Comentário da Lição da Escola Sabatina – Lição 03 – 1º Trimestre 2011 (09 a 16 de abril)


Comentário da Lição da Escola Sabatina – Lição 03 – 1º Trimestre 2011 (09 a 16 de abril)

Observação: Este comentário é provido de Leitura Adicional no fim de cada dia estudado. A leitura adicional é composta de citações do Espírito de Profecia. Caso considere-a muito grande, poderá optar em estudar apenas o comentário ou vice versa.

Comentário: Gilberto G. Theiss

SÁBADO, 09 DE ABRIL
Vestes de Inocência
(Gn 1:27)

            “Criou Deus, pois, o homem à Sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou” (Gn 1:27).

            Deus poderia ter feito Adão e Eva com uma imagem bastante peculiar, distinta em todos níveis de qualquer ser existente, mas, Ele preferiu trazê-los a existência seguindo parâmetros de caráter, vigor e saúde à Sua imagem. É difícil entender como poderíamos ser imagem e semelhança de Deus quando homem e mulher são diferentes em alguns aspectos físicos. Isto parece indicar que fomos feitos à imagem e semelhança de Deus mais especificamente na dimensão do caráter e do vigor pleno da vida. Infelizmente esse caráter (de Deus) em seus filhos foi destruído mediante a transgressão. Satanás propôs obliterar ou no mínimo minimizar o efeito do caráter do Criador na vida de Adão e Eva. No lugar do caráter de Jeová, a transgressão inseriu o medo ou o que chamamos de mecanismo de defesa. Nós passamos a ter o caráter de uma natureza corrompida guiada pelo nosso próprio mecanismo de defesa (medo) que podemos também chamar de (EU). O (EU) reina no lugar onde Deus deveria permanecer reinando. As vestes da figueira representam o reino absoluto do próprio (EU) ou a busca pela independência e convívio com o pecado.
            No entanto, quando Adão e Eva foram procurados por Cristo, receberam Dele as vestes de um cordeiro simbolizando que a divindade não deixaria a humanidade sob as rédeas do pecado ou do próprio (EU). Deus, através de Cristo, reimprimiria Seu caráter novamente no homem. Através da cruz e das vestes da redenção o homem seria resgatado da decadência e levado a submeter novamente o seu (EU) a Deus.

Leitura Adicional

            “No princípio disse Deus: "Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança." Gên. 1:26. Mas o pecado tem quase obliterado a imagem moral de Deus nos seres humanos. Jesus desceu ao nosso mundo para que pudesse dar-nos um exemplo vivo, para que pudéssemos saber como viver e como guardar os caminhos do Senhor. Ele era a imagem do Pai. Seu belo e imaculado caráter está diante de nós como exemplo para que o imitemos. Devemos estudar, copiar e seguir a Jesus Cristo, e então traremos para o nosso caráter a Sua amabilidade e beleza. Ao fazê-lo, estaremos diante de Deus por meio da fé, conquistando de volta, pelo conflito com os poderes das trevas, o poder do autocontrole, o amor de Deus que Adão perdeu” (Manuscrito 6a, 1886 (Sermons and Talks, vol. 1, págs. 31-34).

            “Criados para serem a "imagem e glória de Deus" (I Cor. 11:7), Adão e Eva tinham obtido prerrogativas que os faziam bem dignos de seu alto destino. Dotados de formas graciosas e simétricas, de aspecto regular e belo, o rosto resplandecendo com o rubor da saúde e a luz da alegria e esperança, apresentavam eles em sua aparência exterior a semelhança dAquele que os criara. Esta semelhança não se manifestava apenas na natureza física. Todas as faculdades do espírito e da alma refletiam a glória do Criador. Favorecidos com elevados dotes espirituais e mentais, Adão e Eva foram feitos um pouco menores do que os anjos (Heb. 2:7), para que não somente pudessem discernir as maravilhas do universo visível, mas também compreender as responsabilidades e obrigações morais” (Educação, p. 20).

            “O verdadeiro objetivo da educação é restaurar a imagem de Deus na alma. No princípio Deus criou o homem à Sua semelhança. Dotou-o de nobres qualidades. Sua mente era bem equilibrada, e todas as faculdades de seu ser estavam em harmonia entre si. Mas a queda e seus efeitos perverteram estes dons. O pecado mareou e quase obliterou a imagem de Deus no homem. Foi para restaurar a mesma que se concebera o plano da salvação, e se concedera ao homem um tempo de graça. Levá-lo novamente à perfeição em que a princípio fora criado - é o grande objetivo da vida, objetivo este que constitui a base de todos os outros. É o trabalho dos pais e professores, na educação da juventude, cooperar com o propósito divino; e, assim fazendo, são cooperadores de Deus” (Patriarcas e Profetas, pág. 595).

            “Adão e Eva foram formados à imagem de Deus. Mas Satanás trabalhou constantemente para destruir a semelhança divina. O santo par cedeu à tentação e a imagem de Deus foi obliterada. Cristo pôs mãos à obra pela segunda vez e recriaria os seres humanos” (Manuscritos 15, 1898).

“Tão vasto é o campo, e tão sutis e incansáveis são os esforços do inimigo que o povo de Deus precisa estar muito atento e trabalhar sinceramente e sem cessar para anular o mal que campeia na igreja e no mundo. Satanás e seus agentes estão lançando linhas especiais de trabalho para que as pessoas sejam controladas por seu poder. Enganos de todos os tipos e intensidade estão surgindo, para que, se fosse possível, Satanás enganasse os próprios eleitos. ...Com o mesmo poder sutil com que planejou a rebelião dos seres santos no Céu, antes da queda, Satanás está trabalhando hoje para cumprir, por intermédio de seres humanos, a realização de seus maus propósitos” (Panfleto SpTB17a: The Unwise Use of Money and the Spirit of Speculation [O uso imprudente do dinheiro e o espírito de especulação])”.

            “A Adão e Eva foi dado o jardim do Éden para cuidar. Eles o receberam ‘para o cultivar e o guardar’. Eram felizes em seu trabalho. Mente, coração e vontade agiam em perfeita harmonia. Em seu trabalho, não sentiam cansaço, nem fadiga. Suas horas eram preenchidas com trabalho útil e comunhão mútua. Sua ocupação era agradável. Deus o Pai e Cristo os visitavam e conversavam com eles. Eles recebiam liberdade perfeita. Apenas uma restrição foi colocada sobre eles: ‘De toda árvore do jardim comerás livremente’, disse Deus, ‘mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás’” (Gn 2:16, 17; Manuscript Releases, v. 10, p. 327).

            “E ao se demorar a mente sobre Cristo, é o caráter moldado à semelhança divina. Os pensamentos são saturados do senso de Sua bondade, e de Seu amor. Contemplamos-Lhe o caráter e assim está Ele em todos os nossos pensamentos. Seu amor nos rodeia. Se olharmos ainda que por um momento para o Sol em sua glória meridiana, ao desviarmos os olhos, em tudo que olharmos aparecerá a imagem do Sol. O mesmo se dá quando contemplamos a Jesus; tudo para que olhamos reflete Sua imagem, o Sol da Justiça. Não podemos ver nenhuma outra coisa, nem falar de qualquer outra coisa. Sua imagem está impressa na retina da alma e afeta cada parte de nossa vida diária, suavizando e subjugando toda a nossa natureza. Contemplando, ajustamo-nos à semelhança divina, a saber, à semelhança de Cristo. A todos aqueles com quem nos associamos refletimos os brilhantes e alegres raios de Sua justiça. Nosso caráter foi transformado; pois o coração, a alma, a mente são iluminados pelos reflexos dAquele que nos amou e a Si mesmo Se deu por nós. Aqui de novo há o reconhecimento de uma influência pessoal e viva a habitar pela fé em nosso coração” (Mensagem aos Jovens, p.160).

           
DOMINGO, 10 DE ABRIL
Os primeiros dias
(2Tm 3:16, 17; Lc 21:36; Mt 6:25-34; Jo 17:3)

            É muito difícil captar através dos pensamentos uma cena que jamais vimos. Ao imaginar a relação existente, de Adão e Eva com Deus naquele Éden belo e glorioso, por mais criativos que sejamos na maneira pensar, ainda estaremos muito aquém da realidade. Com certeza o envolvimento de Deus, de maneira direta, com Adão e Eva deveriam ser os momentos mais marcantes de suas vidas. Quando pecaram e perderam a preciosidade do companheirismo pessoal com Deus, deve ter sido, para eles, a dor mais insuportável que levariam para o resto da vida.
            Os nossos primeiros pais deveriam suportar, a partir de agora, a ideia da presença de Deus de forma muito subjetiva. Hoje nós também desfrutamos da presença de Deus de maneira muito subjetiva, mas, mesmo sendo subjetiva (através da Escritura e da oração) ela é crucial para nossa existência e manutenção da vida espiritual.
            De uma coisa devemos estar certos, aquele que não busca convívio pleno com Deus, mesmo que de forma subjetiva, jamais o verá de forma pessoal.

Leitura Adicional

            “No Éden, o paraíso em miniatura, Adão tinha inúmeros temas para contemplação das obras de Deus. O Senhor não criou o homem apenas para contemplar Sua obra gloriosa e, portanto, deu-lhe mãos para trabalhar, bem como mente e coração para contemplação. Se a felicidade do homem consistisse e não fazer nada, o Criador não teria dado a Adão seu trabalho designado. O homem deve encontrar felicidade no trabalho, bem como na meditação (SDA Bíble Commentary, v.1, p. 1082).

            “Quando Adão saiu das mãos do Criador, trazia ele em sua natureza física, intelectual e espiritual, a semelhança de seu Criador. "E criou Deus o homem à Sua imagem" (Gên. 1:27), e era Seu intento que quanto mais o homem vivesse tanto mais plenamente revelasse esta imagem, refletindo mais completamente a glória do Criador. Todas as suas faculdades eram passíveis de desenvolvimento; sua capacidade e vigor deveriam aumentar continuamente. Vasto era o alvo oferecido a seu exercício, e glorioso o campo aberto à sua pesquisa. Os mistérios do universo visível - as "maravilhas dAquele que é perfeito nos conhecimentos" (Jó 37:16) convidavam o homem ao estudo. Aquela comunhão com Seu criador, face a face e toda íntima, era o seu alto privilégio. Houvesse ele permanecido fiel a Deus, e tudo isto teria sido seu para sempre. Através dos séculos infindáveis, teria ele continuado a obter novos tesouros de conhecimentos, a descobrir novas fontes de felicidade e a alcançar concepções cada vez mais claras da sabedoria, do poder e do amor de Deus. Mais e mais amplamente teria ele cumprido o objetivo de sua criação, mais e mais teria ele refletido a glória do Criador” (Educação, p. 15).

            “Neste jardim o Senhor colocou árvores de toda variedade para utilidade e beleza. Havia árvores carregadas de luxuriantes frutos, de rica fragrância, belos aos olhos e agradáveis ao paladar, designados por Deus para alimento do santo par. Havia deleitosas vinhas que cresciam verticalmente, carregadas com o peso de seus frutos, diferentes de qualquer coisa que o homem tem visto desde a queda. Os frutos eram muito grandes e de coloração diversa; alguns quase negros, outros púrpura, vermelhos, rosados e verde-claros. Esses belos e luxuriantes frutos que cresciam sobre os ramos da videira foram chamados uvas. Eles não se espalhavam pelo chão, embora não suportados por grades, mas o peso dos frutos curvava-os para baixo. O feliz trabalho de Adão e Eva era moldar em belos caramanchéis os ramos das videiras, formando moradias de beleza natural, árvores vivas e folhagens, carregadas de fragrantes frutos.
A Terra era coberta de uma bela verdura, onde milhares de perfumadas flores de toda variedade cresciam em profusão. Todas as coisas eram de bom gosto e esplendidamente dispostas. No meio do jardim estava a árvore da vida, sobrepujando em glória a todas as outras árvores. Seu fruto assemelhava-se a maçãs de ouro e prata, e destinava-se a perpetuar a vida. As folhas continham propriedades curativas” (História da Redenção, p. 21 e 22).
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SEGUNDA, 11 DE ABRIL
Despidos, mas não envergonhados
 (Gn 2:20-25)
           
Ellen White é bastante clara ao afirmar que “Esse casal, que não tinha pecados, não fazia uso de vestes artificiais; estavam revestidos de uma cobertura de luz e glória, idêntica à dos anjos. Enquanto viveram em obediência a Deus, essa veste de luz continuou a envolvê-los” (Patriarcas e Profetas, p. 45).
            Creio que, fazer qualquer afirmação para sim ou para não, não passará de pura especulação. Embora a Bíblia afirme que estavam nus, podemos talvez entender que esta nudez seja para momentos de intimidade ou que não havia nenhuma mancha do pecado neles. Hoje, mesmo em se tratando de momentos de intimidades, muitos casais casados há anos, ainda possuem muita timidez e vergonha um do outro. O pecado deturpou a ideia da pureza da relação, pureza e sensualidade. Satanás desvirtuou as coisas mais belas da criação de Deus trazendo vergonha e desprezo a elas como se fossem nojentas e asquerosas. Mas, o que sabemos é que, Adão e Eva viviam num estágio de pureza tão elevado que, com certeza, se envergariam muito se pudessem contemplar as misérias que envolvem a nudez e o sexo em nossos dias. Neles havia uma veste semelhante a dos anjos, e são estas vestes de glória que os impedia de ter qualquer tipo de vergonha pecaminosa e constrangedora. Estas mesmas vestes, repleta da justiça de cristo, todos nós vestiremos quando Jesus voltar. Todo o mal será extinto de nossa mente e corpo e jamais seremos sediados por nenhuma tentação.

Leitura Adicional

            “Criados para serem a "imagem e glória de Deus" (I Cor. 11:7), Adão e Eva tinham obtido prerrogativas que os faziam bem dignos de seu alto destino. Dotados de formas graciosas e simétricas, de aspecto regular e belo, o rosto resplandecendo com o rubor da saúde e a luz da alegria e esperança, apresentavam eles em sua aparência exterior a semelhança dAquele que os criara. Esta semelhança não se manifestava apenas na natureza física. Todas as faculdades do espírito e da alma refletiam a glória do Criador. Favorecidos com elevados dotes espirituais e mentais, Adão e Eva foram feitos um pouco menores do que os anjos (Heb. 2:7), para que não somente pudessem discernir as maravilhas do universo visível, mas também compreender as responsabilidades e obrigações morais” (Educação, p. 20).

            “Ao sair Adão das mãos do Criador, era de nobre estatura e perfeita simetria. Tinha mais de duas vezes o tamanho dos homens que hoje vivem sobre a Terra, e era bem proporcionado. Suas formas eram perfeitas e cheias de beleza. Sua cútis não era branca ou pálida, mas rosada, reluzindo com a rica coloração da saúde. Eva não era tão alta quanto Adão. Sua cabeça alcançava pouco acima dos seus ombros. Ela, também, era nobre, perfeita em simetria e cheia de beleza.
Esse casal, que não tinha pecados, não fazia uso de vestes artificiais. Estavam revestidos de uma cobertura de luz e glória, tal como a usam os anjos. Enquanto viveram em obediência a Deus, esta veste de luz continuou a envolvê-los. Embora todas as coisas que Deus criou fossem belas e perfeitas, e aparentemente nada faltasse sobre a Terra criada para fazer Adão e Eva felizes, ainda manifestou Seu grande amor plantando para eles um jardim especial. Uma porção de seu tempo devia ser ocupada com a feliz tarefa de cuidar do jardim, e a outra porção para receber a visita dos anjos, ouvir suas instruções, e em feliz meditação. Seu labor não seria cansativo, mas aprazível e revigorante. Este belo jardim devia ser o seu lar” (História da Redenção, p. 21).

            “Tudo quanto os cristãos fazem deve ser tão transparente como a luz do Sol. A verdade é de Deus; o engano, em todas as suas múltiplas formas, é de Satanás; e quem quer que, de alguma maneira, se desvia da reta linha da verdade, está-se entregando ao poder do maligno. Não é, todavia, coisa leve ou fácil falar a exata verdade; e quantas vezes opiniões preconcebidas, peculiares disposições mentais, imperfeito conhecimento, erros de juízo, impedem uma justa compreensão das questões com que temos de lidar! Não podemos falar a verdade, a menos que nossa mente seja continuamente dirigida por Aquele que é a verdade” (O Maior Discurso de Cristo, p. 68).
           
           
TERÇA, 12 DE ABRIL
O teste
(Gn 2:15-17)

            O pecado havia iniciado no Céu e Satanás com seus anjos haviam sidos expulsos  de lá. Por causa da rebelião entre os anjos, Deus achou por bem provar suas criaturas posteriores (Adão e Eva) criando-os um pouco abaixo dos anjos (Sl 8). Caso passassem no teste poderiam ser integrados ao nível elevado dos anjos (História da Redenção, p. 19). A realidade é que “Deus não achou conveniente colocar os homens fora do poder da desobediência” (História da Redenção p. 19).
            O teste revelou mais uma vez a grandiosa sabedoria de Deus, pois os seres da Terra foram os únicos dos mundos tentados que caíram no engano de Satanás. As mentiras do anjo caído foram capazes de estabelecer dúvida e incredulidade no coração dos nossos primeiros pais quanto a essência da palavra de Deus.
            Em nossos dias as coisas não são muito diferentes das apresentadas naquele contexto. Satanás não mudou sua forma de agir e persiste em inserir dúvida em nossas mentes quanto às verdades que apresentam as promessas e a essência do amor da divindade.
            Para alguns Satanás apresenta que não existiu uma criação, e que os homens são produtos do acaso ligados a um desenvolvimento evolutivo. Para outros, ele apresenta Deus como um ser existente na natureza e em nós. Para outros, ele ensina que Deus criou, abandonou e não se importa conosco. Para outros, ensina que há muitos deuses e que cada um pode escolher o seu próprio deus conforme suas necessidades. Para outros, ele ensina que Deus existe, mas, que esse Deus não está preocupado com comportamentos morais; o que importa para este pensamento é apenas o amor e mais nada. Enfim, são muitas as ideias e filosofias existentes que visam distanciar o ser humano da VERDADEIRA VERDADE. Todos nós passamos por uma ardente prova. O teste para Adão e Eva se deu no campo do conhecimento e do raciocínio, e hoje, de igual forma, todos nós estamos nos confrontando com disparates que se chocam abruptamente contra as verdades levantadas por Deus em sua palavra e reforçadas pelo Espírito de Profecia. Existem doutores e cientistas adventistas e evangélicos defendendo a evolução. Existem professores de teologia nos EUA defendendo batismos para homossexuais. Não estão defendendo esses erros de maneira cega, pois para eles estes erros deixaram de ser erros, e as verdades que defendemos há anos na verdade são paradigmas que precisam ser quebrados.
            A Bíblia tem sido afetada pela ótica do relativismo, e conceitos filosóficos tem se tornado a base para interpretarmos a Escritura. Outro educacionismo cego que tem entrado para nossas fileiras são as interpretações naturalistas enredada pelas ideias filosóficos naturalistas. Dizem que o sobrenatural bíblico deve ser entendido como uma revelação natural através de explicações naturais e cientificas. Enfim, eu poderia discorrer sobre muitas outras teorias que tem nos afetado como cristãos e tentado mudar a verdade para outro tipo de pseudo-verdade, mas creio ser suficiente para entendermos que a ciência do bem e do mal proposto por Satanás no Éden tem ganhado força em nossos dias no maior campo de batalha existente: a mente humana. Você e eu precisamos nos consagrar mais, estudar com mais afinidade o espírito de profecia e tornar a Bíblia nossa única salvaguarda. Levantar com força e defender o “Assim diz o Senhor”.

Leitura Adicional

            “Aqui desejo impressionar-lhes a mente com o fato de que há sempre dois grupos: aqueles que se posicionam como fiéis sentinelas de Deus, e aqueles que estão contra Deus. Deus tem um teste e uma prova para cada ser humano vivente sobre a face da Terra. Há sempre testemunhas fiéis a Deus, representantes da justiça divina, e outros que se opõem a Deus, representantes do governo de Satanás. É privilégio de todos os que testemunham esses dois grupos escolher a qual deles pertencerão” (Cristo Triunfante [MM 2002], p. 39).

            “O Pai consultou Seu Filho com respeito à imediata execução de Seu propósito de fazer o homem para habitar a Terra. Colocaria o homem sob prova a fim de testar sua lealdade, antes que ele pudesse ser posto eternamente fora de perigo. Se ele suportasse o teste com o qual Deus considerava conveniente prová-lo, seria finalmente igual aos anjos. Teria o favor de Deus podendo conversar com os anjos, e estes, com ele. Deus não achou conveniente colocar os homens fora do poder da desobediência” (História da Redenção, p. 19).

            “É apropriado e correto ler a Bíblia; mas o vosso dever não termina aí; pois deveis examinar as suas páginas por vós mesmos. O conhecimento de Deus não é obtido sem esforço mental, sem oração por sabedoria a fim de poderdes separar o genuíno grão da verdade da palha com que os homens e Satanás têm deturpado as doutrinas verdadeiras. Satanás e sua confederação de agentes humanos têm procurado misturar a palha do erro com o trigo da verdade. Devemos buscar diligentemente o tesouro escondido e pedir sabedoria do Céu a fim de separar as invenções humanas das ordens divinas. O Espírito Santo auxiliará o que procura grandes e preciosas verdades relacionadas com o plano da redenção. Quisera impressionar a todos com o fato de que a leitura casual das Escrituras não é o suficiente. Precisamos examiná-las, e isto significa fazer tudo o que é abrangido por essa palavra. Assim como o mineiro explora ansiosamente a terra para descobrir os veios de ouro, deveis examinar a Palavra de Deus em busca do tesouro escondido que Satanás há tanto tempo tem procurado ocultar aos homens. O Senhor diz: "Se alguém quiser fazer a vontade dEle, conhecerá a respeito da doutrina." João 7:17” (Fundamentos da educação Cristã, p. 307).


QUARTA, 13 DE ABRIL
Roupas Novas
(Gn 3:6-11)

            Satanás havia falsamente acusado a Deus de pretender esconder o conhecimento do mal a Adão e Eva para que eles não tivessem a oportunidade de serem como a divindade. E fato Deus não pretendeu que eles conhecem o mal, pois, conhecer trazia implicações maiores do que o puro conhecimento cognitivo ou formal. Conhecer o mal implicava em estabelecer amizade, contato e relacionamento com ele e as consequências seriam desastrosas, infelizes e mortais. Satanás estava oferecendo a eles e oferece a nós hoje o cálice do câncer espiritual e a maior consequência em estágios desastrosos que podemos obter: a separação da fonte da vida e da satisfação eterna.
            Conhecer o mal não é mero conhecimento, mas, intensa infecção e contaminação por ele. Deus desejou que eles estivessem livres de tal infecção, pois desejava suas felicidades no mais pleno sentido da palavra.
            Ao Adão e Eva se depararem com a ruína e se aperceberem que se equivocaram, temeram e se esconderam da ira de Deus. Na verdade, em momento algum Deus deve ter ensinado a eles o nível de sua ira, mas, quando pecaram, através da gigantesca bondade e amor de Deus que conheceram, conseguiram entender o tamanho da dimensão da mentira de Satanás e o horrível peso da transgressão. O temor foi motivado pela terrível vergonha de ter traído a confiança de um Deus que possuía a essência do bem, enormemente contrário ao que passaram a conhecer com a desobediência.
            Para tentar resolver o problema, se apoiaram nas folhas de figueiras e nelas depositaram confiança absoluta para esconder suas vergonhas. Será que o mesmo tem acontecido com muitos de nós hoje? Muitas das vezes tentamos esconder nossas deformidades atrás de algumas boas obras que realizamos. Depositamos nelas confiança, segurança e alívio de consciência. Entretanto, no trato de Deus com Adão e Eva, revelam que Ele possui uma alternativa melhor para nós. Deus pretende retirar de nós as vestes que inventamos para cobrir nossas fragilidades e deficiências pelas vestes poderosas de Jesus Cristo. Através destas vestes, além de salvação, podemos ser transformados e revigorados pela graça e poder de Deus em nossas vidas. Lembremo-nos que, ninguém entrará no Céu com vestes de figueira.

Leitura Adicional

            “"Os que diariamente se consagram a Deus, e se esforçam para manter erguidas as mãos dos que levam responsabilidades, serão abençoados pelo Céu. Estamos empenhados em uma grande obra, e Satanás usará todo o seu poder para conquistar para seu lado os próprios homens e mulheres que poderiam cooperar com Deus fazendo uma obra preciosa se fossem puros, santos e guiados pelo Espírito Santo; se tivessem corações de terno amor afetuoso e verdadeiro e tributassem o devido respeito àqueles a quem Deus indicou para realizar uma grande e importante obra. Os homens que se acham empenhados no serviço do Mestre têm muitas vezes sido feridos pelos que pensam e falam mal e criam sentimentos de desconfiança e inveja, sentimentos que não devem ser tolerados ou mantidos em atividade pelas línguas não santificadas." (Medicina e Salvação, p. 137).

            “Satanás usará cada sutil argumento para enganar homens e mulheres, assim como fez no Éden para enganar Adão e Eva [Gn 3:1-5].
            Tanto Adão como Eva comeram do fruto e obtiveram um conhecimento que, se houvessem obedecido a Deus, nunca teriam recebido: uma experiência de desobediência e deslealdade para com Deus, o conhecimento de que estavam nus. O traje de inocência, a cobertura de Deus, que os cobria, desapareceu, e eles supriram o lugar dessas vestes celestiais costurando para si aventais com folhas de figueira. Essa é a cobertura que os transgressores da lei de Deus têm usado desde os dias da desobediência de Adão e Eva....O Senhor Jesus Cristo preparou uma cobertura, o manto de Sua própria justiça, para colocar sobre cada fiel arrependido que o aceitar pela fé” (Review and Herald, 15 de novembro de 1898).

            “A veste branca de inocência foi usada por nossos primeiros pais, quando foram postos por Deus no santo Éden. ... Ao entrar o pecado, porém, cortaram sua ligação com Deus, e desapareceu a luz que os cingia. ... O homem nada pode idear para suprir as perdidas vestes de inocência. ... Somente as vestes que Cristo proveu, podem habilitar-nos a aparecer na presença de Deus. Estas vestes de Sua própria justiça, Cristo dará a todos os que se arrependerem e crerem. "Aconselho-te", diz Ele, "que de Mim compres ... vestes brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez." Apoc. 3:18. Este vestido fiado nos teares do Céu não tem um fio de origem humana. Em Sua humanidade, Cristo formou caráter perfeito, e oferece-nos esse caráter. "Todas as nossas justiças" são "como trapo da imundícia." Isa. 64:6. Tudo que podemos fazer de nós mesmos está contaminado pelo pecado. Mas o Filho de Deus "Se manifestou para tirar os nossos pecados; e nEle não há pecado". I João 3:5. ... Por Sua obediência perfeita tornou possível a todo homem obedecer aos mandamentos de Deus. Ao nos sujeitarmos a Cristo, nosso coração se une ao Seu, nossa vontade imerge em Sua vontade, nosso espírito torna-se um com Seu espírito, nossos pensamentos serão levados cativos a Ele; vivemos Sua vida. Isto é o que significa estar trajado com as vestes de Sua justiça. Quando então o Senhor nos contemplar, verá não o vestido de folhas de figueira, não a nudez e deformidade do pecado, mas Suas próprias vestes de justiça que são a obediência perfeita à lei de Jeová” (Parábolas de Jesus, págs. 310-312).
           

QUINTA E SEXTA, 14 E 08 DE ABRIL
Vestes de pele
(Gn 3:21)

            As veste de pele de cordeiro representam exatamente tudo o que não podemos fazer por nós mesmos. Deus estava dizendo através deste símbolo que eles não precisavam se desesperar, pois uma solução para o pecado havia sido estabelecido mesmo antes da criação da terra. O mais impressionante em todo o contexto do conflito entre o bem e o mal é observar com atenção todos os feitos de Deus para livrar o homem da condenação. Deus oferece a nós o poder para sermos salvos e o poder para sermos descravizados do pecado. Em Cristo podemos manter nossas esperanças em todos os sentidos. Infelizmente, muitos cristãos de hoje não acreditam na capacidade de Deus em libertar um alcoólatra, dependente químico,  homossexual, etc. O problema não está em Deus, mas em muitos de nós que nos comportamos como céticos espirituais. De qualquer forma, existem muitas experiências lindas de pessoas que foram visitadas por anjos, outras que foram curadas de câncer, outras que o carro andou mesmo sem combustível, outras que uma doença incurável desapareceu, outras que foram desenganadas pelos médicos e o poder de Deus prontamente solucionou o que a ciência não foi capaz.... Enfim, são muitos os testemunhos vivos do que Deus ainda é capaz de fazer por aqueles que se entregam sem reservas acreditando profundamente nos milagres. As vestes de pele representam a libertação da morte eterna e do compromisso de Deus em fazer uma manutenção em nossa vida para não sermos escravos do pecado.

Leitura Adicional

            “O Senhor Jesus Cristo preparou uma vestimenta - o manto de Sua própria justiça - que Ele colocará sobre toda pessoa arrependida e crente que a receberá pela fé. Disse João: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!" João 1:29. O pecado é a transgressão da lei. Cristo morreu para tornar possível a todo homem ter seus pecados perdoados.
Um abrigo de folhas de figueiras nunca cobrirá nossa nudez. O pecado deve ser removido, e o manto da justiça de Cristo deve cobrir o transgressor da lei de Deus. Então, quando o Senhor olha para o pecador arrependido, Ele vê, não as folhas de figueira que o cobrem, mas a própria justiça de Cristo, que é a perfeita obediência à lei de Jeová - o homem tem sua nudez oculta, não sob a cobertura das folhas de figueira, mas sob o manto da justiça de Cristo.
Cristo fez um sacrifício para satisfazer os requisitos da justiça. Que preço o Céu teve de pagar pelo resgate do transgressor da lei de Jeová. ... Contudo, essa santa lei não podia ter preço inferior. Em lugar de se abolir a lei para que esta poupasse o homem caído em sua condição pecaminosa, ela foi mantida em toda sua santa dignidade. Em Seu Filho, Deus ofereceu-Se para salvar todos os que nEle crêem, da ruína eterna.
O pecado é deslealdade para com Deus, e merece punição. As folhas da figueira têm sido empregadas desde os dias de Adão, e no entanto a nudez da alma do pecador não foi coberta. Todos os argumentos levantados por aqueles interessados nesse manto de fina espessura se transformarão em nada. O pecado é a transgressão da lei. Cristo foi manifesto em nosso mundo para tirar a transgressão e o pecado, e substituir a cobertura das folhas de figueira pelo manto impecável de Sua justiça. A lei de Deus permanece vindicada pelo sofrimento e morte do unigênito Filho do Deus infinito.
A transgressão da lei de Deus em qualquer caso, por menor que seja, representa pecado. E a não execução da penalidade estipulada para esse pecado seria um crime na administração divina. Deus é um juiz, o Aplicador da justiça que é a morada e fundamento de Seu trono. Ele não pode dispensar Sua lei; Ele não pode passar por alto o mínimo item a fim de condescender com o pecado e perdoá-lo. A retidão, a justiça e a excelência moral da lei devem ser mantidas e vindicadas perante o universo celestial e os mundos não caídos” (Manuscrito 145, 1897).

            “...não é a vontade de Deus que sejais receosos e aflijais vossa alma com medo de que Deus não vos aceite porque sois pecaminosos e indignos. "Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós." Tia. 4:8. Apresentai vosso caso diante dEle, implorando os méritos do sangue derramado por vós na cruz do Calvário. Satanás vos acusará de ser grandes pecadores, e precisais admitir isso, mas podeis dizer: "Sei que sou um pecador, e é por esta razão que necessito de um Salvador. Jesus veio ao mundo para salvar pecadores. 'O sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, nos purifica de todo pecado.' I João 1:7. 'Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.' I João 1:9. Não tenho nenhum mérito ou virtude pelo qual eu possa reivindicar a salvação, mas apresento diante de Deus o sangue todo-expiador do imaculado Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. Esta é a minha única reivindicação. O nome de Jesus me dá acesso ao Pai. Seu ouvido, Seu coração, está aberto a minha mais débil súplica, e Ele supre minhas mais profundas necessidades." (Fé e Obras, p. 106).

                                   
Gilberto G. Theiss, nascido no estado do Paraná, é membro da Igreja adventista do Sétimo dia desde 1996. Crê integralmente nas 28 doutrinas Adventista como consta no livro “Nisto Cremos” lançado pela “Casa Publicadora Brasileira”. Foi ancião por 3 anos na Igreja Adventista do Sétimo dia da cidade Nova Rezende/MG e por 6 anos na Igreja Central de Guaxupé/MG. Foi Obreiro bíblico na mesma cidade e hoje, além de ser coordenador do curso básico de reforço teológico para líderes de igreja pelo site www.altoclamor.com, está Bacharelando no Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia. Gilberto G. Theiss é autor de alguns livros e é inteiramente submisso e fiel tanto a mensagem bíblico-adventista quanto a seus superiores no movimento Adventista como pede hebreus 13:17. Toda a mensagem falada ou escrita por este autor é filtrada plenamente pelo que rege a doutrina bíblica-adventista do sétimo dia. Contato: gilbertotheiss@yahoo.com.br