Comentário da Lição da Escola Sabatina – Lição 11

Comentário da Lição da Escola Sabatina – Lição 11 – 2º Trimestre 2012
(9 a 16 de junho)

Comentário: Gilberto G. Theiss[1]

SÁBADO, 9 DE JUNHO
Levando informação à igreja

            “Voltaram os apóstolos à presença de Jesus e Lhe relatara, tudo quanto haviam feito e ensinado” (Mc 6:30)

            Pensamento Chave: A igreja primitiva pode melhor ser compreendida nos relatos do livro de Atos.


            A igreja primitiva com seus grandes feitos pode ser compreendida através de um exame meticuloso dos relatos do livro de Atos. Este livro é riquíssimo em orientações evangelísticas e nos oferece um quadro mais vívido das experiências dos primeiros líderes da igreja. Se há interesse em conhecer os melhores métodos de trabalho na igreja atual, nada melhor que começar nossas investigações no livro de Atos. Os relatórios contidos neste manual, embora pertencendo ao passado, podem responder muitas das indagações levantadas para a manutenção e elaboração das estratégias missionárias de hoje. A base dos relatórios da igreja manifestada em Atos são os evangelhos. O grande foco da mensagem e das atividades ali realizadas está centrado na missão e acontecimentos registrados na vida em ensinamentos de Cristo. Somado a isto, vemos os grandiosos resultados de uma igreja vibrante, missionária e repleta de espiritualidade. A conversão em larga escala de pessoas, a unidade apostólica e a unidade teológica são alguns dos frutos desta igreja descrita em Atos.

DOMINGO, 10 de JUNHO
Um princípio bíblico
(At 4:1-31)

            Os relatórios parecem ser enfadonhos, cansativos e sem sentido. Na verdade não parecem enfadonhos ou cansativos, na prática é o que são. Mas, sem sentido? Embora pareça ser sem sentido, sem eles seria mais difícil nos organizar, estruturar e fundamentar nossas estratégias. É justamente os relatórios que nos fazem ter os pés bem firmes no chão nos concedendo um horizonte mais equilibrado de ações. Sem eles não seríamos uma igreja organizada e sistematicamente empreendidas no mesmo foco. Embora a Bíblia não apresente detalhes a este respeito, vemos exemplos de sua realização. Até o aspecto emocional e motivacional dependem dos relatórios, pois, após a conclusão de uma avaliação ou de uma atividade realizada, sem eles, não saberíamos a que ponto chegar e a que ponto não chegar. Através dos relatórios podemos nos congratular pelos feitos concluídos com sucesso e os detalhes que carecem de ajustes. Sem eles nossas estratégias seriam sem rumo, sem organização e destituído de coerência. Assim, haveria muito esforço para pouco resultado além de muito recurso financeiro desperdiçado.
           
SEGUNDA, 11 DE JUNHO
O que Deus tem feito
 (At 21:19-25; ICo 9:19-23)

            Na igreja há muita divisão sobre os métodos evangelísticos utilizados por alguns. No tempo de Paulo, os judeus conversos possuíam algumas dificuldades quanto à maneira como os gentios eram aceitos à fé cristã. Em nossos dias discussões semelhantes são levantadas, sendo algumas delas de cunho desafiador e repleto de insatisfação. Alguns levantam a questão da forma como os evangelismos são feitos levando em consideração os métodos liberais para a conversão das pessoas. Outros questionam o pouco valor de uma boa instrução antes de qualquer batismo, enquanto que outros questionam o legalismo aplicado nos métodos evangelísticos. Creio que o melhor método de questionar este ou aquele trabalho evangelístico seria através dos resultados. Mesmo os métodos mais estranhos, exibirão se foram coerentes ou não, somente através dos resultados. Se os frutos foram bons e de qualidade, o método merece ser aplaudido. Se os frutos foram bons, porém, sem qualidade, ou se não foram bons, neste caso merece nossa reprovação. Eu, particularmente, prefiro aguardar os resultados para que minhas observações estejam bem amparadas. Paulo apresentou um relatório respaldado pelos frutos, e embora a igreja tenha tido dificuldades, não podiam negar que o trabalho de Paulo havia se reproduzido de maneira satisfatória. Talvez o maior problema, neste caso, esteja centrado mais no preconceito e legalismo do que propriamente na conversão dos gentios.

TERÇA, 12 DE JUNHO
A importância de relatar
(At 5:14; 8:4, 12; 11:21, 14:21)

            Não há dúvidas que o relatório, quando feito de maneira inteligente, preciso e não cansativo, ocupam um lugar de importância nas atividades da igreja. Uma prova disto é o livro de Atos. Se retirássemos os relatórios deste livro, o que sobraria de inspirador e motivador? A igreja precisa ser mobilizada, motivada e estimulada ao trabalho e, muitas das vezes, isto se torna possível através dos relatórios de sucessos alcançados e de outros que precisam ser alcançados. No entanto, o que torna os relatórios enfadonhos e desinteressantes é a falta de sabedoria e inteligência em apresentá-los. Muitas das vezes são apresentados de maneira muito fria e formal como se não fossem importantes. De imediato os membros participantes percebem a falta de valor que é dado na maneira como é apresentado e consequentemente agem como se fosse a parte mais negativa de todo o programa. Alguns se deslocam ao banheiro, outros escapam para tirar um cochilo, enquanto que outros, mesmo com o pescoço esticado conseguem entrar num estágio de hibernação. Devemos ser inteligentes na maneira de apresentar os resultados e nunca estender este momento ao ponto de torná-lo cansativo. Apresentar de forma que cause entusiasmo e interesse conquistará a contemplação e satisfação dos ouvintes.

QUARTA, 13 DE JUNHO
Relatórios e motivação
(Nm 13:17-33)

            O poder das palavras determinará o sucesso de nossos relatórios ou o fracasso deles. A história dos espias é um fiel testemunho do que nossa maneira de apresentar os fatos pode fazer como resultado. Dez espias apresentaram um relatório de maneira desmotivada e sem entusiasmo, enquanto que Josué e Calebe apresentaram de maneira positiva. Na verdade, se quisermos convencer a igreja a investir tempo e recurso em uma estratégia missionária, teremos que ser muito convincentes na maneira de falar e demonstrar os fatos com muita convicção, entusiasmo e motivação positiva. Mas, se quisermos que a igreja recuse nossa estratégia e plano, basta não ser muito positivo ou entusiasmado - De cara, a igreja perceberá e recusará unanimemente. Para convencer, temos que exceder no entusiasmo, mas para gerar desconfiança, basta não sermos muito entusiasmado. Às vezes, apresentamos os fatos de maneira positiva até que alguém, surgido das trevas, apresenta um ponto de maneira negativa. O exemplo de Israel nos mostra que, as palavras negativas são mais poderosas que as palavras positivas. Se fosse o contrário, se dez pessoas apresentassem um relatório positivo e apenas dois apresentasse de maneira negativa, ainda assim o povo seria constrangido a desconfiar. Por este motivo, além de apresentar relatórios de maneira positiva, faz-se necessário estar preparado para quebrar qualquer objeção, especialmente daqueles que são inseridos por Satanás para desmotivar a igreja ao trabalho e investimento missionário.

QUINTA E SEXTA 14 e 15 DE JUNHO
Dando Glória a Deus
(At 11:1-18)

            O relatório de Pedro foi essencial para remover qualquer desavença e crítica. Os bons resultados apresentados somados aos créditos de Deus fizeram com que o povo reconhecesse a ação do Espírito Santo. Infelizmente, muitos realizam estratégias evangelísticas para obter os aplausos humanos. Embora isto seja uma realidade, também há àqueles que sempre horam a Deus em seus feitos. Desta maneira, a igreja como um todo observa com admiração e espanto o que o Senhor pode fazer por nós quando nos envolvemos. Os resultados, quando reconhecidos para a glória de Deus, contribuem para que mais pessoas se envolvam, se arrisquem e invistam nas obras missionárias da comunidade cristã. Os métodos corretos farão muito mais a favor dos resultados do que os métodos errados. Glorificar a Deus é parte essencial para o sucesso contínuo do trabalho realizado. Somos escolhidos por Deus para realizar um trabalho sob a capacidade concedida pelo Espírito Santo. Portanto, todo o trabalho e todo o resultado não seriam positivos se não fosse a ação completa e total do Espírito de Deus. Se roubarmos a glória que pertence a Ele somente, muito em breve, não seremos capazes de realizar mais nada, porque até o pouco que temos nos será tirado.



[1] Gilberto G. Theiss, nascido no estado do Paraná, é membro da Igreja adventista do Sétimo dia desde 1996. Crê integralmente nas 28 doutrinas Adventista como constam no livro “Nisto Cremos” e “tratado teológico adventista” lançado pela “Casa Publicadora Brasileira”. Foi ancião por 3 anos na Igreja Adventista do Sétimo dia da cidade Nova Rezende/MG e por 6 anos na Igreja Central de Guaxupé/MG. Foi Obreiro bíblico e colportor efetivo por um ano na mesma cidade e hoje, além de ser coordenador do curso básico de reforço teológico para líderes de igreja pelo site www.altoclamor.com, está Bacharelando no Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia e cursou extensão em arqueologia do oriente próximo pela UEPB. Gilberto G. Theiss é autor de vários livros e artigos e é inteiramente submisso e fiel tanto à mensagem bíblico-adventista quanto à seus superiores no movimento Adventista como pede hebreus 13:17. Toda a mensagem falada ou escrita por este autor é filtrada plenamente pelo que rege a doutrina bíblica-adventista do sétimo dia. No entanto Gilberto Theiss faz questão de ressaltar que, toda esta biografia acima é destituída de valor, e que o único currículo valioso que possui é o de Deus, sua família, irmãos e amigos fazerem parte de sua vida. O resto tem o seu devido lugar, porém fora e bem distante do pódio. Contato: gilbertotheiss@yahoo.com.br