Comentário da Lição da Escola Sabatina – Lição 12, 12 a 19 de junho

Comentário da Lição da Escola Sabatina – Lição 12, 12 a 19 de junho

Comentário: Gilberto G. Theiss

SÁBADO, 12 DE JUNHO

NUTRIÇÃO NA BÍBLIA

“Portanto, quer comais, quer bebais ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a  glória de Deus” (I Co 10:31).
Você já deve ter ouvido uma frase que diz: “Me diga com quem tu andas, que te direi quem tu és”. Ou então: “A maneira como nos vestimos, mostra o verdadeiro caráter que possuímos”. Se existe verdades nestas frases, penso que deve haver verdades também na frase “o que comemos mostra autenticamente quem somos”.
Na verdade, o simples fato de alguém não se preocupar com as leis da saúde, denota claramente a falta de temor e sensibilidade para as leis da vida e o apego aos prazeres temporários, mesmo que ao custo das conseqüências nada favoráveis.
Embora o reino de Deus não seja comida e nem bebida, como expressou Paulo (Rm 14:17), temos que ter em mente que Deus deixou um manual, de como deveríamos tratar o corpo que não nos pertence (I Co 3:16 e 17), e deixou bem evidente que haveria clara punição aos que não seguissem este manual, levando o corpo à destruição.
As vezes, Deus joga de forma bem dura conosco, mas na verdade, Ele apenas está tentando nos abrir os olhos para entender que a felicidade é possível, basta agirmos de maneira coerente com as leis da vida, tanto no âmbito da saúde quanto a qualquer outro. Ninguém pode ser feliz doente em uma cama de hospital ou em uma UTI. Deus nos ama, e esgotará todas as suas ferramentas existentes para nos convencer dos benefícios de uma vida coerente com aquilo que nos trará benefícios nesta vida e na porvir.
De maneira especial, nesta semana, no tocante ao estilo de vida alimentar, aprenderemos como ser equilibrados e responsáveis diante de tanta luz concedida por Deus a nós.
  
DOMINGO, 13 DE JUNHO

A ALIMENTAÇÃO ORIGINAL

“E disse Deus, façamos o homem a nossa imagem e semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se move sobre a terra. E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou. E disse Deus: Eis que vos tenho dado toda erva que dá semente e que está sobre a face de toda a terra e toda árvore em que há fruto de árvore que dá semente; ser-vos-á para mantimento” (Gn 1:26-30).

Deus criou o homem e também criou a vegetação. Ele poderia ter criado o ser humano para não depender de alimento algum. Mas no plano de Deus, o homem vem à vida, e para a conservação da mesma, cria os alimentos com todas as vitaminas e minerais necessários para sua sobrevivência. O alimento, neste contexto, surge como símbolo do poder de Deus para a conservação e manutenção da vida humana. Os animais foram criados neste contexto, para serem preservados e cuidados pelo homem. Jamais vieram a existência com objetivo de se tornar em alimento na mesa humana. Aliás, todos os que se intitulam criacionistas e cristãos, deveriam ser os primeiros a dar exemplo de preservação e cuidado aos animais. Muitas indústrias e matadouros, criam animais, matam e levam a carne deles para os açougues porque sabem que muitos de nós estaremos lá no dia seguinte para comprá-lo. Indiretamente ou diretamente, acabamos nos tornando incentivadores, para que continuem com o sofrimento e morte daqueles que vieram à vida por Deus para embelezar a natureza e ser cuidado pelo homem.

Outra razão é que, ainda existe o fato de que, uma vida de vegetarianismo, trará grandes benefícios à vida como num todo. Pesquisas recentemente feita por órgãos competentes, revelam a enorme diferença na vida daqueles que são no mínimo ovo-lacto-vegetarianos, quando comparados com os demais que não o são. Os índices de câncer, arteriosclerose, diabetes, colesterol, e muitas outras doenças, são bem menores entre os grupos de pessoas que vivem uma dieta vegetariana. Em alguns casos, até zero, quando a alimentação é rica em cereais integrais, castanhas, frutas, verduras e alguns legumes e raízes crus, embora devamos considerar nesta receita, exercício físico, água abundante, boas leituras, bons relacionamento e principalmente fé em Deus.

É claro que os organismos são bem diferentes, pois alguns conseguem aderir com mais facilidade ao vegetarianismo do que outros. De qualquer forma, um regime, no mínimo ovo-lacto-vegetariano, trará enormes benefícios. Por outro lado, não adiantará muito as mudanças se no cardápio não for inserido, os alimentos integrais, frutas e verduras em abundância, consumo de castanhas, legumes e raízes.

Se quisermos ter vida abundante em todos os sentidos, especialmente físico e mental, as mudanças, mesmo que gradativa precisarão acontecer. Elas são importantes, e geralmente ocorrem mais pela necessidade. Mas além da necessidade, que tal fazer mudanças na vida alimentar, pelo respeito ao corpo que não nos pertence e pelo sincero desejo de seguir as orientações de Deus?

SEGUNDA, 14 DE JUNHO

A ALIMENTAÇÃO PÓS DILUVIANA

“Tudo quanto se move, que é vivente, será para vosso mantimento; tudo vos tenho dado, como a erva verde. A carne, porém, com sua vida, isto é, com seu sangue, não comereis” (Gn 9:3-4).

“De todo animal limpo tomarás para ti sete e sete: o macho e sua fêmea; mas dos animais que não são limpos, dois: o macho e sua fêmea” (Gn7:2).

O período de Noé foi um tempo extremamente cheio de violência, pois a Bíblia apresenta uma forte declaração de pesar da parte de Deus com relação às atitudes do homem (Gn 6:6), e apresenta o principal motivo deste pesar como sendo a violência humana (Gn 6:11).
Antes do dilúvio, mesmo os animais, eram maltratados e serviam de banquete para os descendentes do pecado até encher-se a taça da iniqüidade e chegar ao fim a misericórdia de Deus. Neste tempo, os homens do pecado eram totalmente violentos, depravados e intemperantes e Deus não havia autorizado que  comessem  da carne de animais. Falando a este respeito escreveu Ellen White que:
“Os habitantes do Velho Mundo eram intemperantes no comer e beber. Queriam ter alimento cárneo, embora Deus não lhes houvesse dado permissão de comer alimento animal. Comiam e bebiam em excesso, e seus apetites depravados não conheciam limites. Entregaram-se a abominável idolatria. Tornaram-se violentos e ferozes, e tão corruptos que Deus não os pôde suportar por mais tempo. Encheu-se o cálice de sua iniqüidade, ...” (Conselhos Sobre Regime Alimentar, p. 373).
Foram os descendentes de Caim que começaram com a matança aos animais fazendo deles, cardápio de alimento, além de trazer-lhes muito sofrimento. Portanto, poderíamos sugerir que os descendentes de Sete tenham sido de certa forma influenciada por tal costume, que culminaria com a alimentação cárnea também entre o povo de Deus. Sobre esta ótica, vemos, após o dilúvio, a preocupação de Deus com Noé e sua família na clara orientação de animais limpos e imundos (Gn 9:1-2), que pode ser confirmada mais tarde com Moisés na mesma distinção, além da expressa ordem para não comer dos imundos (Lv 11).
O alimento cárneo, somente foi autorizado após o dilúvio por razões muito consideráveis. Observe:
“Antes deste tempo Deus não havia dado ao homem permissão para comer alimentos animais; era Seu desígnio que a espécie humana se mantivesse inteiramente com as produções da terra; mas agora que toda a erva verde tinha sido destruída, permitiu-lhes comer a carne dos animais limpos que haviam sido preservados na arca” (Patriarcas e Profetas, p. 107).´
E ainda afirmou que:
“Deus deu aos nossos primeiros pais o alimento que pretendia que a humanidade comesse. Era contrário ao Seu plano que se tirasse a vida a qualquer criatura. Não devia haver morte no Éden. Os frutos das árvores do jardim eram o alimento que as necessidades do homem requeriam. Deus não deu ao homem permissão para comer alimento animal, senão depois do dilúvio. Fora destruído tudo que pudesse servir para a subsistência do homem, e diante da necessidade deste, o Senhor deu a Noé permissão de comer dos animais limpos que ele levara consigo na arca. Mas o alimento animal não era o artigo de alimentação mais saudável para o homem” (Conselhos Sobre Regime Alimentar, p.373).
É bem lógico que Noé e sua família tenham sido levados a se alimentarem de animais, uma vez que não havia temporariamente vegetação sobre a terra. Mas não podemos nos esquecer que, se Deus quisesse, Ele poderia muito bem, num piscar de olhos, fazer brotar e crescer instantaneamente toda vegetação necessária para a sobrevivência desta família. Então, porque Deus não o fez? Observe bem esta declaração:
“Depois do dilúvio o povo comeu à vontade do alimento animal. Deus viu que os caminhos do homem eram corruptos, e que o mesmo estava disposto a exaltar-se orgulhosamente contra seu Criador, seguindo as inclinações de seu coração. E permitiu Ele que aquela raça de gente longeva comesse alimento animal, a fim de abreviar sua vida pecaminosa. Logo após o dilúvio o gênero humano começou a decrescer rapidamente em tamanho, e na extensão dos anos” (Spiritual Gifts, vol. 4, págs. 121 e 122).
Com a permissão em se alimentar dos animais, Deus tinha a intenção de abreviar tanto as conseqüências quanto a vida de pecado dos humanos. Imagine uma pessoa viver durante 700 anos em uma cadeira de rodas ou então viver dezenas ou centenas de anos com câncer?
O ideal é sem dúvidas alguma, abster-se de qualquer tipo de alimentação cárnea, porém, no mínimo, a escritura declara claramente, que os animais considerados imundos devem ser completamente excluídos da alimentação.
Outro fato que devemos considerar é que, o povos Judeu, ainda não existiam quando Deus fez as primeiras considerações sobre animais limpos e imundos. Muitos, até bem intencionados, dizem que tal cardápio foi dado somente aos Judeus, mas, observe que o povo de Israel recebeu tais orientações somente centenas de anos depois, neste caso, quando Moisés os tirou do Egito pelo poder de Deus.
TERÇA, 15 DE JUNHO

ALIMENTAÇÃO NO NOVO TESTAMENTO

“Mas o espírito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios, pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizado a sua própria consciência, proibindo o casamento e ordenando a abstinência dos manjares que Deus criou para os fiéis e para os que conhecem a verdade, a fim de usarem deles com ações de graças; porque toda criatura de Deus é boa, e não há nada que rejeitar, sendo recebido com ações de graça, porque, pela palavra de Deus e pela oração é santificada” (I Tm 4:1-5).

“E disse-lhes: Vós bem sabeis que não é lícito a um varão judeu ajuntar-se ou chegar-se a estrangeiros; mas Deus mostrou-me que a nenhum homem chame comum ou imundo” (At 10:28).

Como visto anteriormente, não foi com os Judeus que as carnes imundas foram removidas de qualquer tipo de cardápio, foi o próprio Deus que já orientava desde o tempo de Noé.

No Novo Testamento, podemos notar a preocupação de vários apóstolos com o tema da alimentação. Paulo, em I Timóteo 4, responde à inquietação dos irmãos quanto ao comer ou não dos alimentos que eram oferecidos aos ídolos (O contexto pode ser notado em Romanos 14; I Coríntios 8:4-13; 10:25-28). É claro que em mercados concentrados naquela região, por causa da influência judaica, dificilmente venderiam carnes de animais imundos.

Craig S. Keener no IVP Bible Background Commentary of the New Testament diz: “Toda a carne que restava dos sacrifícios era levada para o açougue na grande ágora em Corinto (não longe de onde Paulo havia trabalhado – Atos 18:3). Nem toda a carne desse mercado havia sido oferecida aos ídolos, mas alguma, sim. Nas cidades comparativamente grandes, frequentemente, os judeus tinham permissão para ter seu próprio mercado a fim de evitar esses alimentos. Em outras cidades, eles perguntavam qual era a origem da carne” (p. 474).

Se observarmos bem, por exemplo no capítulo 14 de Romanos, quando Paulo faz menção a essas questões de alimentos oferecidos a ídolos, ele não deixa de desmerecer no final, a alimentação cárnea. Orienta a seus ouvintes de que não é bom o comer da carne (Rm 14:21). Hoje, os adventistas não agem de maneira diferente do Apóstolo. Não dizemos que comer carne limpa seja pecado, mas orientamos, pela palavra de Deus e pelas descobertas científicas atuais, que o regime vegetariano ou ovo-lacto-vegetariano é o melhor para a saúde física, mental e em muitos casos, pode redundar até mesmo em benefícios espirituais.

E quanto a declaração de Pedro, para não tornar comum e imundo o que purificou?
Certo dia, um rapaz de uma igreja não adventista, com sinceridade me questionou a esse respeito e afirmou que foi o próprio Deus quem mandou que Pedro matasse e comesse (At 10:13). Neste caso, podemos julgar que Pedro foi desobediente, pois não obedeceu a ordem audivelmente expressa por Deus.

De forma bem simples e direta, podemos notar neste capítulo que:

1º Mesmo que Pedro quisesse comer, ele não poderia, pois tudo não passava de uma visão (At 10:10-11, 16).

2º Pedro não havia entendido de imediato o sentido da visão (At 10:20).

3º Ele havia visto tudo quanto é animal imundo naquela visão. Isto deixa evidente que existia a clara distinção de animais imundos e limpos no Novo Testamento, pois foi o próprio Deus quem apresentou tais animais em visão a Pedro.

4º Com animais imundos na visão, Deus pretendia revelar ao apóstolo, que não deveriam continuar considerando imundo os povos que não fossem Judeus (At 10:28). Deveriam se aproximar dos gentios com o evangelho, pois Cristo, com sua morte na cruz, todos atrairia a Ele (S. Jo 12:32).

Depois, ao chegar na casa de Cornélio e se encontrar ali com pessoas gentias, Pedro entendeu por completo o que Deus quis dizer com o “mata e come”, e para  “não tornar comum e imundo aquilo que Ele purificou” (Atos 10:28).


QUARTA, 16 DE JUNHO

ALIMENTAÇÃO EQUILIBRADA
“Ouça, meu filho, e seja sábio; guie o seu coração pelo bom caminho. Não ande com os que se encharcam de vinho, nem com os que se empanturram de carne. Pois os bêbados e os glutões se empobrecerão, e a sonolência os vestirá de trapos” (Pv 23:19-21, NVI).
Embora a alimentação vegetariana, integral e abundante em frutas, verduras, legumes e raízes sejam o melhor para o ser humano, temos que ser sensato para entender que nem todo organismo aceita bem as mudanças. Conheci dois casos interessantes, onde o organismo havia rejeitado as mudanças feitas por essas pessoas ao ponto de pararem no hospital. Entre essas duas, uma foi parar na UTI.
O equilíbrio nestas circunstâncias é imprescindível. Tem organismos que se adaptam melhor do que outros. Como no meu caso, alguns conseguem fazer mudanças radicais e rápidas sem que o organismo rejeite, por outro lado, há aqueles que por questões muito pessoais, passam a ter a saúde agravada quando fazem muitas mudanças, principalmente se forem mudanças drásticas, rápidas e com pouca substituição. A questão é que, os organismos são diferentes e por esta razão, respondem aos estímulos de forma diferente.
Muitos de nós, embora conheçamos bem sobre quais seriam os melhores alimentos para a saúde, desconhecemos totalmente, quais seriam as mudanças apropriadas para cada pessoa. Muitos dos erros podem emergir desta ignorância e pode até mesmo levar alguns a situações fatais. Por esta razão, precisamos ser muito responsáveis nas orientações que damos as pessoas sobre o que elas precisam ou não mudar e substituir. Não adianta saber o que é melhor se não soubermos como aplicar essas orientações nas circunstâncias apropriadas a cada organismo.
Por outro lado, não podemos também usar pretextos para não fazer mudanças. Alguns usam determinadas desculpas, e a elas se apegam por não estarem disposto a abandonarem determinados costumes. De qualquer forma, as pessoas são livres para escolherem que tipos de estilo de vida pretendem levar. Se optarem por uma vida mais saudável nos estilos, é lógico pensar que colherão os benefícios prometidos pelas leis da natureza humana. Se preferirem optar por continuar a viver sem muitos valores alimentícios, é óbvio concluir que a certeza do sofrimento será maior e tragicamente chegará, cedo ou tarde, mas chegará.
Não devemos agir de maneira inconseqüente diante da possibilidade de sermos atingido pelo sofrimento causado por um regime inadequado, além do mais “a fim de saber quais são os melhores alimentos, cumpre-nos estudar o plano original de Deus para o regime do homem...Cereais, frutas, nozes e verduras...preparados da maneira mais simples enatural possíve, são os mais saudáveis e nutritivos. Proporcionam força, resistência e vigor intelectual que não são promovidos por uma alimentação mais complexa e estimulante” (Ciência do Bom Viver, p. 295, 296).
Também devemos ser sensatos e ter sempre em mente que, os que não seguem os regimes orientados e moderados, não devem julgar os que seguem, e os que seguem, não devem julgar ou condenar os que não seguem. Todos nós somos livres para fazer de nossa vida o que bem entendermos e deve haver um claro respeito pelas atitudes conscientes das pessoas que nos cercam. As orientações devem ser apresentadas, mas as pessoas devem ser livres para tomarem as decisões que bem entenderem. O único mandamento que destaco nesta circunstância é o mandamento do amor que devemos ter uns com os outros.
QUINTA E SEXTA, 17 E 18 DE JUNHO

ALIMENTAÇÃO HOJE
“Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça,e paz, e alegria no Espírito Santo” (Rm 14:7).
Existe no mundo adventista, dois extremos que precisam ser completamente evitados. Um extremo diz, que o que comemos mostra claramente o nosso nível de santidade e espiritualidade, por esta razão temos que buscar a perfeição na alimentação. O outro extremo diz, que pelo fato de o reino de Deus não ser comida e nem bebida, não precisamos levar tão a sério os princípios de saúde, e conseqüentemente agem com irresponsabilidade e as vezes até pregam contra a mensagem dada por Deus no tocante ao estilo de vida alimentar.
Todos estes dois pensamentos estão dissociados do que realmente Deus nos revelou em Sua palavra. Deus não inseriu os princípios de saúde como termômetro para medir a consagração das pessoas e tão pouco permiti que vivamos indiferentemente quanto a esse princípios revelados. Deus não nos deu tantas orientações para serem ignoradas e pisoteadas como muitos tem feito em nossos dias. Pregar e testemunhar contrariamente a mensagem dada por Deus, mesmo que não esteja vinculada ao pecado, é o mesmo que confrontar o próprio Deus.
Por outro lado, como apresentado acima, a mensagem de saúde tem perdido o seu devido brilho justamente por causa do extremismo de alguns. Certa vez, uma moça de uma igreja evangélica havia criado uma aversão muito grande à mensagem de saúde adventista. Motivo, um adventista lhe havia falado que chupar uma bala era pecado.
Outra vez, um irmão recém batizado, havia feito reformas consideráveis na alimentação, mas de maneira surpreendente, os efeitos da reforma não foram assimilados pelo corpo. Na verdade este rapaz, havia completamente abandonado todo tipo derivados de animais. Com o tempo, a carência da vitamina B12 causou-lhe muitos transtornos. Numa visita a ele, aconselhei-o a voltar a comer derivados de animais e se possível que comesse um pouco de carne, pelo menos até estabelecer algum outro tipo de substituição. Porque motivos não sei, mas ele teve extrema dificuldade em assimilar meu conselho. Parece que preferiu ficar doente do que ingerir algum tipo de alimento cárneo.
Acredito que precisamos urgentemente fazer muitas mudanças na vida e aceitar mais os conselhos de Deus, mas precisamos ter sabedoria ao lidar com esses assuntos e agir com mais responsabilidade. Os organismos são diferentes e agem e reagem de maneira diferente. Nem todos os organismos assimilam muito bem as devidas reformas, e quando isso ocorre, devemos ter muito cuidado. Com um conselho correto, mas inapropriado para determinadas pessoas, eu posso trazer-lhe muitos problemas ou até levá-la a morte, como num caso que conheci, onde uma irmã foi parar na UTI ao ter abandonado determinados tipos de alimentos sem ter feito as substituições adequadas.
Acredito plenamente na reforma de saúde e palestro sobre este tema com o objetivo de estimular o povo a aderir mais aos conselhos de Deus, mas temos que aconselhar as pessoas de maneira responsável, sábia e com muita prudência. Deus nos deu muita luz a respeito, e se, com cuidado, colocarmos em prática, os resultados serão os melhores para a vida e para a saúde. Desta forma, Deus será glorificado em nosso viver, pois o nosso corpo não nos pertencer, mas pertence a Deus para habitação do Espírito Santo.
Reflexão:
“A fim de saber quais os melhores alimentos, cumpre-nos estudar o plano original de Deus para o regime do homem...Cereais, frutas, nozes e verduras...preparados da maneira mais simples e natural possível, são os mais saudáveis e nutritivos. Proporcionam força, resistência e vigor intelectual que não são promovidos por uma alimentação mais complexa e estimulante” (A ciência do Bom Viver, p. 295,296).
No Manual da Igreja Adventista do Sétimo Dia, lemos: “O comportamento cristão... significa... que, sendo o nosso corpo o templo do Espírito Santo, devemos cuidar dele inteligentemente. Junto com adequado exercício e repouso, devemos adotar a alimentação mais saudável possível e abster-nos dos alimentos imundos identificados nas Escrituras.”

A dieta original. A Bíblia não condena o uso da carne de animais limpos. Mas a dieta original de Deus para o homem não incluía alimentos cárneos porque não era Seu plano que fosse tirada a vida dos animais e porque uma dieta vegetariana balanceada é a melhor para a saúde – um fato a respeito do qual a ciência oferece hoje as maiores evidências.

“A dieta ordenada por Deus no Jardim do Éden – a dieta vegetariana – é a ideal, mas nem sempre podemos dispor do ideal. Em tais circunstâncias, em qualquer localidade ou situação, aqueles que desejam manter a saúde em ótimo estado utilizarão o melhor alimento de que puderem dispor” (Nisto Cremos, p. 375)

O Conselho de Nutrição da Associação Geral, em sua Declaração de 2006, intitulada Diretrizes de Alimentação Vegetariana, declara: “Recomendamos o uso generoso de cereais integrais, verduras e frutas; o uso moderado de laticínios de baixo teor de gordura (ou alternativas nutricionais equivalentes); legumes, nozes e sementes; o uso muito limitado de alimentos com elevado teor de gordura saturada, colesterol, açúcar e sal.”

Gilberto G. Theiss, nascido no estado do Paraná, é membro da Igreja adventista do Sétimo dia desde 1996. Crê integralmente nas 28 doutrinas Adventista como consta no livro “Nisto Cremos” lançado pela “Casa Publicadora Brasileira”. Foi ancião por 3 anos na Igreja Adventista do Sétimo dia da cidade Nova Rezende/MG e por 6 anos na Igreja Central de Guaxupé/MG. Foi Obreiro bíblico na mesma cidade e hoje, além de ser coordenador do curso básico de reforço teológico para líderes de igreja pelo site www.altoclamor.com, está Bacharelando no Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia. Gilberto G. Theiss é autor de alguns livros e é inteiramente submisso e fiel tanto a mensagem bíblico-adventista quanto a seus superiores no movimento Adventista como pede hebreus 13:17. Toda a mensagem falada ou escrita por este autor é filtrada plenamente pelo que rege a doutrina bíblica-adventista do sétimo dia. Contato: altoclamor@altoclamor.com
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