Comentário da lição da escola sabatina


Sábado dia 06 à domingo dia 07
Comentário: Gilberto G. Theiss

SÁBADO

Mateus 5:6
“Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos”

Efésios 5:9
“Porque o fruto da luz consiste em toda bondade, e justiça, e verdade"

Como é importante estudar a lição da escola sabatina. Quantas pessoas na semana passada foram enriquecidas com temas que nos ajudam a ententer o quanto é necessário ter domínio sobre si mesmo. Eu mesmo passei por uma circunstância muito constragedora e dificil após recapitularmos a lição de manhã no sábado. Passei por uma situação que me exigiu exercer extremo domínio de minhas emoções e ira. As vezes a injustiça que nos assola é tão profunda que não conseguimos nem mesmo ver alguma razão para agirmos sobre as rédeas do domínio. Isso pode ser uma evidência de que é nesses momentos em que o domínio deve ser buscado com maior força, munido ao poder de Deus.

Mas a lição desta semana começa falando sobre a justiça de Cristo. O que seria essa justiça?
Precisamos ter em mente três fatos importantes para compreensão do assunto.

1º- Pela queda entrou o pecado no mundo, afetando toda raça. Rom. 3:24; 5:12. Separado de Deus, a fonte da vida, o homem ficou sujeito à impiedade e morte, tendo perdido toda a capacidade de ligar-se de novo a Deus, de ser restaurado ao favor divino, em suma, de conseguir a salvação. O homem não tem capacidade de salvar-se. Sua natureza tornou-se corrompida e nele só habita o mau. Jer. 13:23. A justiça humana, aos olhos Divinos, são “trapos de imundícias” Isaias 64:6. O homem já nasce em pecado. Salmo 51:5. É, portanto, indigno e perdido.

“Aquele que procura tornar-se santo por suas próprias obras, guardando a lei, tenta o impossível... Não possuímos justiça em nós mesmos com a qual pudéssemos satisfazer as exigências da lei de Deus”. Caminho a Cristo. Patriarcas e profetas 59,a 62.

2º- O próprio Deus tomou a iniciativa de ir ao encontro do homem para salvá-lo. Essa disposição Divina de reerguer o homem caído, sem que este o merecesse chama-se graça. É o favor imerecido. Deus salva o homem unicamente através de Cristo. Depondo a vida na cruz, Cristo proveu redenção (recuperação) a todos os que o aceitam. A graça tornou-se realidade no sangue de Cristo, aceito pela fé, ai então entra a obediência.

3º- Aceitando Jesus, a dádiva dos céus, recebe o pecador completo perdão de seus pecados, porque lhe é imputado a justiça de Cristo. O pecador é, então, considerado por Deus como se nunca houvesse pecado. Esta fase teológica denomina-se justiça imputada.

Depois disso, o pecador já perdoado começa sua carreira cristã, e terá que lutar diariamente contra o pecado. Ef. 6:11,12. Precisa de poder constante para vencer nesta luta. Esse poder, a armadura de Deus, lhe é transmitido pelo Espírito Santo. Essa constante provisão de poder e convicção para vencer o mal, denomina-se justiça comunicada. É o processo de santificação, que dia a dia se aperfeiçoa. Se pecarmos, Cristo nos socorre e perdoa. I SJ. 2:1. O processo de santificação inclui a obediência, mas esta é praticada pela operação do Espírito Santo em nós. As obras são fruto natural da fé que se apodera dos méritos de Cristo. Nesta luta, será necessário o poder de Deus que somente poderá ser alcançado mediante continua oração, estudo da palavra de Deus e do testemunho constante do poder do evangelho que nos salvou e que pode salvar outros.

“Senhor, todas as nossas obras Tu as fazes por nós”. Isaias 26:12.

“... Criados por Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas”. Ef. 2:10.

DOMINGO

A necessidade de justiça

“Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei” (Rm 3:28)

“Porque o Senhor é justo, Ele ama a justiça; os retos Lhe contemplarão a face” (Sl 11:7).

“O caminho do perverso é abominação ao Senhor, mas este ama o que segue a justiça” (Pv 15:9).

“Carregando Ele mesmo em Seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça; por Suas chagas, fostes sarados” (1Pe 2:24).

“A fim de que o preceito da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito” (Rm 8:4).

“Buscai, pois, em primeiro lugar, o Seu reino e a Sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6:33).

“Se sabeis que Ele é justo, reconhecei também que todo aquele que pratica a justiça é nascido dEle” (1Jo 2:29).

A justificação advem como dom gratuito de Deus por meio de Jesus Cristo. As obras não participam dessa transação. Da parte de Deus, ela é uma dádiva que se torna possível por intermédio de Jesus. Da parte do homem, ela exige completa fé e confiança em que Deus é poderoso para justificar o pecador e está disposto a fazê-lo. A fé é o meio pelo qual o homem recebe a justificação. Comentário Bíblico ASD, Vol 6, Pg. 949.

O apóstolo diz: “... ninguém será justificado pelas obras da lei...” Gálatas 2:16.

“... porque pela graça sois salvos, por meio da fé... não vem das obras pra que ninguém se glorie”. Ef. 2:8, 9.

Se a salvação não é pela obras, poderia alguém ser salvo transgredindo os mandamentos?

 De forma resumida, a observância da lei é o fruto da salvação operada por Cristo Jesus e constitui uma demonstração de nosso amor para com Ele. S. J. 14:15; Rom. 13:10.

Observamos os mandamentos não para sermos salvos, mas porque Cristo nos salva e nos dá forças para sair do pecado e andar nos caminhos retos da justiça. Quem continua transgredindo os mandamentos de Deus sem nenhum tipo de constrangimento, demonstra com isso que ainda não foi salvo por Cristo, porque ainda está separado da fonte da força que é Cristo, continuando então a cometer os frutos desta separação, transgressão a lei divina. Gal. 5:19.21 na qual num âmbito geral, o pecado se torna transgressão direta da lei Divina. I João 3:4.

O que foi dito até aqui nos ajuda a entender que:

A)- Precisamos de Cristo para sermos salvos de nossos pecados. Isto é justificação, e as obras isto não fazem por nós, são insuficientes para conceder-nos esta ditosa experiência. Ela é obtida por meio da fé em nosso Salvador.

B)- Precisamos de Cristo se queremos ser obedientes a Suas leis. Sozinhos não podemos fazer isto, mas afirmamos como o Apóstolo Paulo: “Posso todas as coisas Naquele que me fortalece”. Fil. 2:13. Tal experiência recebe o nome de santificação.

C)- Praticar certos atos com o objetivo de obter méritos diante de Deus, independentemente de Cristo, é uma terrível ilusão. As boas obras devem ser frutos da fé, de um coração constrangido e envolvido pelo que Cristo fez por ele, fruto como demonstração de amor pelo que o Redentor fez por um mundo caído.
Ele acrescenta então a essas obras os seus méritos incomparáveis, e elas se tornam agradáveis a Deus “no Amado”.
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