Comentário da Lição da Escola Sabatina – Lição 11 – 1º Trimestre 2011 (04 a 11 de junho)


Comentário da Lição da Escola Sabatina – Lição 11 – 1º Trimestre 2011 (04 a 11 de junho)

Observação: Este comentário é provido de Leitura Adicional no fim de cada dia estudado. A leitura adicional é composta de citações do Espírito de Profecia. Caso considere-a muito grande, poderá optar em estudar apenas o comentário ou vice versa.

Comentário: Gilberto G. Theiss

SÁBADO, 04 DE JUNHO
As veste nupciais
(Rm 8:1)

            “Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito” (Rm 8:1).

            A lição desta semana entra em cena para nos apresentar que, nem todos estarão aptos para a salvação em Cristo. Há muitas narrativas, parábolas e profecias na Escritura que evidenciam este terrível drama. Parece que Deus fez questão que soubéssemos da verdade de que nem todos serão salvos.
            É claro que, não podemos e não devemos tentar adivinhar quem será ou não salvo. Não podemos ler o íntimo do coração humano e por esta razão a facilidade em cometer julgamentos errôneos será certa. De qualquer forma, é muito importante sabermos que nem todos serão salvos para servir de alerta para nós mesmos. Nossa garantia é a aproximação, entrega e certeza da propiciação de Jesus por nós. Nada é mais importante do que estar em Cristo, viver por Cristo e se necessário – morrer por Cristo. “Nenhuma condenação, agora, há para os que estão em Cristo Jesus”, foi a nota tônica de Paulo. Mas o que significa esta tão profunda frase do apóstolo? Talvez uma das respostas seja: “Aquele que diz que o conhece, deve andar como Ele andou” (I Jo 2:6). A verdadeira fé absorve duas certezas; a primeira: de que somente podemos ser salvos mediante Cristo; e a segunda: Conhecê-Lo implica em possuir o caráter e as mesmas obras de Cristo. Somente entrarão na festa das bodas os que foram cobertos pelo manto da graça de Jesus, e somente receberão este manto os que estiverem dispostos a serem cobertos pela ação constante do Espírito de Deus. A veste nupcial do cordeiro de Deus possui poder para salvar e também para regenerar o coração humano, pois ser liberto do pecado não significa apenas conceder o passaporte para a eternidade, mas, também libertar do poder aprisionador do pecado.

Leitura Adicional

            “Deus é desonrado quando aqueles que afirmam crer em Suas verdades preciosas e dignificantes se recusam a vestir o manto real da justiça de Cristo. Eles insultam o Salvador. Onde que que vão, mostram que se recusaram a aceitar o vestuário que lhes é oferecido.
            Muitos, muitos professos cristãos há que esperam despreocupadamente a vinda do Senhor. Não têm as vestes de Sua justiça. Podem professar ser filhos de Deus, mas não estão purificados do pecado. São egoístas e autossuficientes. Sua experiência é destituída de Cristo. Não amam supremamente a Deus nem o próximo como a si mesmos. Não têm ideia do que constitui a verdadeira santidade. Não veem defeitos em si mesmos. Tão cegos são eles que não são capazes de detectar a sutil ação do orgulho e da iniquidade. Estão vestidos de trapos da justiça própria e vitimados de cegueira espiritual. Satanás lançou sua sombra entre eles e Cristo, e eles não têm nenhum desejo de estudar o caráter puro e santo do Salvador” (Review and Herald, 26 de fevereiro de 1901).

                       
DOMINGO, 5 DE JUNHO
Dia de fervor
(Mt 21 e 22)

            Convicção e conversão são duas palavras que possuem uma diferença gritante. Assim como Judas, há muitos cristãos que vivem sob a fachada da convicção. Sabem que não há outro caminho, tem claro conhecimento de que um dia Jesus retornará para por um fim ao mal e ao pecado. Tem clara percepção dos tempos em que vivemos, no entanto, vivem e agem como se não conhecessem absolutamente nada. Há também aqueles que vivem apenas uma pura fachada de religião. Os que vestem a camisa da igreja, mas não vestem o sangue e o coração dela estarão perdidos para sempre. Os que passam um bom verniz religioso por fora, mas, por dentro vivem como verdadeiros e profundos hipócritas serão arruinados. Existe àqueles que falam com tanta convicção do poder e da ação de Deus na vida do crente, mas, ele mesmo jamais foi alcançado por este poder. Existem ainda os que pregam, cantam, ensinam a lição da escola sabatina, possuem uma profunda piedade, porém, por dentro, no mais íntimo da alma estão completamente perdidos, sem rumo e sem direção. Infelizmente, quando nos reportamos à Bíblia, percebemos que foram poucos os que realmente entenderam o significado profundíssimo do grandioso e absoluto plano da redenção.
            Por esta razão também é que não podemos ter tempo em ficar avaliando a vida dos outros, pois há muito que ser avaliado em nossa própria. Deus quer fazer uma obra gigantesca nas vidas das pessoas individualmente, no entanto, é necessário que olhemos para nós, concentremos os olhos em nós, que cavemos o solo do nosso próprio coração e vida para perceber o quanto estamos necessitados de um poder que está fora de nós. Eu mesmo, algum tempo atrás, fui extremamente crítico ao contemplar os erros e defeitos dos outros, mas, quando comecei a fazer um sério exame de minha vida e do meu coração, nossa, quanta dor roeu-me naquele momento. Percebi que precisava de muita misericórdia. A vida é assim, o orgulho que tanto nos persegue, nos veda os olhos a ponto de plantar em nossa consciência a sensação de que estamos tão bons ao ponto de colocar-nos como modelo a ser imitado. Ledo e sério engano. Todos nós estamos perdidos e é possível estar arruinado mesmo tendo as boas e necessárias obras. Pense e reflita nisto.

Leitura Adicional

            “Aqueles que são verdadeiros alunos na escola de Cristo estudarão com intenso interesse a parábola da vinha. Nessa parábola, Cristo apresentou a verdadeira violação de confiança. Sua intenção era que essa parábola fosse uma lição para todos, advertindo-os de que a menos que andassem nos caminhos do Senhor, guardando todos os Seus mandamentos, Ele não os poderia abençoar e sustentar. A igreja na Terra é muito amada por Deus. É o aprisco para as ovelhas de Seu pasto. Mas que a derrota e a calamidade lhes sobreviessem, porque glorificaram a si mesmos, admitindo que falsos princípios se intrometessem em sua prática. Ele perdoa alegremente os que se arrependem, mas removerá Seu favor dos que continuam pecando, exaltando a si mesmos e misturando o sagrado com o profano. Terríveis juízos destruirão os que O representam mal, dizendo: “Templo do Senhor, templo do Senhor, templo do Senhor é este” (Jr 7:4), quando seu exemplo é enganoso” (Sgins of the Times, 31 de outubro 1900).
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SEGUNDA, 6 DE JUNHO
O convite do rei
 (Mt 22:1-8)
           
            Quando eu era adolescente adorava ir a festas de casamentos ou de aniversários. O problema é que, na maioria das vezes eu não era convidado. Inclusive, numa destas vezes havia um segurança impedindo que entrasse os que não eram convidados. No momento em que o segurança se ocupou em atender um dos convidados, rapidamente eu me posicionei de um lado do portão em que ele não pudesse me ver, e claro, tirei proveito de sua distração para entrar. Resultado, desfrutei da festa até o fim como se tivesse sido convidado pelos donos do banquete.
            Exatamente como as minhas peraltagens da adolescência, muitos pretenderão entrar na festa celestial sem ter sido convidado. Também há os que, mesmo sendo convidado, tentarão entrar sem o convite ou sem as condições impostas pelo dono da festa. Em outras palavras, há os que desejam a salvação, mas não desejam se abdicar do controle de sua vida e vontades. Querem permanecer na igreja, ser salvos, mas fazer com que Deus aceite seus caprichos pessoais. Estas pessoas jamais entrarão na festa celestial. Somente os que vivem em Cristo e por Cristo é que entrarão no banquete do Rei. Somente os que lavaram suas vestes no sangue do Cordeiro; somente os que se abdicam de seus gostos, vontades e desejos é que receberão as vestes apropriadas para entrar na festa; Somente os que mantêm a vontade de Deus acima de suas vontades é que receberão o passaporte para a eternidade. Os que pretendem viver amalgamando valores e princípios celestiais com mundanismos jamais desfrutarão da grandiosa recepção celestial que está sendo preparada para os fiéis.

Leitura Adicional

            “Quão poucos responderam ao gracioso convite dos Céus! Cristo é ofendido quando Suas mensagens são desprezadas e Seu convite gracioso, cativante e liberal é rejeitado. Os que foram convidados para a festa de casamento no início, começaram a dar desculpas. Permitiram que as pequenas coisas ocupassem sua atenção e perderam de vista seus interesses eternos. Enquanto alguns se desculparam por seus interesses temporais, totalmente indiferentes às mensagens e aos mensageiros, outros manifestaram profundo ódio e, apoderando-se dos servos do Senhor, os trataram com ira e os mataram. Um poder de baixo tomou posse dos agentes humanos que não estavam sob a influência direta do Espírito Santo. Existem duas classes distintas: os que são salvos pela fé em Cristo e pela obediência à Sua lei, e aqueles que recusam a verdade como é em Jesus. Aos que rejeitam Cristo durante o período de oportunidade, será impossível obter justificação depois que o registro de sua vida tiver passado para a eternidade. Agora é o tempo de trabalhar pela salvação das pessoas, pois ainda há graça. Que sejam deixadas de lado distinções nacionais e denominacionais. Deus não reconhece etnia nem hierarquia, e essas não devem ser reconhecidas por Seus obreiros. Os que se consideram superiores a seus semelhantes, movidos por cargos ou posses estão se exaltando sobre seus companheiros, mas são considerados pelo Universo do Céu como os menores de todos. Vamos aprender das palavras da inspiração que reprova esse espírito e também nos dá um grande incentivo: “Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem o forte, na sua força, nem o rico, nas suas riquezas; mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em Me conhecer e saber que Eu sou o Senhor e faço misericórdia, juízo e justiça na Terra; porque destas coisas Me agrado, diz o Senhor” (Jr 9:23, 24; Review and Herald, 2 de abril de 1895).
           
TERÇA, 7 DE JUNHO
Os que foram ao banquete
(Mt 22:9-14)

            Alguns anos atrás, uma pesquisa nos Estados Unidos revelou que os índices de perversidade praticada por não religiosos não estavam muito acima dos índices de perversidade nos que professavam algum tipo de religião. Isto nos revela que, mesmo professando fé em Cristo, mesmo sendo membro batizado de alguma igreja, muitos professos cristãos estavam envolvidos com algum tipo de ilegalidade, perversidade ou imoralidade. Não é de admira as palavras de Mahatma Gandhi quando disse “eu me tornaria cristão se não fosse os cristãos”. É bem verdade que, ao mesmo tempo em que se professa crer e viver por Jesus, muitos estejam dando testemunho contrário. Quanta maldade foi praticada em nome de Deus e quanta maldade ainda tem sido praticada com o mesmo nome? Quantos que professam a fé cristã fazem uso da própria Bíblia para justificar suas injustiças e promiscuidades? Algum tempo atrás, um suposto pastor evangélico, tentou justificar seu adultério com um texto mal interpretado da Escritura. A repercussão foi tanta que o principal canal de televisão de nosso país (Brasil), em um de seus telejornais, cobriu o enredo criando um estereótipo negativo à fé cristã. O escândalo gerou um mal estar gigantesco em todo o país. É claro que um caso isolado não merece crédito para julgamentos como num todo. No entanto, bem sabemos que este não é o único caso que acaba desmerecendo o valor da fé cristã. Infelizmente são muitos os que dão testemunho vergonhoso e insano que torna a fé de Jesus Cristo ridícula e carregadíssima de hipocrisia.
            A verdade a respeito de tudo isto é que, pode ser que não cometemos nenhum tipo de atrocidade vergonhosa diante da sociedade, mas, e os nossos atos vergonhosos que muitos de nós temos cometidos diante somente de nossos próprios olhos? O que temos feito às escondidas tem trazido vergonha aos anjos? Os nossos pensamentos tem sido cativos à vontade de Deus? Lembra-se das palavras de Jesus em Mateus 5 sobre nossos pensamentos pecaminosos? A conclusão que podemos tirar é que, se não levarmos a sério a vida cristão, jamais entraremos pelos portais do Céu. Esta é uma realidade tão certa quanto a nossa própria existência. Observe com muita atenção e reflita nas palavras de Ellen White na leitura adicional abaixo a respeito dos que foram ao banquete e perceba a gravidade deste dilema.

Leitura Adicional

            “O terceiro convite para o banquete representa a pregação do evangelho aos gentios. O rei disse: “As bodas, na verdade, estão preparadas, mas os convidados não eram dignos. Ide, pois, às saídas dos caminhos e convidai para as bodas a todos os que encontrardes” (Mt 22:8,9)
            Os servos do rei que foram pelos caminhos, “ajuntaram todos quantos encontraram, tanto maus como bons” (Mt 22:10). Era um grupo misto. Alguns deles não tinham maior respeito ao doador da ceia do que os que haviam rejeitado o convite. A classe, primeiramente convidada, não podia, como pensava, sacrificar os privilégios mundanos para comparecer ao banquete do rei. E entre os que aceitaram o convite havia muitos que pensavam somente em se beneficiar. Foram para partilhar das provisões do banquete, mas não tinham desejo de honrar o rei” (Parábolas de Jesus, p. 309).
            “Se aqueles a quem Cristo enviou primeiramente o convite para as bodas se recusarem a receber a mensagem, Ele enviará Seus mensageiros aos caminhos e atalhos para obrigar as pessoas a entrar, por meio de uma mensagem tão cheia de luz do Céu que não se atreverão a recusar. O evangelho foi levado primeiramente àqueles a quem Deus confiou as preciosas verdades que Ele desejava que fossem transmitidas aos outros. Ele lhes confiou a responsabilidade de transmitir o conhecimento de Deus e de Jesus Cristo, a quem Ele enviou. O Senhor operou maravilhosamente pelos filhos de Israel. Finalmente, enviou-lhes Seu próprio Filho, o Príncipe da vida, o Messias, a quem apontavam todos os sacrifícios e ofertas, mas eles não O receberam. Rejeitaram a mensagem que Ele transmitiu. Recusaram o Messias em quem se centrava sua esperança, mas, quando se recusaram a ouvir as mensagens, rejeitando o convite oferecido, o Senhor Se voltou para o mundo gentio. Os que deveriam ter conhecido a Deus e Jesus Cristo, a quem Ele enviou, que se deveriam ter unido ao Enviado de Deus para dar a mensagem ao mundo pagão, aqueles mesmos que não receberam o convite, não poderiam dize aos outros: Venham, porque tudo já está preparado. Os discípulos de Cristo foram comissionados a proclamar a mensagem da misericórdia àqueles que se encontram nos caminhos e atalhos da grande vinha moral do Senhor. ‘Os Espírito e a noiva dizem: Vem! Aquele que ouve [crê], diga: Vem! Aquele que tem desse venha, e quem quiser receba de graça a água da vida’” (The Southern Work, p 22, 23).

            “Deus não quer que nos assentemos na posição de juízes e nos julguemos uns aos outros, mas com quanta frequência isso é feito! Quão cuidadosos devemos ser para não julgar nosso irmão! Tenhamos a certeza de que, da mesma forma que julgarmos, seremos julgados; e a medida que usarmos, também será usada para nos medir (Mt 7:2). Cristo disse: ‘No dia do juízo, os homens haverão de dar conta de toda palavra inútil que tiverem falado. Pois por suas palavras vocês serão absolvidos, e por suas palavras serão condenados’ (Mt 12:36, 37). Tendo em vista isso, que nossas palavras sejam tais que atendam à aprovação de Deus. Quando virmos erros nos outros, que nos lembremos de que, talvez, aos olhos de Deus, temos falhas mais sérias que aquelas que condenamos em nosso irmão. Em vez de publicar seus defeitos, peçamos a Deus que o abençoe, e o ajude a vencer seu erro. Cristo aprovará esse espírito e modo de ação e abrirá o caminho para que digamos uma palavra de sabedoria que dê força e ajude quem é fraco na fé” (Review and Herald, 27 de julho de 1911).
           

QUARTA, 8 DE JUNHO
Sem a veste nupcial
(Mt 22:1-14)

            Este é um assunto já explorado e ensinado centenas de vezes. De maneira clara e contundente, não podemos em hipótese alguma ser salvo por outra coisa a não ser pelos méritos de Jesus. Nossas obras não podem fazer absolutamente nada por nós. Por melhores que sejam ainda serão imperfeitas diante da justiça divina. Por esta razão é que Deus não disse para que tenhamos boas obras para alcançar a redenção. Ao invés deste tipo de conselho Ele nos ofereceu o que definitivamente podia ser aceito – o sangue de um ser divino e inocente. Como poderia um ser divino sangrar e morrer? Esta é a questão, pois na verdade não pode. Por esta razão é que Jesus deixou sua glória e Sua imortalidade para vestir-se da pele e carne humana. Assim poderia Ele, na perfeição varonil, ser entregue à morte. Seu sangue, como de um humano, ao ser aspergido na cruz, substituiria todos os demais humanos. Assim como o pecado de Adão seria corporativo, o sacrifício e substituição de Jesus também seriam corporativos. Pelas suas entranhas, Adão levaria a culpa e consequência a toda à raça. Da mesma forma, pelas entranhas do Segundo Adão – Jesus, levaria a redenção a toda à raça caída.
            Não há redenção fora de Cristo e a lei não pode oferecer redenção. A lei serve apenas para mostrar ao homem o tipo de caráter que é aceitável a Deus; o tipo de transformação que a graça quer realizar na vida do salvo. Por esta razão contundente que Ellen White foi enfática na resposta a respeito de justificação pela fé, que: “É obra de Deus  ao lançar a glória do homem no pó e fazer pelo homem aquilo que ele mesmo não pode fazer” (Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, p. 456).

Leitura Adicional

            “Alei requer justiça – vida justa, caráter perfeito; e isso não tem o homem para dar. Não pode satisfazer as reivindicações da santa lei divina. Mas Cristo, vindo à terra como homem, viveu vida santa, e desenvolveu caráter perfeito. Estes oferece Ele como dom gratuito a todos quantos o queiram receber. Sua vida substitui a dos homens. Assim obtêm remissão de pecados passados, mediante a paciência de Deus. Mais que isso, Cristo lhes comunica os atributos divinos. Forma o caráter humano segunda a semelhança do caráter de Deus, uma esplêndida estrutura de força e beleza espirituais. Assim, a própria justiça da lei se cumpre no crente em Cristo. Deus pode ser “justo e justificador daquele que tem fé em Jesus” (Desejado de todas as nações, p. 762)

           
QUINTA E SEXTA, 9 E 10 DE JUNHO
A investigação
(Ec 12:14, ICo 4:5, Mt 22:11)

            Certa feita uma jovem me fez uma pergunta que comumente é feita por variadas pessoas: “Se Deus conhece e sabe quem será salvo e quem se perderá, porque então Ele já não acaba com tudo isto de uma vez e já leve para o Céu os que serão salvos? A pergunta é intrigante e bastante inteligente. Para perguntas inteligentes, faz-se necessárias respostas inteligentes. Imagine um tribunal comum. Há um homem que está sendo condenado por assassinatos horríveis. O juiz já sabe  que o indivíduo é culpado e por isto poderia dar uma sentença tornando desnecessário o julgamento. Acontece que o juiz não promulga a sentença sem o julgamento por dois motivos principais. Primeiro porque, segundo a lei, o condenado tem o direito de ser julgado. Segundo porque o juiz sabe da culpabilidade do réu, mas os demais não sabem. Com Deus é um pouco parecido. Deus sabe exatamente quem será salvo e quem não será. No entanto, tenhamos em mente que Deus não usa em momento algum sua autoridade e seu excelso poder para resolver impasses e problemas. Deus sempre age de maneira justa e legal de forma que nós, suas criaturas, tenhamos compreendido desta forma. Ele age de acordo com nossas condições de investigação e não conforme Sua capacidade para tal. Embora sendo Deus, não age isoladamente de sua criação. Por esta razão podemos levantar duas explicações para tal pergunta. Primeiro: Deus sabe quem será salvo, mas nós e o resto do universo não sabemos. Segundo: Deus pretende que no dia do juízo, ninguém tenha dúvida de tudo o que foi feito para que todos sejam salvos. Cada um, individualmente precisa ter seu próprio histórico de vida, de rejeição ou de aceitação para que individualmente suas próprias obras possam mostrar as razões de sua salvação ou perdição. A abundante graça e perdão é oferecido por Cristo, mas, infelizmente, nem todos aceitam. O julgamento e a investigação não são necessários para Deus, mas são extremamente necessários para nós.

Leitura Adicional

            “Na parábola, as que tinham óleo em seus vasos com as lâmpadas, foram as que entraram para as bodas. Os que, com conhecimento da verdade pelas Escrituras, tinham também o Espírito e graça de Deus, e que, na noite de sua amarga prova, esperavam pacientemente, examinando a Bíblia a fim de obterem mais clara luz - esses viram a verdade relativa ao santuário celestial e a mudança no ministério do Salvador, e pela fé O acompanharam em Sua obra naquele santuário. Todos os que, mediante o testemunho das Escrituras, aceitam as mesmas verdades, seguindo a Cristo pela fé, ao entrar Ele à presença de Deus para efetuar a última obra de mediação, e para, no final dela, receber o Seu reino - todos esses são representados como estando a ir às bodas.
A mesma figura do casamento é apresentada na parábola do capítulo 22 de Mateus, onde claramente se representa o juízo de investigação como ocorrendo antes das bodas. Previamente às bodas vem o rei para ver os convidados (Mat. 22:11), a fim de verificar se todos têm trajes nupciais, vestes imaculadas do caráter lavadas e embranquecidas no sangue do Cordeiro (Apoc. 7:14). O que é encontrado em falta, é lançado fora, mas todos os que, sendo examinados, se verificar terem vestes nupciais, são aceitos por Deus e considerados dignos de participar de Seu reino e assentar-se em Seu trono. Esta obra de exame do caráter, para determinar quem está preparado para o reino de Deus, é a do juízo de investigação, obra final do santuário do Céu.
Quando a obra de investigação se encerrar, examinados e decididos os casos dos que em todos os séculos professaram ser seguidores de Cristo, então, e somente então, se encerrará o tempo da graça, fechando-se a porta da misericórdia. Assim, esta breve sentença - "As que estavam preparadas entraram com Ele para as bodas, e fechou-se a porta" - nos conduz através do ministério final do Salvador, ao tempo em que se completará a grande obra para salvação do homem.
No cerimonial do santuário terrestre, que, conforme vimos, é uma figura do serviço no santuário celestial, quando o sumo sacerdote no dia da expiação entrava no lugar santíssimo, cessava o ministério no primeiro compartimento. Deus ordenara: "E nenhum homem estará na tenda da congregação quando ele entrar a fazer propiciação no santuário, até que ele saia." Lev. 16:17. Assim, quando Cristo entrou no lugar santíssimo para efetuar a obra final da expiação, terminou Seu ministério no primeiro compartimento. Mas, quando o ministério no primeiro compartimento terminou, iniciou-se o do segundo compartimento. Quando, no cerimonial típico, o sumo sacerdote deixava o lugar santo no dia da expiação, entrava perante Deus para apresentar o sangue da oferta pelo pecado, em favor de todos os israelitas que verdadeiramente se arrependiam de suas transgressões. Assim Cristo apenas completara uma parte de Sua obra como nosso intercessor para iniciar outra, e ainda pleiteia com Seu sangue, perante o Pai, em favor dos pecadores” (Grande Conflito, p. 427-429).
                                   
Gilberto G. Theiss, nascido no estado do Paraná, é membro da Igreja adventista do Sétimo dia desde 1996. Crê integralmente nas 28 doutrinas Adventista como consta no livro “Nisto Cremos” lançado pela “Casa Publicadora Brasileira”. Foi ancião por 3 anos na Igreja Adventista do Sétimo dia da cidade Nova Rezende/MG e por 6 anos na Igreja Central de Guaxupé/MG. Foi Obreiro bíblico na mesma cidade e hoje, além de ser coordenador do curso básico de reforço teológico para líderes de igreja pelo site www.altoclamor.com, está Bacharelando no Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia. Gilberto G. Theiss é autor de alguns livros e é inteiramente submisso e fiel tanto a mensagem bíblico-adventista quanto a seus superiores no movimento Adventista como pede hebreus 13:17. Toda a mensagem falada ou escrita por este autor é filtrada plenamente pelo que rege a doutrina bíblica-adventista do sétimo dia. Contato: gilbertotheiss@yahoo.com.br