PERGUNTA: Por quê os pioneiros adventistas não queriam organizar a igreja?

PERGUNTA: Sr. Theiss, porquê os pioneiros adventistas rejeitaram a principio a ideia de organizar a igreja?

Ass: G.L.O.


Organização do Movimento Adventista Sabatista

Olá querido irmão (G), no período organizacional da Igreja Adventista do Sétimo dia, até então denominada e conhecida como Adventistas sabatistas, foi de grandes lutas e confrontos. Acreditavam que Jesus estava por voltar muito depressa e que qualquer idéia de fundar uma organização poderia significar um descrédito da proximidade da segunda vinda. Havia alguns como por exemplo, Gerge Storrs, que acreditava no conceito de fazer do adventismo uma identificação com babilônia caso esta fosse organizada. Portanto, transformar a igreja em uma organização seria o passo primário para identificá-la como babilônia. Esta resistência no inicio da organização da igreja criou muitos obstáculos. Os mileritas, que no período de 1844, somavam cerca de 100 mil resolutos, também não tinham nenhuma intenção de organizar a igreja e viviam apenas pela crença comum do que pelo intermédio de uma igreja organizada. 
Vários problemas surgiram a partir de 1852 que levaram os membros a repensar seriamente nas questões relacionadas a organização da igreja. Os surgimentos de pessoas fanáticas, a necessidade de assalariar pastores e a necessidade de registrar as propriedades da igreja foram decisivos para a mudança de postura de alguns e para iniciar os passos para a organização. Logo em seguida, a idéia de organização ganhou força com a declaração de Ellen White, registrado em Testemunhos para Ministros, p. 26, que diz: “Aumentando o nosso número, tornou-se evidente que sem alguma forma de organização, haveria grande confusão, e a obra não seria levada avante com êxito. A organização era indispensável para promover a manutenção do ministério, para levar a obra a novos campos, para proteger dos membros indignos tanto as igrejas como os ministros para a conservação das propriedades da igreja, para publicação da verdade pela imprensa e para muitos outros fins.”
Porém o estabelecimento da organização foi acompanhado de árduos e decididos esforços. Diz Ellen G. White: “Tivemos árdua luta para estabelecer a organização. Apesar de o Senhor dar testemunho após testemunho a tal respeito, a oposição era forte, e teve de ser enfrentada repetidas vezes.” (Ibidem)
Depois de tantas dificuldades, a organização acabou sendo uma realidade. Conseqüentemente, houve nomeação de diáconos, credenciais e ordenações pastorais, surgimento do plano de benevolência sistemática, formação de uma corporação legal, e por fim a organização da associação geral.
Vários passos foram decisivos em 1860, 1861e 1862, para a formação completa da organização em 23 de maio de 1863. Ellen White foi bem enfática em 1865 quando deixou claro a necessidade de manter a organização (TM, p. 27 e 28), e foi categórica ao afirmar que “Deus tem na Terra uma igreja que é Seu povo escolhido, que guarda os Seus mandamentos. Ele está guiando, não ramificações transviadas, não um aqui e outro ali, mas um povo.” (Testemunhos Seletos, vol. 2 p. 362).
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BIBLIOGRAFIA
* WHITE, Ellen G; Testemunhos para ministros:  3. ed. São Paulo: Casa Publicadora Brasileira, 1993.
           *   TIMM, Alberto R. História da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Artur Nogueira: SALT-IAE

OUTRAS RECOMENDAÇÕES DE LEITURA, CONSULTA  E PESQUISA
*  COLLINS, Norma J. Retratos dos Pioneiros. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 1 ed. 2007

* SCHWARS, Richard W.  e GREENLEAF, Floyd. Portadores de Luz. Artur Nogueira: Unaspress. 1 ed. 2009.

*  MERVYN, Maxwell C. História do Adventismo. Santo André: casa Publicadora Brasileira, 1982.

*  COLLINS, Norman J. Retratos dos Pioneiros. Santo André: Casa Publicadora Brasileira, 2007.

*  KNIGHT, George R. Uma Igreja Mundial:Breve história dos adventistas do sétimo dia. Tatuí:  Casa Publicadora Brasileira, 2000.

*  KNIGHT, George R. Em Busca de Identidade: O desenvolvimento das doutrinas adventistas do sétimo dia. Tatuí:  Casa Publicadora Brasileira, 2000.
*  KNIGHT, George R. A mensagem de 1888: Breve história do ocorrido em Minneapolis sobre a justificação pela fé. Tatuí:  Casa Publicadora Brasileira, 2003. 
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