O materialismo influencia a cultura cristã a espiritualizar as
necessidades terrenas. Devido a esse problema, muitos acreditam que a falta de
riquezas ou, pelo menos, um mínimo de prosperidade, seriam uma espécie de
maldição ou ausência de bênçãos.
Me lembro de um evangélico vivenciando uma crise depressiva provocada pelo simples fato de seu vizinho ter um veículo melhor que o seu. Segundo ele, o cristão deve ser cabeça e não cauda. Vale lembrar que esse era o ensinamento do líder espiritual de sua comunidade. Enganos assim têm levado muitos crentes a criarem expectativas equivocadas a respeito das promessas de Deus.
João 18:36 é oportuno para essa reflexão: "Meu reino não é deste mundo", afirmou Jesus. Outro verso que dialoga com esse pensamento é João 14:2: "Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar". Se o reino de Cristo não é deste mundo e se Ele está preparando um lugar para os seus filhos, então podemos afirmar com todas as letras que a nossa verdadeira casa não é onde nos encontramos atualmente.
Considere que estamos aqui apenas de passagem e que em breve o nosso Rei Jesus virá para nos levar até a nossa verdadeira morada - o Céu. Claro, não significa deixar de lado a busca por qualidade de vida e crescimento em diversas áreas da existência. Deus deseja que usemos o que há de melhor em nós com as coisas da terra, porém sem deixar de olhar para o Céu. "Pés na terra e olhos no Céu", já dizia uma velha poesia musical. Por isso a frase: “Se nada nesta vida der certo e você for para o Céu, então, na verdade, tudo deu certo”. Se tudo estiver dando errado em sua vida, considere que há somente uma coisa que de fato não pode dar errado - ser recebido em glória quando Jesus retornar. Pense nisso!
Pr. Gilberto Theiss
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