Comentário da Lição da Escola Sabatina – Lição 12 – 1º Trimestre 2011 (12 a 19 de março)


Comentário da Lição da Escola Sabatina – Lição 12 – 1º Trimestre 2011 (12 a 19 de março)

Observação: Este comentário é provido de Leitura Adicional no fim de cada dia estudado. A leitura adicional é composta de citações do Espírito de Profecia. Caso considere-a muito grande, poderá optar em estudar apenas o comentário ou vice versa.

Comentário: Gilberto G. Theiss

SÁBADO, 05 DE MARÇO
A natureza como fonte de saúde
(Sl 19:1, 2)

            “Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos. Um dia discursa a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite” (Sl 19:1-2).

            As pessoas estão cada vez mais doentes e os números de farmácias, ambulatórios e hospitais são cada vez maiores. Embora o ser humano padeça de tantas doenças, a natureza, nossa fonte de saúde e vigor têm sido desprezadas e destruídas. Embora seja paradoxal, isto é o que vemos no dia a dia. Desprezar a natureza é o mesmo que jogar o último copo de água fora em pleno deserto do Saara.
            O corpo humano tem se tornado cada vez mais fragilizado e conseqüentemente o sofrimento, angústia e fadiga tem batido nas nossas portas com mais freqüência. No entanto, embora a lição desta semana não foque o estilo de vida em si, bem sabemos que somos dependentes de Deus e também dos cuidados inseridos na natureza a nosso dispor, e isto pode requerer de nós todos os cuidados, inclusive no que comemos e bebemos. O Éden, com certeza, era perfeito e promovia a felicidade de nossos primeiros pais. Quando Jesus retornar e quando tudo enfim acabar, viveremos em um ambiente refrigerado de pleno vigor e de constante saúde. Mas, enquanto isto não acontece, cabe a nós desfrutar ao máximo dos benefícios que a natureza pode nos oferecer. Isto é mais que estilo de vida, isto é fidelidade a Deus.

Leitura Adicional

            “A Palavra de Deus e as coisas da natureza ao nosso redor são lições do livro de Deus. O Senhor nos incentiva a contemplar Suas obras no mundo natural. Ele deseja que voltemos nossa mente do estudo do artificial para o natural. Devemos entender que é melhor erguer nossos olhos para os montes e contemplar as obras criadas por Suas próprias mãos. Sua mão moldou os montes, os colocou em sua posição e eles não podem se mover sem Seu comando. O vento, o sol, a chuva, a neve e o gelo são regidos por Sua vontade.
            Através dos cristãos, o amor e a benevolência de Deus podem ser vistos em cada dádiva de Suas mãos. As belezas da natureza são tema para contemplação. Ao estudar a beleza natural que nos rodeia, a mente é levada da natureza para o Autor de tudo o que é belo. Todas as obras de Deus falam aos nossos sentidos, magnificando Seu poder e exaltando Sua sabedoria. Cada coisa criada tem seu encanto que interessa aos filhos de Deus, e molda seu gosto para observar atentamente as preciosas evidências do amor de Deus acima de obras de feitio humano (The Youth’s Instructor, 24 de março de 1898).

            “Ar puro, luz solar, abstinência, repouso, exercício, regime conveniente, uso de água e confiança no poder divino - eis os verdadeiros remédios. Toda pessoa deve possuir conhecimentos dos meios terapêuticos naturais, e da maneira de aplicá-los. É essencial tanto compreender os princípios envolvidos no tratamento do doente, como ter um preparo prático que habilite a empregar devidamente esse conhecimento.
O uso dos remédios naturais requer certo cuidado e esforço que muitos não estão dispostos a exercer. O processo da natureza para curar e construir é gradual, e isso parece vagaroso ao impaciente. Demanda sacrifício e abandono das nocivas condescendências. Mas no fim se verificará que a natureza, não sendo estorvada, faz seu trabalho sabiamente e bem. Aqueles que perseveram na obediência a suas leis, ganharão em saúde de corpo e de alma” (Ciência do Bom Viver, p. 127).
           
DOMINGO, 13 DE MARÇO
Ambiente Perfeito
(Gn 1:27-2:25)

            A realidade do Éden está tão distante de nossa realidade que podemos sofrer o perigo de não acreditar nela mais. Existe tanta doença física e mental em nosso meio, tanto sofrimento e angústia, tantos transtornos psicológicos e estresse, tanta maldade e violência, tanta insegurança e falta de amor, tanta morte e desespero. Há tantas coisas tão nocivas a nós neste mundo que às vezes pensamos se realmente seria capaz de existir um mundo ou um lugar que pudesse ser totalmente diferente de tudo isso. Como sonhamos com um mundo perfeito. Estamos cansados de tanta miséria e sofrimento. Queremos alcançar esta glória o mais breve possível. Eu particularmente sonho a cada manhã, a cada final de dia e a cada ano com o fim desta geração e com o início da geração glorificada. Graças a Cristo, por Seu sangue mediador que, um dia, poderemos ter a oportunidade de sair de toda essa desgraça.
            Naquele ambiente perfeito, jamais teremos cansaço, dores musculares, fadiga, estresse, problemas psicológicos, doenças ou qualquer problema que nos diminua a vitalidade física e mental. A promessa é que, sempre estaremos motivados, estaremos sempre pra cima, com a auto-estima bem lá encima. Teremos vigor e plena saúde. Jamais iremos chorar de tristeza ou por alguma desgraça. Jamais iremos nos sentir maus por injustiças, pois lá não existirá injustiças. Jamais passaremos pelas tribulações que nos tiram a paz e o sono restaurador. Ali seremos para sempre imortais e dispostos a tudo o que estiver ao nosso alcance. Não é de se admirar que lá não existirá hospitais, farmácias, cemitérios, ambulatórios, velórios, dentistas, psiquiatras ou psicólogos. Lá, estas coisas não serão necessárias. Lá também, não nos separaremos de nossos amigos e não haverá pessoas falsas para nos ferir. Enfim, só de escrever estas palavras já me sinto com os olhos brilhando de anseio em experimentar este mundo perfeito. Mas este Éden restaurado é tão belo e está tão longe de nossa realidade que algumas vezes somos levados a duvidar de sua futura existência. Nos acostumamos tão profundamente com este mundo que o contrário disto tudo pode parecer utopia.
            A promessa de preparar um ambiente assim foi feita e as palavras saíram da boca do próprio Jesus (Jo 14:1-3). Além de Jesus ter feito essa tão significante promessa, ainda deu Sua assinatura ao dizer “se não fosse assim, eu não teria dito”. Em outras palavras, Jesus está dizendo que a promessa é verdadeira e o mundo perfeito está a nossa espera. Portanto, o que temos a fazer é aguardar confiantemente até o grande dia da glorificação. Eu vou estar lá a qualquer custo, e você?

Leitura Adicional

            “Adão e Eva saíram das mãos do Criador na completa perfeição do dote físico, mental e espiritual. Deus plantou para eles um jardim e os cercou de tudo o que era belo e atraente aos olhos, como requeriam suas necessidades físicas. Esse santo par via um mundo de insuperável beleza e glória. O benevolente Criador deu-lhes evidências de Sua bondade e amor ao providenciar-lhes frutas, vegetais, grãos e fez crescer na terra toda variedade de árvores úteis e bonitas. O santo par olhou para a natureza como um quadro de deslumbrante formosura. 
A terra, amarronzada, estava coberta de um carpete vivo, esverdeado, diversificado com variedades intermináveis de flores de perpetuação própria. Arbustos, flores e trepadeiras embelezavam o cenário com sua exuberância e fragrância. As muitas variedades de árvores altaneiras estavam carregadas de frutos deliciosos de toda espécie, adaptados a satisfazerem o paladar e os desejos dos felizes Adão e Eva. Deus providenciou este lar edênico para os nossos primeiros pais, dando-lhes evidências inequívocas do Seu grande amor e desvelo por eles.
Adão foi coroado rei no Éden. Foi-lhe dado domínio sobre todos os seres viventes que Deus tinha criado. O Senhor abençoou Adão e Eva com inteligência tal que Ele não tinha dado a nenhuma outra criatura. Conferiu a Adão o poder sobre todas as obras criadas, de Suas mãos. O homem, feito à imagem divina, poderia contemplar e apreciar as obras gloriosas de Deus na natureza.
Adão e Eva podiam divisar a habilidade e a glória de Deus em cada haste de grama, arbusto e flor. A beleza natural que os envolvia refletia-se como um espelho de sabedoria, excelência e amor do seu Pai celestial. Seus cânticos de afeição e louvor subiam ao Céu suave e reverentemente, em harmonia com os suaves cânticos dos elevados anjos, e com a passarada feliz que gorjeava despreocupadamente suas músicas. Não havia doença, decrepitude, nem morte. A vida estava em tudo em que se pudessem repousar os olhos. A atmosfera estava cheia de vida. Havia vida em cada folha, em cada flor e em cada árvore” (No Deserto da Tentação, p. 12-14).

“O Criador escolheu para nossos primeiros pais o ambiente que mais convinha a sua saúde e felicidade. Não os colocou num palácio, nem os rodeou dos adornos e luxos artificiais que tantos lutam hoje em dia por obter. Pô-los em íntimo contato com a natureza, em estrita comunhão com os santos entes celestiais” (A Ciência do Bom Viver, p.261).

“Embora todas as coisas que Deus criou fossem belas e perfeitas, e aparentemente nada faltasse sobre a Terra criada para fazer Adão e Eva felizes, ainda manifestou Seu grande amor plantando para eles um jardim especial. Uma porção de seu tempo devia ser ocupada com a feliz tarefa de cuidar do jardim, e a outra porção para receber a visita dos anjos, ouvir suas instruções, e em feliz meditação” (História da Redenção, págs. 20 e 21).

“O homem saiu das mãos de Deus com todas as faculdades da mente e do corpo perfeitas; perfeitamente são, portanto com perfeita saúde” (Minha Consagração Hoje, pág. 126).
           
           
SEGUNDA, 14 DE MARÇO
O pecado  e a natureza
 (Gn 3)
           
            O pecado não permaneceu apenas na esfera humana, mas atingiu também os animais e a natureza como num todo. As calamidades em terra e mar, as dificuldades para o alimento se reproduzir de maneira saudável, os espinhos, os terremotos, furacões, tsunamis, frio excessivo em algumas regiões e calor excessivo em outras, chuvas ácidas e torrenciais, secas, alagamentos, geadas, animais selvagens, insetos que trazem doenças e incômodos e o efeito estufa sobre o planeta, dentre outros problemas mais, são uma demonstração clara que o pecado realmente e definitivamente não foi uma boa escolha. Tudo saiu do seu devido lugar e nós somos os que mais sofrem com estas mudanças.
            A cada 10 anos que se passam, percebemos com mais contundência como a natureza tem sido cada vez mais consumida pela pecado, pois as tragédias pioram a cada dia. É possível acreditar que, se Jesus não retornar o mais breve possível, mais cedo ou mais tarde, todos nós seremos consumidos ou pela convulsão da natureza em si ou por nós mesmos.
            O mais incrível é que, o homem, mesmo tendo consciência que precisa da natureza para sobreviver, motivado pela ambição, permanece destruindo-a e desestruturando suas leis. Bom, a conclusão que podemos chegar é que, enquanto houver pecado nesta terra, a natureza continuará sofrendo maus tratos e nós teremos que carregar por um pouco mais de tempo os fardos das conseqüências.
            No entanto, a natureza foi criada por Deus de maneira tão bela que, mesmo depois de quase seis mil anos de pecado, ainda é possível ver nela beleza e indescritível glória. Imagina então a natureza restaurada em seu vigor e beleza plenos!

Leitura Adicional

            “Se bem que a terra estivesse maculada pela maldição, a natureza devia ainda ser o guia do homem. Não poderia agora representar apenas bondade; pois o mal se achava presente em toda parte, manchando a terra, o mar e o ar, com seu contato corruptor. Onde se encontrara escrito apenas o caráter de Deus, o conhecimento do bem, agora se achava também escrito o caráter de Satanás, a ciência do mal. Pela natureza, que agora revelava o conhecimento do bem e do mal, devia o homem ser continuamente advertido quanto aos resultados do pecado.
No tombar da flor e no cair da folha, Adão e sua companheira testemunhavam os primeiros sinais da decadência. Vinha-lhes à mente, de maneira vívida, o fato cruel de que todas as criaturas vivas deveriam morrer. Mesmo o ar, de que dependia a sua vida, continha os micróbios da morte.
Continuamente se lembravam também de seu domínio perdido. Entre os seres inferiores, Adão se achara como rei, e enquanto permaneceu fiel a Deus, toda a natureza reconheceu o seu governo; mas, transgredindo ele, foi despojado deste domínio. O espírito de rebelião a que ele próprio havia dado entrada, estendeu-se por toda a criação animal. Assim, não somente a vida do homem, mas a natureza dos animais, as árvores da floresta, a relva do campo, o próprio ar que ele respirava, tudo apresentava a triste lição da ciência do mal.
Entretanto o homem não ficou abandonado aos resultados do mal que havia escolhido. Na sentença pronunciada sobre Satanás era já sugerida uma redenção. "Porei inimizade entre ti e a mulher", disse Deus, "e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar." Gên. 3:15. Esta sentença proferida aos ouvidos de nossos primeiros pais, era-lhes uma promessa. Antes de ouvirem acerca dos espinhos e cardos, de trabalhos e tristezas que deveriam ser o seu quinhão, ou do pó a que deveriam voltar, ouviram palavras que não poderiam deixar de lhes dar esperança. Tudo que se havia perdido, rendendo-se a Satanás, poderia ser recuperado por meio de Cristo.
O mesmo nos é sugerido também pela natureza. Apesar de maculada pelo pecado, ela fala não somente da criação mas também da redenção. Posto que a terra testifique da maldição, com sinais evidentes de decadência, é ainda rica e bela nos indícios de um poder que confere vida. As árvores lançam suas folhas apenas para se vestirem de folhagem mais vicejante; as flores morrem, para brotar com nova beleza; e em cada manifestação do poder criador existe a segurança de que podemos de novo ser criados em "justiça e santidade". Efés. 4:24. Assim as próprias coisas e operações da natureza que tão vividamente nos trazem ao espírito nossa grande perda, tornam-se mensageiros da esperança.
Até onde se estenda o mal, é ouvida a voz de nosso Pai ordenando a Seus filhos que vejam nos resultados daquele a natureza do pecado, admoestando-os a esquecer o mal, e convidando-os a receber o bem” (Educação, p. 26 e 27).
           

TERÇA, 15 DE MARÇO
Dons de Deus pela Natureza
(Rm 1:19-25; Sl 19:1-6)

            A verdade pode ser conhecida através dos fatos objetivos ou subjetivos. Para alguns existe muita evidência subjetiva e pouca objetiva para provar a existência de Deus. Pra entendermos, os fatos objetivos são aqueles que vão além da evidência e da fé. Na mais pura essência são aqueles que são provados através de experimentos ou por algum outro meio de prova contundente.
Muitos cientistas alegam que tudo o que pode ser provado, deve na verdade, ser experimentado, repetido e funcional. No entanto, a verdade também pode ser expressa da forma subjetiva, pois a cor branca não precisa ser experimentada e provada em laboratório para entendermos que a cor é realmente branca. O que precisamos ter em mente é que, existem muitas verdades que são puramente subjetivas, mas o fato de serem subjetivas não são invalidadas como verdade. A natureza está repleta de sintomas subjetivos que apresentam claramente a necessidade de haver um desenhista inteligentíssimo. Para muitos cientistas, Deus não existe porque Ele não pode ser experimentado e muito menos estudado nas lentes científicas. O grande problema é que muitos destes homens não estão dispostos a usarem outro tipo de lente: a lente da fé e da Bíblia. Embora a fé também seja algo puramente subjetivo, através dela podemos alcançar o racional dos fatos, evidências e provas. Por exemplo: Se encontrarmos em alguma escavação uma bela imagem de um homem montado encima de um cavalo, sem nenhuma dúvida poderemos distinguir que no mínimo esta imagem foi reproduzida por alguma pessoa inteligente e habilidosa. Não é necessário nenhum tipo experimentação e muito menos levar ao laboratório para ter certeza que se trata de uma arte resultante de um habilidoso artista. Da mesma forma, se olharmos para o monte rushmore  e para o grand canyon nos EUA, mesmo sem usar nenhum tipo de pesquisa, experimentação ou de instrumentos de laboratório saberemos diferenciar claramente qual foi produzido por mentes inteligentes e habilidosas e qual não foi. Estas verdades se tornam subjetiva pelo fato de não termos visto, presenciado ou experimentado em laboratório, mas esta subjetividade pode ser tão lógica quanto qualquer experimento racional. Podemos afirmar então que a subjetividade, em alguns casos, também são capazes de nos apresentar verdades importantes para a vida. Neste caso, a fé é subjetiva, mas pode nos levar ao racional tanto quanto um experimento.
            Quando olhamos para a criação, a natureza, os animais, os humanos, a complexidade da vida, das moléculas, o DNA, para a inteligência do homem e da mulher, o amor, a complexidade das emoções, etc....é impossível não ver um ser inteligente e amoroso por trás de tudo isto. A fé, ou a subjetividade humana, em alguns casos, podem ser tão seguras quanto os processos empíricos utilizados para descobrir as verdades. Observe que, embora a natureza de hoje revele traços de imperfeição, ainda é possível ver com extrema nitidez um Deus de amor por trás de toda essa magnificente beleza. A natureza é como se fosse outra Bíblia cheia de revelações de Deus mostrando sua existência e interesse por nós. Ela foi criada com o objetivo de nos servir e de ser um auxílio para nossa sobrevivência.
           

Leitura Adicional
           
            “As coisas de feitura divina na natureza não são o próprio Deus na natureza. As coisas da natureza são uma expressão do caráter divino; por meio delas podemos compreender o Seu amor, Seu poder, e Sua glória; mas não devemos considerar a natureza como sendo Deus. A perícia artística dos seres humanos produz obras muito belas, coisas que deleitam os olhos, e essas coisas nos dão em parte um vislumbre de quem as ideou; mas a obra feita não é o homem. Não é a obra, mas o obreiro que é considerado merecedor de honra. Assim, conquanto a natureza seja uma expressão do pensamento de Deus, não a natureza, mas o Deus da natureza é que deve ser exaltado”. (Testemunhos Seletos, vol. 3, pág. 262).

            “Podemos olhar através da natureza para o Deus da natureza. Nas belas árvores altaneiras, nos arbustos, nas flores, Deus revela Seu caráter. Ele deve ser comparado aos mais belos lírios, rosas e cravos. Gosto de considerar as coisas de Deus na natureza, pois o Senhor nelas imprime o Seu caráter. Ele no-las deu por amor a nós, e quer que nelas tenhamos prazer. Não adoremos, portanto, as belas coisas na natureza, mas olhemos através delas para o Deus da natureza, sendo levados a adorar o Doador. Que esses belos ministérios de amor correspondam ao propósito de Deus e atraiam nosso coração para Ele, a fim de que sejamos inundados com as belezas de Seu caráter e admiremos Sua bondade, Sua compaixão, Seu inexprimível amor.
Deus é bom e muito digno de ser louvado. Suas misericórdias nos têm sido outorgadas generosamente. Ele nos tem cercado de provas de Seu amor. Os pagãos podem enfurecer-se e imaginar coisas vãs, mas o Senhor é imutável. Ele fez a fortaleza dos outeiros eternos a fim de que seja um abrigo seguro para Seu povo. Preparou as montanhas e as cavernas para seus filhos oprimidos e perseguidos. Podemos cantar: "Deus é o nosso refúgio e fortaleza... nas tribulações." Sal. 46:1. Àquele que fez as montanhas altaneiras e os outeiros eternos - a Ele podemos volver o olhar” (Manuscrito 100, 1898).

            “Nossos filhos necessitam aprender essas lições. Para a criancinha, ainda incapaz de aprender pela página impressa, ou tomar parte nos trabalhos de uma sala de aulas, a natureza apresenta uma fonte infalível de instrução e deleite. O coração que ainda não se acha endurecido pelo contato com o mal, está pronto a reconhecer aquela Presença que penetra todas as coisas criadas. O ouvido, ainda não ensurdecido pelo clamor do mundo, está atento à Voz que fala pelas manifestações da natureza. E para os mais velhos, que necessitam continuamente desta silenciosa lembrança das coisas espirituais e eternas, as lições tiradas da natureza não serão uma fonte inferior de prazer e instrução. Como os moradores do Éden aprendiam nas páginas da natureza, como Moisés discernia os traços da escrita de Deus nas planícies e montanhas da Arábia, e o menino Jesus nas colinas de Nazaré, assim poderão os filhos de hoje aprender acerca dEle. O invisível acha-se ilustrado pelo visível. Sobre todas as coisas na Terra, desde a árvore mais altaneira da floresta até ao líquen que se apega ao rochedo, desde o oceano ilimitado até a mais tênue concha na praia, poderão eles contemplar a imagem e inscrição de Deus” (Educação, p. 100).

QUARTA, 16 DE MARÇO
Comunhão com Deus na natureza
(Mt 6:25-34)

            Algumas vezes, no passado, eu e outros demais irmãos, fomos ao monte orar em meio à natureza. Sou testemunha ocular dos benefícios de se retirar para um ambiente natural para falar com o Senhor. Ali, em meio à natureza, não presenciamos milagres e muito menos fogo descer do céu. Ali, os anjos não aparecem diante de nossos olhos, mas posso garantir que a sensação espiritual é incomparável. Nós, como povo de Deus, precisamos fazer com mais freqüência programas assim. Precisamos ir e levar a igreja ou pequenos grupos de pessoas para orarem algumas vezes em algum monte (seguro).
            Àqueles que tiverem experiências assim, terão muito que dizer a respeito de um contato mais íntimo com Deus. O Senhor não nos deixará voltar para casa vazios. A sensação é como se realmente estivéssemos vendo a Deus e os anjos. A sensibilidade ao espiritual é bem maior e significativa. Esta prática precisa se tornar comum em nossos dias, pois, chegará um tempo em que, todos nós, passaremos por duras provas que exigirão de nós constante separação de tempo em meio aos refúgios da natureza e das montanhas. A comunhão com Deus é vital para nossa sobrevivência. No entanto, precisamos começar a pensar não apenas na comunhão em si, mas na qualidade da comunhão. Se quisermos fazer de nossa vida um constante índice de crescimento, devemos buscar todos os meios possíveis para tornar nossas experiências com Deus mais profundas e reais. Invocar o Senhor nas madrugadas é uma ótima alternativa para ter uma experiência marcante com Deus, mas nada se igualará quando o buscarmos nas madrugadas em meio às montanhas. Jesus praticava este tipo de encontro com o Pai e sua experiência serve de lição imprescindível a todos nós.
            É nas madrugadas que Satanás costuma agir com maior freqüência inserindo a maldade, a violência e a promiscuidade. De igual forma, é também nas madrugadas que podemos ter os melhores encontros com Deus, especialmente se o local for os mais solitários e naturais possíveis. Se você não pode se deslocar até uma montanha ou jardim, as madrugas em seu próprio aposento, no silêncio da noite, Deus também se manifestará de maneira grandiosa.

Leitura Adicional

            “O variado cenário das majestosas montanhas e rochosas alturas, as profundas gargantas com suas rápidas e ruidosas correntes vindas do alto, ... as águas chocando-se ao baterem de encontro às pedras e espargindo-se qual véu de espumas, tornam esse cenário todo de inexcedível beleza e grandiosidade. ... As montanhas contêm tesouros de bênçãos concedidas pelo Criador aos habitantes da Terra. É a diversidade na superfície do planeta, em montanhas, planícies e vales, que revela a sabedoria e o poder do grande Obreiro Mestre. E os que querem banir da Terra as rochas e os montes, as selváticas gargantas e as rumorosas e rápidas correntes, e os abismos - seus sentidos... são demasiado estreitos para compreenderem a majestade de Deus. ... Deus, o grande Arquiteto, construiu essas alterosas montanhas, e sua influência sobre o clima é uma bênção ao mundo. Elas colhem das nuvens enriquecedora umidade. As cadeias de montanhas são os grandes reservatórios de Deus a fim de suprir água ao oceano. Esses são a origem das fontes, dos riachos e ribeiros, bem como dos rios. Eles recebem, em forma de chuva e de neve, os vapores com que a atmosfera se acha carregada, e comunicam-nos às ressecadas planícies em baixo.
Devemos olhar às montanhas irregulares da Terra como fontes de bênçãos das quais fluem as águas para abastecer todas as criaturas vivas. Toda vez que contemplo as montanhas sinto reconhecimento para com Deus. ...
Tudo quanto nos rodeia nos ensina de dia em dia lições quanto ao amor de nosso Pai e ao Seu poder, às leis com que rege a natureza e que jazem no fundamento de todo o governo no Céu e na Terra” (Manuscrito 62, 1886).
                       

QUINTA E SEXTA, 17 E 11 DE MARÇO
Salmo 104
(Sl 104)

            Embora tentemos buscar refúgio na natureza para reforçar nossa crença e fé em Deus, acredito que a melhor maneira de alimentar a fé, além da palavra de Deus, é olhar para nós mesmos. Se olhe no espelho, olhe profundamente em seus olhos, seu nariz, sua boca, seus ouvidos. Olhe com muita atenção para todos os detalhes existentes em você. Processe, analise e use sua imaginação ao pensar nos órgãos dentro de você em ritmo acelerado, funcionando perfeitamente para mantê-lo assim, em funcionamento, falando, sorrindo, pulando, amando, chorando e se alegrando.
            É impressionante como tudo em você é misterioso e assombroso. A maior evidência da existência e do cuidado de Deus é sua própria existência (EU e VOCÊ).
            Quando me deparo com alguém que esteja vivendo um momento de crise na fé, uma das primeiras coisas que digo a essas pessoas é que, se olhem por fora e por dentro e atente-se para o fato que, para ser o que é, é necessário que haja um projetista inteligentíssimo. É impossível termos vindo à existência do nada ou de uma explosão. Aliás, se explosão gerasse vida, no oriente médio entre os radicais religiosos, haveria gente nascendo a todo o momento.
            Meu amado irmão (a), um dia veremos com nossos próprios olhos e ouviremos com nossos próprios ouvidos as belezas da criação de Deus que estão além deste miserável mundo. Contemplaremos não apenas o Criador visivelmente e audivelmente, mas também viajaremos pelos mundos afora e contemplaremos coisas que os olhos humanos jamais viram e nem ouvidos ouviram. Deus existe e a maior prova que Ele existe é que você e eu existimos. Pense nisso.

            Leitura Adicional

            “Muitos ensinam que a matéria possui força vital: que certas propriedades são comunicadas à matéria, e então fica ela a agir por meio de sua própria energia inerente; e que as operações da natureza são dirigidas de acordo com leis fixas, nas quais o próprio Deus não pode interferir. Isto é ciência falsa, e não é apoiado pela Palavra de Deus. A natureza é serva de seu Criador. Deus não anula Suas leis, nem age contrariamente a elas; mas está continuamente a empregá-las como Seus instrumentos. A natureza testifica de uma inteligência, de uma presença, de uma energia ativa, que opera em suas leis e por meio das mesmas leis. Há na natureza a operação contínua do Pai e do Filho. Cristo diz: "Meu Pai trabalha até agora, e Eu trabalho também." João 5:17” (Patriarcas e Profetas, pág. 114).

            “O lar de nossos primeiros pais deveria ser um modelo para outros lares, ao saírem seus filhos para ocuparem a Terra. Aquele lar, embelezado pela mão do próprio Deus, não era um suntuoso palácio. Os homens, em seu orgulho, deleitam-se com edifícios magnificentes e custosos, e gloriam-se com as obras de suas mãos; mas Deus colocou Adão em um jardim. Esta era a sua morada. O céu azul era a sua cúpula; a terra, com suas delicadas flores e tapete de relva viva, era o seu pavimento; e os ramos folhudos das formosas árvores eram o seu teto. De suas paredes pendiam os mais magnificentes adornos - obra do grande e magistral Artífice. No ambiente em que vivia o santo par havia uma lição para todos os tempos, a lição de que a verdadeira felicidade é encontrada, não na satisfação do orgulho e luxo, mas na comunhão com Deus mediante Suas obras criadas. Se os homens dessem menos atenção às coisas artificiais, e cultivassem maior simplicidade, estariam em muito melhores condições de corresponderem com o propósito de Deus em Sua criação. O orgulho e a ambição nunca se satisfazem; aqueles, porém, que são verdadeiramente sábios encontrarão um prazer real e enobrecedor nas fontes de alegria que Deus colocou ao alcance de todos” (Patriarcas e Profetas, págs. 49 e 50).
           

Gilberto G. Theiss, nascido no estado do Paraná, é membro da Igreja adventista do Sétimo dia desde 1996. Crê integralmente nas 28 doutrinas Adventista como consta no livro “Nisto Cremos” lançado pela “Casa Publicadora Brasileira”. Foi ancião por 3 anos na Igreja Adventista do Sétimo dia da cidade Nova Rezende/MG e por 6 anos na Igreja Central de Guaxupé/MG. Foi Obreiro bíblico na mesma cidade e hoje, além de ser coordenador do curso básico de reforço teológico para líderes de igreja pelo site www.altoclamor.com, está Bacharelando no Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia. Gilberto G. Theiss é autor de alguns livros e é inteiramente submisso e fiel tanto a mensagem bíblico-adventista quanto a seus superiores no movimento Adventista como pede hebreus 13:17. Toda a mensagem falada ou escrita por este autor é filtrada plenamente pelo que rege a doutrina bíblica-adventista do sétimo dia. Contato: gilbertotheiss@yahoo.com.br