Origem pagã do domingo é admitido por BATISTAS

O Dr. EDWARD T. HISCOX, autor de um Manual da Igreja Batista, numa conferência para ministros da denominação batista, realizada cm Nova York, no dia 13 de novembro de 1893, leu extenso discurso sobre a mudança do sábado para o domingo.
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Um discurso magnífico, de que não me furto ao prazer de citar trechos para os amigos batistas que nos combatem aqui no Brasil. Esse discurso foi parcialmente reproduzido no The Watchman Examiner, órgão batista editado em Nova York, edição de 16 de novembro de 1893.
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Eis alguns trechos reproduzidos ipsis verbis, como constam do jornal em apreço:
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"Havia e há um mandamento para santificar-se o sábado, mas aquele sábado não era o domingo. Será dito, talvez, e com ostentação de triunfo, que o sábado foi transferido do sétimo para o primeiro dia da semana, com todos os seus deveres, privilégios e sanções.
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"Desejando ardentemente informações sobre este assunto, que tenho estudado por muitos anos, pergunto: Onde se pode achar o relato de tal transferência? Não no Novo Testamento, absolutamente não! Não há na Escritura evidência de mudança da instituição do sábado, do sétimo para o primeiro dia da semana.
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"Desejo dizer que esta questão do sábado – deste ponto de vista – é a questão mais séria e embaraçosa relacionada com as instituições cristãs que atualmente reclamam a atenção do povo cristão; e a única razão por que não é ela um elemento de perturbação no pensamento cristão e nas discussões religiosas, é porque O MUNDO CRISTÃO A TEM ACEITADO com a convicção de que se efetuou qualquer transferência já no princípio da história cristã. ...
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"É para mim incompreensível que Jesus, vivendo durante três anos com Seus discípulos, conversando com eles muitas vezes sobre a questão do sábado, tratando-a nos seus vários aspectos, ressalvando-a das falsas interpretações, nunca Se referisse a uma transferência desse dia; mesmo durante os quarenta dias de vida após Sua ressurreição, tal coisa não foi indicada. Nem tampouco, quanto ao que saibamos, o Espírito Santo, que fora enviado para lhes fazer lembrar tudo quanto haviam aprendido, tratou desta questão. Nem ainda os apóstolos inspirados, pregando o Evangelho, fundando igrejas, aconselhando e instruindo, discutiram ou abordaram este assunto.
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"Além disso estou bem certo de que o domingo foi posto em uso como dia religioso, bem no princípio da história cristã, pois ASSIM APRENDEMOS DOS PAIS DA IGREJA e de outras fontes. MAS QUE PENA TER VINDO ELE ESTIGMATIZADO COM A MARCA DO PAGANISMO E CRISMADO COM O NOME DO DEUS SOL, QUANDO ADOTADO E SANCIONADO PELA APOSTASIA PAPAL, E DADO AO PROTESTANTISMO COM UM LEGADO SAGRADO." (Grifos e versais nossos).
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Aí está uma confissão honesta. O domingo não tem sanção escriturística. É invenção humana e procede de fonte impura: paganismo.
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Vamos citar outra confissão honesta relativa à origem extrabíblica do domingo, feita por outro renomado pastor batista e, notem bem, da Primeira Igreja Batista de Dayton, Estado de Ohio, EE. UU. Extraímo-la do The Watchman Examiner, órgão oficial da denominação batista, edição de 25 de outubro de 1956.
O Pastor ALBERT CALHOUN PITTMAN declara textualmente:
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"... aqueles primitivos cristãos sentiram a necessidade de se reunirem em tempos aprazados para a adoração. Assim começaram a se reunir no primeiro dia do semana, para comemorarem a ressurreição de Cristo dentre os mortos.
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"Primitivamente reuniam-se no domingo de manhã porque a domingo não era um dia feriado MAS SIM UM DIA DE TRABALHO NORMAL como os demais. Em uma carta escrita por Plínio ao imperador Trajano, e que tem sido preservada, lemos que aqueles antigos cristãos tinham uma breve reunião ao romper do dia no primeiro dia da semana, cantavam um hino a Cristo, ligavam-se por um voto de companheirismo, partilhavam uma merenda religiosa e EM SEGUIDA RETORNAVAM AO SEU TRABALHO, para os seus labores da semana." (Grifos e versais nossos, para realce)
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Isto quer dizer que o ilustre ministro batista concorda com a realidade histórica; com o fato indestrutível: O DOMINGO É INVENÇÃO HUMANA!!!
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Aqui mesmo no Brasil ocorreu, há 40 anos um fato interessante. Os batistas, movidos de espírito polêmico atacavam, pela imprensa, o aspersionismo e o pedobatismo pelo fato de um órgão presbiteriano defender essas práticas. Num desses ataques, O Jornal Batista aventou a idéia de que não há na Bíblia prova taxativa para justificar o batismo de crianças, e isso era uma razão para não o aceitar. Em réplica, O Puritano, órgão então oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil, editado no Rio em edição de 7 de maio de 1925, afirmava:
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"Se, pelo fato de não termos na Bíblia uma prova absoluta e taxativa para o batismo infantil, isto tira o valor da doutrina, diga-nos aqui à puridade o bom do Jornal [órgão batista]: em que fica o colega com a guarda do domingo e não do sábado? Pode o colega mostrar no Novo Testamento, de modo positivo, um mandamento para mostrar a guarda do domingo? DAMOS DOIS MIL CONTOS ao colega se no-la apresentar. ..." (Grifos e versais nossos).
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E o órgão batista mudou de conversa... perdeu ótima oportunidade de abocanhar dois milhões de cruzeiros, naqueles tempos... Por quê? Porque a guarda do domingo, bem como o aspersionismo e o pedobatismo, são práticas pagãs que se infiltraram na igreja cristã. Gradativamente, em função da apostasia e da acomodação com o Estado. É o que nos diz a História. Mas a nossa regra de fé é a Bíblia, e o que nela não consta, deve ser rejeitado.
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Bem, noutro tópico eu chamei a atenção do nosso irmão Marlington quanto ao uso da palavra "hipócrita" que creio ser muito severa. Acho que seria melhor dizer "incoerente", pois realmente se aceitam a validade e vigência do 4o. mandamento como princípio originário da criação do mundo, portanto moral e universal, então não há porque acatar o que vem da mera tradição católica, como é o domingo. E, pior, vem do mais negro paganismo, como pastores batistas admitiram.
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