Comentário da Lição da Escola Sabatina – Lição 13 – 1º Trimestre 2011 (19 a 26 de março)



Observação: Este comentário é provido de Leitura Adicional no fim de cada dia estudado. A leitura adicional é composta de citações do Espírito de Profecia. Caso considere-a muito grande, poderá optar em estudar apenas o comentário ou vice versa.

Comentário: Gilberto G. Theiss

SÁBADO, 19 DE MARÇO
Sociedade com Jesus
(Jo 15:4)

            “Permanecei em Mim, e Eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se na permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em Mim” (Jo 15:4).

            Hoje é comprovado que o ser humano vive mais e melhor, em todos os aspectos, quando é fiel a sua religião. Na verdade a religião é um reflexo interno de geração de confiança, segurança e esperança, pois, o conhecimento de Deus e de Suas maravilhosas promessas geram no Ser humano um entusiasmo emocional capaz de moldar toda sua estrutura, gerando conseqüências físicas e psíquicas positivas.
            Viver em Cristo, com Cristo e por Cristo redunda em perspectiva de vida feliz e duradoura. Afirmações assim podem gerar pelo menos uma indagação: Por que existem cristãos que não são felizes? A resposta é intrigante e contundente. Isto demonstra que, possivelmente, muitos podem ainda estar vivendo apenas uma simples fachada religiosa. Infelizmente são poucos os que realmente bebem da fonte (Cristo) com sede.
            No entanto, para os que vivem a essência da religião desfrutam de paz, satisfações e confiança de maneira inigualável que também poderá resultar em saúde física e mental. A presença de Jesus na vida das pessoas trás uma sensação tão confortante e preenche um vazio de maneira tão gratificante que nem mesmo os maiores sonhos desta vida seriam capazes de criar o mesmo efeito. O Espírito Santo toca em nosso coração deixando um vazio que só Cristo pode preenchê-lo, e continuará vazio enquanto não o buscarmos verdadeiramente.

Leitura Adicional

            “Não é suficiente esvaziar o coração; devemos preencher o vazio com o amor de Deus. A alma deve ser adornada com as graças do Espírito de Deus. As pessoas podem abandonar muitos maus hábitos e ainda assim não estarem verdadeiramente santificadas, porque não têm uma ligação com Deus; não estão unidas a Cristo” (Cristo Triunfante [MM 2002], p. 237).

            “A verdadeira religião leva o homem à harmonia com as leis de Deus - físicas, mentais e morais. Ensina o domínio de si mesmo, a serenidade, a temperança. A religião enobrece o espírito, apura o gosto e santifica o juízo. Faz a alma participante da pureza celestial. A fé no amor de Deus e em Sua providência que todas as coisas dirige, alivia o fardo da ansiedade e cuidados. Enche o coração de alegria e contentamento, seja na mais elevada condição ou na mais humilde. A religião tende, diretamente, a promover a saúde, a prolongar a vida, e a aumentar a alegria que experimentamos em todas as suas bênçãos. Abre à alma uma fonte de felicidade que nunca cessa. Oxalá todos os que não escolheram a Cristo pudessem compenetrar-se de que Ele tem algo imensamente melhor para lhes oferecer do que aquilo que se acham eles a procurar para si” (Refletindo a Cristo [MM 1986], p. 145).
           
           
DOMINGO, 20 DE MARÇO
Jesus – Homem de oração
(Mc 1:21-35; Lc 4:31-42)

            Observe que, a vitamina C (também conhecida como ácido ascórbico) é uma das 13 principais vitaminas que fazem parte de um grupo de substâncias químicas complexas necessárias para o funcionamento adequado do organismo. É uma das vitaminas hidrossolúveis, (não armazenáveis) o que significa que seu organismo usa o que necessita e elimina o excesso. Em doses adequadas favorece-nos tranzendo muito benefício. Por exemplo:

  • Favorece a formação dos dentes e ossos;
  • Ajuda a resistir às doenças.
  • Previne gripes, fraqueza muscular e infecções. Este ponto é disputado, havendo estudos que não mostram qualquer efeito de doses aumentadas. Contudo ajuda, sem dúvida, em doentes já com escorbuto.
  • Ajuda o sistema imunológico e a respiração celular, estimula as glândulas supra-renais e protege os vasos sanguíneos.
  • A vitamina C é importante para o funcionamento adequado das células brancas do sangue. É eficaz contra doenças infecciosas e um importante suplemento no caso de câncer. (Dados extraídos de sites oficiais de saúde).

Como visto, a vitamina c é de extrema importância para a sobrevivência humana e sua saúde diária.
Bom, você deve estar com uma imensa curiosidade em mente. Por que estou falando sobre vitamina C quando deveria estar falando sobre a oração? É muito simples, e você vai entender. Como já comentado acima nestas informações, a vitamina C ajuda a prevenir uma série de doenças e é um forte aliado para conservação da vida. Alguns cientistas dizem que a vitamina C é a vitamina da rejuvenescencia. Ela ajuda a adiar o envelhecimento, ou seja, ela conserva a vitalidade, conserva a VIDA.
            O mais importante em ressaltar é que, esta tão importante vitamina é categorizada como uma vitamina hidrossolúvel, ou seja, ela não é armazenada no organismo. Nós precisamos ingerir todos os dias esta vitamina se quisermos manter a saúde, proteger o organismo das doenças e se quisermos retardar o envelhecimento. É aqui que sua curiosidade é resolvida, pois, da mesma forma que precisamos de uma dose diária mínima de vitamina C, da mesma forma precisamos todos os dias de uma dose mínima de oração. Não podemos sobreviver e muito menos vencer as doenças espirituais se não fizermos da oração um estilo de vida diário. Somos totalmente dependentes de Deus a cada dia e uma das formas de nos manter ligados a Ele é através da oração diária. Nossas orações de hoje não servem para o amanhã ou para o próximo mês. Devemos renovar nossas orações diariamente.
            O autor faz menção de Jesus como um homem de oração. O mais interessante nesta narrativa é que, Jesus, embora perfeito e sem nenhuma propensão para o mau como nós temos, era dependente de oração constante e diária. Se Ele precisava orar, quem dirá nós! Como é muito comum ouvir por ai, muita oração redundará em muito poder, mas, pouca oração redundará em pouco poder. Nossos joelhos precisam se encontrar mais vezes com o chão da vida e nossa mente precisa estar mais ligada a Cristo. Somente assim poderemos sair vitoriosos na vida em todos os sentidos. Somente assim para que Deus possa ter plena permissão legal de agir a nosso favor.
            Leitura Adicional
            “Numa vida toda dedicada ao bem dos outros, o Salvador achou necessário afastar-Se dos lugares movimentados e da multidão que O acompanhava, dia a dia. Precisava retirar-Se de uma vida de incessante atividade e contato com as necessidades humanas, para buscar sossego e ininterrupta comunhão com o Pai. Como uma pessoa identificada conosco, participante de nossas necessidades e fraquezas, dependia inteiramente de Deus, e no lugar oculto de oração buscava força divina, a fim de poder sair fortalecido para o dever e provação. Num mundo de pecado, Jesus suportou lutas e torturas de alma. Em comunhão com Deus, podia aliviar as dores que O esmagavam. Ali encontrava conforto e alegria” (Refletindo a Cristo [MM 1986], p. 110).

            “Há necessidade de diligência na oração; que coisa alguma dela vos detenha. Fazei todos os esforços para conservar aberta a comunhão entre Jesus e vossa própria alma. Procurai toda oportunidade para irdes aonde se costuma fazer oração. Os que estão realmente buscando a comunhão com Deus, serão vistos nas reuniões de oração, fiéis ao seu dever, e atentos e ansiosos por colher todos os benefícios que possam lograr. Aproveitarão todas as oportunidades de colocar-se onde possam receber raios de luz do Céu. Temos que orar em família; e sobretudo não devemos negligenciar a oração secreta, pois ela é a vida da alma. É impossível a alma prosperar enquanto é negligenciada a oração. A oração familiar e a oração pública não bastam. Em solidão, abra-se a alma às vistas perscrutadoras de Deus. A oração secreta só deve ser ouvida por Ele - o Deus que ouve as orações. Nenhum ouvido curioso deve partilhar dessas petições em que a alma assim depõe o seu fardo. Na oração secreta a alma está livre das influências do ambiente, livre da agitação. Calmamente, mas com fervor, busca a Deus. Suave e permanente será a influência que emana dAquele que vê o secreto, e cujo ouvido está aberto para ouvir a prece que vem do coração. Pela fé calma e singela a alma entretém comunhão com Deus e absorve raios de luz divina que a devem fortalecer e suster no conflito contra Satanás. Deus é nossa fortaleza.
Orai em vosso aposento particular; e enquanto seguis vossos afazeres diários, elevai muitas vezes o coração a Deus. Era assim que Enoque andava com Deus. Essas orações silenciosas sobem para o trono da graça qual precioso incenso. Satanás não pode vencer aquele cujo coração deste modo se firma em Deus.
Não há tempo nem lugar impróprios para se erguer a Deus uma oração. Nada há que nos possa impedir de alçar o coração no espírito de oração sincera. Entre as turbas de transeuntes na rua, em meio de uma transação comercial, podemos elevar a Deus um pedido, rogando a direção divina, como fez Neemias quando apresentou seu pedido perante o rei Artaxerxes. Onde quer que nos encontremos podemos entreter comunhão íntima com Deus. Devemos ter constantemente aberta a porta do coração, erguendo sempre a Jesus o convite para vir habitar nossa alma, como hóspede celestial” (Caminho a Cristo, p. 98).

            “Aqueles que buscam ao Senhor em segredo, contando-Lhe suas necessidades, e pedindo auxílio, não rogarão em vão. "Teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente." Mat. 6:6. À medida que fizermos de Cristo nosso companheiro diário, havemos de sentir que as forças de um mundo invisível se encontram todas ao redor de nós; e, pelo contemplar a Jesus, seremos transformados à Sua imagem. Somos transformados pela contemplação. O caráter é abrandado, refinado e enobrecido para o reino celeste. O seguro resultado de nosso trato e convívio com nosso Senhor, será o acréscimo de piedade, de pureza e fervor. Haverá progressiva inteligência na oração. Recebemos assim uma educação divina, o que é ilustrado por uma vida de diligência e zelo.
A alma que se volve para Deus em busca de auxílio, de apoio, de poder, mediante diária e fervorosa oração, terá aspirações nobres, percepções claras da verdade e do dever, altos propósitos de ação, e uma contínua fome e sede de justiça. Mantendo comunhão com Deus, seremos habilitados a difundir para os outros, através de nosso convívio com eles, a luz, a paz e a serenidade que reinam em nosso coração. A força obtida na oração a Deus, unida ao perseverante esforço no exercitar a mente na reflexão e no cuidado, prepara a pessoa para os deveres diários, e mantém o espírito em paz em todas as circunstâncias” (Maior Discurso de Cristo, p. 85).
           
           
SEGUNDA, 21 DE MARÇO
Comunidade de adoração e igreja
 (1Co 12:12-31; Ef 4:15-16)
           
            “Quando Deus criou Adão e Eva, os criou para se relacionarem um com o outro, com os anjos e com o próprio Deus. A inspiração nos revela que os anjos freqüentavam o jardim e dava-lhes instruções, ensinamentos e conselhos. O próprio Deus constantemente visitava o casal para lhes fazer companhia e dar-lhes muitas instruções.
Adão e Eva se relacionavam mutuamente e intimamente como casal, amigo e como dois seres que dependiam um do outro para satisfazer determinadas necessidades psicológicas. É exatamente assim que todos nós precisamos viver para ter o vazio do coração preenchido. A igreja é o melhor lugar para encontrarmos nossos irmãos, e estar na presença de Deus. Deus e os anjos estão constantemente a nossa volta, e a igreja representa o clímax deste encontro.
            Uma comunidade de adoração na igreja pode representar a busca decisiva do ser humano a Deus. Ele se faz presente em nossa vida vindo a nosso encontro todos os dias. Agora, é nossa vez de também ir ao encontro de Deus indo à igreja e ao mesmo tempo se relacionar com nossos irmãos e amigos em Cristo.      
            Aqueles que não gostam de estar na presença dos irmãos e de viver em comunidade cristã, pode estar passando por sérios problemas psicológicos ou crises mentais. Talvez, cargas excessivas de estresse ou depressão tenham minimizado o desejo de estar na presença dos irmãos. O fato é que, todos nós, fomos criados com necessidades reais de relacionamentos. Alguns estudos na área de psicologia sugere que seremos completos e mais propensos à felicidade se tivermos pelo menos, no mínimo 5 amigos bem chegados. Os próprios estudos acadêmicos e pesquisas científicas têm demonstrado nossa total dependência de pessoas para nossa saúde. Se somos necessitados da presença de outros seres humanos, quem dirá da presença de Deus! Pois Ele é nossa razão de existência e subsistência total e completa.

Leitura Adicional

            “A Igreja é uma sociedade cristã formada para os membros que a compõem, para que cada membro desfrute a ajuda de todas as virtudes e talentos dos outros membros e a atuação de Deus sobre eles, de acordo com seus diversos dons e capacidades. A Igreja é unida nos sagrados vínculos da comunhão, a fim de que cada membro tire proveito da influência do outro. Todos devem ater-se ao concerto de amor e harmonia. Os princípios e as virtudes cristãs de toda a sociedade de crentes devem produzir firmeza e força em ação harmoniosa. Todo crente deve tirar proveito e prevalecer-se da influência refinadora e transformadora das variadas capacidades dos outros membros, para que aquilo que falta num deles seja manifestado mais abundantemente em outro. Todos os membros devem avançar juntos, para que a Igreja se torne um espetáculo ao mundo, aos anjos e aos homens” (Mensagens Escolhidas, v.3, p. 15-16).

            “Por que os crentes constituem uma Igreja? Porque deste modo Cristo quer aumentar sua utilidade no mundo e fortalecer sua influência pessoal para o bem. Na Igreja deve ser mantida uma disciplina que proteja os direitos de todos e aumente o senso da dependência mútua. Deus nunca tencionou que a mente e o critério de um homem fossem um poder controlador. Ele nunca tencionou que um homem governasse, planejasse e ideasse sem a cuidadosa e devota consideração de todo o corpo, a fim de que todos possam agir de maneira sensata, esmerada e harmoniosa” (Mensagens Escolhidas, v.3, p. 16-17).

            “A perda sentida quando pessoas se ausentam das reuniões do povo de Deus não é pequena. Como filhos de Deus devemos tomar lugar em todas as assembléias de Deus, onde Seu povo é comissionado a estar presente, e transmitir a palavra de vida. Todos precisam de luz, e todo auxílio que possa ser obtido a fim de que, quando tiverem ouvido e recebido a preciosa mensagem do Céu através dos agentes designados por Deus, estejam preparados para comunicar aos outros a luz concedida” (Carta 117, 1896).

            “Os que pertencem à família da fé nunca devem negligenciar suas reuniões; pois este é o meio designado por Deus para levar Seus filhos à unidade, a fim de que, em amor cristão e companheirismo possam ajudar-se, fortalecer-se e animar-se uns aos outros” (Nossa Alta Vocação [MM 1962], p. 164).
           

TERÇA, 22 DE MARÇO
Perdão
(Lc 23:34; Mt 6:14, 15)

            Sem rodeios, definitivamente, os que não estão dispostos a perdoar jamais entrarão no céu. Isto é real e vai impedir muita gente de ser alcançado pela graça do Senhor. O perdão é divino e somente um coração regenerado poderá ser capaz de oferecê-lo. Além de ser divino, é capaz de reconstruir as emoções em todos os sentidos. Tanto o que perdoa quanto o que é perdoado é afetado diretamente ou indiretamente pelo poder do perdão. Até doenças podem ser sanadas pela sensação tão positiva promovida pelo perdão.
            No mundo de hoje, as pessoas estão enlouquecidas pelo desejo do perdão ou de perdoar. É que na essência, o perdão é tão necessário que as pessoas jamais serão felizes e realizadas se não o oferecer ou se não o receber. Há um poder misterioso por trás deste dom tão precioso e sublime. Somente as pessoas profundamente necessitadas de perdão é que podem descrever sua importância para a vida. Também, somente os necessitados de oferecer o perdão é que podem descrever com grande dimensão o seu significado.
            A Bíblia é muito clara, aqueles que não forem capazes de perdoar, jamais alcançarão perdão (Mt 6:14,15). Portanto, existe uma solução para os que se encontram em falta neste quesito. O jeito é cair de joelhos diante de Deus e com lágrimas clamar por sensibilidade. Clamar por necessidade de perdão e de perdoar. Suplicar com todas as forças pela compaixão de Deus e pedir que o Espírito de Deus o liberte desta dureza de coração. Se Deus é capaz de nos perdoar por nossas mais baixas atitudes contra Ele, imagine então, o quanto nós devemos fazer uso constante deste dom!
           
Leitura Adicional
           
            “Ninguém pode odiar o irmão, ou mesmo um inimigo, sem colocar-se sob condenação” (The Youth's Instructor, 13 de janeiro de 1898).

            “A transgressão de Davi foi perdoada porque ele humilhou seu coração perante Deus em arrependimento e contrição de alma e creu que se cumpriria a promessa do perdão de Deus. Confessou seu pecado, arrependeu-se e se reconverteu. No enlevo da segurança do perdão, exclamou: "Bem-aventurado aquele cuja iniqüidade é perdoada, cujo pecado é coberto. “Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não atribui iniqüidade e em cujo espírito não há dolo.” A bênção vem por causa do perdão; o perdão vem mediante a fé em que o grande Portador de pecados assume o pecado confessado. Todas as nossas bênçãos provêm, assim, de Cristo. Sua morte é o sacrifício expiatório por nossos pecados. É Ele o grande meio através do qual recebemos a misericórdia e o favor de Deus. “Ele é na realidade, então, o Originador, Autor, bem como o Consumador de nossa fé” (Manuscrito 21, 1891 (Manuscript Releases, vol. 9, págs. 300 e 301).
           
            “Terminando a oração do Senhor, Jesus acrescentou: "Se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós. Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas." Mat. 6:14 e 15. Aquele que não perdoa, obstrui o próprio conduto pelo qual, unicamente, pode receber misericórdia de Deus. Não deve pensar que, a menos que os que nos prejudicaram, confessem o mal, estamos justificados ao privá-los de nosso perdão. É dever deles, sem dúvida, humilhar o coração pelo arrependimento e confissão; cumpre-nos, porém, ter espírito de compaixão para com os que pecaram contra nós, quer confessem quer não suas faltas” (O Maior Discurso de Cristo, págs. 113 e 114).

            “Nada pode justificar o espírito irreconciliável. Aquele que não é misericordioso para com os outros, mostra não ser participante da graça perdoadora de Deus. No perdão de Deus, o coração do perdido é atraído ao grande coração do Infinito Amor. A torrente da compaixão divina derrama-se no espírito do pecador e, dele, na de outros. ...
Não nos é perdoado porque perdoamos, porém, como o fazemos. O motivo de todo perdão acha-se no imerecido amor de Deus; mas, por nossa atitude para com os outros denotamos se estamos possuídos desse amor. Por isto Cristo diz: "Com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós." (Mat. 7:2. Parábolas de Jesus, pág. 251).

“Que Cristo, a divina Vida, habite em vós, e manifeste por vosso intermédio o amor de origem celeste que irá inspirar esperança no desalentado e levar paz ao coração ferido pelo pecado. Ao aproximar-nos de Deus, eis a condição que temos de satisfazer ao pisar o limiar - que, recebendo misericórdia de Sua parte, nos entreguemos a nós mesmos para revelar a outros Sua graça” (O Maior Discurso de Cristo, págs. 1114 e 115).

QUARTA, 23 DE MARÇO
Serviço
(Mt 25:34-46; Ef 2:8,9)

             Aquele que nasce no reino de Deus nasce como um missionário. Todos, de alguma forma, devemos e podemos exercer o chamado de Deus em serviço aos outros. O Espírito de Deus trabalha em nossas vidas transformando nosso coração em um coração missionário. Coloca em nós o desejo de ser útil nas mãos de Deus para a salvação de outros. Parece que o Espírito de Deus toca em nossa vida colocando um vazio enorme em nosso interior que só pode ser preenchido quando fazemos algo pela salvação de outros.
            Precisamos entender que, somos salvos também para boas obras.  A igreja adventista é uma igreja profética que surgiu em um tempo profético e com uma mensagem profética. Nossa missão está bem definida pela revelação como um movimento missionário. Se um dia pararmos de pregar o evangelho, Deus terá que levantar outro movimento, pois nossa razão de existir é em pregar, pregar e pregar. Esta é nossa mais forte característica. Sem esta identidade perdemos o motivo de nossa existência e conseqüentemente deixaremos de existir como povo remanescente.
            Hoje, eu e você somos chamados pra fazer valer nossa vocação. Todos são chamados por Deus para serem missionários neste mundo. O serviço do Senhor requer homens e mulheres corajosos que estejam dispostos a ocupar-se com a obra do mestre. Inclusive, aqueles que, de alguma forma, não se envolvem com a obra de Deus, mais cedo ou mais tarde morrerão na fé. A verdade é que o vazio existente em nós somente se satisfaz quando encontramos a Deus e sua verdade, e, quando nos colocamos nas mãos do Senhor para sermos seus obreiros nos envolvendo com a missão. Sinceramente, vou dizer algo que pode chocar, mas, preciso dizer; aquele que não se ocupa com a obra de Deus, não pode ser chamado de adventista do sétimo dia, pois a identificação bíblica para esta igreja na palavra de Deus os coloca como coobreiros do Senhor. Pode ser adventista de nome, mas jamais será na essência da revelação. Você não precisa saber dar estudos bíblicos, mas de alguma forma é necessário seu envolvimento. Orar pelos outros, entregar folhetos, visitar e testemunhar, não são dons, mas atitude revelada na vida dos que fizeram de sua vida um instrumento de Deus para alcançar outras pessoas.

Leitura Adicional

            “A saúde física e a espiritual sofrem com a inatividade. O ocioso na vinha, aquele que vive tão-somente para si, está sempre descontente consigo e com os outros; as sombras e a frieza do descontentamento espelham-se em seu semblante. Mas aquele que se deixa atrair para fora do próprio eu, e que, à semelhança de seu Senhor, se identifica com a humanidade sofredora, será abrandado e aperfeiçoado pela prática da simpatia para com os outros. A cortesia, a paciência e a amabilidade caracterizarão essa pessoa, e tornarão sua presença uma contínua alegria e bênção. Seu semblante resplandecerá com o brilho da verdadeira beneficência.
São infelizes os que labutam arduamente para conseguir sua felicidade. Os que se esquecem de si mesmos em seu interesse por outros terão refletidas sobre seu coração a luz e as bênçãos que lhes dispensaram. ...
Tudo que possuímos nos é dado em depósito. Entretanto, quando Ele nos recompensa com Sua aprovação, é como se o mérito fosse nosso: "Bem está, bom e fiel servo." Mat. 25:23. Não é a grandeza do trabalho que fazemos, mas o amor e fidelidade com que o fazemos, que alcança a aprovação do Salvador” (The Sanitarium Patients at Goguac Lake..., 1878, págs. 12-14).

“Na vida de Cristo, tudo era subordinado à Sua obra, à obra de redenção que Ele veio cumprir. A mesma consagração, renúncia e sacrifício, a mesma submissão às prescrições da Palavra de Deus, devem ser manifestadas em Seus discípulos.
Todo o que aceita a Cristo como seu Salvador pessoal ansiará pelo privilégio de servir a Deus. Contemplando o que o Céu fez por ele, seu coração enche-se de amor sem limites e de rendida gratidão. Está ansioso por manifestar seu reconhecimento, consagrando suas faculdades ao serviço de Deus. Suspira por mostrar amor a Cristo e aos Seus remidos. Ambiciona trabalhos, dificuldades, sacrifícios.
O verdadeiro obreiro na causa de Deus fará o melhor, pois que assim fazendo pode glorificar seu Mestre. Procederá retamente a fim de respeitar as reivindicações de Deus. Esforçar-se-á por melhorar todas as suas faculdades. Cumprirá cada dever com os olhos em Deus. Seu único desejo será que Cristo possa receber homenagem e perfeito serviço” (A Ciência do Bom Viver, p. 502).

“Não passeis por alto as coisas pequenas, esperando por uma grande obra. Podeis fazer com êxito a obra pequena, mas falhar completamente ao tentar uma obra maior, e cair em desânimo. Lançai mão de qualquer obra que virdes ser necessária. Quer sejais rico quer pobre, grande ou humilde, Deus vos chama para efetuar um serviço ativo para Ele. Será fazendo com todas as vossas forças o que vos vier às mãos, que desenvolvereis talento e aptidões para a obra. E é negligenciando vossas oportunidades diárias que vos tornais infrutíferos e áridos. Esta é a razão por que há tantas árvores estéreis no pomar do Senhor” (Testemunhos para a Igreja, v.9, p. 129).

“Ó grandeza da obra de salvar pessoas! Quão poucos sentem isso! Quão poucos estão fazendo tudo que está ao seu alcance para ganhar pessoas para Cristo! Satanás está trabalhando com todo o seu poder - de modo perseverante, diligente e incansável - ao passo que muitos que professam a verdade se acham adormecidos, nada fazendo para salvar pessoas, e nem mesmo vivendo a verdade que professam. Não é um testemunho acanhado que há de impressionar as pessoas. Precisamos alcançar as pessoas por meio de Deus. Precisamos ser flexíveis nas mãos de Deus, a fim de ser moldados como a argila nas mãos do oleiro. Há suficiência na graça de Deus para toda hora de conflito, para toda hora de aflição. Apeguemo-nos mais firmemente a Deus. Seu Espírito ajudará, Seu Espírito fortalecerá e susterá.
À medida que formos chegando mais perto de Deus, perceberemos nossa própria nulidade e aprenderemos a confiar mais em Jesus Cristo, obtendo então clara evidência do amor de Jesus. Veremos a bondade e misericórdia de Deus manifestadas nas determinações de Sua providência” (Carta 21, 1883).
                       

QUINTA E SEXTA, 24 E 25 DE MARÇO
Esperança e confiança em Deus
(Sl 31:24; Mt 26:36-44)

            É muito comum ouvir pessoas perguntando sobre o que realmente poderia ser a fé. São muitas as dúvidas a respeito desta pequena palavra, mas que tem causado muita dúvida na mente de muitas pessoas. Na verdade, a palavra fé às vezes causa alguns incômodos porque ela vai além da confiança puramente emocional ou cega. Aliás, se a fé fosse cega ela não poderia ter recebido este nome. O nome mais adequado para uma fé cega e irracional é fideismo. A fé ensinada pelas escrituras é de proporção inimaginável, pois ela se sustenta sobre convicções racionais e se materializa nos atos e palavras. Crer em Deus para os ateus é algo insustentável, mas para os que crêem em Deus a confiança pode ser tão racional quanto os experimentos científicos.
            Além de ser uma convicção emocional, fé é a certeza de coisas que não vemos. Em outras palavras, não vemos, mas sabemos que elas estão bem ali.
            No entanto, confiança em Deus não pode ser confundida com presunção. Não adianta você se jogar de um prédio confiando que os anjos o salvarão antes de se arrebentar lá embaixo. Pode ter certeza, nenhum ser espiritual o socorrerá por tal imprudência. A genuína fé é aquela que permite Deus realizar sua vontade na vida. A fé ensinada por Deus é aquela que ao término de uma oração, dizemos: “Que seja feita a Tua vontade”. Não foi esta a oração que Jesus fez? Ele não era um exemplo de fé? No final, como bem sabemos sua oração não foi atendida. Portanto, confiar é entregar a vida ou pedir algo a Deus, mas ao mesmo tempo é aceitar a resposta Dele por acreditar que Ele tem a melhor resposta. Como visto, confiança em Deus reflete no mais profundo sentido da palavra: Entrega irrestrita. Isto, além de exercitar nossa dependência Nele, também promoverá saúde física e mental.

            Leitura Adicional

             Far-nos-ia bem passar diariamente uma hora a refletir sobre a vida de Jesus. Deveremos tomá-la ponto por ponto, e deixar que a imaginação se apodere de cada cena, especialmente as finais. Ao meditar assim em Seu grande sacrifício por nós, nossa confiança nEle será mais constante, nosso amor vivificado, e seremos mais profundamente imbuídos de Seu espírito. Se queremos ser salvos afinal, teremos de aprender aos pés da cruz a lição de arrependimento e humilhação” (Desejado de Todas as Nações, p. 83).
           

Gilberto G. Theiss, nascido no estado do Paraná, é membro da Igreja adventista do Sétimo dia desde 1996. Crê integralmente nas 28 doutrinas Adventista como consta no livro “Nisto Cremos” lançado pela “Casa Publicadora Brasileira”. Foi ancião por 3 anos na Igreja Adventista do Sétimo dia da cidade Nova Rezende/MG e por 6 anos na Igreja Central de Guaxupé/MG. Foi Obreiro bíblico na mesma cidade e hoje, além de ser coordenador do curso básico de reforço teológico para líderes de igreja pelo site www.altoclamor.com, está Bacharelando no Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia. Gilberto G. Theiss é autor de alguns livros e é inteiramente submisso e fiel tanto a mensagem bíblico-adventista quanto a seus superiores no movimento Adventista como pede hebreus 13:17. Toda a mensagem falada ou escrita por este autor é filtrada plenamente pelo que rege a doutrina bíblica-adventista do sétimo dia. Contato: gilbertotheiss@yahoo.com.br