Comentário da Lição da Escola Sabatina – Lição 11 – 1º Trimestre 2012


Comentário da Lição da Escola Sabatina – Lição 11 – 1º Trimestre 2012
(10 a 17 de março)

Comentário: Gilberto G. Theiss

SÁBADO, 10 DE MARÇO
(Deus como artista)

            “Uma coisa peço ao Senhor, e a buscarei: que eu possa morar na casa do senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a beleza do Senhor e meditar no Seu templo” (Sl 27:4)

            Pensamento Chave: Michelangelo, Beethoven, Mozart e outros grandes artistas receberam de Deus o dom para revolucionar o mundo através da arte.

            Betoven pode ter elaborado a nona sinfonia e outras belas canções que fizeram sua carreira, mas a pergunta que surge é, quem criou Betovem? Mozarte também pode ter encantando o mundo com suas canções, mas, quem criou Mozarte? Michelangelo encantou o planeta com suas pelas pinturas, mas, quem criou Michelanagelo?
            Deus é o maior artista que já existiu, pois além de ter criado a arte, trouxe ao mundo os que fizeram da arte uma revolução e encanto. O belo é a marca da criação de Deus, pois, em cada essência, seja de uma singela flor, o canto de um pássaro e a misteriosa estrutura do amor, todos revelam o caráter de Deus com profundidade. Até Darwin não deixou de admirar a extraordinária beleza da pena de um pavão ou a complexidade dos olhos humanos. O que este ilustre cientista diria se pudesse conhecer em seu tempo a complexidade de um DNA?
 Observe que, em toda a vasta criação  de Deus podemos perceber detalhes e caprichos dignos de um verdadeiro pintor, desenhista, músico, pedreiro, arquiteto, etc... O Criador procurou caprichar em tudo o que fez, e sua mais bela arte, sem dúvida, foi o ser humano. Em toda a criação, o ser humano foi o único dotado com a capacidade de materializar a arte racionalmente - o único ser neste  mundo capaz de produzir suas próprias melodias e praticar a engenharia artística de modo a trazer encanto e beleza. Tudo isto porque fomos feitos a imagem e semelhança do maior de todos os artistas – Deus – o criador da arte.

Esboço de sábado para auxiliar o professor:

  • Os maiores artistas que o mundo já conheceu foram obras das mãos de Deus.
  • Os artistas encantam o mundo com suas artes, mas Deus criou os artistas
  • Deus é o maior artista que já tenha existido.
  • A natureza revela os detalhes de um imensurável artista.
  • Foi Deus quem projetou o canto dos pássaros, as lindas cores das araras ou a beleza do nascer do sol. Isto revela que Ele é o artista e criador da própria arte.
  • Até Darwin dobrou seus joelhos diante da esplêndida pena de um pavão e da complexidade dos olhos humanos.
  • O Criador procurou caprichar em tudo, especialmente em nós – seres humanos.
  • O ser humano foi dotado por Deus com a capacidade de fazer da arte um encanto

DOMINGO, 11 de MARÇO
Deus como oleiro
(Is 64:8; Gn) 1:26,27,31; 2:7; Jr 18:3-10; Is 64:5-8; Sl 51:10

            Certa feita, fiquei absorto diante das habilidades  de um oleiro ao fazer de uma argila um vaso decorado com detalhes impressionantes. A maneira como ele manipulava a massa demonstrava domínio e controle absoluto no que estava construindo com as mãos. No final, o que podíamos ver era um lindo vaso que parecia ter sido produzido por uma máquina moderna. Deus, o grande oleiro, diferentemente das demais, na criação especifica do homem, preferiu sujar as mãos com o barro. O onipotente fez através da própria terra, Sua obra de arte mais perfeita. A palavra adamah, terra no hebraico, é a que originou o nome da humanidade adam, apresentando suas verdadeiras raízes e essência de existência no próprio nome. Impressionante foi o resultado, pois das mãos do criador – o grande oleiro – saiu aquilo que Ele chamaria de “muito bom” e que representaria o Seu caráter aqui na Terra. No entanto, embora seja maravilhoso saber que fomos moldados fisicamente pelas mãos de Deus, mais magnifico ainda é saber que as mesmas mãos que nos moldaram na criação são as mesmas mãos que hoje desejam reconstruir nossas vidas. A obra de recriação pode e deve ser feita por Deus na vida dos que buscam e desejam que esta obra aconteça. Ellen White considera que “o Oleiro não pode moldar e afeiçoar para honra o que nunca foi colocado nas Suas mãos. A vida cristã consiste em entrega diária, submissão e constante vitória. A cada dia serão ganhas novas vitórias. O próprio eu deve ser perdido de vista e constantemente de deve cultivar o amor a Deus. Assim, crescemos em Cristo. Então, a vida é moldada de acordo com o modelo divino” (Exaltai-O, [MM 1992], p. 65. Se existe um tempo em que as mãos do grande oleiro precisa moldar nossas vidas, esse tempo é agora. Deus pretende transformar as vidas daqueles que O representarão no final dos tempos. O caráter do povo de Deus, os sinceros, estão passando hoje pelas mãos do oleiro celestial. Lembremo-nos que, sem Deus, mesmo vivos, não passaremos de mero barro, mas, com Deus, deixamos de ser barro pra sermos seres vivos de Deus.

Esboço de domingo para auxiliar o professor:
           
·        O bom oleiro constrói um vaso como se fosse uma máquina moderna
·        Deus é o grande oleiro
·        Deus, como oleiro, moldou o homem no Éden. Suas mãos, cheias de barro trouxe a existência suas criaturas mais perfeitas.
·        A palavra Adam, no hebraico, significa humanidade e veio da palavra Adamah que significa terra.
·        Adamah significa terra, expressa claramente nossa mais pura essência sem Deus, o barro.
·        Deus, o grande oleiro, não pode moldar o que nunca passou por Suas mãos.
·        Se existe um tempo em que as mãos de Deus precisam moldar nossa vida, esse tempo é hoje.
·        O próprio eu humano deve ser perdido nas mãos do grande oleiro ao transformarmos.
·        Deus, através da ação do Espírito Santo pretende imprimir novamente Seu caráter em nós.

SEGUNDA, 12 DE MARÇO
Deus como arquiteto
 (Êx 25:1-9; Hb 8:1-5)

            A beleza é uma das marcas registradas de Deus. Podemos nitidamente observar este fato em todos pormenores da criação. Até uma simples formiga pode apresentar traços de beleza se a olharmos atentamente para as minúcias de seu propósito. Mas, o assunto de hoje não é sobre a natureza em si, mas outro tipo de natureza, a do santuário com suas lições arquitetônicas da salvação. Tudo no templo móvel criado na época de Moisés era belo. As cortinas com seus desenhos, os objetos, a arca, as vestes do sacerdote, a estrutura matemática de todo o acampamento, enfim, havia beleza até na estética do ritual. Claro que, tudo o que foi projetado, seguia a risca o modelo que lhes fora mostrado no monte. Mas, a pergunta que pode surgir seria: Qual o objetivo de tanta beleza e estética na construção do santuário? Há pelo menos 4 motivos que podem responder bem esta pergunta. 1º Deus desejava estar próximo do povo – Através do santuário, Deus se manifestava e estava presente no meio do povo. O santuário era a representação mais contundente da relação que Deus desejava manter com o povo de forma mais próxima. 2º O santuário apresentava a salvação em Cristo – Tudo no santuário focava a redenção do homem através de Cristo. O cordeiro e tudo mais naquele tabernáculo conduzia as famílias até o único meio capaz de redimi-los. 3º O santuário contava a história do conflito entre o bem e o mal – Cada detalhe do grande conflito entre Cristo e Satanás podia ser compreendido em todo ritual, festividade, lei e lições que ali aconteciam. Embora todos estes detalhes pintam o santuário de forma bela, a beleza é algo que faz parte da essência de Deus e esse detalhe é a 4º razão. Tudo o que ele estabelece, projeta e cria, são recheados de beleza, estética e estrema qualidade visual. Se não fosse o pecado, tudo nesta terra causaria espanto e admiração, pois Deus, juntamente com a família de Adão, continuaria fazendo deste mundo um lugar repleto de maravilhas.
           
Esboço de segunda para auxiliar o professor:

  • A beleza é uma das marcas registradas de Deus.
  • Os pormenores da criação apresentam belezas imensuráveis
  • Até uma simples formiga é bela quando observamos seu propósito.
  • Outro tipo de beleza é o santuário com todos os seus detalhes
  • O tabernáculo seguiu os detalhes de uma beleza maior, o que lhes foi mostrado no monte
  • Há 4 motivos para tanta beleza no tabernáculo: 1º Deus deseja estar próximo do povo; 2º O santuário focava Cristo; 3º O Santuário contava a história do grande conflito; 4º Deus é belo por essência.
  • Tudo o que tem propósito, sai das mãos de Deus repleto de beleza. Isto significa que tudo o que Ele criou possui propósito.
  • Se não fosse o pecado, tudo neste mundo seria da mais plena beleza.

TERÇA, 13 DE MARÇO
Deus como músico
(ICr 23:5; 2Sm 23:1,2; 29:25)

            Música sacra, sinônimo de beleza, encanto e de poder. Em tudo a música parecer estar presente. Os pássaros cantam, os grilos cantam, os sapos cantam, e até o vento faz soar o canto quando em choque com algum obstáculo. Um estudo feito por geneticistas apresentou que até o DNA contém estruturas musicais. Enfim, parece que o autor de toda a criação, propositalmente, inseriu música em cada partícula de sua obra. O homem não poderia ser diferente, pois foi dotado com a capacidade de criar, apreciar e de se emocionar com a música. Tudo isto indica um fato grandioso, Deus é o autor e o maior de todos os músicos. Tudo que Ele trás à existência, de alguma forma parece ter alguma essência de música.
            A lição de hoje traça o exemplo do rei Davi, um música por excelência que reconheceu a grandeza de Deus em seus louvores. Ele sabia que Deus era a verdadeira razão de suas habilidades e das canções que produzia. No Antigo Testamento, não apenas Davi, mas todo e qualquer músico possuía talentos outorgados por Deus. A liturgia era composta por músicas e louvores definidos pelo Senhor. Este fato demonstra que Deus apreciava e aprecia ser adorado através da boa música. No templo havia um grandioso coral composto de 4 mil vozes que levantavam louvores a Deus e centenas de instrumentos de corda. A música ali parece ter sido uma poderosa ferramenta de adoração. Todos os detalhes seguiram os parâmetros estabelecidos pelo Criador. Claro que, no templo, a música não era mais aquela trazida por Israel quando esteve no Egito. Deus, aos poucos, foi tirando os costumes pagãos e mundanos da liturgia de Israel, e para a inauguração do santuário, todo e qualquer mundanismo parece ter sido dissociado da boa música estabelecida para o templo e pelo próprio Deus. Até os instrumentos musicais utilizados no templo seguiram um critério divino e não humano (2Cr 29:25,26).

Esboço de terça para auxiliar o professor:

  • Música, sinônimo de beleza, encanto e poder
  • A música pode ser ouvida em toda a natureza. Os sapos cantam, os grilos cantam, os pássaros cantam e até o vento canta.
  • O homem foi feito com a capacidade de produzir música e de se emocionar com ela
  • Geneticistas descobriram que até no DNA contém música
  • O rei Davi, cantor por excelência reconheceu que suas habilidades e músicas foram doados por Deus
  • A liturgia do santuário apresentou um estilo de música surpreendente e cheia de beleza
  • O coral do templo tinha 4 mil vozes e 280 instrumentos de música, compostos por alaúdes (parecido com um violão), harpas (também de cordas), trombetas (para convocar o podo) e címbalos (prato grande reconhecido como não percussivo para marcação da música pelo fato do coral possuir muitas vozes).
  • O música do santuário era diferente da que Israel havia trazido do Egito
  • Deus interviu e projetou para o santuário uma música que fosse diferente da do mundo
  • Até os instrumentos de música seguiram critérios divinos e não humanos (2Cr 29:25,26)

QUARTA, 14 DE MARÇO
Deus como autor
(Rm 11:33-36)

            Embora toda a Bíblia tenha vindo à existência pelas mãos de cerca de 40 escritores, sabemos claramente que houve apenas um autor. Deus inspirou os homens a escreverem estes livros. Existe um intervalo entre de 1600 anos entre o primeiro escritor (Moisés), e o último (João). A maioria dos escritores não se conheceram, pois nasceram em lugares diferentes e anos diferentes. Embora não tenham se conhecido, mantiveram uma unidade de pensamento impressionante. Isto sem levar em consideração que, viveram em culturas diferentes e em paradigmas diferentes. Não há contradições, pensamentos que se chocam e muito menos incoerências entre eles. Claro que, a resposta para tal unidade está em Deus. Ele é o autor original e verdadeiro. Embora os profetas tenham escritos usando sua própria maneira de se comunicar, o conteúdo seguiu a risca o pensamento de Deus. Nenhum livro é tão especial quanto a Bíblia, pois é a autoria divina que o diferencia dos demais livros históricos existentes. A autoria dos outros livros comuns está nos homens falíveis, mas, a autoria dos livros bíblicos está em Deus – o Ser infalível.
            Aquele que estuda a Bíblia diligentemente consegue se aperceber da inspiração bíblica quando se depara com declarações impressionantes. Há uma beleza nas páginas da Escritura que não são encontradas em nenhum outro livro. A estética escriturística deste livro é capaz de impressionar o homem mais dotado em escrita erudita. A Bíblia, ao mesmo tempo em que se apresenta como um livro erudito, é para o mais simples pesquisador um livro de uma simplicidade inigualável, pois o Espírito Santo interpreta e se comunica com a mente sincera, sendo ela erudita ou não.

Esboço de quarta para auxiliar o professor:

  • 40 escritores, mas um só autor – Deus
  • Deus inspirou os homens a escreverem a Bíblia
  • Os escritores não se conheceram, pois há um intervalo de 1600 anos entres o primeiro e o último
  • Não há contradições na Bíblia embora os escritores não tenham se conhecido
  • A unidade da verdade em toda a Escritura é mantida pela inspiração.
  • Somente o estudante assíduo da Escritura será capaz de enxergar a estética e beleza de sua estrutura
  • A estética e beleza deste livro é capaz de impressionar até o mais erudito em técnicas de escritas
  • A Bíblia, ao mesmo tempo em que se apresenta como um livro erudito, é para o mais simples pesquisador um livro de uma simplicidade inigualável
  • O Espírito Santo interpreta e se comunica com a mente sincera, sendo ela erudita ou não.

QUINTA E SEXTA 15 e 16 DE MARÇO
Deus como escultor
(Gn 32:22-30; Sl 51; Lc 22:31,32; At 9:1-22)

            Com facilidade nos encantamos com as obras dos homens. Quem nunca se encantou com a obra feita no monte rushmore, o edifício em dubai, a ponte rio Niterói, estátua da liberdade ou até mesmo as obras mais antigas como o coliseu romano, pirâmides do Egito e as muralhas da china? Se temos sensibilidade para nos impressionar com as construções feitas pelos homens, quem dirá então com as obras das mãos de Deus? Como não se encantar com as esculturas naturais? Você ainda conseguiria duvidar da existência de Deus ao contemplar em uma praia um belo por do sol ou o nascimento de uma linda criança? E o que dizer das cores vivas de uma linda rosa ou orquídea? Enfim, são tantas as obras magnificas de Deus que se eu fosse enumerar e comentar nem milhares de enciclopédias seriam suficiente. No entanto, as obras mais magnificas e majestosas das mãos de Deus não são as que estão na natureza, mas no coração dos seres humanos. Quem, senão Deus, seria capaz de transformar um alcoólatra, estuprador, bandido, prostituta e drogados em pessoas livres e de caráter renovado? Quem além de Deus pode fazer de um homem com estopim curto em um ser cheio de bondade, paciência e amor? Quem, senão Deus, pode ser capaz de resgatar um casamento perdido ou filhos na beira do colapso? Quem, senão Deus, pode realizar o impossível em uma vida massacrada pelo pecado? A maior de todas as obras são feitas na própria vida do indivíduo. O Espírito Santo realiza uma obra de arte no coração das pessoas tornando-as semelhantes a Deus no caráter. O maior milagre não está nas obras externas, mas nas obras internas – coração. O maior milagres não é ressuscitar ou curar pessoas, mas conseguir levar-nos as arrependimento e a conversão. Isto sim é difícil e uma verdadeira obra de arte.

Esboço de quinta para auxiliar o professor:

·         Nos encantamos facilmente com as obras realizadas pelos homens
·         O monte rushmore, com os rostos dos presidentes norte americanos é uma verdadeira obra de arte, mas as obras de Deus são muito mais magníficas e vivas
·         Você ainda duvidaria da existência de Deus ao contemplar um lindo por do sol ou o nascimento de um bebê?
·         As belezas de Deus não cabem nas milhares de enciclopédias que existem hoje
·         As obras de escultura mais belas de Deus são as que tem haver com a transformação do caráter humano
·         Somente Deus pode realizar a maior de todas as obras de arte na vida de um alcoólatra, drogado, prostituta ou bandido dando-lhe liberdade, cura e renovação do coração.
·         O maior milagre não é fazer um coxo andar, mas realizar uma obra de arte no coração
·         O maior milagre não é ressuscitar ou curar pessoas, mas conseguir fazer-nos reconhecer que somos pecadores necessitados da graça de Cristo.

Gilberto G. Theiss, nascido no estado do Paraná, é membro da Igreja adventista do Sétimo dia desde 1996. Crê integralmente nas 28 doutrinas Adventista como constam no livro “Nisto Cremos” lançado pela “Casa Publicadora Brasileira”. Foi ancião por 3 anos na Igreja Adventista do Sétimo dia da cidade Nova Rezende/MG e por 6 anos na Igreja Central de Guaxupé/MG. Foi Obreiro bíblico na mesma cidade e hoje, além de ser coordenador do curso básico de reforço teológico para líderes de igreja pelo site www.altoclamor.com, está Bacharelando no Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia e cursou extensão em arqueologia do oriente próximo pela UEPB. Gilberto G. Theiss é autor de alguns livros e é inteiramente submisso e fiel tanto a mensagem bíblico-adventista quanto a seus superiores no movimento Adventista como pede hebreus 13:17. Toda a mensagem falada ou escrita por este autor é filtrada plenamente pelo que rege a doutrina bíblica-adventista do sétimo dia. Contato: gilbertotheiss@yahoo.com.br