Ex transgênero fala sobre sua antiga militância

Contrariando a expectativa da grande mídia acerca do tema "transgêneros" e a concepção de imutabilidade da orientação sexual homossexual, a escritora do livro "Cansei de Ser Gay", Juliana Ferron, que também é palestrante e formada em Teologia, afirmou durante uma entrevista polêmicacom a Psicóloga Marisa Lobo, que parecia um "zumbi" e que "vegetava", se referindo à época de quando ainda militava em prol do movimento feminista e homossexual. A entrevista com Juliana Ferron aconteceu na última quarta feira (22), no programa da Psicóloga Marisa Lobo chamado "Lobo Entrevista", conforme noticiamos aqui.


Com a participação ainda tímida, porém, gradual de internautas interessados em temas delicados abordados por outras perspectivas, a entrevista que durou pouco mais de uma hora contou com a participação de várias pessoas fazendo perguntas e até com sorteio de livros.

A seguir, apresentamos um breve resumo da entrevista.

A militância em prol da causa feminista e LGBT

"Eu fiquei 12 anos vivendo na homossexualidade", disse Juliana; "desses 12 anos eu promovia festas para o movimento LGBT da cidade em que eu morava". Quando questionada sobre os motivos que a fizeram ingressar no movimento, ela disse que foi porque realmente acreditava estar fazendo a coisa certa; "eu realmente acreditava na causa", e que "...acreditava ter nascido homossexual e acreditava que aquela era a minha vida, meu universo, meu mundo e não havia outro".
Outro aspecto destacado por Juliana foi que vários fatores "externos" tiveram influência no seu interesse pela militância, mas que isso não determinou a orientação dos seus desejos sexuais. Para ela, o fator decisivo disso foi "uma confusão interna (...) é uma confusão de gênero, uma confusão de identidade, uma confusão de desejos", disse a autora.

A diferença entre transgênero e homossexual

Nesse momento a Psicóloga Marisa Lobo fez separação entre orientação sexual homossexual e questão de gênero, especificando que são coisas diferentes, apesar de haver controvérsias. Perguntada sobre a compreensão disso, Juliana afirma que no início (entre 16 e 17 anos) não conhecia o termo "transgênero", mas apenas "homossexual":

"Depois que eu estava na homossexualidade que eu fui entender, ou fui perceber, que eu estava no corpo errado, ai veio a confusão da minha identidade de gênero. Eu já estava na homossexualidade", disse ela, se referindo ao momento que começou a transformar seu corpo; "eu não me reconhecia mais como uma mulher", declarou.

Influência da mídia sobre a questão de gênero

Perguntada por uma internauta sobre a influência da mídia a respeito disso, Juliana Ferron declarou: "o que é que a mídia fala? A mídia só mostra o arco-iris, mas o pote de 'bosta' no final do arco-iris não aparece, né?", arrancando risadas do público. "Mas eu posso falar porque eu vivi (...) eu deslizei sobre o arco-iris e eu cai no pote", acrescentou sorrindo.

"Quando você lida com a mentira, porque falar de ideologia de gênero é falar de mentira, você tem que encontrar um meio de convencer as pessoas, e eu acho que o que a gente está vendo hoje na mídia, nas novelas, é um convencimento pela comoção e não pela verdade. Então o público que está do outro lado se comove, óbvio, sem informação nenhuma, recebe aquela informação como verdadeira e toma um partido", acrescentou.

Causas para o desenvolvimento da atração homossexual segundo Juliana Ferron

Também questionada por uma internauta sobre quais às principais causas que ela teria identificado para explicar a sua atração sexual pelo mesmo sexo, Juliana vai na linha de alguns autores já citados 
aqui no Opinião Crítica:

"Essa pergunta é interessante. Eu descobri alguns fatores em comum", disse ela, ressaltando que nem todos que passaram ou passam pelo mesmo que ela desenvolvem a homossexualidade; "eu identifiquei em mim alguns fatores, como por exemplo a ausência paterna, rejeição paterna, uma família 'disfuncional'. Família disfuncional é palco para vulnerabilizar uma criança para qualquer disfunção. Eu acredito nisso", disse Juliana.

"Não estou dizendo que todas as famílias 'disfuncionais' gerarão filhos com problemas", explicou ela, enquanto a Psicóloga Marisa Lobo frisou estar se tratando de um relato particular; "mesmo porque estamos falando de você, da Juliana. Nós não estamos mostrando receitas para outras pessoas. Cada pessoa é uma pessoa. Cada pessoa é de um jeito", disse a Psicóloga.

O antes e depois: "eu era um zumbi"

Perguntada também por internautas sobre a mudança de comportamento, Juliana fez uma comparação do antes e depois, dizendo que hoje ela sabe quem é, não há mais conflito de identidade. Referindo-se ao momento de quando vivia confusa e chegou a ter depressão, ela disse que "vegetava" e parecia um "zumbi", mas que a mudança é "de dentro para fora".

Outro aspecto destacado por ela é que após sua mudança não há mais contato com os antigos colegas e militantes. Segundo ela, o movimento LGBT "não quer diálogo". Nessa perspectiva ela se considera "excluída" por eles. Até alguns dos seus familiares lhe chamaram de "homofóbica" por ter quisto mudar, enquanto os mais próximos lhe apoiaram.

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(Opinião Crítica)