Comentário da Lição da Escola Sabatina – Lição 07 – 2º Trimestre 2012


Comentário da Lição da Escola Sabatina – Lição 07 – 2º Trimestre 2012
(12 a 19 de maio)

Comentário: Gilberto G. Theiss

SÁBADO, 12 DE MAIO
Evangelismo corporativo e testemunho

            “E as palavras que me ouviu dizer na presença de muitas testemunhas, confie-as a homens fiéis que sejam também capazes de ensinar outros” (2Tm 2:2)

            Pensamento Chave: Todos tem um chamado a aceitar e uma missão a cumprir.


            Imagine um grande quebra cabeça com muitas peças, talvez umas 200. Com muito ânimo, você começa a montar uma por uma. O tempo vai passando e as peças, cada vez mais, vão se encaixando até que, de-repente, para sua surpresa, as peças acabaram, mas algumas lacunas do quebra cabeça ainda permaneceram. O que houve? Certamente o jogo veio sem algumas peças, ou elas, de alguma forma se perderam. Quanta frustração. Seu ânimo em conseguir montar todo o quebra cabeça foi por água abaixo. Na igreja, no aspecto missionário, não é muito diferente deste quebra cabeça. Muitas das estratégias realizadas na igreja, se tivesse o apoio e envolvimento de todos os membros, os resultados seriam bem mais eficientes. Todas as pessoas podem ser úteis no evangelismo e testemunho, mas claro, antes de serem úteis, elas precisam ser encorajadas, treinadas e confiadas ao sacerdócio de todos os crentes. A corporatividade da obra missionária é estratégia divina, pois, além de evangelizar os outros, elas mesmas são avivadas por estarem se envolvendo. A igreja como um todo é beneficiada e a unidade e aproximação é exercitada. Se não conseguirmos envolver o máximo de pessoas, no final, embora seja possível montar todo o quebra cabeça evangelístico, algumas lacunas permanecerão. Reconheço que, infelizmente, nem todos desejam se envolver. Mas, veja bem, você alguma vez já perguntou a essas pessoas de que forma elas poderiam se envolver? Às vezes devemos deixar nossa indução evangelística, ou seja, deixa de pressionar as pessoas para permitir que façam o que gostariam. Creio que desta maneira os dons poderiam ser mais bem aproveitados e a igreja seria mais beneficiada, pois teríamos mais pessoas envolvidas.

           
DOMINGO, 13 de MAIO
Permitindo que a mão esquerda e a direita saibam
(Ec 4:9-12; At 16:14,15,33,34)

            Lembro-me de algumas poucas pessoas que tinham o costumes de, todos anos, montar um programa missionário na igreja. Os programas em si eram excelentes, mas, o detalhe é que, geralmente poucos participavam desta estratégia evangelística, além de quase ninguém ficar sabendo. Somente nos dias de batismos é que a igreja como um todo, ficava conhecendo os motivos de alguns interessados estarem descendo às águas.
            Às vezes reclamamos que os membros não se envolvem e não patrocinam os programas evangelísticos da igreja. Mas, não seria por menos, pois muitas das vezes eles nem ficam por dentro do que está rolando. Em alguns casos até sabem, mas, este saber, é pouco mais que os que não sabem absolutamente nada. Os líderes, quando pensarem em algo a ser executado, precisam exercitar a necessidade de, de alguma forma, envolver o máximo de membros possível. Com este objetivo, permitir que a igreja tenha conhecimento dos novos projetos e da necessidade do envolvimento de todos. Muitas das vezes o que falta para algumas igrejas é exatamente aquele tipo de comunicação capaz de mover até os mais preguiçosos e desencorajados. Muitos projetos não passam da primeira fase justamente pela maneira tão mediana em que são executados. A igreja sofre quando, em sua liderança, homens e mulheres trabalham com objetivos tão egoístas. Também existem aqueles que, infelizmente, pensando somente na glória da conquista, hesitam em dividir a estratégia e as funções. Desta forma, se tudo funcionar muito bem, não terá que dividir a glória. Temos que ter em mente que, o trabalho foi dado a todos, mas a glória só pertence a Deus. Àqueles que pretenderem fazer o trabalho do Senhor com objetivos egoístas, será muito melhor não fazer absolutamente nada, pois a mão do Senhor, poderá pesar sobre estes desafortunados.
             
SEGUNDA, 14 DE MAIO
Planejando juntos
 (1Co 14:40; Sl 37)

             Pessoas que não possuem um alvo e planejamento na vida, com certeza não irão muito longe e jamais surpreenderão suas próprias expectativas. No entanto, se os cristãos apreciam ser medianos (medíocre), em suas vidas pessoais, que não sejam da mesma maneira com a obra de Deus. Às vezes queremos forçar a igreja ser exatamente da maneira como somos, e isto se constitui num grave erro. Quando digo em alvos, não estou limitando a batismos, pois, nossos alvos podem e devem ser planejados de acordo com as maiores necessidades da igreja em questões evangelísticas. Não vejo mal no alvo de batismos, mas vejo grande perigo quando o batismo se torna nosso único alvo. Um planejamento que visa batizar muitas pessoas deve conter também uma estratégia de doutrinamento para conter a evasão pelas portas do fundo. Uma estratégia bem montada visará uma séria manutenção dos membros que já fazem parte da igreja para que ela cresça em membros e ao mesmo tempo cresça em fortalecimento da identidade cristã. Uma igreja saudável é aquela que batiza muitas pessoas, mas, ao mesmo tempo consegue efetuar o trabalho de conservação. Quando os líderes, reunidos em grupos, elaboram sua estratégia para aquele determinado ano evangelístico, agora, com o alvo e o plano estabelecido, devem expor à igreja de maneira sólida e envolvente. Os membros da igreja precisam sentir o calor, determinação e paixão pela estratégia construída, e se assim forem motivados, com certeza, o que nasceu e se construiu com poucos, agora será abraçado por muitos.

TERÇA, 15 DE MAIO
Trabalhando em equipe
(Mt 10:2-4; Mc 3:16-19; Lc 6:12-16; Fp 1:5-18)

            Não haverá resultados grandiosos em trabalhos solitários. Nunca foi plano de Deus que as pessoas, em questões missionárias e evangelísticas, se dividissem e trabalhassem ilhadas. O ditado popular que diz, “a união faz a força”, além de um ditado, é na verdade a mais pura realidade. Alguns profissionais admitem que, quando uma pessoa não aceita trabalhar em grupo, ela, provavelmente tenha algum tipo de dificuldade para se relacionar ou então, não confia que outros poderiam desempenhar o mesmo papel, em excelência, como ele.
            Se olharmos para a palavra de Deus, perceberemos que, somente unidos em propósito é que eles conseguiram fazer grandes proezas evangelísticas. As maiores campanhas evangelísticas aconteceram justamente quando estavam unidos em equipe. O pentecostes é um exemplo do poder de Deus e ao mesmo tempo do poder da unidade – trabalho em equipe. Não quer dizer que você não deva dar um estudo bíblico, ou não deva visitar alguém sozinho. A lição aqui se refere ao trabalho baseado em empenho, planos e objetivos centralizados no mesmo propósito e estratégia. Uma igreja que não se envolve em equipe, poderá oferecer grande frutos evangelísticos, mas, se ela trabalhar, pra valer, em equipe, munida do poder de Deus, ela será invencível.

QUARTA, 16 DE MAIO
Cada pessoa faz sua parte
(Ef 4:15, 16)

            No trabalho em equipe não significa que todos devam fazer exatamente a mesma coisa. O corpo humano contém muitos membros que trabalham ao mesmo tempo em plena harmonia com um único propósito. Da mesma maneira, a igreja, como um grande corpo que possui muitos membros, deve trabalhar sob a mesma bandeira. O programa proposto, ou a estratégia elaborada, deve ser construído sobre os diversificados dons que compõe a igreja. Todas as pessoas envolvidas devem realizar uma parte muito peculiar, porém que seja capaz de unificar os propósitos. Por exemplo: Uma equipe de oração é bem diferente de uma equipe de duplas missionárias, mas, embora muito diferentes, os dois se completam sob o mesmo objetivo e propósito, o de alcançar pessoas para o reino de Deus. Cada pessoa faz sua parte, porém estas partes, de alguma forma estão entrelaçadas e ligadas a um único desígnio. Os líderes das igrejas precisam dar extrema atenção a estas questões. Ignorá-las trará grandes prejuízos para a igreja. Admiti-las redundará em grandes bênçãos.  Aliás, a igreja é exatamente formada pelo líder que tem. Eu diria até que, a igreja merece o tipo de líder que escolhe. Se o líder é um homem ou mulher de visão, de oração, comprometido com Deus, e que abraça os melhores métodos, não tenho dúvidas que esta igreja será vibrante e saudável. Todavia, se o líder não possui grandes virtudes e ainda não passa de um indivíduo mediano (medíocre), esta igreja com seus membros também não irá muito longe.

QUINTA E SEXTA 17 e 18 DE MAIO
A necessidade de unidade coletiva
(Cl 1:28, 29)

            Gostaria de ressaltar uma preocupação muito particular. A necessidade de unidade coletiva é importante para o crescimento da igreja, mas também deve ser importante para a conservação da mesma. A preocupação com batismos é saudável, mas deixará de ser saudável se a preocupação não passar disso. A triste realidade é que, muitos tem se preocupado apenas com batismos, o que não é errado, mas pode se tornar errado quando não há preocupação com os que estão saindo pelas portas do fundo. A falta de preparação adequada do candidato é uma das razões de grande apostasia. Infelizmente, alguns batizam, batizam e batizam, apenas para garantir uma posição supostamente melhor no ministério ou para ser bem visto pelo presidente do campo. Enquanto isto, voltando à vida real, muita gente vai saindo da igreja como se nunca nela estivesse.       Precisamos com urgência ser unidos na coletividade com propósitos também de conservação. Quando os líderes sentarem-se juntos para elaborar estratégias missionárias para o determinado ano, que se lembrem da necessidade de um bom plano de conservação dos que ainda não criaram uma identidade sólida na igreja. Eu faço um apelo para que levem isto a sério, pois, se alguém se apostatar devido ao descuido proposital, o sangue destes clamará diante de Deus por justiça, e ai dos que negligenciaram esta tarefa. A realidade é que, os líderes foram inseridos nesta posição para batizar, mas também para conservar. Pense nisso...

Gilberto G. Theiss, nascido no estado do Paraná, é membro da Igreja adventista do Sétimo dia desde 1996. Crê integralmente nas 28 doutrinas Adventista como constam no livro “Nisto Cremos” lançado pela “Casa Publicadora Brasileira”. Foi ancião por 3 anos na Igreja Adventista do Sétimo dia da cidade Nova Rezende/MG e por 6 anos na Igreja Central de Guaxupé/MG. Foi Obreiro bíblico na mesma cidade e hoje, além de ser coordenador do curso básico de reforço teológico para líderes de igreja pelo site www.altoclamor.com, está Bacharelando no Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia e cursou extensão em arqueologia do oriente próximo pela UEPB. Gilberto G. Theiss é autor de alguns livros e é inteiramente submisso e fiel tanto a mensagem bíblico-adventista quanto a seus superiores no movimento Adventista como pede hebreus 13:17. Toda a mensagem falada ou escrita por este autor é filtrada plenamente pelo que rege a doutrina bíblica-adventista do sétimo dia. Contato: gilbertotheiss@yahoo.com.br