa a ser, perante Deus, como se jamais tivéssemos pecado. Isto nos leva a crer que, mesmo no Antigo Testamento, a salvação também era pela graça e jamais fora pelas obras.
            Quão felizes e tranquilos podemos ficar quando sabemos que, mesmo não merecendo o Céu, Jesus oferece sua graça maravilhosa como passaporte para a eternidade. Nossa roupa precisa ser abandonada; ou seja, o senso de querer oferecer algo por nossa salvação deve ser rejeitado. Isto não significa que não devemos lutar para sermos diferentes. Lembre-se que “Todo aquele que diz que O conhece, deve andar como Ele andou” (I Jo 2:6). A mesma graça que salva é a mesma que nos conduz as deveres da vida (Santificação, p. 81 e 87).

Leitura Adicional

            “Jesus refere-Se a Seu povo como um tição tirado do fogo, e Satanás compreende o que isto significa. Os infinitos sofrimentos do Filho de Deus no Getsêmani e no Calvário foram suportados para que Ele pudesse livrar Seu povo do poder do maligno. A obra de Jesus pela salvação das almas que perecem é como se Ele pusesse a mão no fogo para salvá-las. Josué, que representa o povo de Deus, trajado de vestes sujas, está em pé diante do anjo; como, porém, o povo se arrepende perante Deus pela transgressão de Sua lei, e se estende ao alto, pela mão da fé, para apegar-se à justiça de Cristo, Jesus diz: "Tirai-lhes as vestes sujas e vesti-os com vestes novas." (Zac. 3:4.). É unicamente pela justiça de Cristo que somos habilitados a guardar a lei. Os que adoram a Deus em sinceridade e verdade, afligindo a alma perante Ele como no grande dia da expiação, lavarão as vestes do caráter e as alvejarão no sangue do Cordeiro. Satanás procura confundir a mente humana com engano, de modo que os homens não se arrependam e creiam, e sejam removidas suas vestes sujas. Por que vos apegareis a vossos deploráveis defeitos de caráter, obstruindo assim o caminho, para que Jesus não possa trabalhar em vosso favor?
Durante o tempo de angústia, a posição do povo de Deus será semelhante à posição de Josué. Eles não desconhecerão a obra que prossegue no Céu em seu favor. Compreenderão que o pecado está registrado junto a seus nomes, mas também saberão que os pecados de todos os que se arrependem e lançam mão dos méritos de Cristo serão cancelados. ... Aqueles que manifestaram verdadeiro arrependimento pelo pecado, e por viva fé em Cristo, são obedientes aos mandamentos de Deus, terão os nomes retidos no livro da vida, e serão reconhecidos diante do Pai e dos santos anjos. Jesus dirá: "Eles são Meus; adquiri-os com o Meu próprio sangue." (Signs of the Times, 2 de junho de 1890).
           

QUINTA E SEXTA, 26 e 27 DE MAIO
Uma defesa eficaz
(Zc 3; Ef 2:8-10; Jo 14:15; Rm 6:1-4)

            Infelizmente muitos ainda não entenderam o que significa ser salvo pela graça e pela graça somente. Infelizmente, muitos ainda se esforçam em oferecer a Deus suas obras para que sejam aceitos. Deus aceita nossas boas obras e deseja que a tenhamos. No entanto, Ele não as aceita como pontos de salvação. Devemos sim, ter boas obras e viver uma vida o mais irrepreensível possível. O único erro que podemos incorrer neste processo é em tentar fazer de nossa vida irrepreensível como um objeto de troca para sermos salvos. Nossas obras são frutos da salvação que opera em nossa vida através da graça. Elas evidenciam que realmente aceitei e me entreguei a Cristo. Ela serve para evidenciar aos homens o tipo de cristianismo valoroso e real que vivo. Este testemunho é necessário para que o evangelho alcance as pessoas com poder. Porém, são apenas resultados do poder de Deus na vida dos sinceros e não penhor para a salvação.
            Ellen White declara que: “Conquanto devamos reconhecer nosso estado pecaminoso, temos de confiar em Cristo como nossa justiça, nossa santificação e redenção. Não podemos contestar as acusações de Satanás contra nós. Cristo, unicamente, pode pleitear eficazmente em nosso favor, Ele é capaz de silenciar o acusador com argumento baseados, não em nossos méritos, mas nos Seus” (Testemunhos Para a Igreja, v.5, p. 472).
            Por outro lado é bem verdade que, se falarmos desequilibradamente da verdade que envolve salvação e santificação, poderemos incorrer no risco de ser levados ao legalismo ou ao liberalismo. A respeito de santificação, acredito que o autor da lição bem fundamentou seu ponto de vista afirmando que: “Após Josué ter sido revestido com as vestes de santidade, sua vida deveria refletir essa santidade”. “Devemos exercer todo o poder concedido por Deus, para que possamos vencer o pecado. Quando há tantas promessas de vitórias aos que se entregarem a Cristo, nenhum pecado deve ser tolerado ou desculpado em nossa vida. A vida de Cristo provou que podemos viver em obediência à lei de Deus. Quando pecamos, é porque escolhemos fazer isso. É muito importante que sempre pensemos, longa e detidamente, nas implicações dessa escolha”.

Leitura Adicional

            “Que experiência pode ser alcançada junto ao trono da misericórdia, o qual é o único lugar seguro de refúgio! Podeis compreender que Deus garante Suas promessas, e não temer o resultado de vossas orações, ou duvidar de que Jesus é vosso fiador e substituto. Ao confessardes vossos pecados, ao vos arrependerdes de vossa iniqüidade, Cristo toma sobre Si a vossa culpa e vos imputa Sua justiça e poder. Aos que estão contritos de espírito, dá Ele o áureo óleo do amor, e os ricos tesouros de Sua graça. É então que podeis ver que o sacrifício do eu a Deus mediante os méritos de Cristo, torna-vos de infinito valor; pois vestidos com as vestes da justiça de Cristo podeis tornar-vos filhos e filhas de Deus. Os que se aproximam do Pai, reconhecendo o arco da promessa, e pedem perdão no nome de Jesus, receberão o que pedem. Já às primeiras expressões de arrependimento, Cristo apresenta a petição do humilde suplicante perante o trono como Seu próprio desejo em favor do pecador. Diz: "Eu rogarei por vós ao Pai." João 16:26” (Para Conhecê-Lo [MM 1965], p. 77).

            “O divino Autor da salvação nada deixou incompleto no plano feito; cada aspecto do mesmo é perfeito. O pecado do mundo inteiro foi colocado sobre Jesus, e a divindade deu o mais alto valor ao sofrimento da humanidade em Jesus, para que todo o mundo fosse perdoado pela fé no Substituto. O maior culpado não precisa temer que Deus não perdoe, pois pela eficácia do sacrifício divino será suspenso o castigo da lei. Por Cristo o pecador pode volver ao concerto com Deus.
Quão maravilhoso é o plano da redenção em sua simplicidade e plenitude! Não somente providencia o pleno perdão do pecador, mas também a restauração do transgressor, abrindo um caminho pelo qual ele pode ser aceito como filho de Deus. Pela obediência, pode ele ser possuidor de amor, paz e alegria. Sua fé o pode unir, em sua fraqueza, a Cristo, fonte da divina força; e pelos méritos de Cristo ele pode encontrar a aprovação de Deus, porque Cristo satisfez as exigências da lei, e atribui Sua justiça ao coração contrito e crente. ...
Que amor, que maravilhoso amor, foi manifestado pelo Filho de Deus! ... Cristo traz o pecador da mais funda degradação, e purifica-o, refina-o, enobrece-o. Contemplando a Cristo como Ele é, o pecador é transformado e elevado ao próprio cume da dignidade, um assento com Cristo em Seu trono. ...
O plano da redenção providencia para toda emergência, e para toda carência do ser humano. Se, de qualquer modo, ele fosse deficiente, o pecador poderia encontrar alguma desculpa a alegar pela negligência de suas condições; mas o infinito Deus tinha conhecimento de toda necessidade humana, e ampla providência foi tomada para satisfazer cada necessidade. ... Que pode então dizer o pecador no grande dia do juízo final, quanto ao motivo por que recusou dar atenção, a mais completa e zelosa, à salvação a ele oferecida?” (Review and Herald, 10 de março de 1891).
                                   
Gilberto G. Theiss, nascido no estado do Paraná, é membro da Igreja adventista do Sétimo dia desde 1996. Crê integralmente nas 28 doutrinas Adventista como consta no livro “Nisto Cremos” lançado pela “Casa Publicadora Brasileira”. Foi ancião por 3 anos na Igreja Adventista do Sétimo dia da cidade Nova Rezende/MG e por 6 anos na Igreja Central de Guaxupé/MG. Foi Obreiro bíblico na mesma cidade e hoje, além de ser coordenador do curso básico de reforço teológico para líderes de igreja pelo site www.altoclamor.com, está Bacharelando no Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia. Gilberto G. Theiss é autor de alguns livros e é inteiramente submisso e fiel tanto a mensagem bíblico-adventista quanto a seus superiores no movimento Adventista como pede hebreus 13:17. Toda a mensagem falada ou escrita por este autor é filtrada plenamente pelo que rege a doutrina bíblica-adventista do sétimo dia. Contato: gilbertotheiss@yahoo.com.br