Arqueólogo diz ter encontrado “rosto de Deus”

Cabeça de argila de Khirbet Qeiyafa (Reprodução)

Descobertas reforçam que houve idolatria em Israel na época de Davi e Salomão. O professor Yosef Garfinkel, diretor do Instituto de Arqueologia da Universidade Hebraica de Jerusalém, afirma ter descoberto provas da época dos reis Davi e Salomão de que o povo de Israel produziu imagens de escultura para representar Deus. Apesar de terem sido proibidos de adorarem estátuas e esculturas, inclusive com leis específicas no livro de Deuteronômio, incluindo os Dez Mandamentos, que traz a advertência contra criação e culto de representações físicas do divino.

No entanto, várias estatuetas masculinas descobertas em três locais onde ficava localizado o antigo Reino de Judá reforçam que o povo de Israel falhou em obedecer as recomendações bíblicas contra a idolatria. Essas estatuetas são dos séculos X ou IX a.C. e seriam representações de Deus.

A pesquisa foi publicada como matéria de capa da edição de agosto da Biblical Archaeology Review (BAR), que se descreve como “a única revista que conecta o estudo acadêmico da arqueologia a um amplo público em geral, ansioso por entender o mundo da Bíblia“.

O professor Yosef Garfinkel, diretor do Instituto de Arqueologia da Universidade Hebraica de Jerusalém, afirma ter descoberto provas da época dos reis Davi e Salomão de que o povo de Israel produziu imagens de escultura para representar Deus.

Apesar de terem sido proibidos de adorarem estátuas e esculturas, inclusive com leis específicas no livro de Deuteronômio, incluindo os Dez Mandamentos, que traz a advertência contra criação e culto de representações físicas do divino.

No entanto, várias estatuetas masculinas descobertas em três locais onde ficava localizado o antigo Reino de Judá reforçam que o povo de Israel falhou em obedecer as recomendações bíblicas contra a idolatria. Essas estatuetas são dos séculos X ou IX a.C. e seriam representações de Deus.

A pesquisa foi publicada como matéria de capa da edição de agosto da Biblical Archaeology Review (BAR), que se descreve como “a única revista que conecta o estudo acadêmico da arqueologia a um amplo público em geral, ansioso por entender o mundo da Bíblia“.

“Quando descobrimos a primeira estatueta em Kirbhet Qeiyafa em 2010, não havia paralelos”, disse Garfinkel ao The Jerusalem Post. “Apenas dois anos depois, duas cabeças semelhantes foram encontradas em Tel Moza. Quando vi como essas três cabeças eram semelhantes, comecei a procurar mais itens e encontrei dois objetos semelhantes na Coleção Moshe Dayan no Museu de Israel.”

O arqueólogo responsável pela divulgação do trabalho é co-diretor das escavações em Kirbhet Qeiyafa, que iniciou em 2007 e onde foram descobertos restos de uma grande cidade fortificada. Muitos estudiosos acreditam que o achado foi um avanço no apoio à existência de um reino proeminente em Judá na época do rei Davi.

Para reforçar os argumentos de que os achados são de origem judaica, Garfinkel apontou que não houve nenhuma descoberta de figuras antropomórfica, especialmente figuras femininas, o que era muito comum na época para representar deusas da fertilidade em muitos outros locais de diferentes culturas.

Raridade

Como representações masculinas são muito raras, segundo o pesquisador, a cabeça encontrada desencadeou a tese da pesquisa, já que se trata de uma exceção pouco comum no meio. “Estatuetas masculinas são muito raras”, disse Garfinkel. “A questão principal é onde essas figuras foram encontradas”, continuou. Entre os artefatos de argila, foram encontradas representações de olhos, orelhas e nariz esbugalhados, achados dentro de um templo de Tel Moza. Outros achados em Kirbhet Qeiyafa estavam em um prédio administrativo, sendo que os dois locais eram espaços privados.

O estudioso reconhece que há muitas questões que ainda precisam ser esclarecidas para que o propósito dos achados ganhe significado. Ele reconhece que sua teoria é um pouco revolucionária e sugere que outros pesquisadores apontem alternativas para os achados.

Para o arqueólogo Oded Lipschits, chefe do Instituto de Arqueologia Sonia e para Marco Nadler na Universidade de Tel Aviv ; e o arqueólogo da TAU e da Autoridade de Antiguidades de Israel Shua Kisilevitz a teoria não deve ser aceita pela comunidade.

 (Via Gospel Prime)