Comentário da Lição da Escola Sabatina – Lição 10 – 1º Trimestre 2011 (26 de fevereiro a 04 de março)
Observação: Este comentário é provido de Leitura Adicional no fim de cada dia estudado. A leitura adicional é composta de citações do Espírito de Profecia. Caso considere-a muito grande, poderá optar em estudar apenas o comentário ou vice versa.
Comentário: Gilberto G. Theiss
SÁBADO, 26 DE FEVEREIRO
Inveja
(Pv 27:4)
“Cruel é o furor, e impetuosa, a ira, mas quem pode resistir à inveja?” (Pv 27:4).
A inveja e o ciúme são uma das manifestações emocionais mais destrutivas. Elas podem destruir tanto o invejado quanto o que a manifesta. Geralmente a inveja se alimenta de coisas, posições, dons, habilidades vistas em outros. Quando uma pessoa talentosa se aproxima, alguns podem sentir-se ameaçados. Esta ameaça geralmente acontece quando sua posição, sabedoria, inteligência e poder são ameaçados por outra pessoa. É ai que pode nascer a inveja. Às vezes a pessoa talentosa que se aproxima nem cogita a intenção de angariar a posição ou fama de outrem, mas mesmo assim, a inveja dos demais pode construir um medo e repúdio por ela. Pode ser uma turma de classe escolar que persegue e repudia o aluno brilhante. Neste caso, os demais o repudiam porque se sentem ameaçados por ele. Sua inteligência sufoca os demais. Pode ser em uma empresa, quando um funcionário brilhante é maltratado e perseguido por seus colegas. O detalhe é que, os demais percebem que sua promoção na empresa pode ser ameaçada pelo novo funcionário brilhante.
Entre estes e outros exemplos, a inveja tem o poder de destruir tanto os invejados quanto os que invejam. Os que são invejados, geralmente são deixados de lado, perseguidos ou até mesmo caluniados. O objetivo com estes ataques é diminuir o valor deste indivíduo talentoso. Quanto aos que invejam, esta emoção negativa pode destruí-los devido a intensa carga emocional, e podem ainda se transformar em tirano perdendo a capacidade de amar incondicionalmente. No reino de Cristo, independente de quem somos, melhores ou piores, cabe a cada um individualmente ficar feliz pelo crescimento e habilidades dos outros. A humildade e o desejo de ver os outros bem em todas as faces da vida é resultado de um coração repletamente cheio das virtudes celestiais. Desejar a felicidade e sucesso dos outros é um desafio que, somente os regenerados pela graça poderão demonstrar.
Leitura Adicional
“A inveja causou a primeira morte em nosso mundo. ... Todo egoísmo vem de Satanás. Os seres humanos pertencem a uma grande família - a família de Deus. Eles devem respeitar-se e amar-se uns aos outros. Não devem proferir palavras que ferem e ofendem. Ninguém deve ser injusto nos seus negócios, fazendo com que os seus semelhantes percam a confiança nele. Egoísmo e injustiça trazem infelicidade. Sob a sua maléfica influência, os homens perdem o senso do que significa amarem-se uns aos outros como Cristo nos ama” (Exaltai-O [MM 1992], p. 293).
“Os que amam a Deus não podem abrigar ódio ou inveja. Quando o princípio celestial do eterno amor toma o coração, dimanará para outros. ...
Esse amor não é adquirido meramente para incluir "eu e meu", mas é amplo como o mundo e alto como o céu, e está em harmonia com aquele dos obreiros angélicos. Esse amor, acariciado na alma, adoça a vida toda e projeta sua enobrecedora influência sobre todos em volta. Possuindo-o, não podemos deixar de ser felizes, quer a sorte sorria, quer desagrade.
Se amamos a Deus de todo o coração, temos de amar também Seus filhos. Este amor é o Espírito de Deus. É o adorno celestial que concede verdadeira nobreza e dignidade à pessoa e assemelha nossa vida à vida do Senhor. Não importa quantas boas qualidades possamos ter, por mais dignos de honra e mais cultos que nos possamos considerar, se a pessoa não é batizada com a graça celestial do amor a Deus e de uns aos outros, somos deficientes na verdadeira bondade e inaptos para o Céu, onde tudo é amor e unidade” (Testimonies, vol. 4, págs. 223 e 224).
“O grande Médico vos convida a ir a Ele, para que possa curar-vos. Ele cura todas as nossas enfermidades. As piores dessas enfermidades são a inveja, o ciúme, ruins suspeitas, a maledicência, o desejo de seguir planos que se opõem à obra de Deus. A vida de todos deveria ser santa, mas está cheia de depravação, e por isso os homens são fácil presa das tentações de Satanás. Mas, se Cristo habita em vosso coração, podeis dizer que Ele redime nossa vida da destruição e nos coroa de benignidade e terna misericórdia. Haja, então, cânticos de louvor em nossos lábios e em nosso coração. Meditai nos sofrimentos de Cristo por nós. Em vez de vigiar para encontrar algo a ser acusado e condenado nos outros, dai graças ao Senhor por haver perdão com Ele. Cristo Se entristece quando criticamos e acusamos; pois isto constitui a obra de Satanás. Tiremos águas das fontes da salvação e louvemos ao Senhor.
Não é o sermonar que evidencia que a pessoa nasceu de novo. O apreço pela ternura de Cristo para com as ovelhas do Seu pasto é que torna isso evidente” (Manuscrito 46, 1898).
“A inveja e o ciúme são enfermidades que perturbam todas as faculdades do ser. Originaram-se com Satanás, no Paraíso. ... Os que lhe escutam a voz desmerecerão os outros, e deturparão e falsificarão a fim de se apresentarem bem a si mesmos. Mas coisa alguma que contamine poderá entrar no Céu, e a menos que os que nutrem esse espírito se mudem, jamais poderão ali entrar, pois criticariam os anjos. Invejariam a coroa dos outros. Não saberiam em que conversar a menos que salientassem as imperfeições e erros dos demais” (Nossa Alta Vocação (Meditações Matinais, 1962).
DOMINGO, 27 DE FEVEREIRO
Na raiz do mal
(Is 14:12-14; Tg 3:16-17)
“Serei semelhante ao altíssimo” (Is 14:14), foi a expressão que mudou todo o curso da história. Essa nódoa de inveja e ciúmes fez com que a felicidade fosse destronada do universo. Além do mais, os seres humanos criados a imagem e semelhança de Deus passaram, após o pecado, a refletir o caráter de Satanás.
O caráter do diabo pode ser visto nos seres humanos que se permitem agir como ele agiu no céu ao desejar o poder e glória de Deus.
A inveja causa destruição e arrebata o sentimento de satisfação e felicidade. O desejo de querer mais e a busca incessante pelo poder, posição, fama, riqueza em detrimento do bem estar do próximo, poderá trazer como conseqüência a humilhação e a desonra. Satanás, um dia, contemplará gota por gota a eterna ruína resultantes de sua ambição e inveja. Não será diferente com aqueles que viverem e seguirem o mesmo caminho trilhado pelo anjo caído.
Cultivar a humildade, bondade, altruísmo e amor para com as pessoas trará riquezas e maiores dádivas àqueles que fizerem de sua vida um conduto para a exaltação de outros. Lembre-se que, nada é mais precioso aos olhos de Deus do que a humildade e a bondade.
Lúcifer fez a sua escolha e foi completamente moldado por elas. Assim, da mesma forma, consciente ou não, todos estão fazendo sérias escolhas na vida que os moldarão para a eternidade ou para a vergonha e destruição eterna. No entanto, as escolhas não passam vagamente pela mente humana, ela se materializa nas atitudes e nas emoções. Está ai mais uma razão para aprendermos a dominar as emoções tornando-as cativa a Cristo.
Leitura Adicional
“Lúcifer estava invejoso e enciumado de Jesus Cristo. Todavia, quando todos os anjos se curvaram ante Jesus reconhecendo Sua supremacia e alta autoridade e direito de governar, ele curvou-se com eles, mas seu coração estava cheio de inveja e rancor. Cristo tinha sido introduzido no especial conselho de Deus, na consideração de Seus planos, enquanto Lúcifer não participara deles. Ele não compreendia, nem lhe fora permitido conhecer, os propósitos de Deus. Mas Cristo era reconhecido como o soberano do Céu; Seu poder e autoridade eram os mesmos de Deus. Lúcifer pensou em si mesmo como o favorito entre os anjos no Céu. Tinha sido grandemente exaltado, mas isto não despertou nele louvor e gratidão ao seu Criador. Aspirava à altura do próprio Deus. Gloriava-se na sua altivez. Sabia que era honrado pelos anjos. Tinha uma missão especial a executar. Tinha estado perto do grande Criador e o resplendor incessante da gloriosa luz que cercava o eterno Deus tinha brilhado especialmente sobre ele. Pensava como os anjos tinham obedecido a seu comando com grande entusiasmo. Não era seu vestuário belo e brilhante? Por que devia Cristo ser assim honrado acima dele?” (História da Redenção, p. 14).
“A inveja não é meramente uma perversidade do temperamento, mas uma indisposição que perturba todas as faculdades. Começou com Satanás. Ele desejou ser o primeiro no Céu e, como não alcançasse todo o poder e glória que buscava, rebelou-se contra o governo de Deus. Invejou nossos primeiros pais, tentando-os ao pecado, e assim os arruinou, e a todo o gênero humano.
O invejoso fecha os olhos às boas qualidades e nobre ações dos outros. Está sempre pronto a desprezar e representar falsamente aquilo que é excelente. Os homens muitas vezes confessam e abandonam outras faltas; do homem invejoso, porém, pouco se pode esperar. Visto como invejar a alguém é admitir que ele é superior, o orgulho não tolerará nenhuma concessão. Se for feita uma tentativa de convencer de seu pecado a pessoa invejosa, ela se torna ainda mais amarga contra o objeto de sua paixão, e muitas vezes permanece incurável.
O invejoso espalha veneno aonde quer que vá, separando amigos, e suscitando ódio e rebelião contra Deus e o homem. Procura ser considerado o melhor e o maior, não mediante heróicos e abnegados esforços por alcançar ele mesmo o alvo da excelência, mas sim ficando onde está e diminuindo o mérito dos outros” (Testemunhos para a Igreja, v.5, p. 56).
“Que mal indescritível tem feito em nosso mundo este mau traço de caráter! A mesma inimizade que moveu o coração de Caim contra seu irmão Abel, porque as obras de Abel eram justas, e Deus o honrava, e as suas eram más, e o Senhor o não podia abençoar, essa mesma inimizade existiu no coração de Saul. A inveja é filha do orgulho, e, se é entretida no coração, determinará o ódio, e finalmente a vingança e o assassínio. Satanás mostrou seu próprio caráter, instigando o furor de Saul contra aquele que nunca lhe fizera mal” (Patriarcas e Profetas, pág. 651).
SEGUNDA, 28 DE FEVEREIRO
Os irmãos de José
(Gn 37:1-36)
O ciúme pode separar até mesmo os mais íntimos amigos e familiares. É exatamente isto que encontramos na história de José e de seus irmãos. Eles, motivados pela inveja e ciúmes, não pouparam José e o perseguiram cruelmente. Na verdade, se Deus não tivesse agido em favor dele, José teria morrido antes mesmo de chegar ao Egito.
É surpreendente observar o que o pecado é capaz de fazer com os seres humanos. Longe de Deus e próximo de satanás, os homens são capazes de agir das formas mais absurdas e irracionais que possam existir. Se não fosse a atuação do Espírito Santo no mundo, este planeta já teria sido totalmente consumido e destruído pelas maldades humanas. A história de José e seus irmãos podem ser uma síntese bem apresentável do âmago do conflito entre o bem e o mal. Os ciúmes desses homens os levaram a ter um ódio doentio contra José ao ponto de desejarem vê-lo morto.
Infelizmente, convivemos com esta praga emocional que tem trazido problemas até mesmo para a obra de Deus. Os cristãos não estão imunes a tal problema e é possível que muitas pessoas competentes e convertidas tenham sido perseguidas por irmãos e pastores carregadíssimos de inveja. Assim a obra entrava ou segue a passos de tartaruga.
Os discípulos alimentaram este sentimento de grandeza e ciúmes a ponto de perderem qualquer capacidade de receber o dom do Espírito Santo. Assim, qualquer um de nós, se não nos policiarmos, permaneceremos vazios do poder do céu. Não teremos nenhuma possibilidade de ser instrumentos úteis nas mãos de Deus enquanto alimentarmos o sentimento de grandeza e de ciúmes para com os que trabalham conosco ou estão a nossa volta. Você escolhe, se continuar agindo com soberba, Deus não o auxiliará com dádivas de poder, sabedoria e capacitação. Precisamos aprender a exercitar a humildade mesmo em detrimento de nosso próprio sucesso. É melhor ser humilde e não dado ao ciúmes, no entanto ser usado poderosamente por Deus.
Leitura Adicional
“A vida de José ilustra a de Cristo. Foi a inveja que moveu os irmãos de José a vendê-lo como escravo; tiveram a esperança de impedir que se tornasse maior do que eles. E, quando foi levado para o Egito, lisonjearam-se de que não mais seriam perturbados com os seus sonhos; de que haviam removido toda a possibilidade de sua realização. Mas sua conduta foi dirigida por Deus a fim de levar a efeito o mesmo acontecimento que tencionavam impedir. Semelhantemente os sacerdotes e anciãos judeus estavam invejosos de Cristo, receando que deles atraísse a atenção do povo. Mataram-nO para impedir que se tornasse rei, mas estiveram desta maneira a efetuar este mesmo resultado” (Patriarcas e Profetas, p.239).
“Um grande defeito no caráter de Saul era seu amor à aprovação. Esta característica tivera uma influência preponderante em suas ações e pensamentos; tudo se assinalava pelo seu desejo de louvor e exaltação própria. Sua norma para o que era reto e aquilo que o não era, consistia no baixo padrão do aplauso popular. A pessoa que vive para agradar aos homens, e não procura primeiramente a aprovação de Deus, não está livre de perigo. Era a aspiração de Saul ser o primeiro na estima dos homens; e, quando foi entoado este cântico de louvor, uma firme convicção entrou no espírito do rei, de que Davi ganharia o coração do povo, e reinaria em seu lugar.
Saul abriu o coração ao espírito de inveja de que sua alma estava envenenada. Apesar das lições que havia recebido do profeta Samuel, dando-lhe a instrução de que Deus cumpriria o que quer que Ele desejasse, e que ninguém O poderia impedir, o rei demonstrou que não tinha verdadeiro conhecimento dos planos de Deus. O rei de Israel estava opondo sua vontade à do Ser infinito. Saul não tinha aprendido, enquanto governava o reino de Israel, que devia governar seu próprio espírito. Permitiu que os ímpetos lhe dirigissem o discernimento, até mergulhar-se no furor da paixão. Tinha ataques de raiva, ocasiões em que se dispunha a tirar a vida de qualquer que ousasse opor-se à sua vontade. Deste frenesi passava a um estado de desalento e desprezo de si mesmo, e o remorso se apoderava de sua alma” (Patriarcas e Profetas, p. 650).
TERÇA, 01 DE MARÇO
A inveja de Saul contra Davi - I
(1Sm 18:1-9)
Saul tinha grande estima por Davi. Deu-lhe até um cargo em seu governo pela admiração que possuía por ele. O detalhe é que, enquanto Davi não lhe ameaçava o poder e trono, Saul tinha boas impressões e considerações a seu respeito. Todo este afeto não durou muito tempo. A partir do momento que Davi se tornara um rival para o trono, o ciúmes nascido do coração do Rei o fez temê-lo grandemente. À medida que a inveja crescia em seu coração, seu ódio e desejo de matá-lo também cresciam.
É exatamente assim que acontece em nosso cotidiano, pois, enquanto não nos tornar-nos ameaças para a prosperidade dos outros, seremos sempre bem aceito e ótimos amigos. No entanto, no dia em que tivermos possibilidades reais de crescer de maneira que, aparentemente, nos tornemos sombras para alguns, nascerá a partir de então, a possibilidade de sermos encarados como inimigos e rivais.
É claro que não escapamos deste pente fino, pois até mesmo eu ou você podemos estar agindo injustamente com alguém motivados pelo ciúme e inveja. Devemos estar muito atentos, pois é possível que em algumas vezes passemos despercebidos na forma como agimos perante os outros. Basta um comentário negativo ou observação inadequada que façamos de alguém, e podemos com isto estar agindo motivado pelo ciúme ou inveja. Percebe como isto é muito sério? Então, chegou a hora de nos olharmos no espelho e de nos encarar destemidamente. Chegou a hora de rasgarmos o coração a Deus pedindo-Lhe que mude nosso interior e nos torne pessoas mais amáveis e humildes. Sem lutar com Deus jamais conseguiremos sequer reconhecer nossa condição ruim, quem dirá agir contra ela.
Leitura Adicional
““Um grande defeito no caráter de Saul era seu amor à aprovação. Esta característica tivera uma influência preponderante em suas ações e pensamentos; tudo se assinalava pelo seu desejo de louvor e exaltação própria. Sua norma para o que era reto e aquilo que o não era, consistia no baixo padrão do aplauso popular. A pessoa que vive para agradar aos homens, e não procura primeiramente a aprovação de Deus, não está livre de perigo. Era a aspiração de Saul ser o primeiro na estima dos homens; e, quando foi entoado este cântico de louvor, uma firme convicção entrou no espírito do rei, de que Davi ganharia o coração do povo, e reinaria em seu lugar.
Saul abriu o coração ao espírito de inveja de que sua alma estava envenenada. Apesar das lições que havia recebido do profeta Samuel, dando-lhe a instrução de que Deus cumpriria o que quer que Ele desejasse, e que ninguém O poderia impedir, o rei demonstrou que não tinha verdadeiro conhecimento dos planos de Deus. O rei de Israel estava opondo sua vontade à do Ser infinito. Saul não tinha aprendido, enquanto governava o reino de Israel, que devia governar seu próprio espírito. Permitiu que os ímpetos lhe dirigissem o discernimento, até mergulhar-se no furor da paixão. Tinha ataques de raiva, ocasiões em que se dispunha a tirar a vida de qualquer que ousasse opor-se à sua vontade. Deste frenesi passava a um estado de desalento e desprezo de si mesmo, e o remorso se apoderava de sua alma” (Patriarcas e Profetas, p. 650).
QUARTA, 02 DE MARÇO
A inveja de Saul contra Davi - II
(1Sm 19)
A inveja de Saul o levou a ter uma visão das coisas extremamente equivocadas de sua verdadeira realidade. A cegueira é um dos frutos mais destrutivos do ciúme e da inveja. No caso de Saul, se tornou tão doente a ponto de ficar obcecado pelo desejo de assassinar Davi. A pergunta que surge diante de uma narrativa como esta é: “Como pode alguém se tornar tão ciumento ao ponto de desejar a morte de uma pessoa?
Alguns meses atrás, ouvi em um noticiário jornalístico, a história de um homem que fora assassinado friamente. Alguns suspeitos foram presos. No entanto, além dos assassinos, a polícia suspeitou e chegou à conclusão que havia um mandante. Para a surpresa da polícia, ao fazerem uma apurada investigação, descobriram o envolvimento de um homem que nada mais era, o companheiro de trabalho da pessoa assassinada. O maior suspeito e mandatário era justamente o vice gerente geral de uma grande empresa. Vale lembrar que, o homem que fora morto, era exatamente o gerente geral. Em outras palavras, uma das razões possíveis de assassinato, era a ambição deste indivíduo em ocupar a posição número um da empresa.
A história de Saul é bem familiar e reflete bem o que tem acontecido em nossos dias. Assim como Davi, muitas pessoas tem sido alvo de perseguição pelo simples fato de serem invejadas. Entre os cristãos, esta praga deve ser erradicada, pois uma das evidências do poder de Deus atuando na vida dos crentes é a humildade e altruísmo.
O ciúme e a inveja, se não forem combatidos, nos tornarão fracos e escravos de Satanás. Devemos tomar muito cuidado, pois podemos estar enganando a nós mesmos com nossas falsas atitudes mascaradas de piedade. Passar o verniz da boa religião só engana as pessoas, mas não engana a Deus que conhece todo o nosso interior.
Leitura Adicional
“A grandeza e o poder com que o Criador dotou Lúcifer foram por este pervertidos; todavia, quando convém aos seus desígnios, ele pode comunicar aos homens sentimentos encantadores. Satanás pode inspirar a seus agentes pensamentos que parecem elevados e nobres. Não se dirigiu ele a Cristo citando as Escrituras quando buscava vencê-Lo com sedutoras tentações? É assim que ele se aproxima dos homens, disfarçando suas tentações sob a aparência de bondade e fazendo-os acreditar ser ele o amigo e não o inimigo da raça humana. Por essa maneira tem enganado e seduzido a humanidade, iludindo com sutis tentações e confundindo com artificiosos enganos” (Conselho aos Pais, Professores e Estudantes, p. 27).
“Os reinos deste mundo eram oferecidos a Cristo por aquele que se revoltara no Céu, com o fim de comprar-Lhe a homenagem aos princípios do mal; mas Ele não seria comprado; viera para estabelecer o reino da justiça, e não renunciaria a Seu desígnio. Com a mesma tentação aproxima-se Satanás dos homens, e tem aí mais êxito do que obteve com Jesus. Oferece-lhes o reino deste mundo, sob a condição de lhe reconhecerem a supremacia. Exige que sacrifiquem a integridade, desatendam à consciência, condescendam com o egoísmo. Cristo lhes pede que busquem primeiro o reino de Deus, e Sua justiça, mas o inimigo põe-se-lhes ao lado, e diz: "Seja qual for a verdade sobre a vida eterna, para conseguir êxito neste mundo, precisas servir-me. Tenho nas mãos teu bem-estar. Posso dar-te riquezas, prazeres, honra e felicidade. Dá ouvidos a meu conselho. Não te deixes levar por extravagantes idéias de honestidade ou abnegação. Prepararei o caminho adiante de ti". Assim são enganadas multidões. Consentem em viver para o serviço do próprio eu, e Satanás fica satisfeito. Enquanto os seduz com a esperança do domínio do mundo, ganha-lhes domínio sobre a alma. Oferece aquilo que não lhe pertence conceder, e que há de ser em breve dele arrebatado. Despoja-os, entretanto, fraudulosamente, de seu título à herança de filhos de Deus” (Desejado de Todas as Nações, p. 130).
QUINTA E SEXTA, 03 E 04 DE MARÇO
Inveja contra Jesus
(Mt 27:18; 12:14)
Os fariseus se esforçavam em ser no exterior aquilo que não eram no interior. Eles construíram uma fachada para demonstrar ao povo uma grandeza que jamais conseguiam alcançar na vida real. É assim que as vezes acontece em nossos dias. Sonhamos em ser algo que não somos. Mesmo não sendo, desejamos tanto ser que, ao nos apresentarmos às pessoas, as enganamos com atitudes baseadas em algo que não somos. Muitas pessoas gostariam de ser adoradas, admiradas, bajuladas, querem ser vistas como pessoas de alta grandeza. Não é errado desejar ser uma pessoa nobre e admirável, mas passa a ser pecado quando, para alcançar tal grandeza, de alguma forma desmerecemos as pessoas que ameaçam nossas oportunidades. Além do caráter e palavras de Cristo serem uma constante reprovação aos fariseus, uma das coisas que fizeram com que eles O perseguissem era o fato de Cristo ameaçar a grandeza que acreditavam possuir.
Ao perceberem que Jesus era admirado pelo povo, ficaram enciumados e revoltados. Tentaram lançar perguntas capciosas pra tentar minimizar a glória dada a Cristo pelo povo. Fizeram tudo o que estava ao alcance para desmerecer e envergonhar a Jesus, mas, ao perceberem que suas táticas não davam certo, trataram de fazer planos e estratégias para definitivamente acabar com Ele.
Leitura Adicional
“Quando Cristo esteve na Terra, o povo se aglomerava para escutá-Lo. Suas palavras eram tão simples e claras que o mais inculto dentre as multidões podia compreendê-Lo, e Seus ouvintes escutavam fascinados. Isso enfurecia os escribas e fariseus. Eles se enchiam de inveja porque o povo ouvia tão atentamente as palavras desse novo Mestre. Decidiram então interromper Seu domínio sobre as multidões. Começaram por atacar Seu caráter, alegando que Ele havia nascido em pecado e que expulsava demônios por intermédio do príncipe dos demônios. Dessa forma cumpriram-se as palavras "... sem razão, Me odeiam". Sal. 69:4. Os líderes judaicos injuriavam e perseguiam Aquele que é o mais elevado entre dez milhares e é inteiramente desejável” (Olhando para o Alto [MM 1983], p. 319).
“O que Satanás planta no coração - ruins suspeitas, inveja, ciúmes, maledicência, impaciência, preconceito, egoísmo e cobiça - devem ser desarraigados. Se se permite que essas más qualidades permaneçam na alma, produzirão frutos pelos quais muitos serão corrompidos. Oh, quantos cultivam as venenosas plantas que matam os preciosos frutos do amor e debilitam a alma!” (O Lar Adventista, pág. 196).
“Unicamente o amor que origina-se no coração de Cristo, pode curar. Unicamente Aquele, em quem flui esse amor, assim como faz a seiva na árvore e o sangue no corpo, poderá restaurar o coração ferido.
O poder do amor possui força maravilhosa, porquanto é divino. "A resposta branda desvia o furor" (Prov. 15:1), "o amor é paciente, é benigno" (I Cor. 13:4); "o amor cobre multidão de pecados" (I Ped. 4:8) - sim, se aprendêssemos nessas lições, quão grande não seria o poder para curar de que seríamos dotados! Como se transformaria a vida, e a Terra se tornaria a própria semelhança e antegozo do Céu!’ (Educação, pág. 114).
Gilberto G. Theiss, nascido no estado do Paraná, é membro da Igreja adventista do Sétimo dia desde 1996. Crê integralmente nas 28 doutrinas Adventista como consta no livro “Nisto Cremos” lançado pela “Casa Publicadora Brasileira”. Foi ancião por 3 anos na Igreja Adventista do Sétimo dia da cidade Nova Rezende/MG e por 6 anos na Igreja Central de Guaxupé/MG. Foi Obreiro bíblico na mesma cidade e hoje, além de ser coordenador do curso básico de reforço teológico para líderes de igreja pelo site www.altoclamor.com, está Bacharelando no Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia. Gilberto G. Theiss é autor de alguns livros e é inteiramente submisso e fiel tanto a mensagem bíblico-adventista quanto a seus superiores no movimento Adventista como pede hebreus 13:17. Toda a mensagem falada ou escrita por este autor é filtrada plenamente pelo que rege a doutrina bíblica-adventista do sétimo dia. Contato: gilbertotheiss@yahoo.com.br