Comentário da Lição da Escola Sabatina – Lição 4 – 3º Trimestre 2011 (16 a 23 de julho)


Comentário da Lição da Escola Sabatina – Lição 4 – 3º Trimestre 2011 (16 a 23 de julho)

Observação: Este comentário é provido de Leitura Adicional no fim de cada dia estudado. A leitura adicional é composta de citações do Espírito de Profecia. Caso considere-a muito grande, poderá optar em estudar apenas o comentário ou vice versa.

Comentário: Gilberto G. Theiss

SÁBADO, 16 a 23 DE JULHO
Alegria diante do Senhor: santuário e adoração
(Dt 12:12)

            Na era patriarcal o povo adorava a Deus através dos altares. Na era teocrática, a adoração se dava no tabernáculo. O templo surgiu apenas no período monárquico e foi substituído pela igreja (templo atual).
            Havia em todo o sistema de adoração muito ritos com significados bem definidos e específicos. Cada ritual apontava para Cristo e sua função era bem meticulosa devido ao seu profundo simbolismo. Infelizmente, era possível para alguns, transformarem todos estes ritos em uma mera rotina formal. Em nossos dias não é diferente, pois, podemos com muita facilidade transformar nossas reuniões em uma rotina puramente formal e sem sentido para nossas vidas. É possível ir a igreja apenas por costume ou então participar de uma santa ceia como se fosse uma espécie de amuleto para dar sorte na vida cristã.
            Todos esses ritos são apenas ilustrações de algo muito mais grandioso e profundamente glorioso. Ao centro de tudo está Deus com sua infinita compaixão e grandeza. Tudo o que Deus foi capaz de fazer pela humanidade caída se encontra nesses ritos e por esta razão deveríamos olhar para estes símbolos com extremo zelo, cuidado e devoção. Conseqüentemente, ao notar o grande amor de Cristo por nós, nossa adoração deve ser dirigida não aos ritos em si, mas ao foco deles – a Divindade.
            O segredo para uma devoção e adoração viva não parte de retirar da igreja qualquer rito, mas olhar para além deles e ver o Cristo crucificado a nosso favor.

Leitura Adicional

            “Na construção do santuário como a morada de Deus, Moisés foi instruído a fazer tudo segundo o modelo das coisas no Céu. Deus o chamou ao monte e revelou-lhe as coisas celestiais; e o tabernáculo foi, em todos os seus pertences, modelado à semelhança delas.
Assim também revelou Ele o Seu glorioso ideal de caráter a Israel, de que Ele desejava fazer Sua morada. A norma deste caráter foi-lhes mostrada no monte, ao ser do Sinai dada a lei, e quando passou Deus diante de Moisés e este proclamou: "Jeová, o Senhor, Deus misericordioso e piedoso, tardio em iras e grande em beneficência e verdade." (Êx 34:6).
Mas por si mesmos eram eles incapazes de atingir este ideal. Aquela revelação no Sinai apenas poderia impressioná-los com sua necessidade e incapacidade. O tabernáculo, com os seus sacrifícios, deveria ensinar outra lição - a lição do perdão do pecado e do poder de obediência para a vida, mediante o Salvador.
Por meio de Cristo deveria cumprir-se o propósito de que era um símbolo o tabernáculo - aquela construção gloriosa, com suas paredes de ouro luzente refletindo em matizes do arco-íris as cortinas bordadas de querubins; o aroma do incenso, sempre a queimar, a invadir tudo; os sacerdotes vestidos de branco imaculado, e no profundo mistério do compartimento interior, acima do propiciatório, entre as figuras de anjos prostrados em adoração, a glória do Santíssimo. Em tudo Deus desejava que Seu povo lesse o Seu propósito para com o ser humano. Era o mesmo propósito muito mais tarde apresentado pelo apóstolo Paulo, falando pelo Espírito Santo:
"Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá; porque o templo de Deus, que sois vós, é santo." (I Co 3:16 e 17) ” (Educação, págs. 35 e 36).


DOMINGO, 17 DE JULHO
“Para que Eu possa habitar no meio deles”
(Êx 15:17; 25:1-9)

            Deus pretendia estar presente e bem mais perto da vida e do dia a dia do Seu povo. Os Israelitas acostumaram no Egito a ter uma imagem sempre presente da divindade. Parecia que isto lhes dava mais segurança e proteção. No deserto, isto lhes fora tirado e ensinado que não passava de idolatria, pois muitos desses ídolos estavam bem dissociados da verdade do verdadeiro Deus. O santuário, ao mesmo tempo em que servia para esboçar todo o plano da redenção em Cristo, também servia para dar mais segurança e proteção visual ao povo de Israel. Ao eles saberem que Deus mesmo estaria presente neste templo, podiam ter uma vaga segurança emocional da presença do Criador. Deus queria oferecer essa segurança psicológica a eles, mas, muito além disto, Deus queria de alguma forma também manifestar sua presença diante deles e o santuário era o meio para tal.
            O santuário foi feito aos moldes determinados por Deus. Interessante notar que, a semelhança da oferta de Abel em detrimento da de Caim, o santuário, embora feito por mãos humanas, deveria ser feito de acordo com o estabelecido por Deus. Mais uma vez podemos observar que, adoração e até mesmo tudo o que estaria envolvido à adoração deveriam refletir a vontade de Deus e não a nossa. A verdadeira e falsa adoração está centrada exatamente na maneira como somos submissos a Deus em todas as circunstâncias e estilo de vida. A vontade de Deus deve permear tudo o que oferecemos a Ele.
            Outro propósito significativo desta lição é que, o santuário era a habitação de Deus para com seu povo. Era o meio mais significativo para YAHWEH estar bem próximo de seus filhos. Hoje, a igrejA reflete este ambiente da presença de Deus. Nós, quando estamos na igreja, devemos dar a mesma atenção a todas as circunstâncias que permeiam a verdadeira adoração. Deus se faz presente quando, com sinceridade oferecemos a Ele nossa vida e devoção pessoal. O que oferecemos pode não ser o melhor, mas será aceito se for o que Ele pede. Lembre-se, o santuário de hoje pode ser nossa igreja ou o altar que temos em nossas casas.

Leitura Adicional

            “Preciosas foram as lições ensinadas a Israel durante sua permanência no Sinai. Foi este um período de preparo especial para a herança de Canaã. E o ambiente, ali, era favorável para o cumprimento do propósito de Deus. No cume do Sinai, sobranceiro à planície em que o povo espalhava suas tendas, repousava a coluna de nuvem que tinha sido o guia em sua jornada. Como coluna de fogo à noite, assegurava-lhes a proteção divina; e, enquanto se achavam entregues ao sono, o pão do Céu mansamente caía sobre o acampamento. Em todos os lados, elevações vastas, escabrosas, em sua grandeza solene, falavam de duração e majestade eternas. O homem era levado a reconhecer sua ignorância e fraqueza na presença dAquele que "pesou os montes e os outeiros em balanças". Isa. 40:12. Ali, pela manifestação de Sua glória, Deus procurou impressionar Israel com a santidade de Seu caráter e mandamentos, e a extrema culpabilidade da transgressão.
O povo, porém, era tardio para compreender a lição. Acostumados como tinham estado no Egito com as representações materiais da Divindade, e estas da mais degradante natureza, era-lhes difícil conceber a existência ou o caráter do Ser invisível. Condoendo-Se de sua fraqueza, Deus lhes deu um símbolo de Sua presença. "E Me farão um santuário", disse Ele, "e habitarei no meio deles." Êxo. 25:8.
Na construção do santuário como a morada de Deus, Moisés foi instruído a fazer tudo segundo o modelo das coisas no Céu. Deus o chamou ao monte e revelou-lhe as coisas celestiais; e o tabernáculo foi, em todos os seus pertences, modelado à semelhança delas” (Educação, p. 34 e 35).

            “Foi comunicada a Moisés, enquanto se achava no monte com Deus, esta ordem: "E Me farão um santuário, e habitarei no meio deles" (Êxo. 25:8), e foram dadas instruções completas para a construção do tabernáculo. Em virtude de sua apostasia, os israelitas ficaram despojados da bênção da presença divina, e por algum tempo impossibilitaram a construção de um santuário para Deus, entre eles. Mas, depois de novamente haverem sido recebidos no favor do Céu, o grande líder procedeu à execução da ordem divina.
Homens escolhidos foram especialmente dotados por Deus de habilidade e sabedoria para a construção do sagrado edifício. O próprio Deus deu a Moisés o plano daquela estrutura, com instruções específicas quanto ao seu tamanho e forma, materiais a serem empregados, e cada peça que fazia parte do aparelhamento que deveria a mesma conter. Os lugares santos, feitos a mão, deveriam ser "figura do verdadeiro", "figuras das coisas que estão no Céu" (Heb. 9:24 e 23) - uma representação em miniatura do templo celestial, onde Cristo, nosso grande Sumo Sacerdote, depois de oferecer Sua vida em sacrifício, ministraria em prol do pecador. Deus expôs perante Moisés, no monte, uma visão do santuário celestial, e mandou-lhe fazer todas as coisas de acordo com o modelo a ele mostrado. Todas estas instruções foram cuidadosamente registradas por Moisés, que as comunicou aos chefes do povo” (Patriarcas e Profetas, p. 343).

           
SEGUNDA, 18 DE JULHO
Corações dispostos
 (Êx 35)
           
Como visto até aqui, adoração envolve mais o estilo de vida do que ir a igreja e oferecer o culto ao Senhor. Adoração reflete submissão e também reflete a disposição de nosso coração em servi-lo. Deus conhece a sinceridade de nosso coração e sabe muito bem medir a intensidade do que lhe ofertamos se foi com extrema devoção ou não.
            Na lição de hoje aprendemos sobre a construção do santuário e a disposição do povo em construir e levar até a construção o que de melhor possuíam para a realização do mesmo. Esta é uma lição e tanto, pois quando construímos uma igreja, um altar, ou fazemos uma devida reforma no ambiente de adoração, nem sempre levamos e ofertamos  o que realmente é melhor. Às vezes, quando estamos construindo nossa própria casa ou reformando-a, compramos o que tem de melhor ou então o que é mais bonito e atraente. Mas, em se tratando da casa de Deus, muitos cristãos ofertam o que é mais barato e econômico. Isto pode refletir a falta de contemplação e de valor que damos não à igreja, mas a Deus. Quando é para nós, fazemos o melhor, mas quando é para Deus sempre buscamos um jeito de economizar ou de ofertar o que é de péssima qualidade, e tudo isto em nome da economia. Nossas intenções são avaliadas por Deus e Ele sabiamente julga-as conforme realmente elas são. Às vezes pode ser por isso que há igrejas que demoram décadas para serem construídas, pois, Deus sabendo de nossa mesquinhez e falta de valor a Ele, não nos abençoa como deveríamos e assim sua obra fica manchada pela falta de sensibilidade e de valor que damos a Ele.
            É bom lembrar que isto reflete adoração. No entanto, a pergunta que pode ser feita é: Que nível de adoração temos tido para com Deus quando construímos sua casa? O povo de Israel, neste contexto, fez com alegria e ofertou o de melhor com alegria. E nós, como temos feito a casa de nosso Deus hoje? Outra lição importante a aprender desta narrativa é que, o povo, de maneira geral, construiu o tempo segundo a forma como Deus determinou. Também ofertaram o que de melhor possuíam. Observe que, não era necessário apenas construir o templo, mas deveriam construir como Deus havia determinado. Isto nos faz lembrar da oferta de Abel e de Caim. Como visto desde o começo do trimestre, a adoração está centrado no que Deus nos pede em todos os sentidos. O que oferecemos pode até não ser o melhor, mas se for o que Deus pediu, com certeza será aceito. Isto é verdadeira adoração.

Leitura Adicional

            “O tabernáculo foi feito de acordo com a ordem de Deus. O Senhor suscitou homens e os habilitou com aptidões mais do que naturais para realizarem tão engenhoso trabalho. Nem a Moisés nem àqueles artífices foi permitido planejar a forma e a arte da construção. Deus mesmo idealizou o plano e deu-o a Moisés, com instruções particulares quanto ao seu tamanho, forma e o material a ser usado, e especificou cada peça do mobiliário que nela devia haver. Apresentou a Moisés um modelo em miniatura do santuário celestial e ordenou-lhe que fizesse todas as coisas segundo o exemplar que lhe fora mostrado no monte. Moisés escreveu todas as instruções num livro e as leu para as pessoas mais influentes.
Então, o Senhor solicitou ao povo que trouxesse uma oferta espontânea, para fazer-Lhe um santuário, a fim de que Ele habitasse no meio deles. "Então toda a congregação dos filhos de Israel saiu de diante de Moisés, e veio todo o homem, a quem o seu coração moveu, e todo aquele cujo espírito voluntariamente o excitou, e trouxeram a oferta alçada ao Senhor para a obra da tenda da congregação, e para todo o seu serviço, e para os vestidos santos. E assim vieram homens e mulheres, todos dispostos de coração: trouxeram fivelas, e pendentes, e anéis, e braceletes, todo o vaso de ouro; e todo o homem oferecia oferta de ouro ao Senhor." Êxo. 35:20-22.
Foram necessários grandes e dispendiosos preparativos. Caro e precioso material devia ser coletado. Mas o Senhor aceitou somente ofertas voluntárias. Devoção ao trabalho de Deus e sacrifício de coração foram os primeiros requisitos ao preparar-se um lugar para Deus. Enquanto a edificação do santuário estava caminhando, e o povo trazia suas ofertas a Moisés, e ele as apresentava aos artífices, todos os sábios que trabalhavam na obra examinaram as ofertas e concluíram que o povo tinha trazido o suficiente, e até mais do que podia ser usado. Moisés proclamou através do acampamento: "Nenhum homem nem mulher faça mais obra alguma para a oferta alçada do santuário. Assim o povo foi proibido de trazer mais. Êxo. 36:6.” (História da Redenção, p. 151, 152).

“Devemos louvar a Deus com total dedicação, fazendo todo esforço para promover a glória de Seu nome. Deus nos comunica Suas dádivas para que também demos, e deste modo revelemos Seu caráter ao mundo. Na dispensação judaica as dádivas e oferendas formavam uma parte essencial do culto a Deus. Os israelitas eram ensinados a consagrar ao serviço do santuário o dízimo de toda renda. Além disso deviam trazer ofertas expiatórias, ofertas voluntárias e ofertas de gratidão. Esses eram os meios para sustentar o ministério do evangelho naquele tempo. Deus não espera menos de nós do que do povo antigamente. A grande obra da salvação precisa ser levada avante. Pelo dízimo, ofertas e dádivas fez Ele provisão para esta obra. Desse modo pretende seja sustentada a pregação do evangelho. Reclama o dízimo como Sua propriedade, e o mesmo deveria ser sempre considerado uma reserva sagrada a ser depositada no Seu tesouro para o benefício de Sua causa. Pede também nossas ofertas voluntárias e dádivas de gratidão. Tudo deve ser consagrado para enviar o evangelho às partes mais remotas da Terra” (Parábolas de  Jesus, p. 300).

TERÇA, 19 DE JULHO
O holocausto contínuo
(Êx 29:38,39)

            Deus não tinha nenhum prazer em determinar que um animal inocente se tornasse um sacrifício diário nas mãos dos seres humanos. No entanto, propositalmente, Deus pretendia criar no coração humano a  mais profunda tristeza ao sacrificar e derramar o sangue destes animais. Queria impressionar-nos com as mais ricas lições do plano redentivo estabelecido para resgatar o que parecia ser irresgatável. Queria que as vidas humanas fossem impressionadas de tal maneira a ponto de causar um fortíssimo impacto emocional e racional que gerasse como conseqüência uma aceitação genuína e entrega completa de todo o ser a Deus.
            É claro que, por mais inocente que fosse o animal, e, por mais que o animal sofresse para tal rito, nada se igualaria ao sofrimento e inocência de Jesus Cristo: o Deus encarnado. Se os sacrifícios diários de animais inocentes seriam capazes de trazer tristeza e arrependimento ao ser humano, quem dirá então o sacrifício do próprio Deus em todo o mais amplo sentido.
            Hoje, o Espírito Santo pretende gradativamente impressionar-nos com este fato. É impressionante perceber que, infelizmente, existem pessoas que não conseguem ter sensibilidade para o que Jesus foi capaz de fazer por nós. Infelizmente muitos cristãos ficam na frente da televisão assistindo filmes e novelas cheias de violência, morte e assassinato, sem contar os programas jornalísticos como o famoso Datena cheio de sangue e injustiças. Estas imagens do dia a dia, desses programas, fazem com que nos acostumemos com tais atrocidades. Gradativamente ficamos tão frios que não conseguimos olhar para o sacrifício de Jesus de maneira que nos cause fortes impactos para a vida espiritual. Deus pagou um preço incalculável e muitos de nós ainda não entendemos isto.

Leitura Adicional

            “Devemos lutar ardorosamente para alcançar o padrão estabelecido diante de nós. Não devemos fázê-lo como uma penitência, mas como o único meio de obter verdadeira felicidade. A única maneira de obter paz e alegria é ter uma ligação viva com Aquele que deu Sua vida por nós, que morreu para que pudéssemos viver, e que vive para unir Seu poder com os esforços daqueles que... estão lutando para vencer.
Santidade é constante acordo com Deus. Não seremos nós aquilo que Cristo tão grandemente deseja que sejamos cristãos em atos e em verdade - para que o mundo possa ver em nossa vida uma revelação do poder salvador da verdade? Este mundo é nossa escola preparatória e enquanto aqui estivermos enfrentaremos provas e dificuldades. Mas estamos seguros enquanto nos apegamos Àquele que deu Sua vida como uma oferta por nós” (Manuscritos 61, 1903).

            “No tempo do antigo Israel, os sacerdotes examinavam cuidadosamente toda oferta que era levada para sacrifício. Caso fosse descoberto qualquer defeito, recusavam o animal; pois o Senhor ordenara que a oferta fosse "sem mancha". Cumpre-nos apresentar nosso corpo como sacrifício vivo a Deus; e não devemos procurar tornar a oferta a mais perfeita possível? Deus nos deu toda instrução necessária para nosso bem-estar físico, mental e moral; e é dever de cada um de nós pôr nossos hábitos de vida, em todo particular, em harmonia com a norma divina. Ficará o Senhor satisfeito com coisa alguma a não ser o melhor que nos é possível oferecer? "Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração." Mat. 22:37; Mar. 12:30; Luc. 10:27. Se O amardes de todo o vosso coração, desejareis prestar-Lhe o melhor serviço de vossa vida, e buscareis pôr toda faculdade de vosso ser em harmonia com as leis que vos promoverão a capacidade de cumprir o Seu querer” (Testemunhos Seletos, v.2, p. 214).

QUARTA, 20 DE JULHO
Comunhão com Deus
(Êx 25:10-22; Sl 37:23; 48:14; Pv 3:6 e Jo 16:13)

            Comunhão vem do latim communio, e significa comunidade, associação, sociedade, relações com alguém ou ato de comungar. Outras definições também encontradas são:

1     ação de fazer alguma coisa em comum ou o efeito dessa ação
2     sintonia de sentimentos, de modo de pensar, agir ou sentir; identificação
3     comparticipação, união, ligação
4     o sacramento da Eucaristia
4.1  a administração ou a recepção da Eucaristia
4.2  parte da missa em que o sacerdote administra o sacramento da Eucaristia
4.3  antífona ou salmo que o sacerdote lê na missa após haver comungado
5     comunidade religiosa unida em torno de uma mesma fé
6     domínio de duas ou mais pessoas sobre a mesma coisa, de que detêm partes abstratas
6.1  conjunto de direitos e obrigações sobre a coisa possuída em comum
6.2  sociedade de bens e interesses que se estabelece entre marido e mulher por força do contrato de casamento (Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, 2007).

            Como percebido, o significado da palavra comunhão em toda a sua abrangência tem por essência unidade de ideais, mesmo pensamentos, integração baseada nos mesmos pareceres, unidade composta e identificação não conflitante. Portanto, quando a Palavra de Deus sugere que tenhamos comunhão com Deus, está nos ensinando que devemos viver em conformidade com Deus em uma unidade completa e plena e submissa a Ele. Reforçando, esta unidade completa e plena exige de nós e não de Deus uma submissão e entrega total. Somos nós que temos que conformar com a vontade de Deus e não Deus se conformar com nossa vontade. Comunhão com Deus significa viver por Ele e para Ele. Significa viver em conformidade com Sua plena vontade. Como temos aprendido desde o começo do trimestre, adoração reflete dar o nosso melhor para Deus, mas, sempre dentro do que Ele nos pede. A experiência de Abel oferecendo o cordeiro, Abraão não poupando seu próprio filho, Moisés tirando as sandálias e o povo construindo o santuário aos moldes determinados por Deus refletem claramente a verdadeira adoração. Isto também nos ajuda a entender como é a essência da falsa adoração – na vontade humana em detrimento da vontade de Deus.
            Comunhão é adorar a Deus, pois em nossa convivência com Ele, um estilo e devoção totalmente voltada à Sua vontade se torna um estilo de vida natural nos seres humanos que aprendem amá-lo de todo coração. Assim acontece em um casamento, pois, comunhão no casamento é viver totalmente em benefício e felicidade do outro.

Leitura Adicional

            “O incenso que subia com as orações de Israel, representa os méritos e intercessão de Cristo. Sua perfeita justiça, que pela fé é atribuída ao Seu povo, e que unicamente pode tornar aceitável a Deus o culto de seres pecadores. Diante do véu do lugar santíssimo, estava um altar de intercessão perpétua; diante do lugar santo, um altar de expiação contínua. Pelo sangue e pelo incenso deveriam aproximar-se de Deus - símbolos aqueles que apontam para o grande Mediador, por intermédio de quem os pecadores podem aproximar-se de Jeová, e por meio de quem unicamente, a misericórdia e a salvação podem ser concedidas à alma arrependida e crente” (Patriarcas e Profetas, pág. 353).

            “A tremenda malignidade do pecado só pode ser avaliada em face da cruz. Se os homens insistem em que Deus é bom demais para rejeitar o pecador, olhem eles ao Calvário. Foi por não haver outro meio de salvar o homem, e por ser impossível, sem esse sacrifício, escapar o gênero humano ao poder corruptor do pecado, e ser restaurado à comunhão com seres santos - impossível tornarem-se os homens de novo participantes da vida espiritual - foi por isso que Cristo tomou sobre Si a culpa dos desobedientes e sofreu em lugar dos pecadores. O amor, sofrimento e morte do Filho de Deus atestam a terrível enormidade do pecado e revelam que não há escape de seu poder, nem esperança da vida mais elevada, senão pela submissão da alma a Cristo” (Caminho a Cristo, págs. 31 e 32).

            Seja a mente elevada das profundezas do pecado para contemplar o Deus de toda bondade, misericórdia e amor, mas que não inocentará de modo algum o culpado” (Review and Herald, 19 de março de 1889).



QUINTA E SEXTA, 21 e 22 DE JULHO
Alegrar-se diante do Senhor
(Lv 23:39-44; Dt 12:5-7,12,18; 16:13-16)

            A lição de hoje precisa ser moderada com alguns valores e princípios importantes que sejam capazes de impedir-nos de pender para os dois extremos. Alguns acreditam que, para alegrar-se diante do Senhor, deveriamos ter bateria na igreja, levantar as mãos, cantar músicas estimulantes, rítmicas e dançanes. Não é isto que nos levará a uma adoração alegre e contagiante. Não precisamos de êxtase nos cultos para sermos alegres e felizes diante do Senhor. Não são os estímulos emocionais e sensações de euforia que serão capazes de tornar-nos alegres diante do Senhor. O verdadeiro culto não pode estar nodoado com este tipo de culto. Isto é sensação barata e puramente estimulante. Muitos cristãos de nosso século estão confundindo êxtase emocional com fé e alegria genuina. A fé e a verdadeira alegria não são alimentadas desta forma. Ellen White nos ensina que o culto precisa ser entoado com canções:

* Suaves e puras (Educação, p. 167)
* Os tons precisam ser como a melodia dos pássaros ( Evangelismo, p. 510)
* O volume do som deve ser suave e não pode ferir os ouvidos (carta 66, p. 2 e 3, de 1983).
* O canto deve ser melodioso (Testemunhos Seletos, v.1, p. 45).
* A melodia deve ser alegre, porém solene (Evangelismo, p. 507 e 508).
* Deve aproximar-se da harmonia celeste (Patriarcas e Profetas, p.  637)
* Os anjos devem ser capazes de cantar juntos (Manuscritos 5, de 1874).
* Glorificar unicamente a Deus (Carta 5, de 1850)
* Deve erguer os pensamentos ao que é puro, nobre e edificante (Patriarcas e Profetas, p. 637)
* Ser capazes de impressionar os corações com verdades espirituais (Educação, p. 167)
* Deve atrair para o lar celestial (O Desejado de Todas as Nações, p. 37)
* Deve conduzir à santidade [separação do mundo] (Testemunhos para a Igreja, v.1, p. 496-497)
* Deve afastar os ouvintes da atenção ao terreno (O Desejado de Todas as Nações, p. 73)
* Não leva à união com o mundo e suas diversões (Patriarcas e Profetas, p. 637)
* Não tem gesticulações extravagantes (Manuscritos 5, de 1874)
* Não há movimentos corporais (Manuscritos 5, de 1874)
* As notas não são longamente puxadas (Evangelismo, p. 510)
* Não há confusão de vozes nem dissonância (Testemunhos Seletos, v.1, p. 45)
* Não vem do gênero das valsas frívolas (Fundamentos da Educação Cristã, p. 97)
* Não vem das canções petulantes  que elogiam o homem (Fundamentos da Educação Cristã, p. 97)
* Não é ruidosa, vulgar, nem  de abundante entusiasmo (Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, p. 306)
* Não idolatra o cantor ou músico (Testemunhos para a Igreja, v.1, p. 506)
*As canções não são próprias para o salão de baile (Testemunhos para a Igreja,v.1, p. 506)
* Não se adapta facilmente ao palco (Manuscritos 5,  de 1874)
* A melodia não é forçada (Manuscrito 5, de 1874)
* A música não serve para dança (Mensagens Escolhidas, v.2, p. 36)
* Não inclui tambores e o ritmo não domina a melodia nem a harmonia (Mensagens Escolhidas, v.2, p. 36)
* Não pertence à categoria do jazz, rock, blues, derivados ou forma correlatas (Manual da Igreja, p. 172)

Estas declarações preciosas foram extraídas do Site do Centro e ajudam a melhor proteger nossa adoração diante do Senhor. Alegrar-se diante do Senhor é melhor revelado através de genuína entrega e submissão a Deus. Como bem ilustrou o autor da lição: “Afinal, se as verdades da salvação, redenção, mediação e juízo, não são motivos de regozijo, que outra coisa nos alegraria?”
Outro extremo é pretender levar a igreja a ter uma reunião de adoração como o culto de um velório. Não há nada de errado com a modernização. Desde que não misturemos sagrado como profano, a modernização do culto e das músicas são necessárias e fundamentais para tornar o culto mais dinâmico e atraente. Lembremo-nos que Modernizar é diferente de mundanizar. Os músicos e os que cantam na igreja precisam compreender isto. Ellen White a este respeito diz que “às vezes é mais difícil disciplinar os cantores e mantê-los em forma ordeira, do que desenvolver hábitos de oração e exortação. Muitos querem fazer as coisas à sua maneira. Não concordam com deliberações, e são impacientes sob a liderança de alguém. No serviço de Deus se requerem planos bem amadurecidos. O bom senso é coisa excelente no culto do Senhor” (Gospel Workers, pág. 325 – ou Obreiros Evangélicos, p. 505). É claro que nem todos são assim, pois há cantores consagrados e tementes à vontade de Deus.


Leitura Adicional

“Nos tempos patriarcais as ofertas sacrificais relacionadas com o culto divino constituíam uma lembrança perpétua da vinda de um Salvador; e assim era com todo o ritual dos sacrifícios do santuário na história de Israel. Na ministração do tabernáculo, e do templo que posteriormente lhe tomou o lugar, o povo era ensinado cada dia, por meio de símbolos e sombras, a respeito das grandes verdades relativas ao advento de Cristo como Redentor, Sacerdote e Rei; e uma vez em cada ano tinham a mente voltada para os eventos finais do grande conflito entre Cristo e Satanás, a purificação final do Universo do pecado e pecadores. Os sacrifícios e ofertas do ritual mosaico deviam sempre apontar para uma adoração melhor, celestial mesmo. O santuário terrestre era "uma alegoria para o tempo presente, em que se oferecem dons e sacrifícios"; seus dois lugares santos eram "figura das coisas que estão no Céu" (Heb. 9:9 e 23); pois Cristo, nosso grande Sumo Sacerdote, é hoje "Ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem"  (Heb. 8:2 – Profetas e Reis, p. 684, 685).

“Nossas reuniões devem ser interessantes. Ali, deve imperar a própria atmosfera do Céu. As orações e discursos não devem ser longos e enfadonhos, apenas para encher o tempo. Todos devem contribuir com sua parte espontânea e pontualmente e, esgotada a hora, a reunião deve ser pontualmente encerrada. Desse modo, será conservado vivo o interesse. Nisso está o culto agradável a Deus. Seu culto deve ser interessante e atraente, não se permitindo que degenere em formalidade insípida. Dia a dia, hora a hora, minutos a minuto, devemos viver para Cristo; então, Ele habitará em nosso coração e, ao nos reunirmos, Seu amor em nós será como uma fonte no deserto, que a todos refrigera, incutindo nos que estão prestes a perecer o desejo ardente de sorver da água da vida” (Testemunhos para a Igreja, v.5, p. 609).

“A música pode ser um grande poder para o bem; contudo não tiramos o máximo proveito desta parte do culto. O cântico é geralmente originado do impulso ou para atender casos especiais, e em outras vezes os que cantam o fazem mal, e a música perde o devido efeito sobre a mente dos presentes. A música deve possuir beleza, poder e faculdade de comover. Ergam-se as vozes em cânticos de louvor e adoração. Que haja auxílio, se possível, de instrumentos musicais, e a gloriosa harmonia suba a Deus em oferta aceitável.
Mas às vezes é mais difícil disciplinar os cantores e mantê-los em forma ordeira, do que desenvolver hábitos de oração e exortação. Muitos querem fazer as coisas à sua maneira. Não concordam com deliberações, e são impacientes sob a liderança de alguém. No serviço de Deus se requerem planos bem amadurecidos. O bom senso é coisa excelente no culto do Senhor” (Gospel Workers, pág. 325 – ou Obreiros Evangélicos, p. 505).


                                   
Gilberto G. Theiss, nascido no estado do Paraná, é membro da Igreja adventista do Sétimo dia desde 1996. Crê integralmente nas 28 doutrinas Adventista como consta no livro “Nisto Cremos” lançado pela “Casa Publicadora Brasileira”. Foi ancião por 3 anos na Igreja Adventista do Sétimo dia da cidade Nova Rezende/MG e por 6 anos na Igreja Central de Guaxupé/MG. Foi Obreiro bíblico na mesma cidade e hoje, além de ser coordenador do curso básico de reforço teológico para líderes de igreja pelo site www.altoclamor.com, está Bacharelando no Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia. Gilberto G. Theiss é autor de alguns livros e é inteiramente submisso e fiel tanto a mensagem bíblico-adventista quanto a seus superiores no movimento Adventista como pede hebreus 13:17. Toda a mensagem falada ou escrita por este autor é filtrada plenamente pelo que rege a doutrina bíblica-adventista do sétimo dia. Contato: gilbertotheiss@yahoo.com.br